Estudante é morta a mando de comerciante que tinha caso com o namorado dela

Do Correio*

Uma jovem estudante que estava desaparecida há quase duas semanas foi achada morta em Extrema (MG) na noite da terça-feira (3). A polícia acredita que Larissa Gonçalves de Souza, 21 anos, foi morta a mando de um comerciante que estaria envolvido com o namorado da jovem. A participação do namorado no crime ainda é investigada. A morte de Larissa foi encomendada por R$ 1 mil e motivada por ciúmes que o comerciante José Roberto Freire, de 35 anos, sentia da estudante, afirma a polícia.

Jovem de 21 anos desapareceu e foi achada morta (Foto: Reprodução Facebook)

O corpo da jovem foi achado na Serra do Lopo, ponto turístico da cidade, jogado de uma ribanceira de cerca de 30 metros. Um caseiro de um sítio próximo encontrou o corpo já em estado de decomposição depois de sentir um cheiro muito forte vindo do local.

A Polícia Civil acredita que Larissa foi morta com requintes de crueldade. “Ela estava com o corpo amarrado. Os punhos estavam amarrados aos tornozelos com fios elétricos. Pelos sinais, tudo indica que ela foi amarrada em vida. A cabeça foi toda envolta com uma fita adesiva e o corpo foi encontrado dentro de uma sacola de transporte. Ela apresentava várias manchas roxas pelo corpo, tinha fraturas na mandíbula em dois locais e também fratura no osso do pescoço, o que sinaliza que pode ter havido um estrangulamento”, contou ao G1 a legista Tatiana de Matos.

Comerciante afirmou em depoimento que jovem sabia e participou de crime
(Foto: Reprodução/Facebook)

A polícia ainda não sabe precisar como a jovem foi morta, porque a avaliação técnica foi complicada pelas condições que o corpo foi achado. “Como a cabeça estava envolta em fita adesiva, eu não tinha elementos técnicos para dizer se a morte se deu pela asfixia por obstrução das vias áreas pela fita adesiva ou se ela morreu pelo estrangulamento”, acrescenta a legista.

Prisão

O namorado da jovem, Lucas Gameiro, foi preso depois do depoimento do comerciante, que também já está preso. Segundo o delegado Valdemar Lídio Gomes Pinto, uma testemunha confirmou que os dois homens tinham uma relação amorosa. O comerciante confessou o crime e afirmou que Lucas sabia de tudo. “Segundo o que está preso (o comerciante), ele (namorado) tem envolvimento no fato sim. O envolvimento dele é que ele teria dado a ideia do sequestro e a morte. São declarações (do comerciante). Agora nós vamos tomar as declarações (do namorado) e procurar outros meios de prova para certificar dessa realidade ou não”, diz.

O delegado disse ainda que o comerciante afirmou que foi o namorado quem deu dinheiro para pagar um casal de São Paulo para cometer o crime. “Segundo ele, foi o namorado quem deu o dinheiro para o pagamento ao casal. Ele (namorado) não queria que se tornasse pública a condição de homossexual dele”.

O casal que matou a estudante teria sido contratado em São Paulo por um garoto de programa, a pedido do comerciante. “Eles já sabiam a rotina da Larissa. Depois que ela chegou (na rodoviária), eles já a abordaram e seguiram em direção à casa (do comerciante). Ela foi morta na casa dele. Depois, eles enrolaram o corpo e desovaram”, afirma o delegado.

Segundo a PM, quando Larissa chegou ao terminal rodoviária foi abordada por um casal no dia 23 de outubro. O homem parecia estar armado e rendeu a vítima, que foi colocada no banco de trás do próprio carro. Em seguida, saíram todos juntos no veículo, que foi encontrado próximo a um ponto de ônibus com a chave na ignição. Desde então, Larissa não havia sido mais vista.

