Brasil pretende colher quase 40% mais milho. Área destinada ao cereal deve crescer quase 5% e alcançar 20.8 milhões de hectares.
No 1º levantamento de safra da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) a expectativa para a safra 2021/22 de milho é de elevação em área, produtividade e produção. Devem ser destinados ao cultivo do grão 20.8 milhões de hectares, avanço de 4,7%.
A produtividade esperada é de 5.575 kg/ha, alta de 27,7% e a produção deve somar 116.3 milhões de toneladas, uma elevação de 33,7% em relação ao ciclo passado.
A semeadura do milho de primeira safra indica que deverá ser marcada pela continuidade dos efeitos do fenômeno La Niña, caracterizada pelo atraso e inconstância das condições climáticas, devendo apresentar certa similaridade com o que ocorreu no início do plantio da safra anterior.
Em relação aos dados de demanda doméstica, a Conab projeta 73,7 milhões de toneladas a serem consumidas no ano safra 2020/21, um aumento de 3,3% comparado a 2019/20, a projeção é sustentada no bom desempenho da Indústria de proteína animal em 2021.
Nesse sentido a Conab espera que em 2022 aquele setor mantenha o crescimento, de modo que se espera 73,7 milhões de toneladas a serem demandadas internamente ao longo da safra 2021/22.
Além disso, a companhia ajusta sua projeção de importação de milho em 2,3 milhões de tonelada da safra 2020/21 e projeta um volume de 900 mil toneladas na safra 2021/22.
A redução de 61% para a próxima safra ocorre diante da expectativa de aumento da disponibilidade do cereal no mercado nacional em 2022.
Para as exportações, a Conab mantém inalterado o número de 22 milhões de toneladas de milho da safra 2020/21 a serem exportadas. Para a safra 2021/22 a Conab estima que 39 milhões de toneladas serão exportadas.
Diante dos ajustes citados, o estoque esperado ao fim do ano safra 2020/21 é de 6,9 milhões de toneladas, redução de 34,3% em comparação à safra anterior. Este arranjo é explicado, principalmente, pela redução da produção total de milho causada pela menor disponibilidade hídrica durante o desenvolvimento das lavouras de segunda safra.
Por outro lado, para a safra 2021/22 é esperado que o estoque final deverá ser de 11,5 milhões de toneladas, dado que indica a continuidade do processo de recuperação da disponibilidade interna do cereal destinada a atender a demanda no período da entressafra brasileira.
No Oeste baiano, a saca de milho avançou 0,61% para R$82,50.
A situação dos produtores de proteína animal no Brasil, ovo, frango, suínos e boi confinado, pode se complicar ainda mais com o crescente déficit dos estoques de passagem do milho. Isso pode significar menos carne e mais preço na mesa do brasileiro.
Na análise da Pátria Agronegócios, o déficit de oferta sobre o uso total da safra 2021 já está em 23,6 milhões de toneladas em todo o globo, intensificado por estes prejuízos que seguem aparecendo na produção brasileira desde a safra de verão. Nesta segunda safra, há perdas que variam de 15% a 75%, de acordo com informações apuradas pela consultoria, com 32,71% da área colhida para a safrinha.
O regime de chuvas no Cinturão do Milho, nos EUA, pode não ajudar, e estados produtores como as duas Nebraskas, do Sul e do Norte, também praticamente tem previsão de colheita quase nulas.
O milho fechou a terça-feira com mais de 2% de alta na Bolsa de Chicago e só a queda do dólar, em função da baixa dos preços do petróleo, segurou as cotações no mercado interno.
Todos os vencimentos em Chicago, até dezembro de 2022, apresentaram alta no dia de ontem.
Os preços da carne de suínos reagiu: em São Paulo, de acordo com a Scot Consultoria, a arroba do suíno CIF subiu 3,91%/2,27%, alcançando R$ 133,00/R$ 135,00, enquanto a carcaça especial aumentou entre 3,91%/4,08%, custando R$ 9,70/R$ 10,20 o quilo.
A Embrapa Cerrados montou, em parceria com a Embrapa Milho e Sorgo, seis vitrines tecnológicas com cultivares geneticamente superiores de milho, sorgo e milheto desenvolvidas pela empresa e parceiros.
Os campos demonstrativos foram formados em Planaltina (DF), sede da Embrapa Cerrados (foto), e no Recanto das Emas (DF), onde se localiza o Centro de Inovação em Genética Vegetal (CIGV), ligado ao centro de pesquisa.
No total, os visitantes podem conhecer no campo 32 cultivares, sendo 16 de milho, 14 de sorgo e duas de milheto.
“Queremos apresentar a potencialidade agronômica dessas cultivares, algumas já lançadas e outras em fase final de desenvolvimento”, explica Fábio Faleiro, chefe de Transferência de Tecnologia da Embrapa Cerrados. A ideia, segundo ele, foi montar um espaço para visitação de técnicos, consultores, extensionistas, produtores e potenciais parceiros na região para produção e comercialização de sementes.
As vitrines também servirão para avaliar os materiais com relação à resistência a pragas e doenças na região do Cerrado do Planalto Central com vistas aos sistemas de produção na safrinha. “É uma ótima oportunidade para unir os esforços da transferência de tecnologia com a pesquisa no sentido de otimizar os nossos recursos”, afirma Lineu Rodrigues, chefe de Pesquisa & Desenvolvimento da Embrapa Cerrados.
“Vamos promover cursos de capacitação de agentes multiplicadores com relação à genética Embrapa. O que queremos com as vitrines é aproximar cada vez mais o setor produtivo da pesquisa”, afirmou Faleiro.
Ele também explicou que, com as vitrines tecnológicas, busca-se ainda desenvolver o mercado por meio de ações de promoção dessas cultivares, tendo em vista a recomendação delas para o plantio no Cerrado, principalmente para a produção de segunda safra (safrinha).
“A Embrapa está a procura de licenciados que não só produzam e comercializem sementes mas, também, ajudem a divulgar a tecnologia para os produtores”, explica.
“Nossa ideia é apoiar os centros de produto da empresa, como a Embrapa Milho e Sorgo, no trabalho de pós-melhoramento dos materiais no bioma Cerrado”, explicou Sebastião Pedro, chefe-geral da Embrapa Cerrados.
Para ele, é preciso que os materiais desenvolvidos pela instituição de pesquisa tenham cada vez mais visibilidade para que possam gerar demanda no mercado. Esse é considerado um projeto piloto. “Queremos fomentar essa iniciativa de transferência de tecnologia fazendo uma sinergia com outras unidades da Embrapa. Precisamos tornar nossas tecnologias cada vez mais visíveis”, afirmou.
“Adorei tanto a ideia quanto a execução desse projeto das vitrines”, afirmou o pesquisador da Embrapa Milho e Sorgo, Cícero Beserra. Segundo ele, o que o melhoramento precisa é justamente de pontos de demonstração como esses. “Essas vitrines são excelentes para mostramos o nosso trabalho. Dessa forma, dá para ver a nítida diferença de um material para o outro”, afirmou.
O pesquisador destacou também que, no caso das vitrines do sorgo, elas ainda cumprem outro importante papel: divulgar a cultura para os produtores.
“O sorgo é um complemento ao milho. É uma alternativa importante para a safrinha, por ser uma cultura mais tolerante a condições de estresse hídrico e demandar investimentos relativamente menores que o de outras culturas. Quando apresentamos o sorgo para o produtor estamos tratando de segurança”, alerta.
Lauro Guimarães, chefe adjunto de Transferência de Tecnologia da Embrapa Milho e Sorgo, ressaltou a importância da interação entre unidades de pesquisa tanto para a apresentação dos avanços científicos, em termos de produtos, práticas, processos e serviços, úteis diretamente aos produtores rurais e a sociedade, quanto para a promoção de novas oportunidades de relacionamento com empreendedores do setor privado, por meio do estabelecimento de parcerias que disponibilizarão essas tecnologias em diferentes regiões do país.
Segundo ele, a região de Brasília e do entorno representa um ambiente de alto potencial de produção de grãos, de modo que as culturas de milho, sorgo e milheto estão entre as melhores alternativas para composição de sistemas de produção, juntamente com soja e forrageiras, a depender de manejo e “janelas de plantio” na segunda safra.
“A instalação das vitrines com cultivares BRS, na região do Planalto Central, permite a demonstração da genética Embrapa para essas três importantes culturas agrícolas, sendo uma oportunidade para divulgação de cultivares adaptadas e para estímulo à produção de sementes localmente, potencializando benefícios produtivos, econômicos e sociais, principalmente no contexto de alta demanda e bons preços de grãos”, afirma.
Informações sobre os materiais apresentados na vitrine já lançados podem ser obtidas no www.embrapa.br/cultivares
De acordo com a equipe de analistas de mercado da Consultoria TF Agroeconômica, “há mais fatores de baixa e com mais peso do que de alta” presentes neste momento no mercado.
