Bolsonaro anda em companhia de cabareteiros da pior espécie.

Amarildo

O Antagonista, agora há pouco:

“O conselheiro-geral da República se chama Gilberto Kassab, preside o PSD, avalizou dois ministros em um mês, ajudou a calar a matraca presidencial e – milagre dos milagres – ainda escapa incólume da artilharia dos filhos e dos fanáticos da internet”, diz Vera Magalhães.

“A escolha de Renato Feder vai nessa linha, e os olavistas fazem piti para tentar derrubá-lo antes de assumir. Se Bolsonaro ceder ao lobby da ala histérica e começar a rifar o Centrão pragmático, voltará a correr riscos. Esse pessoal, Kassab à frente, não esquenta lugar em governo condenado a cair e sente o gosto de sangue na água”.

A verdade é que Bolsonaro pode portar a fita azul de Congregado Mariano ou, ainda, seguindo a sua pseudo-orientação religiosa, dizer que “Deus acima de tudo” e o escambau.

Mas todos ainda vão ficar sabendo que frequenta cabarés políticos e que dá vazão aos seus instintos mais baixos, na companhia de kassabs, jeffersons petebistas e valdemares, que reinam nos mais miseráveis prostíbulos da República.

Bolsonaro choca aliados ao dar liderança do governo ao Centrão

Para acompanhar o Centrão, o Palácio do Planalto defenestrou nesta quarta-feira (8) o deputado Daniel Silveira (PSL-RJ), um dos vices-líderes do governo, enrolado no inquérito das fake news no Supremo Tribunal Federal (STF).

“Acabo de saber que minha retirada da vice-liderança de governo foi pedido do general Ramos para alocar deputados do centrão”, disse o parlamentar.

“Estranha essa relação de homens tão próximos [de Bolsonaro] manobrarem enfraquecimento da base do presidente”, escreveu. “Ser líder só tem ônus, mas ao menos que seja alguém de honra”, completou.

O nome mais cotado para a vice-liderança do governo é o deputado Ricardo Barros (PP-PR).

Além de ministro da Saúde no governo Michel Temer (MDB), Barros também foi vice-líder do Congresso no governo de Lula, FHC e do próprio Temer.

The Telegraph: “O homem que quebrou o Brasil”

O jornalão (tamanho standard) inglês The Telegraph, que já circulou com 1,4 milhão de exemplares, mas que na moderna era da internet tem tiragem em torno de 500 mil exemplares, desanca o Presidente do Brasil, classificando-o como “homem que que quebrou o País”.

The Daily Telegraph é o jornal amplamente considerado como um dos principais “jornais de referência” da Inglaterra e tem sido descrito pela BBC como sendo “jornal do establishment“.

Se vergonha no Exterior pagasse divisas ao Brasil, teríamos hoje o melhor equilíbrio fiscal e o maior volume de reservas cambiais do Mundo.

Jornal denuncia todo tipo de maracutaia no gabinete do então deputado Jair Bolsonaro.

O assunto mais comentado hoje nos “trends topics” do Twitter é a denúncia da Folha de São Paulo sobre os rachadões no gabinete do então deputado Jair Bolsonaro, entre os quais admissão e demissão de funcionários com altos salários. As verbas indenizatórias do vínculo de trabalho eram obviamente objetos de rachadão.

Como disse um internauta há poucos dias, o eleitor estava à procura de um cidadão honesto para ocupar a Presidência da República. Encontrou, agora já sabem, apenas representantes de um cabaré de putos velhos e corrompidos.

O genocídio é orquestrado e tem objetivos. Parabéns aos envolvidos!

Informação do jornal GGN e de O Globo:

Pelo menos um remédio de uma lista de 22 drogas essenciais para procedimentos feitos em pacientes graves de covid-19 estão em falta em 21 estados brasileiros e no Distrito Federal. É o que aponta um levantamento do Conass, o Conselho Nacional de Secretários de Saúde.

O Conass já cobrou do Ministério da Saúde e da Anvisa mais agilidade na compra e distribuição desses medicamentos. Em reunião promovida na quinta (25), conselheiros debateram a hipótese de o mercado brasileiro estar represando os produtos para praticar sobrepreço.

“Os órgãos estudam acionar o mercado internacional para uma aquisição emergencial e reforçar as aquisições na indústria nacional”, informou O Globo.

A grande obra de Bolsonaro, além de mandar um sanfoneiro imbecil tocar “Ave Maria” na gaita, é nomear incompetentes para o Ministério da Saúde: vão conseguir reduzir a grande massa de idosos aposentados, de pobres famintos que vivem do Bolsa Família, indígenas e quilombolas.

Assim melhorarão as finanças do Governo e iniciarão a grande caminhada do desenvolvimento.

É genocídio que chama?

Polícia Civil e PM do DF estouram QG da seita 300, de apoio a Bolsonaro

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sofreu mais uma avaria em seu braço extremista, neste domingo (21), com uma operação policial no Distrito Federal para desmantelar o QG Rural ligado ao grupo “300 do Brasil”, da ativista Sara Winter. Os integrantes da seita fariam hoje mais uma manifestação na Esplanada dos Ministérios, proibida pelo governador Ibaneis Rocha (MDB).

“URGENTE: PMDF e Polícia Civil invadiram na manhã deste domingo o QG Rural de apoio ao Presidente Bolsonaro. Cerca de 40 homens fortemente armados, vários carros e um helicóptero foi utilizado na ação a mando do governador do DF Ibaneis Rocha. O objetivo é enfraquecer o manifesto”, escreveu na manhã de hoje o jornalista Oswaldo Eustáquio, retuitado pelo perfil de Sara Winter na rede social.

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), por meio da Coordenação Especial de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (Cecor), cumpriu na manhã deste domingo mandado de busca e apreensão em um dos pontos de apoio do grupo QG Rural, extremistas ligados ao grupo “300 do Brasil”. Os investigadores apuram a prática de supostos crimes de milícia privada, ameaças e porte de armas cometidos grupo.

O alvo é uma chácara na região de Arniqueiras, na região de Águas Claras, com duas casas, onde também havia barracas instaladas. O imóvel conta com câmeras de segurança que cobrem toda a sua extensão. No momento da operação, duas pessoas estavam no local.

Em meio à ação, foram apreendidos fogos de artifício, vários manuscritos com planejamento de ações e discursos, cartazes, aparelhos de telefone celular, um facão, um cofre (que ainda será aberto), e outros materiais destinados a manifestações.

Nas redes sociais, o extremista Renan Sena, integrante dos 300, divulgou um vídeo narrando a ação da polícia. Afirmou que o local foi “invadido” e que se trata de mais uma ação da “ditadura comunista”.

“Esses bandidos estão perseguindo quem luta pela nação para nos livrar dessa bandalheira da corrupção. A casa que dá apoio aos patriotas que lutam pela nação foi invadida. Hoje são eles, amanhã será vocês”, diz Sena.

Participaram da operação 30 policiais da Cecor, Divisão de Operações Especiais e da Divisão de Operações Aéreas.

Com informações do site Metrópoles, de Brasília, editado por Blog do Esmael e O Expresso.

Enfim, uma minionzete cloriquinada vai ver o sol nascer quadrado.

Sara Fernanda Giromini, mais conhecida como Sara Winter foi presa, pela Polícia Federal, na manhã de hoje depois de aprontar poucas e boas como líder dos 300 de Bolsonaro, que agora são bem menos de 30.

Arruaceira e radical, nem na família ela é bem vista. O irmão, Diego Geromini, diz que ela não vale o ar que respira.

Sara está sendo investigada pelo STF por suposta ligação com um esquema de disseminação de fake news na internet. A prisão tem gerado grande debate nas redes sociais, com o ex-ministro Sérgio Moro se posicionando a favor da decisão do ministro Alexandre de Moraes.

Em abril de 2019, após Sara Winter ter assumido um cargo no Ministério da Mulher, chefiado por Damares Alves, Diego criticou a irmã duramente em sua conta no Facebook.

“Não vale o ar que respira. Ex-prostituta e também fez diversos abortos. Uma pessoa que mente o tempo todo. Faz tudo para se beneficiar! Abandonou o filho para minha mãe criar, entre diversas coisas”, afirmou.

Sara e Bozo: evadidos do EJA.

Sara foi a mandante do “bombardeio” do prédio do STF neste final de semana. O Presidente da República entrou mudo e saiu calado no episódio, já que a verdadeira inspiradora do ato de desacato é a sua ministra Damares Alves, uma das mais radicais da Esplanada e também digna de um processo de interdição e tutela.

 

 

Nota de Bolsonaro e Mourão pode ter tido efeito contrário entre oficiais das três forças armadas.

O jornal Folha de São Paulo analisa, em matéria de Igor Gielow, publicada no sábado, que as reações de altos oficiais das três forças armadas pode não ser exatamente aquilo que o presidente da República, Jair Bolsonaro, esperava.

Existe uma reação silente e discreta, não só à figura do Presidente, como do Ministro da Defesa, que assinaram uma nota ameaçadora sobre “ordens absurdas”, “intervenção das forças armadas” e fechamento de instituições dos outros dois poderes da Nação, Legislativo e Judiciário.

Enquanto isso, 45 pedidos de impeachment do Presidente dormem em berço esplêndido nas gavetas do presidente da Câmara Federal, Rodrigo Mais.

***FOTO DE ARQUIVO*** BRASILIA, DF, BRASIL, 15-05-2020, 08h00: O presidente Jair Bolsonaro fala com apoiadores e imprensa ao sair do Palácio da Alvorada na manhã de hoje. (Foto: Pedro Ladeira/Folhapress)
Foto: Pedro Ladeira/Folhapress

 A nota em que o presidente Jair Bolsonaro, o vice Hamilton Mourão e o ministro Fernando Azevedo (Defesa) dizem que as Forças Armadas não cumprirão “ordens absurdas” foi reprovada por setores da cúpula militar e pelo seu alvo, os ministros do Supremo Tribunal Federal.