Namorado da jovem foi preso preventivamente Foto: Reprodução/EPTV

Os pais de Larissa não acreditam na participação de Lucas no crime. “Neste momento pra mim (o namorado) não tem participação. Até que se prove o contrário ele é inocente. O delegado disse que pediu a prisão preventiva dele, mas não sabemos o porquê. Seria uma decepção total porque ele participava diretamente com a minha família, mas eu não acredito nisso, eu não acredito”, disse o pai de Larissa, Luís Carlos Gonçalves de Souza.

A mãe de Larissa também não crê nessa versão. Diz ainda que se a filha tivesse descoberto que o namorado tinha um envolvimento homossexual com o comerciante teria compartilhado com a mãe. “Isso não, porque ela teria me falado, ela era muito confidente comigo”, disse a mãe Maria Nicéia de Oliveira Souza.

A população de Extrema, revoltada com o crime, ateou fogo à loja de roupas do comerciante. Lucas, que também é modelo, trabalhava com José Roberto. Depois do desaparecimento da universitária, a loja dele chegou a postar nas redes sociais uma mensagem de solidariedade.

E agora José? Honra lavada e o horror da prisão!

O local do crime
O local do crime

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“O marido não deve ser o último a saber. O marido não deve saber nunca!” Nelson Rodrigues, o filósofo dos maridos traídos, estava certo. Joelma Muniz de Campos, de 46 anos, foi assassinada pelo marido, José Antonio Rodrigues Ribeiro, 59 anos, nesta madrugada, na sua residência, onde os dois tinham um bar, na rua Paraíba.

crime 2Ela andava flanando pela vida, em aventuras extraconjugais, e quando chegou em casa, o marido já sabia de tudo. José agrediu Joelma com uma faca e ato contínuo, matou-a com uma pesada picareta.

José foi preso em flagrante e agora vai amargar sua “dor de saber” na pensão do dr. Rivaldo Luz.

 

José, o homicida apaixonado
José, o homicida apaixonado

Crime Passional: marido é preso após matar padre e ferir gravemente esposa

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taperaA juíza da comarca de Tapera, Marilene Parizotto homologou a prisão em flagrante e decretou a prisão preventiva do empresário de 41 anos suspeito da morte do padre Eduardo Pegoraro e tentativa de homicídio contra a própria mulher, uma professora de 38 anos. A decisão da juíza foi proferida na noite de sexta-feira, horas após o crime que chocou a comunidade de Tapera, na região Norte do Estado.

A medida havia sido solicitada pelo delegado Marino Franceschi, que investiga o caso. O crime ocorreu por volta das 9h de sexta-feira quando o empresário chegou na igreja pedindo para falar com a esposa e o padre. Os três foram para uma sala na casa canônica ao lado da igreja, onde o padre foi morto com um tiro no peito e a esposa ferida com um disparo nas costas. Após, o homem atirou contra o próprio queixo.

O empresário acabou preso em flagrante pela Brigada Militar. Ao decretar a prisão preventiva, a juíza Marilene Parizotto afirma que a segregação provisória do investigado é necessária por conveniência da instrução criminal. A magistrada ainda considerou necessário decretar a prisão, a fim de garantir a segurança e a integridade física e psicológica da vitima sobrevivente, bem como das testemunhas.

Devido a comoção na cidade, o empresário foi transferido para um hospital de Carazinho, onde está internado sob custódia da Brigada Militar. Assim que tiver alta, ele deverá ser ouvido pelo delegado Marino Franceschi para explicar a motivação do crime. Informalmente, o homem alegou questões passionais. Após, o suspeito, morador de Selbach, será recolhido a um presídio da região. A mulher está internada em Passo Fundo. Ela ainda não poder ser ouvida, mas revelou que o marido era ciumento.  Do Correio do Povo, editado por O Expresso.

Tapera é um pequeno município, no centro do Rio Grande do Sul, com menos de 11 mil habitantes, dedicado à agricultura e com forte influência dos descendentes de imigrantes italianos. Entre os migrantes do Oeste baiano, muitos vieram de lá e de municípios vizinhos, como Espumoso, Ibirubá, Tio Hugo, Colorado, Carazinho, Não me Toque e da maior cidade da região, Passo Fundo.

Crime bárbaro é desvendado pela Polícia Judiciária do Oeste.