“Isto só vem confirmar nossa recomendação, feita na semana passada, de que os detentores de milho deveriam começar a vender aos poucos, aproveitando os preços que ainda não tinha caído”, dizem os especialistas ao portal Agrolink.
Na B3 as cotações para julho recuaram 7,87 por cento ou R$ 8,18/saca, de R$ 92,16/saca no final da semana anterior, para R$ 83,98/saca nesta semana. “No mercado físico as cotações acompanharam o recuo do mercado futuro. Se os preços voltarão a subir vai depender dos números finais da Safrinha brasileira, que está apenas começando a ser colhida”, analisa a Consultoria TF Agroeconômica.
Com relação às tendências da demanda, apontam os analistas de mercado, os preços das carnes tiveram novamente comportamento misto: “Isso ocorre depois de grande sequencia de altas, com o preço do frango recuando, enquanto o boi e o suíno voltando a subir”. Confira quais são os fatores de alta e baixa no radar dos especialistas da TF:
FATORES DE ALTA
*Menor disponibilidade a médio prazo, diante da seca deste ano, no Brasil
*Com queda nos preços, Tradings não devem fazer wash-out de milho, não aumentando a disponibilidade interna
FATORES DE BAIXA
*Menor uso de etanol nos EUA, determinado pelo novo governo, deve pressionar Chicago
*Previsão de chuvas nos EUA pode aumentar a oferta
*Queda do dólar no Brasil pode desestimular exportações e aumentar disponibilidade interna
*Início da colheita da Safrinha poderá pressionar os preços internos
O município de Barreiras passou a contar com um Campo de Produção Experimental de Sementes Crioulas de Milho, implantado no Assentamento Ilha da Liberdade. A ação contou com o apoio técnico da Superintendência Baiana de Assistência Técnica e Extensão Rural (Bahiater), unidade da Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), com as orientações e acompanhamento da equipe técnica que atua no Serviço Territorial de Apoio à Agricultura Familiar (SETAF), do Território de Identidade Bacia do Rio Grande, com sede em Barreiras.
A prestação do serviço de assistência técnica e extensão rural (Ater), para a implantação do campo com sementes crioulas incluiu, desde a orientação sobre o preparo do solo, até a fase de finalização do plantio. O projeto segue os princípios da produção de base agroecológica, na perspectiva de resgate e preservação cultural e ambiental, além de possibilitar a garantia da soberania alimentar e nutricional e o fortalecimento da agricultura familiar.
O campo experimental foi implantado na propriedade do agricultor familiar, José Carlos de Almeida. Ele ressalta que a parceria para a produção do milho 100% natural, feita com o apoio da Bahiater/SDR, é muito proveitosa: “Estamos fazendo uma experiência de cultivo de milho crioulo, com muito trabalho, mas que nos surpreendeu. Eu sempre tive vontade de trabalhar com produtos agroecológicos, mas não tinha o conhecimento técnico e com a presença da assistência técnica, nós avançamos bem, com o plantio do milho de sementes crioulas. Futuramente queremos fazer um banco de sementes aqui no assentamento e avançar com esse projeto incluindo outras famílias”.
Carlos Augusto, extensionista da Bahiater, que atua na implantação do projeto, afirma que esse trabalho representa o resgate de uma tradição, permite a disseminação do conceito de produção agroecológica e ajuda a melhorar a qualidade de vida dos agricultores familiares da região e a preparar os ‘guardiões de sementes’ e também os ‘bancos de sementes’, iniciativas que garantam a continuidade das variedades genéticas e de outras culturas tradicionalmente cultivadas na região:
“A ideia é não deixar morrer essas sementes antigas, que foram selecionadas por décadas passadas, de geração em geração, e seguem preservadas por famílias de agricultores, quilombolas e geraizeiros”.
Por meio da Ater, as orientações para os cuidados com o plantio, feito em janeiro de 2021, em uma área de 0,8 hectare, foram destinadas ainda à prevenção de pragas e doenças com produtos naturais, a exemplo de óleo de nim, urina de vaca e micro-organismos eficazes, entre outros. A estimativa da safra de milho crioula, do campo experimental é de 5.300 quilos por hectare e um total de 88 sacas de 60 quilos.
As sementes crioulas de milho, da variedade Zea mays L, além de serem multiplicadas para os agricultores familiares do assentamento, serão selecionadas e classificadas para serem comercializadas para outras famílias agricultoras da região.
A inciativa conta com a parceria da empresa JCO Bioprodutos – Sustentabilidade no Campo, responsável pelo tratamento de sementes, com inoculante microbiológico. A empresa atua na germinação, vigor e produtividade de sementes.
Ataques severos do inseto reduzem produção para perto de zero.
Reportagem do Canal Rural analisa as perdas causadas pelo enfezamento, doença virótica transmitida pela cigarrinha nos cultivos de milho em todo o País. Celito Breda, de Luís Eduardo Magalhães, afirma que este ano não se plantará milho nas áreas irrigadas do Oeste baiano. Produtores já estão pensando em vazio sanitário para evitar a “ponte verde” do inseto.
O aumento de casos de enfezamento nas lavouras de milho acende um sinal de alerta no campo. A doença pode causar perdas de produtividade superiores a 90%, principalmente quando não são usadas cultivares resistentes. Diante disso, agricultores, pesquisadores e entidades de Mato Grosso estudam medidas para conter a presença da praga responsável pela doença nas plantações, a cigarrinha.
Atualmente, a cigarrinha é considerada um dos insetos mais nocivos para a agricultura na América Latina. O inseto de cor branco-palha tem apenas meio centímetro de comprimento, alimenta-se exclusivamente de milho e coloca ovos na epiderme, preferencialmente na nervura central de folhas do cartucho da planta. O ciclo da espécie está completo em 27 dias, mas a longevidade média chega a 45 dias.
Por apresentar o hábito sugador, além de causar danos, pode transmitir patógenos para a planta. “São doenças sistêmicas que reduzem a quantidade de nutrientes absorvidos pelas plantas, e isso pode causar uma redução de produtividade”, explica a entomologista da Fundação MT, Lucia Vivan.
De acordo com a Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), a praga está presente nas lavouras do estado há aproximadamente três safras. “Porém, ela ainda não estava transmitindo o enfezamento, que é a doença que preocupa. Este ano, já vimos áreas contaminadas. O problema maior é que ela é uma doença silenciosa, o produtor só vai perceber quando já for tarde”, diz Lucer Beber, vice-presidente da entidade.
Cientes que depois de instalada, a cigarrinha é difícil de ser controlada, o presidente da Aprosoja-MT, Fernando Cadore, pede cautela por parte dos produtores e empresas. “Faça suas pulverizações e faça o monitoramento. Obviamente, medidas têm que ser muito bem pensadas, e o momento agora é de estudo da praga e de planejamento para se saber de que maneira atuar com relação a essa praga”, defende.
A entomologista Lucia Vivan faz algumas recomendações que podem ajudar a reduzir a população da cigarrinha nas lavouras: verificar as áreas de milho verão para saber se há presença da praga. Caso haja, o produtor precisa realizar o controle para que o inseto não se desloque para as lavouras da segunda safra. Além disso, áreas de braquiária também merecer atenção redobrada, segundo a cientista, porque as cigarrinhas podem sobreviver nessas plantas e depois retornar ao milho.
A cigarrinha não está tirando o sono apenas do produtor de Mato Grosso
A presença da praga em lavouras da Bahia é mais antiga e mais grave, tanto que alguns produtores estão desistindo de plantar milho. É o caso do agricultor Celito Bredas. Esta é a primeira safra sem milho nas áreas de pivô da propriedade, que fica em Luís Eduardo Magalhães (BA). Segundo ele, o enfezamento inviabilizou o cultivo, que tinha potencial de mais de 200 sacas por hectare.
“Em 2016, começamos uma batalha contra a cigarrinha do milho, que é vetor dos enfezamentos e molicutes no milho. Parei de plantar devido a esse problema, porque é muito grave. Baixamos, em pouco tempo, de 180 para 100 sacas por hectare, e aí fica inviável. Em alguns pivôs com materiais tolerantes, conseguimos 140 sacas. Mesmo assim, a gente não se anima a plantar milho”, conta Celito.
Para os agricultores baianos, a solução para o problema seria a regulamentação nacional de um calendário de vazio sanitário para o milho. O pedido já foi encaminhado ao Ministério da Agricultura.
“É muito importante e fundamental para a nossa região. Nós temos que voltar a plantar milho. Eu diria até que o Brasil precisaria plantar mais milho do que soja daqui 5 ou 10 anos. É necessário para a sustentabilidade de toda a cadeia de alimentos do Brasil”, frisa Celito.
O pesquisador e fitopatologista Lucas Fantin, da Fundação Chapadão, em Mato Grosso do Sul, também apoia o vazio sanitário para o milho.
“O manejo de enfezamentos está relacionado muito à ponte verde: uma área de milho verão, plantas tigueras e o milho safrinha promovem a perpetuação dos enfezamentos”, lembra.
