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Ninguém deve se surpreender com os recentes encontros de autoridades policiais brasileiras com membros do FBI e CIA, serviço secreto dos Estados Unidos.
Já em abril de 2004, uma matéria do Estadão, informava que o presidente da Federação Nacional de Policiais Federais (Fenapef), Francisco Garisto, confirmou que “a Polícia Federal recebe dinheiro do serviço secreto americano (CIA) e de outras instituições como a de combate ao narcotráfico – DEA – e do Federal Bureau Investigation (FBI)”.
A informação foi dada pelo ex-chefe do FBI no Brasil, Carlos Alberto Costa, em entrevista à revista Carta Capital, publicada em 24 de março deste ano de 2017.
Segundo Francisco Garisto, os dólares recebidos são depositados em contas individuais e, muitas vezes, trocados no câmbio paralelo, informa a Agência Brasil.
De acordo com o presidente da Fenapef, são repassados anualmente à Polícia Federal US$ 10 milhões, metade oriunda do DEA. Garisto disse aos parlamentares que essa questão foi apresentada ao ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, por meio de um ofício enviado em 7 de janeiro de 2003.
Na ocasião, foi aberta uma sindicância, mas nada ocorreu até agora para mudar este procedimento, disse o policial.
A contrapartida exigida pelo governo americano, ao repassar estes recursos à Polícia Federal, é de que sejam aplicados exclusivamente no combate ao tráfico internacional de drogas dirigido aos Estados Unidos, afirmou Garisto.
“É um dinheiro maldito que causa discórdia na Polícia Federal”.
A página Operacional – Defesa e Segurança, reproduzindo matéria da Folha de São Paulo, relata:
Graças a novos documentos revelados por Ryan Devereaux, Glenn Greenwald e Laura Poitras no Intercept, descobrimos que existe outra agência norte-americana trabalhando com a NSA que representa ameaça semelhante: a Agência de Combate às Drogas (DEA).
De acordo com os documentos, não se trata apenas de a NSA ajudar a DEA a capturar traficantes, mas de a DEA ajudar a NSA quanto a seus programas de espionagem não relacionados a drogas.
“A DEA na verdade é uma das maiores operações de espionagem que existe”, disse Finn Selander, antigo agente especial da DEA.
“Os países permitem que entremos porque não nos veem como organização de espionagem”.
A ajuda da Agência de Combate às Drogas à NSA em seus programas de espionagem é potencialmente uma violação de confiança ainda mais grave.
Essa é potencialmente uma violação de confiança diplomática ainda mais grave do que a espionagem pela NSA que Dilma Rousseff denunciou na ONU.
Governos permitem o acesso da DEA a recursos policiais, de inteligência e militares – o que pode incluir escutas – como parte de um esforço colaborativo com os Estados Unidos para combater o crime organizado.
O jornalista norte-americano Glenn Greenwald, que revelou os documentos secretos obtidos por Edward Snowden, disse em entrevista por telefone ao UOL que o Brasil é o maior alvo das tentativas de espionagem dos Estados Unidos. “Não tenho dúvida de que o Brasil é o grande alvo dos Estados Unidos”, disse o jornalista, que promete trazer novas denúncias. “Vou publicar todos os documentos até o último documento que deva ser publicado. Estou trabalhando todo dia.”
Greenwald revelou esta semana, em reportagem em conjunto com o programa “Fantástico”, da TV Globo, que o governo americano espionou inclusive os e-mails da presidente Dilma Rousseff e de seus assessores próximos.
Snowden era técnico da NSA, a agência de segurança americana, e revelou ao jornal britânico “The Guardian”, onde Greenwald é colunista, o escândalo de espionagem norte-americano.
O governo brasileiro já cobrou uma resposta formal e por escrito à Casa Branca. Em nota, o Departamento de Estado americano disse na terça-feira (3) que “responderá pelos canais diplomáticos” aos questionamentos do Brasil. O departamento não comenta publicamente as denúncias, mas afirma que os EUA “sempre deixaram claro que reúnem inteligência estrangeira”. Para o jornalista, o Brasil tem de dar uma resposta “enérgica” e “menos vaga” aos EUA.
Segundo Greenwald, o que motiva os EUA a espionar até mesmo aliados é o desejo por poder. “Sempre que os Estados Unidos estão fazendo espionagem o poder deles aumenta muito. Então, para saber tudo o que eles querem fazer, coletam tudo o que for possível. Mas com certeza é para obter vantagens industriais e também por questões de segurança nacional.”

O Itamaraty convocou nesta segunda-feira (2) o embaixador dos EUA no Brasil, Thomas Shannon, para prestar esclarecimentos sobre as denúncias de monitoramento das comunicações da presidente Dilma Rousseff por parte da Agência de Segurança Nacional dos EUA (NSA, sigla em inglês).
Shannon, se reuniu com o recém-nomeado ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo Machado . O encontro consta da agenda do ministro brasileiro e acontece após as denúncias divulgadas por reportagem do Fantástico, da TV Globo, na noite de domingo (1º).
Segundo a reportagem, Dilma e o presidente do México, Enrique Peña Nieto, foram alvo da espionagem americana. As denúncias fizeram com que o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, se reunisse com Dilma no domingo para tratar sobre o assunto.
“Se forem comprovados os fatos, estamos diante de uma situação que é inadmissível, inaceitável. Eles qualificam uma clara violência à soberania do nosso país”, disse Cardozo à TV Globo. “O Brasil cumpre fielmente com suas obrigações e gostaria que todos os seus parceiros também às cumprissem e respeitassem aquilo que é muito caro para um país, que é a soberania.” Do portal IG.
Alguém tinha dúvidas que um forte esquema de espionagem norte-americano cerque permanentemente países do terceiro mundo? Se Dona Dilma tirar meleca do nariz, o Obama vai estar sabendo 2 minutos depois. O jeito é retalhar. Por exemplo, descobrir onde a gravata do Embaixador foi comprada para nunca passar na frente dessa loja.
Horas depois de o jornal O GLOBO revelar, com base em documentos secretos copiados pelo ex-técnico da CIA Edward Snowden, que os EUA espionaram milhões de telefonemas e e-mails de cidadãos brasileiros, vários jornais estamparam em seus sites a denúncia, publicada com exclusividade neste domingo.
O britânico Glenn Greenwald, um dos autores da reportagem e jornalista do “The Guardian”, escreveu em seu blog que o Brasil vem sendo espionado massivamente pela Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês). Leia a matéria na íntegra em O Globo. Veja também O Globo matéria que analisa a manutenção de bases norte-americanas de espionagem em Brasília, pelo menos até 2002, com informes dos 8 satélites que o País aluga.