Haddad com o ex-presidente do Uruguai, Pepe Mujica, em sua residência nas proximidades de Montevidéu.
Após o presidente Jair Bolsonaro (PSL) responder a uma publicação que o petista Fernando Haddad fez no Twitter, o ex-prefeito de São Paulo aproveitou para chamar o mandatário para um “debate frente a frente”, em referência à ausência do então candidato em embates televisivos no segundo turno das últimas eleições.
A polêmica começou quando Haddad publicou uma frase do colunista Philipp Lichterbeck, da Deutsche Welle. Em resposta, o presidente atribuiu a declaração ao petista. Em seguida, o ex-prefeito usou a rede social para o convite a um possível debate.
“Na verdade, quem disse isso foi um jornalista da Deutsche Welle, mas se você já se sentir seguro para um debate frente a frente, estou disponível. Forte abraço!”, escreveu Haddad.
“Parece que o Jair quer debater comigo pelas redes sociais. Já é um bom começo. Hora dessas ele toma coragem! Reparem a educação do moço: coisa de estadista!”, completou o petista, no Instagram.
Como dizem as mídias sociais, o ano está tão ruim que a gente até esqueceu de odiar o Temer. Pois veja bem: a três dias das eleições, a Rede Globo passou uns 10 minutos do Jornal Nacional, o de maior audiência em todo o País, falando de delações de Palocci, de propinas recebidas pelo PT e da corrupção de Lula.
Dizem que esta semana o filho Eduardo e o próprio Bolsonaro acertaram um esquema de proteção do maior conglomerado do País em relação a ações fiscais e manutenção da concessão das televisões. Tudo acertado, a Globo está investindo no líder das pesquisas e jogando pedras no caminho do Partido dos Trabalhadores.
Os candidatos também não jogam limpo: hoje os advogados de Haddad encaminharam 92 denúncias de notícias falsas, as chamadas fakes, para o Tribunal Superior Eleitoral. Quer apostar que não vai dar em nada?
O objetivo de Bolsonaro e da Globo é ganhar as eleições no primeiro turno, o que pode ser conseguido se ele tiver 50% dos votos válidos, mais um.
Isso é fruto de congelamento das candidaturas de Marina, Alckmin e Ciro e dos espinhos colocados na estrada de Haddad, via Lula. Só assim evitariam um segundo turno, extremamente desgastante para Jair Bolsonaro.
Mas o casuísmo maior é o debate: com base em um atestado médico, Bolsonaro não estará presente no debate da Rede Globo.
Não é plausível que o candidato mais bem indicado nas pesquisas não participe do debate.
A Globo e o Senhor Mercado têm verdadeiro pavor do debate.
Querem que Bolsonaro se eleja no grito, do mesmo jeitão que o PT foi apeado do poder e que Lula foi condenado num processo kafkiano, onde as provas são apenas a convicção do Ministério Público e de alguns magistrados bem ou mal intencionados.
No debate realizado pelo SBT, em parceria com o UOL e a Folha de S. Paulo nesta quarta-feira, os candidatos ao planalto criticaram a polarização política no país.
Para o presidenciável Geraldo Alckmin (PSDB), mais da metade da população não quer nem o PT e nem o “candidato da discriminação” na presidência:
“De um lado a volta do PT que levou o país a 13 milhões de desempregados com uma irresponsabilidade com a questão das contas públicas. Um projeto de poder só para ganhar a eleição. O Brasil é secundário. De um outro lado, evitar também a insensatez de um candidato que não tem as menores condições, que representa o que há de mais atrasado na política brasileira com uma intolerância num país tão plural como é o Brasil”, disse.
Diferentemente dos debates anteriores, onde as perguntas e respostas entre os presidenciáveis eram realizadas por meio de sorteios, pela primeira vez os candidatos puderam escolher a quem direcionariam as perguntas.
O presidenciável do MDB, Henrique Meirelles, comparou o debate com um ringue. Segundo ele, os candidatos estavam brigando entre si sem discutir o que de fato é importante para a população.
“O que nós vimos aqui hoje foi um ringue e um show. Todos brigando contra todos, mas ninguém brigando pelo o que de fato interessa a você. A minha briga é por emprego, renda e dignidade para você. Isto se conquista com trabalho, isto se conquista com um candidato eleito presidente da República que tem competência, já mostrou resultado como eu mostrei que sei criar empregos e que seja alguém honesto e que tenha uma vida limpa”, lembrou.
Ao ser questionado sobre a possibilidade de incluir o PT em cargos de confiança e ministérios de seu governo, o candidato do PDT, Ciro Gomes, afirmou que prefere liderar sem o partido.