Nos anos 80, a proliferação da cigarrinha na brachiara decumbens provocava doenças hepáticas e fotossensibilização de bovinos e ovinos em todo o Centro Oeste do País. Identificadas as causas, a varietal dessa brachiaria deixou de ser plantada.
No Oeste baiano, enquanto a soja se mantem estável em R$160,00 a saca de 60 kg, em plena safra, o milho, produção de pouca expressão, deu um salto acima de 12% nos últimos 30 dias para R$73,50. O milho é produção estratégica para a produção de proteína animal, atingindo mais de 70% do volume das rações.
Possíveis problemas climáticos na safrinha, no Centro-Oeste e estados do Sul, podem levar preço do milho para mais de R$ 100,00 no 2° semestre. No Sul, já são previstas geadas no final de abril. E no Centro-Oeste o prejuízo vem da falta de chuvas.
As cotações do milho estão beirando os R$ 100,00 a saca na Bolsa Brasileira (B3). Na última terça-feira (06), por exemplo, o vencimento maio/21 foi cotado à R$ 99,72 e o julho/21 valeu R$ 95,45.
Segundo o gerente de consultoria agro do Itaú BBA, Guilherme Bellotti, existem uma série de fundamentos altistas no mercado que sustentam estes patamares elevados de preços.
Entre eles estão a disponibilidade limitada no spot, a produção menor do que a esperada na primeira safra, o plantio tardio e mais arriscado da safrinha e questões internacionais como pouco crescimento de área nos Estados Unidos e quebra na Argentina.
Nos EUA, em estados onde o plantio de milho é menos expressivo, como Dakota do Sul e Dakota do Norte, nevou pouco durante o inverno e no dia de ontem, depois de três dias de ventos fortes e nada de chuvas, os produtores esperavam ainda por alguma previsão para o plantio do milho, do trigo e da canola.
Informação de cocheira e não foi o cavalo que me contou: a desorganização na comercialização dos estoques de milho continua acelerada. Apesar do diminuto estoque de passagem até a safrinha do Centro-Oeste, já existem 53 navios nomeados para carregar milho nos portos, nos próximos 30 dias, que vão levar embora 2,76 milhões de toneladas.
Isso significa retomada da alta dos preços e menos frango e suínos por preços razoáveis na mesa do brasileiro.
A falta do milho não desorganiza a grande produção de proteína animal. Mas traz consequências desastrosas para os pequenos produtores independentes de frango e porco caipira, que estão vendendo suas matrizes e retirando-se da produção.
Sem milho, os pequenos produtores tentam substituir a alimentação por mandioca (parte aérea e raiz), batata doce, abóbora e guandu. Pois é: a nível de pequenos municípios, esses produtos chegam a custar a metade do preço do milho, na equivalência amido energético e proteína.
Se a safrinha for boa, somaremos 71 milhões de toneladas de produção. Mas exportaremos uma média de 5,35 milhões de toneladas por mês, como aconteceu de julho a dezembro de 2020, raspando o tacho e inviabilizando até a produção de etanol de milho no Mato Grosso.
O milho está se tornando ouro no Brasil, pressionado pelo dólar, pela demanda chinesa, pela demanda interna na produção de carnes e de etanol e pelas frustrações de safra nos estados do Sul.
Ontem bateu em 50 reais a saca no Oeste baiano. Há um ano valia R$31,00. Agora alcança mais de R$60 em praças de alto consumo. A tendencia é de se manter estável até janeiro, conforme contratos futuros.
Os preços do milho continuaram subindo no Brasil mesmo com o decorrer da colheita da segunda safra. O indicador Cepea, por exemplo, registrava a saca de milho à R$ 47,76 em junho e fechou a última terça-feira (25) à R$ 60,41, uma alta de mais de 26%, retomando os patamares recordes de março.
Para valorizar ainda mais as cotações do cereal, no Mato Grosso a demanda aumenta com novas usinas de álcool. Uma nova usina para fabricação de etanol de milho entrou em operação nesta quarta-feira, 26. Trata-se de uma unidade da Inpasa Brasil, localizada em Nova Mutum (MT), com capacidade de produção de 890 m³ de etanol hidratado por dia. De acordo com a empresa, a planta vai gerar 275 empregos diretos e ao menos o triplo de vagas indiretas.
Além do etanol hidratado a partir de milho, a usina produzirá óleo de milho e DDG – farelo proteico produzido a partir da destilação dos grãos.
De acordo com a Unem, com a entrada em operação da unidade da Inpasa em Nova Mutum, o Brasil passa a ter 16 usinas de etanol de milho em funcionamento. A entidade projeta que no ciclo 2020/2021 sejam produzidos 2,5 bilhões de litros do biocombustível a partir do cereal.
“Mesmo com a retração de demanda por combustíveis causada pela pandemia, a produção de etanol de milho cresceu 93% de janeiro a julho de 2020 em relação ao mesmo período de 2019. Com a entrada em operação de quatro unidades ao longo deste ano, o setor ampliará sua capacidade instalada em mais de 1 bilhão de litros”, afirma o presidente da Unem, Guilherme Nolasco.
Até o final do ano, há a previsão de mais duas indústrias começarem suas atividades, com capacidade para produzirem juntas 200 milhões de litros/ano, informa a Unem.
O potássio é o fertilizante essencial para a soja, junto com o fósforo. De extrema mobilidade, pode sumir do alcance da planta na presença de exagerada de Cálcio e Magnésio ou depois de chuvaradas persistentes, quando percola para camadas inferiores do solo. A leguminosa sofre, então, no estabelecimento de sua arquitetura, no pegamento dos canivetes, no tamanho das vagens e no peso dos grãos. Por isso é recomendada a cobertura de potássio, pré-floração, para manter os níveis elevados no solo.
O Canal Rural veiculou hoje informação de que a tonelada do potássio pode custar mais ao produtor que ainda não comprou o seu fertilizante, entre US$20 e US$70.
Nos últimos dias, Belarus, país localizado no Leste Europeu, está passando por uma onda de protestos após eleição do novo presidente. Para o agronegócio brasileiro, isso pode afetar a demanda de potássio, já que o país é responsável por 25% da produção mundial de potássio.
De acordo com a consultoria Stonex, a tensão pode impactar o mercado mundial do fertilizante e mexer com os preços. “Há uma dúvida do que está acontecendo de fato. Na última segunda-feira,17, houve um chamado para greve geral mas ainda não está claro de fato o que está acontecendo com a produção de potássio”, explica o especialista, Marcelo Mello.
“No curto prazo não há risco de abastecimento. Como o Brasil é o maior importador mundial desse produto, as próprias empresas fazem estoques aqui no país para quando a demanda subir, haja produto para ser vendido. Mas agora, a preocupação está em volta do preço, e a expectativa no mercado internacional é que o preço suba até US$ 20 no curto prazo diante de todas essas incertezas. E caso esse cenário continue, já há quem espere uma alta de até US$ 70 no preço final”, alerta ele.
O fenômeno se repete quase todo ano: montanhas de milho a céu aberto nas fazendas mais distantes do Mato Grosso. O relato é do Canal Rural.
A colheita da segunda safra de milho está acelerada na Fazenda Santa Margarida, em Peixoto de Azevedo, região norte de Mato Grosso. Pelo menos 80% da área de oito mil hectares já foram colhidos.
Num ano marcado pelo forte ritmo das vendas do grão (87% da produção no estado já foram comercializados, segundo o Imea), a propriedade também intensificou as negociações e já vendeu 93% de todo milho que deve colher. Mesmo assim, quem passa em frente à propriedade se depara com uma cena que chama atenção: uma imensa montanha de milho a céu aberto.
O armazém da fazenda, com capacidade para estocar 220 mil sacas do grão, está lotado há praticamente um mês. Do lado de fora, pelo menos 230 mil sacas se acumulam ao relento.
Gerente da fazenda, Gilberto Pereira de Souza diz que o problema é reflexo da menor disponibilidade de caminhões para puxar a safra. “O embarque está muito lento. Precisávamos retirar entre 20 e 25 caminhões de milho por dia, mas estamos retirando apenas 10 em média”, comenta.
O problema, segundo ele, é decorrente de uma soma de fatores. “Quem retira o milho aqui é a trading que comprou o grão. Ele sai daqui e vai direto para o porto de Miritituba, no Pará. Como tem muito milho sendo levado para os portos agora, muitos caminhoneiros dão preferência aos fretes que passam por estradas melhores que a nossa”, afirma Souza.
As chuvas intensas na região Norte do País tem ajudado a uma boa previsão de colheita do milho na região de Balsas, Maranhão. O plantio do milho encontrou dificuldades no período de semear, em virtude do regime de chuvas, perdendo a melhor janela. No entanto, a produção se apresenta em bom estágio de florescimento e enchimento do grão, prevendo uma colheita farta.
Distante de Caruaru, no agreste pernambucano, um dos centros produtores de frango, cerca de 1.400 km (100 km mais próximo que Luís Eduardo Magalhães), a produção de milho maranhense deve se tornar um dos principais fornecedores dos aviários da região.