Informações do blog Alô Salomão, editadas pelo jornal Nova Fronteira.

José Ramos Costa, o principal suspeito.

A polícia começa a elucidar um dos crimes de maior repercussão no Oeste da Bahia. O ‘caso Gaby Joias’ como ficou conhecido, ocorreu há seis anos, mas somente no último dia 05 de abril a polícia conseguiu prender por determinação judicial o suposto mandante.

O principal suspeito, o comerciante José Ramos da Costa, 44 anos, foi preso na cidade de Jacobina-Ba onde morava, mas foi transferido nesta terça-feira (10), para o Complexo Policial de Barreiras.

Triplo assassinato

As vítimas, o comerciante Gilmar da Silva Gonçalves, 39 anos, sua esposa Rosangela Lima da Silva, 31 anos, proprietários da loja Gaby Joias e uma irmã Rosângela, Maria Aparecida Lima da Silva, a Cida, 39 anos, foram executados barbaramente numa estrada vicinal de acesso ao povoado de Morrão, município de São Desidério, Oeste da Bahia.

Os corpos foram encontrados debaixo de uma ponte de madeira com marcas de tortura, pés e mãos amarrados e perfurações provocadas à bala. O veículo dos comerciantes deixado na área pelos executores facilitou a localização dos cadáveres. 

Os autores do massacre deixaram vestígios na residência das vítimas, no bairro Renato Gonçalves, onde na tarde do dia 18 de abril de 2006 trancaram os filhos do casal em um dos quartos, comeram, beberam e sequestraram as vítimas quando elas chegaram na residência.  

Supostamente para desvirtuar as pistas do crime, eles foram até a loja do casal no centro da cidade onde roubaram grande quantidade de joias e uma CPU, contudo a polícia acredita que as mortes foram praticadas por vingança e queima de arquivo.

Delegado Carlos Freitas preside o inquérito.

Traição

De acordo com o delegado Carlos Freitas, Rosangela tinha sido casada com José Ramos, com quem Gilmar possuía amizade profunda e frequentava constantemente a residência no município de Jacobina.

Mais tarde surgiu o comentário na cidade de que Rosangela estaria lhe traindo com o melhor amigo. A suspeita ficou mais forte quando ela pediu a separação e mudou-se para Salvador. O delegado também declarou que depois de certo tempo, Gilmar veio para Barreiras e se estabeleceu montando a loja, aonde Rosangela veio morar e casou-se com ele. 

Estupro

De acordo com a polícia, José Ramos foi preso por crime de estupro atendendo determinação do M. juiz Gabriel Moraes Gomes, titular da Vara Crime da comarca de Barreiras.

As investigações levaram a polícia a descobrir que o mesmo vinha abusando sexualmente de uma filha dele com Rosangela, de dez anos, moradora em Barreiras com a mãe e Gilmar que possuíam sua guarda. 

Os abusos ocorriam quando a criança ia visitá-lo em Jacobina. Desconfiados, os comerciantes conseguiram um gravador e passaram a gravar as conversas da garota com o pai em fita k-7 e assim, confirmaram as suspeitas.

Como queima de arquivo e provavelmente para se vingar da traição, José arquitetou o assassinato dos dois. “Cida pode ter morrido porque estava no local e hora errados”, revelou Carlos Freitas.

Com a ouvida das gravações e confirmação do estupro por meio de exames e declaração da menina, o Ministério Público da Bahia ofereceu denúncia acatada após analise pela justiça local.

Freitas disse que, já protocolou a carta precatória de prisão e recambiamento e irá interrogá-lo nesta quinta-feira (12) e encaminhará inquérito policial à justiça.

Repercussão

O triplo assassinato gerou tantos protestos que impulsionou a CDL – Câmara de Dirigentes Lojistas a organizar um evento em defesa da paz no município, a “caminhada da paz” que reúne milhares de pessoas anualmente nas ruas de Barreiras. A partir deste evento foi implantada uma Comissão Voluntária pela Segurança e Paz, formada por cerca de 30 membros que representam a sociedade civil.