“Eu francamente se eu puder governar sem o PT, eu prefiro. Porque nesse momento o PT representa uma coisa muito grave para o país. Menos pelos benefícios, que não foram muito poucos que produziu. Mas mais porque transformou-se em um estrutura de poder odienta que acabou criando o Bolsonaro, essa aberração. E esse conflito entre os dois vai levar o país pra um fundo do poço que eu não quero testemunhar que aconteça”, enfatizou.
Sem a participação do candidato líder nas pesquisas Jair Bolsonaro (PSL), que segue internado no hospital Albert Einstein, em São Paulo, após ter sido esfaqueado durante um ato de campanha, os presidenciáveis direcionaram críticas ao segundo colocado, Fernando Haddad, do PT.
Haddad também entrou em confronto com a candidata da Rede, Marina Silva. Em reposta a afirmação de Marina de que o PT foi o responsável por colocar Michel Temer no cargo de presidente, Haddad alegou que a ex-presidente Dilma Rousseff teria sido traída pelo atual presidente.
“Me desculpe, mas quem colocou o Temer lá foram vocês. O Temer traiu a Dilma e não conseguiria chegar à presidência se não fosse o apoio da oposição. Você participou desse movimento pelo impeachment para colocar o Temer lá com as consequências conhecidas”, criticou.
Também participaram do debate os candidatos Guilherme Boulos (PSOL), Marina Silva (Rede), Álvaro Dias (Podemos) e Cabo Daciolo (Patriota).
O pré-candidato à Presidência da República Jair Bolsonaro (PSL) afirmou nesta quarta-feira (6), por meio de sua assessoria de imprensa, que não participará da rodada de sabatinas promovida pelo UOL em parceria com a Folha de S.Paulo e o SBT. Bolsonaro alegou problemas de agenda para aceitar o convite.
Tem razão o pré-candidato: esse pessoal da Folha, do UOL e do SBT é tudo comunista e vai acabar fazendo perguntas que não têm respostas ao pré-candidato mais citado nas pesquisas.
Vai que começam a falar de misoginia, xenofobia, racismo, estupro, tortura e outros quetais? Bolso não está a fim de debater esses pontos difíceis da sua teoria social.
No buteco aqui perto da minha casa, o butequeiro já mudou o cartaz: “Fiado só no dia que o Bolsonada for ao debate”.
Bolsonada calado é Premio Nobel de Literatura fácil! (@p4ulomagalhaes).
Mais de 120 candidatos debateram na noite passada na Globo e afiliadas. Acompanhamos pelo twitter. Foi forte. Pobres dos eleitores que ficaram quase 2 horas ouvindo as promessas dos candidatos. Foi um tal de ataques, de mentiras e lorotas. Novas ideias, muito poucas. A política eleitoral brasileira reflete apenas o nível dos eleitores, que neste domingo, em 330 mil urnas, escolherão seus novos representantes no poder. Podres poderes.
No segundo dia de palestras sobre a Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol), em São Félix do Coribe, a Valec apresentou a autoridades e representantes da sociedade civil organizada os benefícios socioambientais que a construção da ferrovia proporcionará à região.
A explanação foi seguida de perguntas dos participantes, que estão ansiosos pelo início das obras, principalmente porque o empreendimento deve empregar um número considerável de trabalhadores do município.
O encontro, que aconteceu nesta manhã, na Câmara Municipal de Vereadores de São Félix do Coribe, atraiu vereadores, secretários municipais e outros servidores da prefeitura, além de estudantes, imprensa local e cidadãos interessados no futuro da região.
Ainda estão previstas outras duas apresentações no interior da Bahia: amanhã, em Serra do Ramalho, e, na quinta-feira, em Guanambi.
Ao todo, a Fiol terá 1.527 quilômetros de extensão, ligando Figueirópolis, no Tocantins, ao litoral baiano. As obras do primeiro trecho da ferrovia, com 537 quilômetros, de Ilhéus a Caetité, já teve início. A construção do segundo trecho, com 485 quilômetros, de Caetité a Barreiras, deve entrar em atividade em breve, apesar de ainda não haver cronograma definido.
O terceiro trecho, de Barreiras a Figueirópolis, onde a FIOL deve se encontrar com a Ferrovia Note-Sul (FNS), ainda está em fase de estudos e análises. Fonte: Ministério dos Transportes.
Dizem que na lendária Estrada de Ferro Madeira-Mamoré morreu um homem para cada dormente colocado no leito da via. No caso da FIOL, pelo jeito teremos um debate para cada dormente colocado.
Na sessão ordinária da Câmara de Vereadores de Luís Eduardo, nesta terça, a Oposição tentou, liderada pela loiríssima Katerine Rios, medir forças com o Executivo. O pomo da discórdia eram os requerimentos ao Prefeito sobre aluguéis, funcionários contratados e carros locados. Não deu certo. O pedido de vistas, por parte do vereador Juvenal Canaã, foi aprovado por 8 votos a 4, uma esmagadora maioria. Vôga Pelissari, na condição de presidente, só votaria em caso de empate.