Segundo o produtor rural Valério Mattei, entrevistado pelo Notícias Agrícolas, o regime de chuvas se normalizou e a expectativa é de alta produtividade, especialmente para primeiras as áreas que foram cultivadas e devem produzir acima de 100 sacas por hectare.
Mattei destaca ainda que os produtores da região aproveitam os preços entre 35 e 45 reais para vender o milho ao mercado interno, que abastece as granjas de frango do Nordeste, mas apostam mesmo são nas exportações que conseguem pagar ainda mais e garantir rentabilidade na safra.
Balsas está localizada a apenas 266 km do pólo logístico de Estreito, no mesmo estado do Maranhão, o que importa que as cotações da soja nesta região sejam melhores que em Luís Eduardo Magalhães.
Hoje, a soja estava cotada em Balsas a R$100,50 a saca, enquanto a AIBA apontava a soja balcão em R$85,00 em LEM.
Média obtida pelo agricultor é três vezes maior que a média do país em 2019, estimada em 175 sacas por hectare. A produtividade, há duas décadas, inimaginável, atende demandas de mercado por produções crescentes do setor de proteína animal – bovinos, suínos e aves – e pela produção de etanol. Os Estados Unidos gastam mais de 100 milhões de toneladas com o Etanol e, no Brasil, o estado do Mato Grosso já consome mais de 20% da produção com o combustível.
Um produtor de milho dos Estados Unidos conseguiu registrar uma produtividade recorde de nada menos que 644 sacas por hectare, consagrando-se campeão no Concurso Nacional de Rendimento de Milho da Associação Nacional de Produtores de Milho (NCGA na sigla em inglês) de 2019, do país.
David Hula, tem propriedade em Charles City, Virgínia, e foi vencedor pela quarta vez na história da competição, que já acontece a mais de 50 anos.
“Eu simplesmente adoro agricultura e cultivar milho. Sempre avaliamos os híbridos que poderemos usar na área. De acordo com as previsões climáticas e até de mercado, vemos o que pode influenciar a cultura em seus diversos estádios. Todas as decisões que tomamos são baseadas em dados e nos ajudam a nos tornar mais rentáveis e tão logo a sermos mais produtivos”, afirma David.
Com o tempo irregular e chuvas atrasadas no Centro Oeste, a maior safrinha de milho do País pode ter o plantio atrasado e a produtividade comprometida.
A par disso, o consumo das usinas de álcool do milho está subindo. E a exportação não tem nenhum obstáculo do Governo para garantir o mercado interno. Isso significa milho mais caro – hoje, com preços no mínimo 60% mais elevados do que em abril – e uma alta considerável nos preços de produção de frango, suínos e bovinos confinados, já não bastasse a pressão dos importadores chineses.
Em operação realizada na próxima quarta-feira (23), a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) colocará à venda um total de 50 mil toneladas de milho em grãos, a granel, para apoiar os criadores de animais que utilizam o produto na ração animal. Um dos motivos é evitar que a perspectiva de alta nas exportações de milho afete o atendimento da demanda interna, sobretudo no período de entressafra.
De acordo com a análise técnica da Companhia, o pequeno e médio produtor não possui margem para negociação diante da baixa oferta, e nem mecanismos para a compra antecipada do insumo, lançando mão da aquisição no mercado disponível, muitas vezes com custos elevados. Com as operações de leilão, abre-se a possibilidade para que esses criadores formem os estoques necessários, já que o Programa de Vendas em Balcão (ProVB), que oferta o milho removido por frete a Unidades da Conab no país, tem quantidade de venda limitada por produtor.
A operação ocorrerá por meio do sistema de venda direta do produto que está armazenado no estado de Mato Grosso. O leilão será realizado por meio do Sistema Eletrônico de Comercialização da Conab (SEC). Para participar, os interessados devem atuar nos segmentos de avicultura, suinocultura, bovinocultura, ovinocultura, caprinocultura e piscicultura.
Pela regra do edital, os pretendentes devem também estar devidamente cadastrados no Sistema de Cadastro Nacional de Produtores Rurais (Sican) e na bolsa de mercadorias por meio da qual desejem realizar a operação.
Os preços de milho estão em baixa na maior parte das regiões acompanhadas pelo Cepea. A pressão sobre os valores é reflexo do avanço da colheita, que já tem aumentado a disponibilidade do cereal. Produtores consultados pelo Cepea seguem com as atenções voltadas à colheita e ao escoamento da safra, enquanto as exportações vêm ganhando ritmo.
Mesmo com a intensificação dos trabalhos de campo, produtores/vendedores têm se mostrado cautelosos em negociar grandes lotes do cereal no mercado interno. Por outro lado, compradores, atentos à maior disponibilidade do produto, pressionam as cotações.
No Centro-Oeste, apesar da procura de compradores paulistas, as quedas são mais intensas com o andamento da colheita. Em Campinas (SP), entre 19 a 26 de julho, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa, recuou 1,4%, indo a R$36,36/saca de 60 kg na sexta-feira. Informe do Agrolink
Luís Eduardo Magalhães – BA
Milho Seco Sc 60Kg
R$ 31,00
Barreiras – BA
Milho Seco Sc 60Kg
R$ 30,25
Adustina – BA
Milho Seco Sc 60Kg
R$ 48,00
Irecê – BA
Milho Seco Sc 60Kg
R$ 45,00
Tucano – BA
Milho Seco Sc 60Kg
R$ 45,00
Ribeira do Pombal – BA
Milho Seco Sc 60Kg
R$ 45,00
Feijão na Bolsinha
O preço da leguminosa permanece estável na bolsa informal do feijão em São Paulo, mercado que regula a mercadoria do Sul, Sudeste e Centro Oeste. O carioca continua com venda de R$150,00 a saca, com o preto em torno de R$160,00.
O mercado nessa quarta-feira recebeu novas entradas. Foram ofertadas 13 mil sacas e foram negociadas aproximadamente 76 % do total, restando até as 6h35 a quantidade de 3 mil sacas. O mercado voltou a ficar firme. O movimento de compradores foi bom e ocorreu escoamento de grande parte das mercadorias ofertadas. Nessa madrugada, só sobraram lotes que as pedidas estavam acima do preço praticado no mercado. No Oeste baiano o preço praticado é de R$126,00 a saca. Informe da Bolsinha.
Soja no Oeste
A soja recuperou os preços de 30 dias atrás, sendo comercializada ontem entre R$66,00 e R$67,00 a saca.
Nesta quarta-feira (31), os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago operam com leves baixas, mais uma vez, diante do pessimismo do mercado frente às reuniões entre China e Estados Unidos. Rápida e inconclusiva, a rodada de conversas realizada em Xangai nesta terça e quarta-feiras pouco evoluiu nas negociações.
Assim, por volta de 8h30 (horário de Brasília), as cotações perdiam entre 2,50 e 3,25 pontos nos contratos mais negociados, com o agosto valendo US$ 8,75 por bushel, enquanto o novembro tinha US$ 8,94. O mercado dá continuidade às baixas observadas no pregão anterior.
“Com pessimismo em relação à possibilidade de acordo comercial EUA/China, apesar das reuniões ocorrendo em Xangai entre as partes, os traders focam no clima”, diz Steve Cachia, consultor da Cerealpar e da Agro Culte.
Os últimos mapas atualizados mostram chuvas abaixo da média para o período em diversas regiões produtoras, mas compensadas por temperaturas mais amenas e até abaixo do normal para esta época do ano em alguns pontos do Corn Belt. No entanto, o cenário é bastante irregular e os efeitos do atraso no desenvolvimento das lavouras ainda é preocupante.
Apesar de tudo, o foco maior – e também a ansiedade dos traders – se mantém sobre o relatório que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) traz em 12 de agosto. “Com esse boletim poderemo ter uma ideia melhor da área efetivamente plantada nos EUA e na possibilidade de geada preçoce lá para setembro”, diz Cachia. Informe do Notícias Agrícolas.
Mesmo com o dólar batendo em R$3,98 – o que significa custos maiores na compra de insumos – a soja se mantém em R$63,00 a saca no Oeste baiano, quase 8% a menos que há um mês.
Em Chicago a cotação da leguminosa caiu para US$7,91 o bushel.
O milho, no entanto, não para de cair. Hoje foi cotado a R$29,00 a saca no Oeste baiano, enquanto há um mês valia R$36,00, quase 20% a menos da cotação anterior.
Os produtores esperam agora pelo efeito China no incremento da produção de suínos para firmar o consumo, tanto do milho como do farelo do soja.
É verdade que o aumento da capacidade instalada de produção de carne suína é lenta, pois o incremento do número de matrizes leva no mínimo seis meses para ampliar o consumo de grãos através de novos leitões.
Em contrapartida o mercado interno deve cair, pois a profunda recessão e o desemprego tiram capacidade de consumo dos brasileiros.