O texto foi elaborado na noite de sexta (12), após o ministro Luiz Fux conceder uma decisão provisória delimitando a interpretação do artigo 142 da Constituição, que regula o emprego dos militares.

Na liminar, Fux respondia a um questionamento do PDT acerca da interpretação corrente no bolsonarismo de que o artigo permitiria às Forças Armadas intervir caso um Poder tentasse tolher o outro.

A visão vem sendo ventilada pelo presidente, pelo vice e outros membros do governo. A nota de sexta dizia também que as Forças não tolerariam “julgamentos políticos”, uma referência nem tão velada à ação de cassação da chapa Bolsonaro-Mourão que corre no Tribunal Superior Eleitoral.

A reportagem conversou com oficiais-generais da ativa dos três ramos armados. Enquanto muitos consideram que o Judiciário tem exagerado em suas decisões, e todos ressaltem que os signatários da nota são seus superiores hierárquicos, o tom foi reprovado.

Para um almirante, a nota coloca as Forças Armadas como um poder moderador acima da lei. Ele disse que é óbvio que os militares têm de responder a decisões e que, se não concordarem, sempre caberá recurso dentro da Constituição.

Em grupos de WhatsApp de oficiais, a crítica mais comum era a de que as Forças foram colocadas como uma extensão do bolsonarismo militante, que tem no confronto com Poderes uma de suas características.

Já havia grande irritação pela entrevista que o general Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo) havia concedido à revista Veja, no qual ele falou em tom ameaçador contra a oposição ao mesmo tempo em que se apresentava como representante das Forças.

Ramos, já no centro de insatisfações quando foi cogitado por Bolsonaro para substituir o comandante Edson Pujol, ao mesmo tempo cedeu a pressões e decidiu passar à reserva -irá deixar o interino da Saúde, Eduardo Pazuello, como último general da ativa com cargo de primeiro escalão.

A nota coroou uma semana de ruídos entre a ativa e o governo Bolsonaro. A tentativa de maquiagem de dados da Covid-19 na Saúde, a frustrada portaria para dar direito ao uso de aviões ao Exército e a revelação de negócio entre a Força e uma empresa americana de armas favorecida pelo filho presidencial Eduardo Bolsonaro não foram bem digeridos.

Ante todo esse clima, com efeito, Mourão concedeu entrevista ao jornal Folha de S.Paulo na manhã deste sábado (13) e tentou modular a nota, dizendo que não há indisciplina possível entre os fardados da ativa.

Há relatos divergentes acerca de uma consulta do Planalto aos comandantes de Forças sobre o tom da nota. A reportagem questionou o general Azevedo sobre isso, mas ainda não obteve resposta.

Já entre ministros do Supremo, o tom variou de desânimo a irritação.

O desapontamento veio do fato de que o Planalto havia dado sinais de uma tentativa de normalização na relação com a corte, que está em processo de votação que deverá manter vivo o inquérito das fake news -que atinge o coração do bolsonarismo.

A principal sinalização foi dada acerca do ministro Abraham Weintraub (Educação), que na reunião ministerial de 22 de abril disse que queria ver os integrantes do Supremo, a quem chamou de vagabundos, na cadeia.

Nas últimas semanas, emissários fizeram chegar a ministros da corte que o Planalto estaria disposto a rifar Weintraub como punição pela fala. Em vez disso, o ministro envolveu-se em nova polêmica, com a rejeitada medida provisória que previa nomeação de reitores de universidades federais nesta semana.

A esse empoderamento somou-se a nota de sexta. A liminar de Fux havia sido alvo de contestações interna por parte de alguns ministros, que viram nela um certo truísmo ao reafirmar o que já está na Constituição e pela vacuidade do objeto: é uma decisão retórica, na prática.

Mas há simbolismos inescapáveis, e aí entra a contrariedade geral. Fux será o próximo presidente da corte, a tomar posse em setembro, e em momentos de crise entre Poderes os 11 integrantes do Supremo costumam agir em bloco.

Assim, o ataque direto a Fux se tornou, por extensão, mais uma afronta à corte por parte de Bolsonaro, que já participa de modo contumaz de atos pedindo o fechamento do órgão máximo do Judiciário e do Congresso.

A assinatura conjunta com Mourão foi vista como um recibo de ambos pelo fato de serem objeto da ação no TSE. Já a presença de Azevedo reforçou um sentimento que vem se consolidando na classe política: Bolsonaro tem usado as Forças Armadas como escudo por extrema fragilidade.

Assim, a banalização das ameaças, que assustam muitos devido ao passado intervencionista das Forças, tem sido vista pelo decrescente valor de face. Preocupa mais o Supremo a eventual perda de controle nas ruas, estimulada por Bolsonaro.

Chocou especialmente a sugestão do presidente para que hospitais sejam invadidos para provar a hipótese de que governadores estão inflando politicamente números da Covid-19.

Situações de violência implicam o uso das polícias militares, consideradas muito próximas do espírito bolsonarista. O motim da PM do Ceará no começo do ano, apoiado veladamente pelo governo, é um exemplo sempre lembrado.

Seja como for, no Distrito Federal a polícia acabou com o acampamento do 300 do Brasil neste sábado sem incidentes. O grupo pró-Bolsonaro prega violência e fechamento de Poderes, e não houve a temida adesão de policiais a ele.

As consultas que começaram na noite de sexta prosseguem neste sábado no mundo político, dado que Bolsonaro conseguiu elevar ainda mais o patamar de suas provocações institucionais, mas por ora o clima é mais de observação de cenário do que de reações exacerbadas.

O impossível não acontece: Bolsonaro não terminará o mandato.

Da Coluna de Miriam Leitão no Globo, editado pelo DCM

‘Em 40 anos de consultoria, o que eu aprendi é que o impossível não acontece.’ Foi essa a resposta que me deu um experiente consultor quando perguntei se o governo Bolsonaro concluiria seu mandato. Isso foi em 7 de maio.

No mesmo dia, ele previu que o Brasil seria o segundo país com mais mortes. Parecia exagerado, afinal era o oitavo. Na sexta-feira, virou o segundo.

“É impossível mais dois anos e meio dessa tragédia que nós estamos vivendo. Com esse grau de dissonância, ruído, complicação, briga. Isso não acontece”, disse ele.

Esse é o grande assunto entre cientistas políticos, economistas, cenaristas em geral. Para permanecer, Bolsonaro teria que mudar. A nota assinada pelo presidente, o vice e o ministro da Defesa na noite de sexta-feira tem como alvos o ministro Luiz Fux e o TSE, mas há uma ameaça implícita a qualquer voz divergente.

A hipótese de Bolsonaro mudar, distensionar o país e, assim, conseguir concluir o mandato é improvável. Bolsonaro não vai mudar. Por incapacidade mesmo. Ele será sempre criador de atritos constantes. Ele não sabe governar, por isso precisa dos confrontos. As brigas serão com pessoas, grupos sociais ou instituições. Escolherá aleatoriamente os “inimigos” para hostilizar. Quando faltar adversários, ele vai atirar para dentro do seu próprio governo.

Fiz a mesma pergunta que havia feito ao consultor — se o presidente terminaria o mandato — a uma alta autoridade da República, fora do Executivo. A resposta que eu ouvi:

— Com ele ignorando os conselhos que recebe, com essa estrutura que Bolsonaro criou, o Brasil explode antes de 2022. Do ponto de vista social e econômico. Eu tenho certeza. Como é que resolve? Dentro da democracia.

É impossível manter o país por mais dois anos e meio neste grau de tensão, com um presidente como Bolsonaro que estimula o conflito, ataca pessoas ou instituições, ameaça a democracia, e põe em risco o pacto civilizatório que o Brasil penosamente construiu. Isso não acontece.

E isso que se chama de realidade paralela, realismo fantástico ou situação surreal?

Estamos vivendo uma realidade paralela?

1 – Ministro da Justiça entra com habeas corpus no STF em nome de Weintraub e de investigados por fake news. Essa é a função do dito cujo pelego?

2 – No olho do furacão sanitário não temos um ministro da Saúde.

3 – O Presidente da República interviu na Polícia Judiciária Federal, a única que pode, por autorização judicial, investigar e instruir processos das altas cortes. Então o Presidente está intervindo direto no poder alheio, a Justiça.

4 – Um dos investigados da PF de antes de ontem, o Cara-de-Cavalo, disse que o ministro Barroso conversou com Maia e com outros e desafia: ele que prove que não falou. Não seria o Cara-de-Cavalo que precisaria provar uma eventual conspiração? Ah, sei! Aí ficaria provado que o Escritório do Crime grampeia ministros da Suprema Corte. Entendo.

5 – O Presidente da República anuncia, para quem quiser ouvir, que o Procurador Geral da República, pode ser indicado para uma eventual terceira vaga no STF. Não é o tal da PGR quem decide se investiga ou não o Presidente da República e seus filhotes amestrados? Então, o que me dizem?

Isso é uma realidade paralela ou os acusados apenas estão baseados no fato que uma grande parcela da população brasileira é analfabeta funcional e só entende mesmo os palavrões que o Presidente profere?

Acabou, porra!

 

Quem tem celular, tem medo!

Informação de O Antagonista:

Jair Bolsonaro trocou o número de seu celular nesta segunda-feira (25), informa a Crusoé.

A mudança ocorreu três dias após Celso de Mello enviar à PGR pedidos de parlamentares para apreender o celular do presidente e de seu filho Carlos.

Assessores de Bolsonaro, no entanto, alegam que a mudança não tem relação com os pedidos dos parlamentares, e sim com um vazamento de seu antigo número.

Focado em si, Bolsonaro ameaça a democracia e abandona o Brasil à covid-19.

Imagem: EDU ANDRADE/FATOPRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

Bolsonaro já desprezava a covid-19 por acreditar que uma interrupção prolongada da pandemia geraria impactos econômicos que enfraqueceriam seu governo.

Mas, agora, entrou no “modo de sobrevivência”, nada mais importa, nem vidas, nem a democracia. Mostrando que é um capitão apenas da boca para fora, primeiro, salva a si mesmo e a seus filhos. Se der tempo, sua tropa. A população? Como ele mesmo disse: “todos nós iremos morrer um dia”.