Katerine estava eufórica: desfez dos colegas que votaram pelo pedido de vistas, cobrou de uns e de outros a aprovação dos requerimentos e acabou levando uma bola nas costas do próprio Renildo do Sindicato, que começou o ano como um dos principais oposicionistas e está arrefecendo suas forças. Na terça, votou pelas vistas, que adiam por uma sessão a votação dos requerimentos.
-Eu sou uma mulher retada, eu me sinto a tal. Não sabia que esses requerimentos eram tão importantes para o Prefeito, disse Katerine. Se os requerimentos não forem aprovados, me sentirei ainda mais lisonjeada, pois é sinal que o Prefeito se preocupa comigo.
Katerine afirmou também que não se preocupa com a não aprovação dos requerimentos nas próximas sessões:
-Já entreguei os requerimentos ao Ministério Público e acho que lá a tramitação vai ser mais eficaz.
Alaídio: bolachinhas e café preto durante a sessão para amenizar as batalhas contra o Executivo.
Fábrica de rapadura
Outro vereador que afirmou a preocupação do Prefeito com os requerimentos, foi o ex-líder do Governo, Sidnei Antonio Giachini:
“São coisas simples. Por que não podemos saber onde o Governo Municipal gasta R$19 milhões por mês?”
Giachini deveria saber, pois foi líder do Prefeito durante dois anos e voltou-se contra o Executivo depois de preterido duas vezes como candidato a vice-prefeito e uma vez como candidato à Presidência da Câmara.
Foi mais a frente: “Gostaria de saber porque, em 4 anos e meio de mandato de Humberto, não se instalou nenhuma indústria em Luís Eduardo, nem uma singela fábrica de rapadura?”
E para o vereador Guinho da Contem, que oscila entre oposição e situação, fez um chamamento: “Estamos fundando um novo partido, Guinho, e você poderá ser nosso companheiro”.
Ao ocupar a tribuna, Guinho fez uma longa algaravia sobre a liberdade de expressão, liberdade de opinião e democracia, que pouca gente entendeu. Preparava-se para votar contra a Oposição no caso dos requerimentos.
Jarbas Rocha: esgrimindo contra a Oposição e assessorando Zezé da Farmácia, que andou se perdendo nos números dos projetos
Sindicância por quebra de decoro
No calor da discussão, o líder do Governo, Jarbas Rocha, pediu ao Presidente a instalação de uma comissão de sindicância contra Giachini, que andou ofendendo o pequenino mas valente Vereador.
E foi taxativo:
“Na hora que o Vereador quiser qualquer documento do Executivo, desde 2011, não precisa de requerimento. É só falar comigo”.
Jarbas Rocha também prometeu 4 novos projetos-de-lei, que “vão lotar o plenário”, a exemplo da regulamentação do serviço de mototaxistas.
-Agora vamos disciplinar a prestação de serviços funerários e dos ambulantes.
Vôga: ocupou a Presidência com serenidade e firmeza
A indústria dos quebra-molas
Os vereadores Erick Café, Katerine Rios e Juvenal Canaã pediram mais quebra-molas. Os dois primeiros para o mesmo local na rua São Francisco, provavelmente a via que tenha mais quebra-molas em todo o mundo. E Juvenal na sombria e desconhecida rua da Mutamba – que na verdade nem ele sabia o nome – uma via do Jardim das Acácias, entre a rua JK e a marginal da BR 242, costeando a Indústria Galvani.
Desconfia-se que os insignes vereadores estejam sofrendo a influência de fabricantes e comerciantes de molas e amortecedores, para pedir tanto esses antiquados redutores de velocidade.
Os candidatos a prefeito em Salvador estão trocando farpas afiadas no debate da TV Aratu. O presente grego que cada um tentou colocar no colo do outro foi a atual gestão municipal. João Henrique virou a Geni dos debates. No entanto, a tentativa do candidato Pelegrino de colar-se à imagem dos governos Estadual e Federal poderá tornar-se uma faca de dois gumes (ou de dois legumes, como dizia Vicente Matheus).
Pelegrino teima em dizer que Neto não terá o apoio dos governos do PT. Mas isso fazer com que ele herde a imagem negativa das greves da PM e dos professores, da rejeição hoje enfrentada por Jaques Wagner, sem embarcar, por outro lado, no conceito positivo de Lula e Dilma.
Domingo a batalha termina e vamos saber, por fim, quem está certo nesta campanha eleitoral em que o nível dos protagonistas não foi o maior destaque.