Um caminhoneiro de 27 anos fugiu ao ser parado em uma blitz de rotina no Distrito Federal às 13h40 deste sábado (8). Após entregar os documentos, ele disse aos agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) que iria até a cabine buscar os chinelos. Foi quando ele aproveitou e entrou na mata para se esconder.
Por causa disso, os policiais revistaram o caminhão. Em meio à carga de milho, encontraram 1,1 tonelada de maconha. A blitz ocorreu na BR-060, próximo ao Recanto das Emas.
Antes de escapar, o motorista tinha informado aos agentes que o caminhão saiu de Sorriso (MT) e iria para Luís Eduardo Magalhães (BA). Do g1.globo.com.
Motorista bêbado é preso em Barreiras
Na tarde desta sexta-feira (07), pouco depois das 16:30h, uma guarnição da Polícia Rodoviária Federal durante ronda na BR-242 altura do KM 839, flagrou um caminhoneiro dirigindo uma carreta em zig-zag pela pista de rolamento no sentido Barreiras/Luís Eduardo Magalhães.
Imediatamente foram iniciados os procedimentos de abordagem, quando então percebeu-se que o condutor de 66 anos estava com a capacidade psicomotora alterada em razão da influência de álcool. Conforme os policiais apuraram, o condutor admitiu ter ingerido algumas cervejas.
A reportagem é do jornal O Estado de Minas. A produção própria de álcool hidratado, da cabeça ou do rabo da cachaça nos alambiques, fica muito barata. Só não pode vender sem antes fazer uma série de laudos técnicos. O Governo não permite. Mas pode trocar com os amigos e vizinhos.
Uma hectare de cana-de-açúcar tem potencial para produzir até 7.200 litros de álcool. E você pode irrigar com a água servida, adicionada do vinhoto da destilação. Num carro pequeno, tipo 1.0 ou 1.6 pode rodar até 72 mil quilômetros por ano.
Uma tonelada de milho também produz mais de 400 litros de álcool.
A preços de hoje, em torno de R$35,00 a saca, o álcool ficaria por R$1,45, menos da metade do preço que está sendo vendidos nos postos de combustível.
Assim, o pequeno agricultor pode rodar tranquilo todo dia em seu veículo flex e ainda sobra uma porção de cachaça, para trocar por um saco de farinha de mandioca e uma leitoa gorda. Ou quem sabe até por uma bezerrada para engordar o plantel da chácara.
A par das perdas com a exportação de aço para os EUA – 30% de nossa produção – e de minério de ferro para a China o Brasil poderá lucrar com um eventual veto dos chineses à importação de produtos agrícolas nos Estados Unidos.
Os ianques são grandes fornecedores de soja e milho para a China, justamente para equilibrar a balança com as compras de aço.
A saída do circuito do EUA poderia significar melhores cotações da soja e até do milho aos produtores do Brasil, com o aumento da demanda.
Afinal, os chineses, mesmo sendo grandes produtores de milho (209 milhões de toneladas) e até de soja precisam criar porcos e galinhas para alimentar 1.3 bilhão de pessoas.
Melhor ainda seria o incremento da exportação de carne de porco (mais de 15% do total exportado) e de frango (34,3 mil toneladas em janeiro/18) para a China, que gera empregos e agrega valor à nossa produção de milho e soja.
Precisamos disto, haja vista o caso da Petrobras – leia-se Pedro Parente – ter decidido fechar estaleiros brasileiros para construir plataformas petrolíferas na China. Só um estaleiro no porto de Rio Grande(RS) dispensou 25 mil trabalhadores.
Milho no MT: produção pode ser incentivada com o consumo por novas usinas de etanol.
Nesta sexta-feira, 11, será inaugurada em Lucas do Rio Verde, no Mato Grosso, a primeira usina de etanol exclusivamente a partir do milho.
Para um estado que pena com estradas sofríveis para o escoamento de uma super safra, a notícia não poderia ser melhor. Hoje o milho está sendo vendido a R$16,00 a saca no Estado, o que desestimula os produtores no plantio da safrinha, importante para a rotação de culturas e na formação de cobertura vegetal do solo.
Joint venture entre a brasileira Fiagril e a gestora americana Summit Agricultural Group, a FS Bioenergia recebeu investimentos de R$ 450 milhões para ser erguida. Prevista para ser inaugurada na sexta-feira, ela produzirá 180 mil toneladas de farelo, 6 mil toneladas de óleo de milho e energia. Além, é claro, do etanol. Inicialmente serão 240 milhões de litros por ano, que consumirão 600 mil toneladas de milho. Essa capacidade pode ser duplicada.
Pouco, para as quase 30 milhões de toneladas produzidas apenas no Mato Grosso. Mas é expectativa é que ela não seja a única da FS Bioenergia – e muito provavelmente, nem de outros investidores interessados nesse tipo de combustível. Além da usina em Lucas do Rio Verde, a FS estaria planejando mais duas unidades, sendo que uma delas uma ficaria em Sinop (MT), de acordo com os produtores da região.
Os próprios agricultores também estão começando a estudar a possibilidade de se organizar para beneficiar o milho. Temos discutido a viabilidade de investir numa usina, em uma cooperativa, diz um agricultor.
Nos Estados Unidos, 1/3 da produção de 321 milhões de toneladas de milho é utilizada na produção do etanol, com rendimentos de até 4.000 mil litros por hectare. Isso importa na utilização de 120 milhões de toneladas do cereal, mais do que as safras do Brasil e da Argentina. A média de produção é de 10.500 kgs, 175 sacas de 60 quilos. Os americanos não tem safrinha. Optam pelo milho ou pela soja.
Um total de 150 mil toneladas de milho dos estoques públicos será disponibilizado para venda pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), por meio de leilão eletrônico, no dia 1º de fevereiro. O produto é destinado a criadores de aves, suínos e bovinos, além de cooperativas e indústrias de insumo para ração animal e indústrias de alimentação humana à base de milho.
A ação faz parte da Política de Garantia dos Preços Mínimos (PGPM), executada pela Conab, que prevê a compra do produto quando o preço de mercado está inferior ao preço mínimo, para garantir renda ao produtor, e posteriormente a venda desses estoques, quando o mercado apresenta condições de receber o produto sem prejuízo para os agricultores.
Os lotes de milho sairão de armazéns da Companhia nos estados de Mato Grosso, Goiás, Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul. O preço de venda do milho será divulgado por meio de comunicado, que deverá sair com antecedência de até dois dias da data de realização do leilão.Confira o edital com informações completas do leilão clicando aqui.
O milho já vale R$40,00 no Oeste baiano. Ontem teve alta de até 7% em diversos mercados. A soja está valendo R$72,00 no balcão. O paradoxo é que o frango e o porco estão perdendo cotação, enquanto seus principais insumos, a soja e o milho, estão subindo. Em regiões de alto consumo do milho, como Santa Catarina, as cotações crescem todo dia. O que certamente vai tirar produtores autônomos e cooperantes do mercado.
Para quem gosta de riscos, horar de botar feijão na terra. A saca do “carioca” de melhor qualidade está valendo R$200,00.
Na foto acima, lavoura de milho que ficou afogada durante alguns dias, depois que ao longo do mês de junho apenas 4 dias foram sem chuvas. Abaixo, cheia do rio Illinois. O mundo está de olho na região que mais produz milho no mundo, o Cinturão do Milho, no Nordeste dos Estados Unidos. O reflexo foi imediato: no Porto de Paranaguá, o milho subiu até 9,26% na última semana e espera-se novos aumentos esta semana.
Grande parte da safrinha de milho brasileira (80%) ainda não foi colhida. Isso dá uma grande esperança aos pequenos criadores do Nordeste, que andam pagando até R$40,00 por uma saca de milho, enquanto esperam que a CONAB distribua novamente o milho subsidiado.
Os EUA são o maior produtor mundial, com alta produtividade média, por volta de 9 mil a 10 mil kg/ha, em mais de 35 milhões de hectares. Quase 80% da área é plantada com sementes transgênicas. O produtor médio americano cultiva por volta de 200 a 300 hectares, com produtores maiores no Oeste e Centro-Oeste, e menores em direção ao Sul e Leste. A idade média do produtor americano vem aumentando, e existe uma clara tendência à consolidação de propriedades. A grande parte do milho plantado destina-se a alimentação de animais, e quase 1/3 dessa produção é atualmente destinada à produção de etanol.
Continuidade das chuvas
A semana foi de altas expressivas aos futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT), que acumularam valorizações entre 6,94% e 7,77%, o ganho semanal foi o maior desde julho de 2012. Os vencimentos mais longos retornaram ao patamar dos US$ 4,00 por bushel. Nesta sexta-feira (26), as cotações do cereal encerraram a sessão com ganhos entre 8,50 e 9,75 pontos. O contrato julho/15 era cotado a US$ 3,85 por bushel, depois de iniciar a semana a US$ 3,60 por bushel.