Uma crise institucional sem precedentes entre as cúpulas dos Poderes Executivo e Judiciário ocorre no exato momento em que o Brasil se torna o epicentro global de uma crise sanitária. Não se sabe ainda quais as consequências disso para os ministros do Supremo Tribunal Federal e para o Presidência da República e seus assessores, mas invariavelmente o resultado disso será mais mortes da população mais pobre.

O presidente deve manter a aposta em seu comportamento de enfrentamento amparado pela aprovação de um terço da população, como mostra a pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta (27).

Apesar da rejeição a ele ter subido de 38%, em 27 de abril, para 43%, a somatória de ótimo e bom segue estável, a 33% – mesmo número do levantamento anterior. Ou seja, se o vídeo da polêmica reunião ministerial desagradou um naco da população, foi uma live premium para seus seguidores como analisei aqui após sua divulgação.

No breve pronunciamento que fez esta manhã, o assunto não eram os 25.598 mortos e os 411.821 infectados – números oficiais, uma vez que levantamento da Universidade Federal de Pelotas apontou que as grandes cidades podem ter sete vezes mais casos do que os registrados. Mas uma ameaça direta ao STF e à democracia.

“As coisas têm limite. Ontem foi o último dia e peço a Deus que ilumine as poucas pessoas que ousam se julgar mais poderosas que outros que se coloquem no seu devido lugar, que respeitamos. Acabou, porra!”, afirmou em transmissão da CNN Brasil. Também afirmou que “ordens absurdas não se cumprem”.

Ele se referia à operação da Polícia Federal, realizada nesta quarta (27), por ordem do ministro do Supremo Alexandre de Moraes, contra seus aliados que fariam parte de um sistema de difusão de ódio e desinformação com objetivos políticos.

A investigação tem potencial de chegar ao financiamento de sua campanha em 2018 e aos seus filhos, principalmente o vereador Carlos Bolsonaro, apontado como mentor do “gabinete do ódio”.

A defesa da independência entre poderes por Bolsonaro é contraditória com seu próprio discurso. Um dos pressupostos da República é que toda vez que o presidente ultrapassa os limites que lhe confere a Constituição, suas ações precisam ser contidas, anuladas, investigadas pelos outros poderes.

O chefe do Executivo pode muito, mas não tudo. Infelizmente, ele acha que sim. Isso faz com que, de um lado, peite a ordem democrática e, do outro, coloque em risco a saúde da população.

Acabou, porra! Olha o nível!

Aos amigos, os favores; aos adversários, os rigores da Lei.

A frase é atribuída ao controverso filósofo político florentino, Nicolau Maquiavel, nascido no fim do século 15.

É o que está acontecendo hoje no Brasil.

Governadores adversários do Governo Central são investigados pela Polícia Federal, agora sob nova direção; o Procurador Geral da República luta contra a CPI e a investigação do Supremo do “Gabinete do Ódio”, dos porões do Palácio do Planalto; bandidos do Centrão, condenados e em liberdade provisória, vem a público promover a luta armada na defesa de um regime de força; e até as medidas de isolamento social tomada por governadores são rejeitadas em juizados federais de primeira instância.

Jair Bolsonaro vai conseguir o que deseja: um regime de exceção, mesmo que para isso seja necessário o confronto armado.

Lembro-me dos primeiros meses de 1964. Tinha 15 anos. E lembro, como se fosse hoje, a distribuição de armas promovida pelos golpistas. Eram prosaicos rifles 22 e as famosas papo-amarelo, calibre 38.

Como naqueles dias, estamos na hora do crepúsculo. E esta noite que se avizinha tende a ser longa e cruenta.

Frente evangélica pede cassação da chapa Bolsonaro/Mourão: “Governante sem discernimento aumenta as opressões”

“Reconhecemos a ciência como dom de Deus para cuidar da vida humana e toda a sua criação. A fé e a ciência são aliadas, caminham juntas e exaltam o poder divino”, afirma Frente de Evangélicos pelo Estado de Direito.

Nem todo evangélico apoia o governo Bolsonaro e seu “Brasil acima de tudo, Deus acima de todos”. Uma nota de de diversas igrejas, organizações e movimentos de evangélicas e evangélicos pela democracias publicou, na última quarta, um manifesto com o título “um clamor de fé pelo Brasil”. Logo de cara, cita um provérbio:

“O governante sem discernimento aumenta as opressões” (Provérbio 28.16)

“‘Nós, de diversas Igrejas, organizações e movimentos de evangélicas e evangélicos pela democracia, manifestamos publicamente nosso luto e profunda solidariedade para com as famílias dos mais de 10 mil mortos que o Brasil identificou até recentemente em meio a pandemia do novo coronavírus. É momento de “chorar com os que choram'(Rm 12:14-15)”, diz o primeiro item.

“Nosso compromisso cotidiano em ações solidárias de apoio ao atendimento de necessidades específicas de pessoas e famílias que se encontram em situação de vulnerabilidade nesse contexto de grave crise. ‘A fé, por si só, se não for acompanhada de obras, está morta'(Tg 2:17)”, segue a nota.

As instituições também expressam ” gratidão e solidariedade para com os profissionais de saúde que têm experimentado grande desgaste físico e emocional por estarem trabalhando no enfrentamento direto dessa situação”.

Além disso, as entidades também dizem reconhecer e apoiar Universidades e Centros de Pesquisa, “bem como seus pesquisadores e cientistas que têm se dedicado na busca das melhores respostas e análises para juntos superarmos esta realidade. O momento exige que as tomadas de decisão sejam fundamentadas ‘no conhecimento que vem do bom senso’ (Pv 1:4)”.

As igrejas e associações deixam claro que não estão com o presidente, muito pelo contrário: manifestam “repúdio e indignação à forma antiética com que o presidente da República tem se comportado nesta grave situação do País, sem assumir a conduta exigida para uma pessoa que ocupa a liderança institucional executiva da nação. Ele tem dado provas de que não está à altura do cargo da Presidente da República”, diz a nota.”A gestão inadequada durante a pandemia atenta contra a vida humana ao invés de ‘praticar a justiça e compaixão pelos pobres’ (Dn 4:27).”

“Reconhecemos a ciência como dom de Deus para cuidar da vida humana e toda a sua criação. A fé e a ciência são aliadas, caminham juntas e exaltam o poder divino”, afirmam eles.

“Que o poder público – executivo, legislativo e judiciário – atue de forma coordenada para promover uma economia justa e voltada para o benefício das pessoas, a partir dos mais empobrecidos. Não há nenhuma razoabilidade em se opor a crise na saúde à crise econômica. É falsa tal divisão.

O momento é de grave crise na saúde pública e todos os esforços devem convergir para maior preservação possível de vidas. Não se pode minimizar uma situação de pandemia em favor de lucros. O foco precisa ser solidariedade e proteção social em prol da preservação da vida humana.”

E, por fim, propõem que o TSE assuma seu papel constitucional e proceda o imediato julgamento das Ações de Investigação Judicial Eleitoral que tramitam que pedem a cassação da chapa de Jair Bolsonaro e de Antônio Mourão em razão da disseminação de mentiras durante a campanha eleitoral, “prática que tem se mantido durante o governo, sendo agora alimentada por dinheiro público, como tem sido demonstrado e noticiado.

“A preservação de vidas e da democracia exigem ação imediata. Não há motivos que justifiquem ainda mais a prorrogação desse julgamento. Para que a justiça seja feita, sob a égide do Estado de Direito e para o bem estar social e da democracia.”

As entidades que assinam são: Aliança de Batistas do Brasil, Coletivo Abrigo
Cristãos Contra o Fascismo, Evangélicos pela Justiça, Evangélicos Trabalhistas, Evangélicxs pela Diversidade, Fé e Afeto Cristão, Fórum Evangelho e Justiça, Frente de Evangélicos pelo Estado de Direito,
Evangélicas pela Igualdade de Gênero, Igreja Batista dos Direitos Humanos
Igreja Batista Nazareth, Igrejas Libertárias, Instituto Guarani de Responsabilidade Socioambiental, Miquéias Brasil, Movimento Negro Evangélico do Brasil, Nossa Igreja Brasileira, Núcleo de Evangélicas e Evangélicos do PT, Paz e Esperança Brasil, Plataforma Intersecções, Primavera Ecumênica – PSOL/PR, Rede Fale, Redenção Baixada e Vozes de Maria.

Aliança de Edir Macedo com Bolsonaro envolve presidência da Câmara, cargos no governo e perdão de dívidas às igrejas

(São Paulo – SP, 01/09/2019) Presidente da República, Jair Bolsonaro é recebido pelo Pastor Edir Macedo durante visita ao Templo de Salomão.Foto: Alan Santos/PR

Da Agência Pública

Presidente impulsiona nos bastidores o nome de Marcos Pereira, homem de confiança de Edir Macedo, para a sucessão de Rodrigo Maia.

O líder da Igreja Universal, Edir Macedo, e o presidente Jair Bolsonaro desejam ver o bispo Marcos Pereira, deputado e presidente do partido Republicanos, como sucessor de Rodrigo Maia (DEM-RJ) na presidência da Câmara dos Deputados em fevereiro de 2021.

A informação foi divulgada por ex-membros da igreja em vídeos nas redes sociais, e os rumores de que o bispo é um forte candidato foi confirmada por parlamentares entrevistados pela reportagem da Agência Pública.

Caso chegue ao posto, Pereira seria o segundo nome na linha de sucessão presidencial, logo depois do vice-presidente da República. O presidente da Câmara é o responsável, por exemplo, pela aceitação ou não de um pedido de impeachment de Bolsonaro.