Como principal fator de suporte aos preços do cereal nos últimos dias está a chuva no Meio-Oeste dos Estados Unidos. Após as chuvas registradas na semana anterior, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) revisou para baixo o índice de lavouras em boas ou excelentes condições para 71%, em seu último boletim de acompanhamento de safras. E, por enquanto, há especulações no mercado de que o cenário poderia ser repetido no início da próxima semana.
Além disso, as previsões continuam a indicar precipitações para o Corn Belt nos próximos dias. Nesta sexta-feira, o Serviço Oficial de Meteorologia do país (NOAA) reportou que o Meio-Oeste terá probabilidade de chuvas entre 33% a 60%, acima do normal, no intervalo dos próximos 6 a 10 dias. Do mesmo modo, as previsões mais alongadas também indicam mais chuvas para os próximos 30 dias.
Uma das bebidas mais adoradas pelos brasileiros, a cerveja, geralmente é produzida de malte feito de cevada. Mas algumas receitas permitem o uso de outros cereais. A cerveja brasileira por exemplo na verdade é quase uma bebida alcoólica de milho. Isso mesmo. Uma pesquisa da USP e da Unicamp mostra que cervejas Brasileira possuem 45% de milho em sua composição, percentual máximo permitido pelo Governo. E a para piorar, eles querem que o governo aprove que seja permitido que esse percentual suba para 50%.
Ou seja eles querem que uma cerveja possa ter em sua composição até 50% de milho ou arroz, que são bem mais baratos que a cevada.
Pois é amiguinho, se você bebe Bohemia, Brahma, Skol, Antarctica ou Nova Schin, você bebe uma mistura de refresco de milho com cevada, bem parecida com a cerveja.
A Ambev, fabricante das marcas Caracu, Antarctica, Brahma, Bohemia e Skol, jura que “falsificar a cerveja com milho é controlar a quantidade de malte de cevada é necessário para obter cerveja com características adaptadas ao paladar do consumidor brasileiro: leve, refrescante e de corpo suave”.
A grande verdade que essa ladainha toda dita pela Ambev é apenas uma desculpa para ter uma alternativa mais barata à cevada. Quase todo o malte é importado, como eles mesmo dizem: “A Ambev leva aos seus milhões de consumidores receitas seculares produzidas com os melhores insumos disponíveis em todo o mundo”.
Infelizmente, a legislação não exige que as empresas declarem nos rótulos a composição exata das cervejas que produzem. Somente proíbem que os outros cereais não passem de 45%, por enquanto.
Mas nem tudo está perdido. Ainda existem algumas cervejas nacionais que possuem alto teor de cevada, ou seja, cervejas que são mais cervejas.
Transparência é tudo. Se a industria tem o direito a colocar milho ou arroz na cerveja, deveria também informar ao consumidor a quantidade utilizada. Não se pode esquecer que tem locais em determinados locais que cobram mais de R$ 8,00 por uma garrafa de cerveja, como os botequins da Zona Sul Carioca.
Acredite, a Indústria da Cerveja está longe de ser um setor que passa por dificuldades, pelo contrário: de cada R$ 100 vendidos pela cervejeira, R$ 49,80 é lucro. A indústria lucrou 1,8 bilhão apenas no trimestre passado.
Mais um leilão de Prêmio Equalizador Pago ao Produtor Rural (Pepro) para milho será realizado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), na quinta-feira (23). Os detalhes da operação estão definidos no Aviso Nº 185/14. (Clique aqui para acessar). O Prêmio será para a venda e o escoamento de 910 mil t do produto em grãos, da safra 2013/2014 e 2014.
A operação se destina a produtores ou cooperativas localizados em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Bahia, Maranhão e Piauí. Eles deverão, obrigatoriamente, comprovar a venda do milho para produtores de aves, suínos, bovinos e suas cooperativas. Também estão incluídas indústrias de ração e de alimentação humana, além de comerciantes.
O produto in natura ou processado, no caso das indústrias de ração, deverá ser escoado para RJ, ES e norte de MG e para os estados do Norte e Nordeste, com exceção de Bahia, Maranhão, Piauí, Sergipe, Pará, Rondônia e Tocantins.
A operação está dividida em 9 lotes, organizados conforme segue: quatro lotes do Mato Grosso, totalizando 550 mil toneladas, 90 mil t de Goiás; 70 mil t do Mato Grosso do Sul; 70 mil da Bahia; 65 mil do Maranhão; e 65 mil t do Piauí.
Resultado – Nesta sexta-feira (17), a Conab comercializou, por meio do leilão de Pepro Nº 175, o prêmio relativo à venda e ao escoamento de 32,2 mil t de milho do Tocantins. O montante representa 35,78% do total pretendido, de 90 mil t.
Para essa operação o Governo poderá pagar um valor total de prêmio de até R$ 1,75 milhão. A venda do produto deverá ser realizada até o dia 21 de novembro deste ano. Já a comprovação do escoamento terá que ser efetuada até a data limite de 15 de abril de 2015.
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) realizou nesta quinta-feira (18) o quarto leilão de Prêmio Equalizador Pago ao Produtor (Pepro) de milho da safra 2013/14. Na operação, os arrematantes adquiriram prêmio para a venda e o escoamento de 1,63 milhão de toneladas do grão – 93,17% do total oferecido. A operação teve um deságio de 16,13% e o valor a ser pago pelo governo aos adquirentes poderá ultrapassar R$ 85 milhões.
A maior parte do leilão atenderá produtores de milho de Mato Grosso. A quantidade para o estado ficou distribuída nas seguintes regiões: norte (450 mil toneladas), centro-norte (338 mil t), centro-sul (258 mil t), nordeste (350 mil t). Também participam o estado de Goiás (100 mil t) e as regiões localizadas a oeste da Bahia (28 mil t), sul do Maranhão (50 mil t), sul do Piauí (49,1 mil t), além do Tocantins (6,3 mil t).
O produto in natura ou processado, no caso das indústrias, deverá ser escoado para qualquer localidade, não podendo ter como destino final os estados que compõem as regiões Sul, Sudeste (exceto os estados do RJ, ES e norte de MG), Centro-Oeste e os estados da Bahia, Maranhão, Piauí, Sergipe, Pará, Rondônia e Tocantins.
Os arrematantes do prêmio deverão fazer a venda do produto até o dia 3 de outubro, no mínimo pela diferença entre o preço mínimo e o valor do prêmio equalizador de fechamento do leilão. A operação será comprovada pela emissão das notas fiscais, de acordo com a legislação do ICMS vigente em cada unidade federativa, bem como demais documentos exigidos no aviso. A data limite para a comprovação do escoamento do produto é 17 de março de 2015. (Assessoria de Imprensa / Conab)
Dois dias após visitar o Oeste da Bahia, o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Neri Geller, autorizou a publicação, na última quinta-feira (21), de um aviso de leilão de Prêmio Equalizador Pago ao Produtor Rural de Milho (Pepro), atendendo a uma solicitação da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba). O leilão eletrônico será realizado na próxima quinta-feira, dia 28 de agosto.
Registrado sob o no 124/2014, o leilão reunirá a produção de Milho da Bahia, Mato Grosso, Goiás, Mato Grosso do Sul, Maranhão e Piauí. O objetivo é a venda e o escoamento de 1,75 milhões de toneladas de Milho em grãos, safra 2013/2014 e 201.
O preço do milho em grãos, para fins de preenchimento do DCO, será de R$ 0,226/kg para o Estado do Mato Grosso, R$ 0,2945/kg para o Estado do Mato Grosso do Sul e para o Estado de Goiás e R$ 0,36/kg para o Oeste da Bahia, Sul do Maranhão e Sul do Piauí.
Os produtores de grãos de Goiás estão sofrendo com a falta de espaço para armazenagem do milho e a baixa comercialização antecipada da segunda safra.
– A colheita de milho está trazendo prejuízo, os preços cederam drasticamente – relata o presidente da Cooperativa Comigo, Antônio Chavaglia.
A faixa de preço está em torno de R$ 15 na região, abaixo do preço mínimo de R$ 17,50. Segundo Chavaglia o governo não fez nenhuma intervenção ainda, nem sinalizou que vai fazer.
– Fala-se que tem caixa, mas o produtor tem compromissos a ser cumpridos e achou que pelo menos o preço mínimo seria garantido – diz.
Segundo ele, a Federação de Agricultura de Goiás já pediu ajuda ao Ministério da Agricultura, para subsídio da produção. A falta de espaço para estocagem intensifica o problema, ao mesmo tempo e que o produtor precisa fazer suas trocas agora, para começar o planejamento para a safra de verão.
Chavaglia afiram que 75% dos produtores já adquiriram seus insumos, mas que os pagamentos podem ser atrasados, pelo dificuldade de achar comprador para o milho.
– Você não acha comprador de volume, os produtores estão colocando o milho em silo bolsa na fazenda e não sabem quando vão comercializar.
A situação está retardando a aquisição de produtos pelos demais produtores, que devem enfrentar um custo muito mais alto do que se previa.
– E a tendência é de preços muito mais baixos para soja, com margem negativa – alerta.