A bancada evangélica é tida como a maior avalista de Bolsonaro hoje no Congresso e, por isso, a candidatura de Pereira estaria sendo impulsionada nos bastidores pelo presidente da República, afirmam parlamentares entrevistados. Marcos Pereira é presidente do Republicanos (ex-PRB), o braço político da igreja de Edir Macedo e é atualmente o vice-presidente da Câmara dos Deputados. Além disso, comanda uma bancada de 30 deputados do partido ligado à Universal – a maioria bispos e pastores ou artistas e radialistas ligados à TV Record.

Ex-ministro da Indústria e Comércio no governo Michel Temer, Pereira é um dos expoentes do Centrão. Para conquistar a presidência da Casa, Pereira terá de disputar espaços com um outro importante nome do Centrão, o deputado Arthur Lira (PP-AL), que também tem se aproximado de Bolsonaro. Já o nome preferido de Maia para sucedê-lo seria o líder da maioria na Câmara, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), segundo se comenta nos bastidores.

Parlamentares da oposição ouvidos pela reportagem consideram “prematuro” o lançamento da candidatura de Marcos Pereira. Mas o bispo demonstrou seu prestígio nas últimas semanas. Conseguiu a indicação de Tiago Queiroz para comandar a Secretaria Nacional de Mobilidade, ligada ao Ministério do Desenvolvimento Regional. No ato da nomeação, na quinta-feira 7 de maio, era o bispo Pereira quem aparecia nas fotos, na imprensa, cumprimentando Bolsonaro – e não o novo secretário.

Tiago Queiroz foi diretor do Departamento de Logística do Ministério da Saúde na gestão do ministro Ricardo Barros (PP), durante o governo Michel Temer. Em dezembro de 2018, o Ministério Público Federal moveu ação contra o então ministro da Saúde por supostas irregularidades na compra de medicamentos e contratação de empresa fornecedora e Queiroz, além de outros dirigentes do órgão, teve o seu nome envolvido no caso.

Numa postagem no Twitter, Marcos Pereira disse não ter tratado com o presidente da República de composições no governo. Mas fez a ressalva: “Ainda que fosse, e se em algum momento acontecer, não seria incoerente, uma vez que apoiamos Jair Bolsonaro, e no início de sua gestão eu disse que nossa pauta convergia em 80%. O Republicanos segue coerente”.

Nota da Redação:

O que Bolsonaro está preparando nos porões do Palácio do Planalto é uma autocracia fundamentalista-militar centrada em sua triste figura, com pinceladas de autoritarismo arrogante e prepotente.

Falta muito pouco para as suas milícias atacarem a bala os opositores ou supostos opositores ao regime, como tem sido feito com a imprensa e representantes do pessoal médico, que pedia mais equipamentos de proteção na praça dos Três Poderes.

Bolsonaro tem testado à exaustão os limites desse autoritarismo, recuando descaradamente quando passa dos limites. A experiência lhe trará os parâmetros do golpe, com vistas ao continuísmo e à perpetuação no poder.

Teremos em breve um aiotolá, um chavista empedernido, que, face às dificuldades extremas da crise sanitária e da crise econômica, assuma poderes não previstos na Constituição.

Vimos até que, para isso, se alia à podridão da velha política. Se eleger o presidente da Câmara, terá dois poderes para manipular, esmagando a Justiça. Aí, saberemos para que tipo de predador insaciável, canis lupus, estamos alcançando os restos de carne de nossa dispensa democrata.

Revista britânica diz que Bolsonaro perdeu sua bússola moral no enfrentamento ao Coronavírus

Foto de Gabriela Biló/Estadão: Bolsonaro lança perdigotos em sua plateia de fiéis seguidores na saída do Palácio Alvorada.

A revista científica inglesa The Lancet dedica editorial ao presidente Bolsonaro e ao seu pouco interesse no enfrentamento à pandemia:

“Perdeu sua bússola moral, se é que alguma vez a teve”

A prestigiosa publicação britânica fez duras críticas ao presidente brasileiro em sua edição desta semana.

“Ele não apenas continua a semear confusão, desrespeitando abertamente as medidas de prevenção, como incentiva a saída às ruas”.

Com título Covid-19 in Brazil: so what? (“Covid-19 no Brasil: e daí?”), fazendo referência a uma fala recente de Bolsonaro sobre a piora do coronavírus no Brasil, o editorial afirma que as declarações e atitudes do presidente brasileiro e as turbulências políticas que levaram à saída recente de dois ministros do governo, Luiz Henrique Mandetta e Sergio Moro, são “uma distração mortal no meio de uma emergência de saúde pública”.

O editorial destaca ainda a vulnerabilidade “especialmente das 13 milhões de pessoas morando em favelas, aqueles que estão desempregados e a população indígena do Brasil” diante do coronavírus. A publicação veio primeiro na versão online, mas o editorial faz parte na edição semanal que será publicada no sábado.

Enorme sub-notificação

O texto começa afirmando que o coronavírus chegou mais tarde na América Latina, mas que após seu primeiro caso em fevereiro, o Brasil passou a ter o maior número de ocorrências e mortes pela covid-19 na região.

O editorial aponta como preocupante uma possível e “enorme” sub-notificação de casos e o fato de o Brasil ter aparecido como o país com a mais elevada taxa de transmissão (2.81) em um estudo recente da universidade inglesa Imperial College envolvendo 48 países.

Um artigo que confirma: “Por que o Ministério da Saúde está falsificando dados sobre o número de mortos pela Covid-19?”

Os genocidas

O Governo armou uma mega-operação para falsear dados e minimizar a crise sanitária.

Por Marcos Cesar Danhoni Neves*, na Revista Fórum.

“É verdade que centenas, mais, milhares de famílias fugiram desta peste, mas muitas fugiram tarde demais e, então, não apenas morreram durante a fuga como levaram consigo a doença (…) por onde andaram, contaminando aqueles a quem procuravam por segurança. Isso confundiu muito as coisas, causando a propagação da doença através do que seria o melhor meio de evita-la”
(“Um Diário do Ano da Peste”, Daniel Defoe)

Desde o primeiro óbito no Brasil pela COVID-19 venho coletando dados tanto do contágio quanto do número de mortes, comparando primeiro com os países onde a pandemia mais matou: Itália, Espanha, França, Inglaterra.

Como estamos no início da pandemia que chegou com atraso ao hemisfério sul, resolvi fazer a comparação com países do hemisfério norte que apresentavam número de contágio ou de taxas de óbitos diários semelhantes aos nossos. Outro critério para minha seleção foi o descaso de certos governos com as consequências da pandemia, ou a adoção da tese absurda da “imunização por rebanho”, onde se despreza o isolamento social, esperando que todos se infectem, gerando imunidade. A Inglaterra, a Holanda e a Suécia pagaram um preço demasiadamente elevado por isso.

O gráfico abaixo mostra a curva mortal para cinco países: Bélgica, Suécia, Irã, Holanda e Brasil, analisando 33 dias desde o primeiro óbito em cada um destes países. Em relação ao nosso país, construí duas curvas, denominadas: BRASIL I e BRASIL II. O primeiro trata do número oficial; o segundo considera uma subnotificação média de 48% a mais, como relatado num semanário baseado em pesquisas estatísticas (levando em consideração o exagerado número de mortes por falência respiratória, além da média conhecida).

Ao final da tarde do nosso 33º dia, recolhi o dado brasileiro: 383 mortes em 24 horas! Comparei com os dados dos demais 4 países a partir dos sites www.covidvisuaizer.com e www.covid19graph.work . Acresci os 48% de subnotificações aos dados da ramificação BRASIL II (ver gráfico).

A partir do vigésimo dia e pelo número de mortes registrados no país, pela progressão geométrica registrada passei a tentar prever os números futuros (sob um isolamento social que vai se esfacelando rapidamente, graças aos desvarios fascistas de Bolsonaro).

Fiz algumas contas e tentei uma equação exponencial e havia chegado aos seguintes números: 30º dia = 1.900 mortos (deu 1.947); 31º dia = 2.200 (deu 2.171); 32º dia = 2.400 (deu 2.462); 33º dia = 2.800 mortos (havia dado 2.846, mas depois corrigido para 2587).

O gráfico acima foi fechado no final da tarde do dia 20/04/2020, poucas horas antes da “correção” do Ministério da Saúde.

Claramente, este é um ponto fora da curva, literalmente falando, posto que é falsificado!

A saída de Mandetta, um político conservador, que aniquilou o Mais Médicos, o Farmácia Popular e queria liquidar o SUS, agiu na tangência da civilização, seguindo as recomendações da OMS (Organização Mundial da Saúde), e evitando a falsificação dos dados (desconsiderando as subnotificações que se devem, grandemente, à ausência de um número apreciável de testes).

O novo Ministro, Teich, além de evitar contato público e declarações públicas aos jornalistas, está envolvido numa mega-operação de fantasiar dados, diminuindo o número de vítimas fatais da pandemia, para ajudar no discurso de Bolsonaro para o término do isolamento social.

Conseguirá o seu intento, mas de forma muito provisória, pois logo, logo o nosso número de mortos será semelhante àqueles europeus (Itália, Espanha, França, Inglaterra) e ao dos EUA.

O genocídio só está começando: quem morrer, não verá país (civilizado) algum! Aos vivos, restará a lúgubre frase-lamento: “O horror, o horror, o horror!”, de Joseph Conrad em “O Coração das Trevas”.

Alcolumbre, em reunião fechada: “o Governo acabou”.

Encontro reservado reuniu lideranças partidárias, ministros de tribunais e a cúpula do Senado

A conduta de Jair Bolsonaro diante da pandemia do novo coronavírus não vem agradando às principais lideranças políticas do país, mesmo as consideradas conservadoras.

Para discutir a postura do governo, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), tem coordenado reuniões com políticos, ministros de tribunais e a cúpula do Senado.

De acordo com informações da Veja, interlocutores afirmam que o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), fez a análise mais contundente do futuro de Bolsonaro. Em encontro na residência oficial de Maia, ele afirmou que “o governo acabou. A diferença é saber se ele chega a 2022”.

Apoio

Apesar disso, pelo menos por enquanto, não há indícios de que haja andamento a um processo de impeachment.

Apesar de 51% da população achar que Bolsonaro mais atrapalha do que ajuda no combate ao coronavírus, em pesquisa Datafolha, o presidente ainda conta com 30% de apoio popular, segundo o mesmo levantamento.

A caminhada de Bolsonaro rumo ao ostracismo já começou.

Tudo dá a entender que o general de exército (quatro estrelas) Walter Souza Braga Netto, ex-interventor militar no Rio de Janeiro e ex-Chefe do Estado Maior do Exército, portanto o segundo em comando, é o novo primeiro mandatário da Nação.

Fica claro que os militares não aceitaram o blefe janista que Jair Messias Bolsonaro tentou dar nos players do poder, colocando-se como estrela dos praças e das polícias militares. Errático, vulgar, absolutista, açodado por uma matilha de moleques que trabalha no Palácio do Planalto, não comanda mais seus ministros.

Prova disso é o desafio do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, que, num acalorado debate, chegou a repetir: “Me demita, sr. Presidente!”.

Outra prova é que até a mulher de Moro, seu ministro da Justiça e virtual pré-candidato à Presidência da República, chegou a aconselhar nas mídias sociais: “fiquem em casa”, uma posição consoante com a de 26 governadores e a maioria dos médicos infectologistas do País, mas antípoda do pensamento de Jair Messias.

O que Bolsonaro tentou, repito,  Jânio Quadros  e Fernando Collor de Mello tentaram. Como a história recente do País conta, não deu certo. Referendar uma posição autoritária, através do confronto social e com quebra da hierarquia, não poderia dar mesmo certo. Militares planejam longamente suas batalhas e seus planos de poder.

Jair Bolsonaro enfim chegou ao status que mais temia: ser apenas a Rainha da Inglaterra, com muita pompa e circunstância, mas nenhum poder.

E o novo primeiro ministro, Braga Netto, além de ser aquilo que se convencionou chamar de Presidente Operacional, será o Primeiro Ministro, movimento que começou com o exílio do mequetrefe Onyx Lorenzoni para uma pasta sem expressão.

Os militares agora surfam o que restou da popularidade de Bolsonaro, uns 30% dos eleitores do País, e se preparam para a ingente tarefa de recuperar os danos da pandemia e da economia, que deverá recuar este ano algo em torno de dois dígitos, a exemplo de outros países.

O mundo se prepara para entrar numa recessão violenta, a qual deverá gastar anos para seu restabelecimento.

Bolsonaro vai continuar morando no Alvorada, vai continuar passeando no Planalto e representando o País nas grandes solenidades.

Será o carregador da faixa presidencial. E sangrar mais 3 anos, um walking dead de Brasília, e quando sair de lá será retirado até dos anais da história. O que não será exagerado ao considerar-se o maior erro eleitoral da história Republicana.

God save the Queen!

Pense bem, sr. Presidente! E decida por uma vida melhor.

Desça a rampa, sr. Presidente.

Pense muito bem, sr. Jair Messias: três aposentadorias gordas – uma de militar, outra de deputado e outra de presidente da República (uns 80 mil por mês); seis seguranças, dois motoristas e dois carros, se revezando dia e noite; passaporte vermelho.

Não é melhor aproveitar a primavera na Europa, comer umas boas comidinhas, tomar uns bons vinhos, namorar com a Michelle e depois dormir a noite toda sem hora para acordar?

O Senhor pode ir para qualquer lugar que queira – não recomendo a China – pois já contraiu o Mocorongovírus e está curado. Leve na mala a alta dos médicos do Hospital das Forças Armadas.

Aqui o Senhor tem contra seu governo 27 governadores, mais de dois terços dos congressistas, a maioria dos ministros do STF e alguma coisa como 70% dos eleitores. E a imprensa toda, que está por aqui com as suas ofensas e grosserias.

Não tem jeito. Renuncie. Largue esse prato indigesto na mesa do Mourão. Ele está com uma coceirinha danada para assumir. E vá viver uma vida boa.

Pense bem. A Michelle e sua filha menor merecem. Os marmanjos o Senhor deixa que se virem. Eles tem empregos e tem o twitter para se divertir.

Bolsonaro chama imprensa de mentirosa após divulgação de resultado de exames

Pois o deputado federal Dudu Surfistinha deu uma informação errônea à rede FOX News, que a divulgou em todo território norte-americano, sobre o possível “Positivo” do exame de coronavírus do seu pai, Jair Bolsonaro. Com o desmentido do próprio Pai, Dudu foi às redes dizer que a imprensa é mentirosa, etc e tal.

O presidente Jair Bolsonaro publicou em uma rede social nesta sexta-feira (13), que não contraiu o coronavírus.  Mais cedo, o filho do presidente, Eduardo Bolsonaro, apareceu como fonte de uma matéria da Fox News que atestou a doença no presidente. 

Bolsonaro fez o teste na quinta-feira (12) após a informação de que o chefe de Comunicação Social da Presidência da República, Fabio Wajngarten, contraiu a doença.

Wajngarten fez parte da comitiva de Bolsonaro, que viajou nesta semana para a Flórida, nos Estados Unidos, para uma série de compromissos. 

O ex-Ministro do Desenvolvimento Social, Osmar Terra, informou em seu perfil no Twitter que toda a comitiva que acompanhou o presidente aos EUA está livre da doença. “Só para não ficar a boataria no ar. O exame do coronavírus feito no Presidente e de toda comitiva que foi aos Estados  Unidos deu NEGATIVO!”

FAKE NEWS?

Ao publicar a informação em seu perfil, o presidente usou uma foto em que dava uma “banana” para a imprensa. Ele chegou a complementar em seguida: “Não acredite na mídia Fake News! São eles que precisam de vocês!”.

Após a divulgação do presidente negando a doença, a Fox News editou a nota que havia publicado. Segundo o jornal americano, Eduardo havia confirmado a informação ao veículo, mas logo depois disse que nunca tinha afirmado que o teste do pai deu positivo. “A informação foi negada pelo deputado em seu perfil no Twitter: “Jamais falei com alguém da imprensa que testes do Presidente tenham dado positivo, jamais. Até porque essa informação jamais chegou para mim. A única informação que tenho é que o presidente, o ministro General Heleno e eu testamos NEGATIVO para coronavírus”. Vale lembrar que a Fox é considerada uma emissora de direita, que apoia a gestão do presidente americano Donald Trump.

 

A falta de compostura sem limites. A patuleia adora!

© Mateus Maia/Poder360 O presidente se irritou com pergunta sobre reforma na biblioteca do Planalto para abrigar sala de trabalho para primeira-dama.

Do Poder360

O presidente Jair Bolsonaro reagiu mais uma vez com críticas à imprensa neste sábado (15.fev.2020) ao ser questionado sobre uma obra na biblioteca do Palácio do Planalto para abrigar uma sala de trabalho para a primeira-dama, Michele Bolsonaro.

Apoiadores que o esperavam na saída do Palácio da Alvorada seguiram as falas e também criticaram repórteres. Por fim, o presidente mostrou novamente uma “banana” aos jornalistas.

Ao ser questionado se a reforma prejudicaria o acervo da biblioteca, Bolsonaro respondeu: “Vocês só se preocupam com besteira. Nenhum livro vai embora. Vai ficar tudo lá. A primeira-dama faz um trabalho de graça para o Brasil todo. Ao invés de vocês elogiarem, vocês criticam? Tenha a santa paciência.”

Banco Central baixa juros, mas mercado de empréstimos continua sua usura habitual.

Bolsonaro mentiu desde a campanha. Na foto, tenta provar a existência do kit gay nas escolas. Um moralista de cuecas, que usava o auxílio moradia para “comer gente”.

O Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central cortou a taxa básica de juros (Selic) em 0,25 ponto percentual, de 4,5% para 4,25% ao ano. É o menor patamar desde o início da série histórica, em 1996. Foi o quinto corte seguido, e a decisão foi unânime.

Em comunicado, o Copom indicou que deve parar de baixar os juros por enquanto. “Considerando os efeitos defasados do ciclo de afrouxamento iniciado em julho de 2019, o Comitê vê como adequada a interrupção do processo de flexibilização monetária”, diz o texto.

Está feliz? Pois eu não estou. Continuo pagando mais de 1% ao mês em financiamento de carros, 5% a.m. em empréstimos sem garantias e mais de 300% ao ano em cartão de crédito.

Nos direitos do bancos, “abiguinhos” de Paulo Guedes, ninguém trisca não. O resto é marketing eleitoral de Bolsonaro, tipo essa do ICMS sobre os combustíveis.

Nem os estados vão atendê-lo, quebrados como estão, nem ele seria capaz de abrir mão da somatória de impostos federais sobre gasolina e diesel. 

São apenas lorotas para contar ao gadinho que vai aplaudi-lo, lá no puxadinho da portaria do Palácio da Alvorada.  

A responsabilidade do campo democrático para evitar a catástrofe

Por MARCOS NOBRE, na Piauí.

Jair Bolsonaro sempre teve clareza de que chegou ao poder por uma confluência única de circunstâncias, uma janela no tempo difícil de se repetir. Desde que se elegeu, tem apenas duas preocupações: evitar o impeachment e se reeleger. A tática para atingir suas metas é a mesma: manter o sólido apoio de uma parcela do eleitorado que não é maioria, mas que é grande o suficiente tanto para resistir a um impeachment como para chegar ao segundo turno em 2022.

A partir do terceiro mês de mandato, a parcela que apoia o atual presidente se estabilizou em torno de um terço do eleitorado. Mesmo que o apoio venha a cair para um quarto dos eleitores, ainda assim Bolsonaro tem boas chances de ser bem-sucedido. O sinal vermelho para seu projeto só acenderá caso caia abaixo desse patamar.

A grande ameaça está no fato de que o duplo objetivo – evitar o impeachment e conseguir a reeleição – não é um fim em si mesmo. É apenas um meio. O objetivo real de Bolsonaro é destruir a democracia. Manter-se no poder e vencer a eleição em 2022 são apenas requisitos para alcançar esse objetivo maior.