Soja
A comercialização do que restou da safra de soja está lenta e os preços não estão bons. O produtor achou que as cotações iriam se sustentar e os valores reduziram. Segundo o presidente da Comigo, as perdas já acumulam diferença negativa de R$ 5 a R$ 6 por saca.
Chavaglia aposta na liquidação dos 15% a 20% que restam até o final do ano.
– Alguns acham que vai sustentar esse preço, melhorar no fim do ano; outros não. Mas o restante não é muito significativo.
O Conselho Interministerial de Estoques Públicos de Alimentos (Ciep) prorrogou até 31 de dezembro a venda de milho a preços subsidiados nos municípios da área de atuação da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), que continuam sob o efeito da estiagem. O produto é comercializado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) por meio do Programa de Vendas em Balcão, que atende a criadores de pequeno porte de aves, suínos, bovinos, caprinos e ovinos, além de cooperativas e agroindústrias de pequeno porte, que utilizam o grão na ração animal.
De acordo com a resolução, publicada no Diário Oficial desta sexta-feira (20), a Conab está autorizada a remover 180 mil toneladas dos estoques públicos. O milho será vendido ao preço de R$ 23,10 a saca de 60 kg, com limite de aquisição de 3 mil quilos por beneficiário/mês. O novo preço passará a valer nas operações a partir de 1º de julho. (Mônica Simões/ Conab).
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) realiza, no dia 23 deste mês, operação de compra com remoção simultânea de 60 mil toneladas de milho para abastecimento de criadores de pequeno porte de aves, suínos, bovinos, caprinos e ovinos da região da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene). O produto deve começar a chegar aos municípios atingidos pela estiagem no dia 6 de maio.
Na operação de compra com remoção simultânea, quem vende o milho para a Conab deve fazer a entrega do produto ensacado diretamente nos locais indicados e dentro dos prazos definidos pela Companhia.
O Aviso nº 43/2014, prevê a remoção de milho para os seguintes municípios: em Alagoas, 3,3 mil toneladas para Arapiraca, Maceió, Palmeira dos Índios, Santana do Ipanema; na Bahia, 6,1 mil t para Baixa Grande, Bom Jesus da Lapa, Chorrochó, Conceição do Coité, Entre Rios, Feira de Santana, Irecê, Jequié, Juazeiro, Paramirim e Ribeira do Pombal; no Ceará, 13,5 mil t para Brejo Santo, Canindé, Crateús, Icó, Iguatú, Itapipoca, Jaguaribe, Juazeiro do Norte, Lavras da Mangabeira, Maracanaú, Marco, Morada Nova, Quixadá, Quixeramobim, Russas, Santa Quitéria, Senador Pompeu, Sobral e Tauá; no Espírito Santo, 1,5 mil t para Colatina; no Maranhão, mil toneladas para São Luís; em Minas Gerais, mil toneladas para Montes Claros; na Paraíba, 7,2 mil t para Campina Grande, Catolé do Rocha, Itaporanga, João Pessoa, Monteiro, Patos, Picuí, Princesa Isabel e Sousa; em Pernambuco, 7,3 mil t para Afogados da Ingazeira, Arcoverde, Bom Conselho, Caruaru, Floresta, Itaíba, Recife, Salgueiro, Serra Talhada e Sertânia; em Piauí, 9,6 mil t para Campo Maior, Corrente, Elesbão Veloso, Esperantina, Floriano, Luzilândia, Oeiras, Paranaíba, Paulistana, Picos, São João do Piauí, São Raimundo Nonato, Simplício Mendes e Teresina; no Rio Grande do Norte, 8,7 mil t para Açú, Caicó, Currais Novos, João Câmara, Mossoró, Natal (Caiapós e Jerônimo Câmara) e Umarizal; e em Sergipe, 800 t para Itabaiana.
O grão será vendido a R$ 18,12 a saca de 60 kg, dentro do limite de 3 toneladas por mês para cada adquirente. O enquadramento do beneficiário no programa tem como base o plantel de cada produtor, registrado no Sistema de Cadastro Técnico do Programa de Vendas em Balcão.
O governo brasileiro assina nesta quarta-feira (06/11) em Cantão, na China, um protocolo fitossanitário que permitirá as exportações brasileiras de milho para aquele país. A abertura do mercado chines vem sendo negociada desde o início do ano e a expectativa é de que os primeiros embarques aconteçam já na safra 2013/14.
Na avaliação de Antonio Andrade, Ministro da Agricultura, que integra a comitiva brasileira que está China, as vendas brasileiras de milho podem alcançar, no longo prazo, 10 milhões de toneladas, e valor estimado de US$ 4 bilhões.
No ano passado, as exportações brasileiras de milho somaram 20 milhões de toneladas e renderam US$ 5,3 bilhões, dos quais apenas US$ 19 milhões se referiram aos negócios com a China.
De acordo com informações do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos as importações de milho da China que somaram 3 milhões na safra 2012/13 devem saltar para 7 milhões em 2013/14.
A safra chinesa de milho está estimada em 215 milhões de toneladas no período 2013/14, volume 4,5% superior ao período anterior, mas o volume, segundo analistas, não sera suficiente para atender a demanda interna, que segue aquecida e cresce entre 7% e 8% ao ano. Também estão sendo discutidos em Cantão investimentos chineses na infraestrutura logística do Brasil.
O milho é cultura importante para o País para a rotação com o cultivo da soja e do algodão. No entanto, sem a saída da exportação e mercado interno saturado, não existem alternativas para o aumento da área cultivada.
Às 8h58m desta manhã as cotações da soja (setembro) em Chicago alcançavam 23 pontos de alta, ultrapassando a barreira de 13 dólares o bushel, com forte tendência de alta já mostrada na semana anterior. A demanda por soja nos países asiáticos aumentou e existe algumas regiões com deficiência de umidade nas regiões produtoras dos Estados Unidos.
As cotações internacionais do milho e do trigo também se encontravam em alta hoje pela manhã.
Este artigo foi publicado pelo site ASPTA – Agricultura Familiar e Agroecologia. Reproduzimos o artigo sem, no entanto, referendá-lo, pois não temos base científica para isso. É o relato de um experimento e não temos referencias das entidades que o realizaram:
Pela primeira vez na história foi realizado um estudo completo e de longo prazo para avaliar o efeito que um transgênico e um agrotóxico podem provocar sobre a saúde pública. Os resultados são alarmantes.
O transgênico testado foi o milho NK603, tolerante à aplicação do herbicida Roundup (característica presente em mais de 80% dos transgênicos alimentícios plantados no mundo), e o agrotóxico avaliado foi o próprio Roundup, o herbicida mais utilizado no planeta – ambos de propriedade da Monsanto. O milho em questão foi autorizado no Brasil em 2008 e está amplamente disseminado nas lavouras e alimentos industrializados, e o Roundup é também largamente utilizado em lavouras brasileiras, sobretudo as transgênicas.
O estudo foi realizado ao longo de 2 anos com 200 ratos de laboratório, nos quais foram avaliados mais de 100 parâmetros. Eles foram alimentados de três maneiras distintas: apenas com milho NK603, com milho NK603 tratado com Roundup e com milho não modificado geneticamente tratado com Roundup. As doses de milho transgênico (a partir de 11%) e de glifosato (0,1 ppb na água) utilizadas na dieta dos animais foram equivalentes àquelas a que está exposta a população norte-americana em sua alimentação cotidiana.
Os resultados revelam uma mortalidade mais alta e frequente quando se consome esses dois produtos, com efeitos hormonais não lineares e relacionados ao sexo. As fêmeas desenvolveram numerosos e significantes tumores mamários, além de problemas hipofisários e renais. Os machos morreram, em sua maioria, de graves deficiências crônicas hepato-renais.
O estudo, realizado pela equipe do professor Gilles-Eric Séralini, da Universidade de Caen, na França, foi publicado ontem (19/09) em uma das mais importantes revistas científicas internacionais de toxicologia alimentar, a Food and Chemical Toxicology.
Segundo reportagem da AFP, Séralini afirmou que “O primeiro rato macho alimentado com OGM morreu um ano antes do rato indicador (que não se alimentou com OGM), enquanto a primeira fêmea, oito meses antes. No 17º mês foram observados cinco vezes mais machos mortos alimentados com 11% de milho (OGM)”, explica o cientista. Os tumores aparecem nos machos até 600 dias antes de surgirem nos ratos indicadores (na pele e nos rins). No caso das fêmeas (tumores nas glândulas mamárias), aparecem, em média, 94 dias antes naquelas alimentadas com transgênicos.
O artigo da Food and Chemical Toxicology mostra imagens de ratos com tumores maiores do que bolas de pingue-pongue. As fotos também podem ser vistas em algumas das reportagens citadas ao final deste texto.
Séralini também explicou à AFP que “Com uma pequena dose de Roundup, que corresponde à quantidade que se pode encontrar na Bretanha (norte da França) durante a época em que se espalha este produto, são observados 2,5 vezes mais tumores mamários do que é normal”.