É claro que esse roteiro pode mudar. Bolsonaro pode tentar um golpe antes de 2022. Mesmo que seja uma tarefa ainda mais difícil neste momento de dispersão e de fragmentação, as forças democráticas têm de se preparar como puderem também para isso. Este texto é otimista. Acredito que, pelo menos por enquanto, as condições para um golpe não estão dadas e que está mantido o roteiro de destruição da democracia pela via eleitoral.

Apesar de todas as indicações, tem muita gente que ainda duvida de que o objetivo de Bolsonaro seja destruir a democracia. Os atos e palavras antidemocráticos do atual presidente não passariam, segundo essas pessoas, de “arroubos”. Outra parcela da sociedade acha que “as instituições democráticas” irão mantê-lo na linha. Porque, afinal, Bolsonaro continua apostando em eleições. E está realizando o que prometeu durante a campanha de 2018.

Mas o que Bolsonaro prometeu em 2018 foi exatamente isso – destruir as instituições democráticas. Na campanha, as “instituições democráticas” eram “o sistema”. E o sistema é “de esquerda”. O liberalismo que ele abraçou é meramente econômico – Bolsonaro tem ojeriza ao liberalismo político. Entre outras razões, é por isso que não passa de conversa fiada dizer que se trata de um governo “liberal na economia e conservador nos costumes”. É um governo liberal na economia e antiliberal em política.

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Começou: apoiadores de Moro chamam Bolsonaro de traidor!

Do Congresso em Foco

Apoiadores do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, reagiram à decisão do presidente Jair Bolsonaro de manter o dispositivo que cria a figura do juiz de garantias ao sancionar a lei do pacote anticrime.

Eles acusam o presidente de trair o ministro. Bolsonaro contrariou Moro, que havia pedido que a medida fosse vetada. Eleitores do presidente que apoiam Moro impulsionaram no Twitter a hashtag #BolsonaroTraidor. O assunto está entre os mais comentados da rede na tarde desta quarta-feira (25).

Bolsonaro sancionou o pacote anticrime com 25 vetos. Mas manteve a emenda de autoria do deputado Marcelo Freixo (Psol-RJ), que Moro havia pedido para derrubar. O ministro da Justiça reiterou sua contrariedade em nota divulgada no início da tarde.

Olimpio: “Deu tudo errado” Pedro França/Ag. Senado

O líder do PSL no Senado, Major Olimpio (SP), que gosta de se definir como um “bolsomorista”, por apoiar incondicionalmente tanto o presidente quanto o ministro, criticou a decisão de Bolsonaro.

“Pedi por Ofício ao PR [presidente da República] para não sancionar este e alguns outros pontos do projeto. Assim como nós, Moro é contra e pediu aos parlamentares aprovarem o projeto, que ele sensibilizaria o PR a vetar. Deu tudo errado. Assim, parte do pacote anticrime vira mesmo pacote pró criminosos”, publicou o líder do antigo partido do presidente em seu Twitter.

Pelo novo modelo, dois juízes atuarão em fases distintas do processo. Moro disse que fez a recomendação porque o texto não esclarece como ficará a situação das comarcas onde há atua apenas um magistrado. Ele também alegou não há clareza se a medida valerá para processos em andamento e em tribunais superiores.

“O MJSP [Ministério da Justiça e Segurança Pública] se posicionou pelo veto ao juiz de garantias, principalmente, porque não foi esclarecido como o instituto vai funcionar nas comarcas com apenas um juiz [40% do total]; e também se valeria para processos pendentes e para os tribunais superiores, além de outros problemas”, justificou. “De todo modo, o texto final sancionado pelo Presidente contém avanços para a legislação anticrime no país”, acrescentou.

No sábado passado, Bolsonaro disse que o veto ou não a esse dispositivo era o último ponto em discussão antes da sanção da lei, assinada por ele ontem. Moro afirmou que o texto sancionado contém avanços e que o presidente apoiou diversos vetos sugeridos por ele. Ao todo, foram vetados 25 pontos aprovados pelo Congresso.

Pelo novo modelo, um juiz cuida da instrução processual, como a supervisão das investigações e a decretação de medidas cautelares. Outro juiz fica responsável pelo julgamento. Segundo o presidente, Moro defendia o veto alegando que muitos municípios têm apenas um magistrado, mas outros integrantes do governo, ressaltou ele, apoiavam a medida.

De acordo com o texto sancionado, o juiz de garantias será “responsável pelo controle da legalidade da investigação criminal e pela salvaguarda dos direitos individuais cuja franquia tenha sido reservada à autorização prévia do Poder Judiciário”.

Bolsonaro afirma que caso “Flávio” exige que tenha a cabeça no lugar

Em entrevista de mais de duas horas na manhã deste sábado (21), o presidente Jair Bolsonaro afirmou haver abuso por parte do Ministério Público do Rio de Janeiro nas investigações sobre a suspeita de um esquema de “rachadinha” tendo como base o gabinete do seu filho Flávio no Rio de Janeiro quando ele era deputado estadual.

“Se eu não tiver a cabeça no lugar, eu alopro. Que levem o caso dele de acordo com a alegação que está ali”, disse Bolsonaro sobre a apuração que tem como pivô o ex-assessor de Flávio Fabrício Queiroz.

Para o Ministério Público do Rio, o hoje senador lavou até R$ 2,3 milhões com transações imobiliárias e uma loja de chocolates.

A origem dos recursos estaria na “rachadinha”, coação de servidores para devolver parte do salário a parlamentares.

Bolsonaro, que havia atacado jornalistas na véspera, convidou a imprensa para degustar mangas no Palácio da Alvorada, mas serviu apenas água e café. Ele considerou um erro o ataque a um repórter, mas não pediu desculpas por ofender a mãe do jornalista.

“Sim, eu erro, não deveria ter falado. No futebol, de vez em quando, manda o colega ir para a ponta da praia. É a minha maneira de ser, não dá para mudar isso aí. Pau que nasce torto… É o linguajar que eu tenho. Não vejo como ofensivo.”

O presidente afirmou que resultado de biópsia afastou a possibilidade de ele ter câncer de pele, disse acreditar que seu partido, o Aliança pelo Brasil, não será criado a tempo das eleições municipais do ano que vem (só haveria 1% de chance) e que a economia será a prioridade em 2020.

Os problemas de Flávio

“O processo está em segredo de Justiça. Quem é que julga? É o Ministério Público ou o juiz? Os caras vazam e julgam. Paciência, pô. Qual a intenção? Estardalhaço enorme. Será por que falta materialidade para ele e o que vale é o desgaste agora? Quem está feliz com essa exposição absurda na mídia? Alguém está feliz com isso. Se eu não tiver a cabeça no lugar, eu alopro. Que levem o caso dele de acordo com a alegação que está ali.”

Sobre o Ministério Público, disse “que todo Poder [o Ministério Público não é um Poder] tem de ter uma forma de sofrer algum controle”. “Não é do Executivo. Quando começa a perder o controle, buscar pelo em ovo. Eu sou réu no Supremo. Já sofri processos os mais variados possíveis. Então, a questão do Ministério Público está sendo um abuso, eu noto. Qual a interferência minha? Zero.”

Bebbiano: “Bolsonaro não tem equilíbrio mental para comandar um País”.

O ex-ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República Gustavo Bebianno afirmou hoje, em entrevista à rádio Jovem Pan, que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) “não tem equilíbrio mental para comandar um país” e disse trabalhar pela interdição do capitão na Justiça.

A afirmação foi feita após ser questionado sobre as suspeitas levantadas por Bolsonaro de que Bebianno poderia ter envolvimento no episódio da facada desferida contra o presidente quando ainda estava em campanha, em 2018.

“Alguém que cogita uma coisa dessas e diz isso publicamente pode facilmente nos jogar numa guerra, por exemplo”, disse Bebianno.

No início do mês, Bebianno, que foi líder do PSL, filiou-se ao PSDB do Rio de Janeiro. Na ocasião, ele também atacou Bolsonaro ao dizer que o presidente coloca a democracia em risco. Do UOL.

 

Irritado, Bolsonaro desafora repórteres na saída do Alvorada

Visivelmente irritado com questionamentos de jornalistas na manhã desta sexta-feira (20/12/2019), o presidente Jair Bolsonaro desviou das perguntas e partiu para o enfrentamento.

Ao ser questionado se pretende ainda transferir a embaixada de Israel de Tel Aviv para Jerusalém, como mencionou nos últimos dias, Bolsonaro retrucou a um jornalista do sexo masculino: “Você pretende se casar comigo um dia?”

E continuou: “Você pretende se casar comigo? Responde. Você não gosta de louro de olhos azuis?”, questionou Bolsonaro diante das risadas de apoiadores que o aguardavam na porta do Palácio da Alvorada.

“Não seja preconceituoso. Vou te processar por homofobia. Você é homofóbico”, ironizou o presidente diante da não resposta do profissional.

Ele retomou o tom ao ser questionado sobre o processo que corre no Ministério Público do Rio de Janeiro e que tem como alvo um suposto esquema de desvio de recursos públicos no gabinete do seu filho, o senador Flávio Bolsonaro (sem partido-RJ), quando ele era deputado estadual.

“Você tem uma cara de homossexual terrível e nem por isso eu te acuso de ser homossexual”, disse o presidente.

Ao ser questionado sobre o cheque recebido pela primeira-dama Michelle Bolsonaro pelo ex-assessor de seu filho, Fabrício Queiroz, no valor de R$ 24 mil, o presidente disse se tratar de um pagamento de empréstimo que ele havia feito. Queiroz é investigado em um possível esquema de “rachadinha” no gabinete do filho mais velho do presidente.

“Pergunta para a tua mãe o comprovante que ela deu pro teu pai, está certo? Querem comprovante de tudo.”, concluiu o presidente.

DataFolha: reprovação de Bolsonaro cai 2 pontos com leve crescimento da economia.

Diego Vara/Reuters

Para 55% dos entrevistados, a crise deve demorar para acabar, e o Brasil não voltará a crescer com força tão cedo. Já 37% acham que a crise será superada em meses.

Pesquisa Datafolha divulgada neste domingo aponta que a lenta recuperação econômica do país ajudou a frear a perda acentuada de popularidade do presidente Jair Bolsonaro. A taxa de aprovação do governo — avaliação ótimo ou bom — oscilou de 29% para 30% na primeira semana de dezembro. A variação está dentro da margem de erro que é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

A taxa de de reprovação — os que consideram o governo ruim ou péssimo — oscilou negativamente para 36%, após ter crescido de 30% a 38% nos primeiros oito meses de governo. Já o percentual de entrevistados que consideram o governo regular aumentou de 30%, em agosto, para 32%, também dentro da margem de erro.

Bolsonaro chega ao fim do primeiro ano de mandato com avaliação no mesmo período pior do que os ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso, que era aprovado por 41% da população no fim do primeiro ano, Luiz Inácio Lula da Silva (42%) e Dilma Rousseff (59%).

As duas únicas áreas do governo cuja avaliação melhorou fora da margem de erro estão ligadas ao desempenho da economia. De acordo com a pesquisa, a taxa de aprovação do trabalho da equipe econômica aumentou de 20% para 25%, e a do combate ao desemprego foi de 13% para 16%.

O otimismo em relação à economia também aumentou. Entre os entrevistados, 43% acham que ela vai melhorar nos próximos meses. Em agosto, a taxa era de 40%. Ainda segundo o levantamento, 31% acham que a economia vai ficar como está, e 24%, que vai piorar.

O otimismo com a economia é maior entre os mais ricos, camada social que também demonstra maior apoio ao governo Bolsonaro. A maioria da população, porém, percebe que a retomada da economia ainda não é suficiente. Para 55% dos entrevistados, a crise deve demorar para acabar, e o Brasil não voltará a crescer com força tão cedo. Já 37% acham que a crise será superada em meses.

A pesquisa aponta também a piora na avaliação do desempenho do governo no combate à corrupção. A taxa de aprovação nessa área caiu de 34% para 29%, enquanto que a reprovação subiu de 44% para 50%.

A aprovação ao trabalho do governo também caiu na Cultura de 31% para 28%. A avaliação ruim ou péssimo das ações nessa área oscilaram de 33% para 34%, e os que consideram regular passaram de 32% para 34%.

Representante do extinto Ministério da Cultura, a Secretaria Especial da Cultura passou por idas e vindas desde o início do governo, sendo transferida em novembro da pasta da Cidadania para a do Turismo.

Numa escala que vai de 0 a 10, a nota média atribuída pelos entrevistados ao presidente foi 5,1, a mesma de agosto.

No geral, porém, o nível de otimismo com a atuação do governo é o mais baixo desde que Bolsonaro assumiu a Presidência. No início do ano, 59% achavam que ele faria um governo merecedor de aprovação. Hoje, são 43%.

Foram entrevistados 2.948 pessoas em 176 municípios na quinta e na sexta-feira. As entrevistas foram feitas pessoalmente, em locais de grande circulação.

Era só o que nos faltava: um terraplanista maluco na FUNARTE.

Olha só o que o presidente Bolsonaro e o Olavo de Carvalho inventaram para dirigir a FUNARTE, importante instituição que cuida da cultura e das artes no País. O cara é maluco, passa recibo e carimba com o dedão. Dante Mantovani é o mesmo que, em vídeos postados no YouTube, defende teses como a relação entre rock, drogas, aborto e satanismo.

Mantovani: cara de maluco, jeito de maluco, dá recibo de maluco e carimba com o dedão.

A Fundação Nacional de Artes é uma fundação do governo brasileiro, ligada ao Ministério da Cidadania. Atua em todo o território nacional e é o órgão responsável pelo desenvolvimento de políticas públicas de fomento às artes visuais, à música, ao teatro, à dança e ao circo. A Biblioteca Nacional também foi entregue a um desconhecido no setor cultural do País, mas esse ao menos é mais discreto.

Na opinião de muitos, Bolsonaro, por mais inculto que seja, toma atitudes desse tipo, nomeando malucos para a Educação, Cultura e Funarte, como piada. Ele acha isso engraçado e nós, aqui na planície, ficamos nos debatendo como peixes fora d’água.

Folha de São Paulo quintuplica número de assinaturas diárias após boicote de Bolsonaro

“Eu não quero ler a Folha mais. E ponto final. E nenhum ministro meu. Recomendo a todo o Brasil que não compre o jornal Folha de S. Paulo (…) qualquer produto que anuncie lá eu não compro aquele produto. E ponto final”.

Foi o que disse Jair Bolsonaro, na sexta-feira sobre o ​​​​​​Folha de Paulo, maior jornal do Brasil, confirmando a ameaça feita há um mês de cancelar a assinatura da publicação em todos os órgãos do governo.

Questionado pelo Diário de Notícias sobre os efeitos desse boicote, o diretor de redação do jornal garantiu que tanto nesta como noutras ocasiões em que o jornal foi atacado por Bolsonaro as assinaturas cresceram de forma exponencial.

“A cada vez que o presidente Jair Bolsonaro ataca a Folha mais diretamente, o jornal experimenta um aumento nas vendas das suas assinaturas digitais”, disse Sérgio Dávila.

“Na última vez em que isso havia acontecido, quando o presidente anunciou que cancelaria todas as assinaturas que o governo tem do Folha, naquele dia e nos dias imediatamente posteriores, o ritmo de novas assinaturas do jornal cresceu de cinco a dez vezes”, prosseguiu.

Em editorial sob o título ‘fantasia de imperador”, o jornal acusa Bolsonaro de se mostrar “incapaz de compreender a impessoalidade da administração republicana”.

Os ataques do Planalto à imprensa não se resumem àquele caso. Naquele mesma semana de outubro, Bolsonaro publicara um vídeo nas redes sociais, a sua forma de interação preferida com o público, em que era representado por um leão, enquanto veículos como a Folha, o jornal O Estado de S. Paulo, a revista Veja e a Rede Globo apareciam ilustrados como hienas.

E, dias antes, causara espanto não só no Brasil como no mundo um ataque seu, muito exaltado, a esta última emissora – “patifaria”, “canalhice”, gritou. Na sequência, em tom de ameaça, disse que em 2022 iria rever a concessão à Globo, a histórica líder de audiências televisivas no Brasil.

Bolsonaro, entretanto, tem concedido entrevistas exclusivas à TV Bandeirantes, à TV Record, propriedade do bispo Edir Macedo, seu apoiante declarado, e ao SBT, cujo dono Sílvio Santos também já expressou simpatia pelo seu governo.

A Folha, por outro lado, já havia sido chamado de “panfleto ordinário” e “jornaleco capaz de descer às profundezas do esgoto” em nome “das causas dos canalhas” pelo Chefe de Estado numa ocasião em que chamara ainda de “patifaria” uma notícia do Correio Braziliense e acusara o jornal O Globo de propagar notícias falsas.

Popularidade de Bolsonaro cai em monitoramento feito pela Atlas Político para bancos.

Os arroubos autoritários dos últimos dias, em que brigadistas de ONG foram presos no Pará, o ministro da Economia, Paulo Guedes, ameaçou com um novo AI-5 e Jair Bolsonaro escancarou a perseguição contra veículos da imprensa, proibindo a Folha de S.Paulo de participar de editais do governo, fez com que aumentasse a rejeição do capitão.

Segundo o cientista político Andrei Roman, da Atlas Político, o número de apoiadores que consideram seu governo ótimo ou bom caiu de 27,5% no dia 12 de novembro, para algo em torno de 25% neste sábado (1º).

A empresa, que faz um monitoramento diário nas redes sociais para clientes do sistema financeiro, aponta uma tendência de queda da popularidade de Bolsonaro.

“A rejeição voltou a subir”, explicou Roman ao site do jornal El País, sem precisar quanto. No último levantamento da Atlas, no dia 12 de novembro, estava em 42,1%. Da revista Fórum.

De onde surgiu essa raça de lobos ferozes no País do samba, do futebol e da gentileza?

Nesta quinta-feira (21),  durante convenção de lançamento do partido Aliança pelo Brasil, um simpatizante presenteou o presidente Jair Bolsonaro com um painel feito com mais de 4 mil cartuchos de balas.

O futuro partido do presidente, que tem entre seus princípios temas como a defesa de Deus, da família, do porte de armas e do livre mercado, será presidido por ele mesmo e terá o filho senador, Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), como vice-presidente e o filho caçula, Jair Renan, 21 anos, ainda sem mandato, como um dos conselheiros.

O logotipo feito com projéteis de armas esteve em exposição em uma das entradas do local onde a convenção aconteceu. Segundo informações do Uol, a peça foi encomendada pelo deputado estadual Delegado Péricles (PSL-AM) a Rodrigo Camacho, que utilizou na construção do painel cartuchos doados pelo Exército após treinamentos internos da corporação.

Após uma foto do presente recebido por Bolsonaro repercutir no Twitter, a viúva da vereadora Marielle Franco (PSol), Monica Benicio, lembrou a morte a tiros da companheira e do motorista Anderson Gomes: “Balas como essas mataram Marielle e Anderson”.

Puro cabotinismo! Bolsonaro incentiva seus seguidores à violência para manter o link político com o qual foi eleito: racismo, morte a marginais de qualquer grau de periculosidade, misoginia, violência contra a mulher e fundamentalismo religioso. Ele apenas fala o que os minions querem ouvir.

De onde surgiu essa raça de lobos no seio da nossa pátria de homens gentis e mulheres lutadoras de nosso Brasil de antanho, parodiando o escritor russo Soljenitsin ao lamentar os horrores do estalinismo?

Se era para eleger tal nulidade, poderíamos ter eleito Plínio Salgado, do Integralismo, ou Plínio Correa de Oliveira, da TFP – Tradição, Família e Propriedade. Ou ainda, talvez, restabelecer a Monarquia, com o sorumbático (eu disse sorumbático!) princípe D’Órleans e Bragança.