De acordo com Séralini, os efeitos do milho NK603 só haviam sido analisados até agora em períodos de até três meses. No Brasil, a CTNBio (Comissão Técnica Nacional de Biossegurança) autoriza o plantio, a comercialização e o consumo de produtos transgênicos com base em estudos de curto prazo, apresentados pelas próprias empresas demandantes do registro.
O pesquisador informou ainda que esta é a primeira vez que o herbicida Roundup foi analisado em longo prazo. Até agora, somente seu princípio ativo (sem seus coadjuvantes) havia sido analisado durante mais de seis meses.
Um dado importante sobre esse estudo é que os pesquisadores trabalharam quase que na clandestinidade. Temendo a reação das empresas multinacionais sementeiras, suas mensagens eram criptografadas e não se falava ao telefone sobre o assunto. As sementes de milho, que são patenteadas, foram adquiridas através de uma escola agrícola canadense, plantadas, e o milho colhido foi então “importado” pelo porto francês de Le Havre para a fabricação dos croquetes que seriam servidos aos ratos.
A história e os resultados desse experimento foram descritos em um livro, de autoria do próprio Séralini, que será publicado na França em 26 de setembro sob o título “Tous Cobayes !” (Todos Cobaias!). Simultaneamente, será lançado um documentário, adaptado a partir do livro e dirigido por Jean-Paul Jaud.
Esse estudo coloca um fim à dúvida sobre os riscos que os alimentos transgênicos representam para a saúde da população e revela, de forma chocante, a frouxidão das agências sanitárias e de biossegurança em várias partes do mundo responsáveis pela avaliação e autorização desses produtos.
Vinte mil toneladas de milho, das 80 mil anunciadas pela presidente Dilma Rousseff para atender aos criadores familiares da Bahia, chegarão de navio ao Estado, conforme decisão tomada durante reunião do secretário estadual da Agricultura e presidente do Conselho Nacional de Secretários de Agricultura (Conseagri), engenheiro agrônomo Eduardo Salles, no Palácio do Planalto, com os secretários executivos de diversos ministérios e do presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e dos secretários de Agricultura dos estados nordestinos.
O total de 80 mil toneladas de milho, (das 340 mil destinadas ao Nordeste), chegarão à Bahia entre os meses de abril e maio.
As 20 mil toneladas que virão de navio serão administradas pelo governo baiano, que adotará as providências para a venda balcão aos criadores familiares, ao preço de R$ 18,12, com o limite máximo de 6 mil quilos por produtor.
Os recursos gerados com a venda de parte dessas 20 mil toneladas serão aplicados na produção de volumosos para distribuição aos criadores familiares. “Nesse momento, alimentar os animais somente com milho é como querer engordar uma pessoa com caviar. Nós precisamos viabilizar também o volumoso para juntar ao milho, e dar sustentabilidade ao rebanho destes produtores”, disse o secretário.
O modo rodoviário ainda é a forma mais barata de transporte da produção agrícola do Centro Oeste para os estados do Nordeste do país. Essa é a conclusão de um recente estudo da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) sobre a logística de escoamento de estoques públicos para atender a Região Nordeste, que vem sofrendo com a seca.
O estudo demonstra que o transporte multimodal, com a utilização conjunta dos modos rodoviários, hidroviários e de cabotagem, ainda é muito caro no Brasil, se comparado ao rodoviário. Um exemplo é o custo de deslocamento de milho do MT e GO para os estados nordestinos. Pelo modo rodoviário, a Conab paga, em média, cerca de R$ 370,00 por tonelada. “Caso utilizássemos o sistema multimodal, ente Mato Grosso e Bahia o valor seria de quase R$ 700,00 por tonelada”, explica o Superintendente de Logística Operacional da Conab, Carlos Eduardo Tavares.
Segundo Tavares, outra alternativa analisada foi a utilização da multimodalidade rodo-cabotagem-rodo entre a zona de produção do Paraná e Bahia, que apresentou valor superior a R$ 650,00 por tonelada. “Os números demonstram que as grandes distâncias rodoviárias, necessárias para alcançar roteiros onde são utilizados veículos de grande porte (hidrovia, ferrovia, marítima), acarretam elevados custos logísticos totais”, completa.
Outro fator que torna o modo rodoviário mais atrativo é o nível de serviço oferecido. Basicamente, o tempo do caminhão no percurso de origem é de 3 a 6 dias, enquanto no sistema multimodal, pela necessidade de consolidação das cargas (descarregar vários caminhões para encher um navio), pela distância a ser percorrida em veículos de baixa velocidade e pelo tempo de descarregamento nos portos, o prazo de remoção chega a 45 dias.
O levantamento aponta que a expansão do crescimento agrícola está se processando para o interior do país, e a ferrovia deveria ser o modo básico de transporte para movimentar estoques públicos da região Centro-Sul para o Nordeste. “Caso a ferrovia Norte-Sul estivesse concluída, teríamos uma alternativa mais eficaz para abastecer o Nordeste”, ressalta o superintendente. (Mônica Simões/Conab)
O relatório do USDA, divulgado ontem, reduz em 5% as exportações norte-americanas para 28,7 milhões de toneladas. Escassez de oferta é a maior dos últimos anos, e mesmo com altos preços a demanda permanece firme. No primeiro trimestre de 2013, os EUA devem ficar sem soja, até a chegada da safra da América do Sul. No milho, a redução é de 13%, alguma coisa em torno de 41 milhões de toneladas. Em Luís Eduardo Magalhães o preço da saca anda rondando os R$80,00, louco para ultrapassar. Existe pouca disponibilidade do grão. A colheita de 2013 já tem mais de 43% travada, isto é com operação de hedge contratada.
Os Estados Unidos, que produzem seis vezes mais milho do que o Brasil, agora estão importando o produto do país sul-americano, reporta o Financial Times. Os produtores agrícolas americanos enfrentam a maior seca dos EUA desde 1956.
Empresários dos setores de pecuária, aves e etanol estão ficando “ansiosos” com as dificuldades da produção local, segundo o FT. O jornal entrevistou Alysson Paolinelli, que foi ministro da Agricultura no governo Geisel. Para ele, “o Brasil está se tornando cada vez mais competitivo em milho”. O político acredita que os EUA já produzem tudo o que podem dessa mercadoria, enquanto o Brasil ainda tem a possibilidade de melhorar seus problemas logísticos e “se tornar um grande exportador”. Do Estadão.
O milho é importante para o País não só como financiador da carne barata. É importante na necessária rotação de culturas para evitar a proliferação de doenças fúngicas e nematóides do solo. A pergunta agora é a seguinte: tem mercado, tem preço, mas onde está a infraestrutura necessária: silos, ferrovias e portos. No Mato Grosso, este ano, novamente o milho está sendo depositado nos pátios das grandes empresas armazenadoras.
Fortalecer os pólos produtivos próximos às zonas de consumo, dotando-os de infraestrutura de armazenagem e logística, é a opção mais viável para a sustentabilidade econômica da cultura do milho no Brasil. Esta é a base da argumentação da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba) e de produtores de outros estados representados na reunião da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Milho e Sorgo do Ministério da Agricultura, que aconteceu durante toda a manhã de hoje no Auditório 1 da Bahia Farm Show, a maior feira de tecnologia e negócios agrícolas do Norte-Nordeste, que prossegue até sábado (02), em Luís Eduardo Magalhães, a 900km da capital Salvador.
A Reunião Ordinária foi comandada pelo presidente da Câmara e também da Sociedade Rural Brasileira (SRB), Cesário Ramalho. Esta é a segunda vez consecutiva que o encontro dos representantes de todos os elos da cadeia produtiva do grão acontece na Bahia Farm Show. Estiveram presentes, entre outros, o ex-ministro da Agricultura, Alysson Paolinelli e o ex-ministro dos Transportes, Odacir Klein. Continue Lendo “Câmara setorial do milho analisa entraves da cadeia produtiva.”
Produtores de aves, suínos e bovinos, suas cooperativas e a indústria de ração serão beneficiadas com a venda de estoques públicos de milho, com concessão da subvenção econômica, por meio de leilões de Valor de Escoamento de Produto (VEP). A Portaria Interministerial nº 461, assinadas pelos ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Fazenda e Planejamento, foi publicada nesta segunda-feira, dia 21 de maio, no Diário Oficial da União (DOU).
O volume estipulado é de 500 mil toneladas (t) e o limite de até mil toneladas/mês por adquirente. A medida tem o propósito de manter abastecido o mercado, especialmente nos estados do Sul e Nordeste, afetados pela estiagem, e no Norte pelas cheias, segundo o secretário de Política Agrícola do Mapa, Caio Rocha. A operacionalização será feita pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), vinculada do Ministério.
Saiba mais:
Valor de Escoamento de Produto (VEP) – é um leilão de venda de estoque público. Neste caso, o governo paga uma subvenção, chamada de prêmio, para que o produto seja escoado para uma região determinada, com dificuldade de abastecimento.