Bolsonaro está folheando o livro da história brasileira de trás para a frente e sublinhando com marcador de texto, verde-amarelo, as páginas mais negras.  

Paulo Guedes pode fazer o que quiser, mas tem que imaginar as consequências.

Entre as maldades do Plano Paulo Pinochet Guedes que não vão passar no Congresso estão a anulação da emancipação de pequenos municípios e a desvinculação dos percentuais fixos da Saúde e da Educação.

Se os entes federativos pensarem que vão investir menos em saúde e educação, podem se preparar para sérios distúrbios sociais, principalmente nas famigeradas UPAs e hospitais públicos.

A elasticidade do tecido social no que diz respeito à Saúde está por um fio. E destruir de maneira mais acelerada os serviços públicos universais de educação e saúde, redirecionando recursos para o pagamento de juros da dívida, não é uma boa saída política.

Guilherme Mello, professor de economia do IE-UNICAMP, afirma:

“Guedes e Bolsonaro tem exatamente isso em comum. Ambos sentem saudades do AI-5, cada um a sua forma. O mais assustador é ter gente que acha que AI-5 nos direitos políticos não pode, mas na economia “é o preço a se pagar pela estabilidade”.

Caso Marielle: nada como gente operativa e organizada!

O humorista José Simão elogia a organização, a rapidez e a prontidão dos bolsonaros:

“Bolsonaro pega fita do condomínio, Carluxo mexe, a milícia agradece e o Moro acoberta!”

Parece que o Ministério Público do Rio de Janeiro, cujos procuradores não tem o couro para negócio, também mostrou uma grande capacidade de realização: em duas horas mandou periciar e já manifestou sua opinião.

Só faltou combinar com os russos, como dizia o célebre Garrincha. A classe dos delegados se mostrou ameaçada e reagiu à ação da organização.

Uma nota conjunta de entidades de delegados de polícia emitida neste domingo (3) critica declarações do presidente Jair Bolsonaro deste sábado (2) sobre o Caso Marielle Franco e sai em defesa de Daniel Rosa, que comanda as investigações do atentado.

“Valendo-se do cargo de Presidente da República e de instituições da União, Bolsonaro claramente ataca e tenta intimidar o delegado de polícia do Rio de Janeiro, com intuito de inibir a imparcial apuração da verdade”, afirma o texto.

Em Brasília, no sábado, Bolsonaro afirmou que pegou a gravação das ligações da portaria do Condomínio Vivendas da Barra, onde tem uma casa, para que não fossem adulteradas (entenda o caso mais abaixo).

“Nós pegamos, antes que fosse adulterada, ou tentasse adulterar, pegamos toda a memória da secretária eletrônica que é guardada há mais de ano. A voz não é a minha”, declarou Bolsonaro.

Segundo o jornal O Globo, também no sábado, Bolsonaro disse que o governador do Rio, Wilson Witzel , “manipulou” o processo que trata do assassinato da vereadora.

“A minha convicção é de que ele agiu no processo para botar meu nome lá dentro. Espero agora que não queiram jogar para cima do colo do porteiro. Pode até ser que ele seja responsável, mas não podemos deixar de analisar a participação do governador. Como é que pode um delegado da Polícia Civil ter acesso às gravações da secretária eletrônica?”, questionou Bolsonaro.

Questionado sobre o que mais Witzel fez, o presidente respondeu: “Manipula o processo.” Bolsonaro, no entanto, não deu detalhes sobre como o governador teria manipulado o caso.

O presidente disse ter acionado a Polícia Federal para ouvir Daniel Rosa, a quem chamou de ‘amiguinho’ de Witzel.

“Vamos ouvir o porteiro, vamos ouvir aí o delegado também, o delegado que é muito amiguinho do governador, e logicamente que gostaria que o governador também participasse, né?”, afirmou.

Assinaram a nota deste domingo:

  1. Associação do Delegados de Polícia (Adepol) do Brasil;

  2. Federação Nacional dos Delegados de Polícia Civil (Fendepol);

  3. Sindicato dos Delegados de Polícia Civil do RJ (Sindelpol-RJ);

  4. Sindicato dos Delegados de Polícia Civil do Amazonas (Sindepol-AM);

  5. Associação dos Delegados de Polícia do Pará (Adepol-PA).

“O presidente insinua direcionamento das investigações, inclusive com adulteração de provas e coação de testemunha, e refere-se ao delegado presidente do inquérito como amiguinho do governador”, diz o texto.

“O cargo de chefe do Poder Executivo Federal não lhe permite cometer atentados à honra de pessoas, muito menos daquelas que, no exercício de seu múnus público, desempenham suas funções no interesse da sociedade e, não, de qualquer governo”, emenda a nota.

O texto encerra dizendo que as entidades “reafirmam o apoio irrestrito ao delegado responsável pela investigação e repudiam qualquer intimidação a ele e ao trabalho da Polícia Judiciária”.

A que Bolsonaro está reagindo

Uma reportagem do Jornal Nacional mostrou na terça-feira (29) que um porteiro do condomínio contou à polícia que, horas antes do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista dela, Anderson Gomes, o ex-policial militar Élcio de Queiroz, suspeito de participação no crime, esteve no local e disse que iria à casa 58, casa que pertence ao presidente, e que o “Seu Jair” atendeu ao interfone e autorizou a entrada.

Élcio, entretanto, seguiu para a casa de Ronnie Lessa, outro suspeito do assassinato, no mesmo condomínio. Naquele horário, o então deputado Jair Bolsonaro estava em Brasília e participou de votações na Câmara no mesmo dia.

Esta foi forte! Bolsonaro diz que pegou as gravações da portaria “antes que fossem adulteradas”.

Revista Forum

O presidente Jair Bolsonaro (PSL-RJ) afirmou neste sábado (2) que pegou a gravação das ligações da portaria do Condomínio Vivendas da Barra, no Rio de Janeiro, onde tem uma casa, para que não fossem adulteradas.

“Nós pegamos, antes que fosse adulterada, ou tentasse adulterar, pegamos toda a memória da secretária eletrônica que é guardada há mais de ano. A voz não é a minha”, declarou Bolsonaro.

Informação exclusiva do Jornal Nacional dá conta de que um dos envolvidos no assassinato da vereadora Marielle Franco, morta em 14 de março de 2018, esteve no condomínio do presidente Jair Bolsonaro no dia do homicídio e se registrou como visitante de Bolsonaro.

No entanto, o acusado teria visitado o policial militar Ronnie Lessa, apontado como o autor dos disparos que mataram Marielle.

Após a repercussão da reportagem do Jornal Nacional, da Rede Globo, que mostra um suposto envolvimento da família Bolsonaro nos assassinatos de Marielle Franco e Anderson Gomes, a procuradora do Ministério Público (MP), Simone Sibilio, chefe do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (GAECO), se apressou em dizer que o porteiro, pivô da denúncia, mentiu em depoimento à Polícia Civil.

Com informações do G1

Para além da política, Bolsonaro tem muito o que aprender com Lula

Por Marina Amaral, codiretora da Agência Pública, em sua newsletter semanal

De todas as impressões que levei da entrevista com Lula na Polícia Federal de Curitiba a mais forte é a dignidade intocada do ex-presidente.

Bombardeado pela mídia, barbarizado nas redes sociais e, mais grave, perseguido por quem deveria fazer Justiça (vide Vaza Jato), Lula mantém a altivez sem arrogância, conquistando o respeito dos que o rodeiam.

Não há regalias na prisão nem mesmo quando o presidente recebe visitas importantes – entre elas dois agraciados com o Prêmio Nobel da Paz – Adolfo Perez Esquivel e, mais recentemente, o indiano Kailash Satyarthi.

Os horários de visita e os protocolos são respeitados sem pedidos ou hostilidade. Não foi diferente na entrevista que fizemos na quarta-feira; esgotado o tempo estabelecido pela PF, ele interrompeu a fala, sem dar margem a qualquer tipo de intimidação.

Como os verdadeiros democratas, Lula sabe que as regras são para todos e os profissionais estão apenas cumprindo os seus deveres; aos graúdos, que detêm a responsabilidade pela situação a que está sujeito, é que sua indignação se dirige.

Por sua vez, os policiais o tratam por “presidente” e, embora quase sempre calados, um deles, que não participa da rotina da carceragem, chegou a manifestar sua admiração pela inteligência do ex-presidente, definindo-o como “uma enciclopédia”.

A dignidade se mantém até quando ele fala do atual presidente, que já o achincalhou de todas as maneiras. Perguntado sobre o depoimento do porteiro, que, no mínimo, trouxe mais uma vez à tona a proximidade do clã no poder com milicianos assassinos, ele imediatamente destacou que Bolsonaro estava em Brasília quando teria sido procurado pelo acusado de matar Marielle Franco, como aliás mostrou a reportagem do Jornal Nacional.

“Queria que a Globo fosse honesta comigo como foi com Bolsonaro”, limitou-se a dizer.

A única crítica pessoal que fez ao atual presidente foi em relação à sua postura, indecorosa para o cargo que ocupa.

“Você nunca me viu num gesto histérico como ele ontem. Um presidente não pode ser assim”, disse, referindo-se à famosa live de Bolsonaro depois do Jornal Nacional de terça-feira.

Não pudemos falar sobre o destempero de Eduardo, o filho, que incomodado com as críticas ao governo, chegou a falar em “novo AI-5” em entrevista divulgada ontem. Os que não podem inspirar respeito, apelam para o terror.

Agora estamos pendurados no depoimento do porteiro

Jornal Paris Match, hoje:

“Jair Bolsonaro se insurge contra a mídia, que ligou seu nome ao assassinato de Marielle Franco”.

Segundo um bem humorado internauta brasileiro, quem atendeu o telefonema do porteiro foi o ex-presidente Lula da Silva:

“Cumpanhero, manda o homem entrá”

E se o porteiro do Condomínio “Morrendas da Barra” disser que, em vez de ligar no telefone interno ou no fixo, ligou para o celular do Chefe?

O condomínio onde Mora Bolsonaro e um dos acusados como matador de Marielle