Incêndios florestais se multiplicam no Oeste

Foto ilustrativa de Fábio Pozzebom, da ABr
Foto ilustrativa de Fábio Pozzebom, da ABr

A umidade relativa do ar baixíssima, com índices sempre inferiores a 20%, somada às altas temperaturas, tem feito do Oeste baiano um verdadeiro inferno de incêndios florestais.

Santa Rita de Cássia amanheceu com 264 focos, Formosa do Rio Preto, com 243, e São Desidério, com 221.

Em Luís Eduardo Magalhães, apesar da grande área dedicada às lavouras, as áreas de florestas nativas também apresentam focos de incêndio.

Os dados são do Monitoramento de Queimadas e Incêndios, dos Ministérios da Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente na manhã desta quarta-feira (21).

Em Barra, na região do Velho Chico foram registrados às 9h20 desta quarta 159 pontos de incêndio. De acordo com o Major Carregosa, que coordena a operação em Barra, as ações ocorrem pela manhã e à tarde. Dois aviões Air Tractor carregados de água também auxiliam no controle das áreas com chamas. Carros pipa e tratores disponibilizados pela prefeitura local também são usados para o trabalho.

Em Barreiras, outro município com registros de queimadas, foram confirmados 82 focos até a última atualização do monitoramento de queimadas.

O Quarteto Fantástico e a Mulher Invisível

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Um amigo bem humorado entendeu perfeitamente o título do post, publicado no blog de O Expresso, que se referia a Humberto Santa Cruz, Wagner, Antonio Henrique e Leão como o “Quarteto Fantástico”.

“Dada à visibilidade atual, a Mulher Invisível bem que poderia ser Jusmari Oliveira”, disse o leitor.

Durante a recepção ao Governador no Aeroporto, a deputada Kelly Magalhães reclamou, sempre bem educada:

“Puxa, Sampaio, antes você ainda falava mal de mim  em seu blog. Agora nem isso!”

Como compensação tardia, a Deputada ganhou uma foto no blog, ao lado de Olacyr de Moraes, que participaria de uma audiência pública, neste sábado, sobre a prospecção do tálio em Barreiras.

O horário de início da reunião, 8 horas, quase madrugada para um sábado, deve ter prejudicado a frequência do importante encontro.

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Abacafé apresenta indicação geográfica do Oeste da Bahia.

A Abacafé está convidando para o evento de apresentação da Indicação Geográfica do Café da Região Oeste da Bahia e os impactos desta conquista no agronegócio regional. Na ocasião, diversas personalidades do setor e da comunidade local estarão presentes. Será no próximo dia 29 de novembro, às 19 horas, no hotel Saint Louis,
em Luís Eduardo Magalhães/BA.

Fechamento dos cartórios de LEM e Correntina terá solução rápida.

A suspensão das atividades nos cartórios de Registro de Imóveis de Correntina e de Luís Eduardo Magalhães, desde o último dia 25 de março, quando entrou em vigor a nova legislação que privatizou os cartórios baianos, está acarretando sérios problemas à sociedade nos municípios do Oeste da Bahia, em especial, aos produtores rurais. Os agricultores dependem dos serviços cartorários para operacionalizar, junto aos agentes financeiros e fornecedores, a captação de recursos para custeio e investimento em suas lavouras. O assunto vem sendo tornado público pela Aiba, que tratou do problema, inclusive, com os parlamentares baianos. Ontem (26), às 16h, o vice-presidente da entidade, Sérgio Pitt, e o diretor regional da Aiba, João Lopes Araujo, reuniram-se com o Corregedor das Comarcas do Interior do Estado da Bahia, Desembargador Antônio Pessoa Cardoso, na sede do Tribunal de Justiça da Bahia, no Centro Administrativo, em Salvador. Os produtores haviam solicitado por ofício o encontro, que foi prontamente atendido.

De acordo com Sergio Pitt, o corregedor ficou impressionado com o problema, sobre o qual ainda não havia sido informado, e, na audiência, se comprometeu a resolver a situação na quarta-feira, 02 de maio. Um juiz corregedor foi designado para, hoje mesmo (27), fazer um levantamento da situação, dando início às providências necessárias para o imediato reestabelecimento das atividades nos dois cartórios, o que já aconteceu, segundo informou o Oficial Substituto do Cartório de Correntina, Élvio Cardoso Alves, reuniu-se com o magistrado durante toda esta manhã.

Esta semana, o vice-presidente da Aiba reuniu-se com o Élvio Alves, que, em nome do titular, Evandro Filardi Alves, relatou os fatos que vieram a dar no fechamento do órgão, a renúncia do Direito da Concessão do Cartório, em função do processo de privatização. No encontro, relata Pitt,  “Em uma atitude muito solidária, Dr Élvio  enfatizou, por diversas vezes, sua preocupação com os problemas que a medida está causando à sociedade”.

Presteza na resposta

Hoje (27) pela manhã, o Cartório de Correntina foi visitado pelo juiz corregedor José Carlos Rodrigues do Nascimento, segundo informou Élvio Cardoso Alves, que atendendo à demanda do Corregedor Antônio Pessoa Cardoso, fez um levantamento minucioso da situação no cartório.

De acordo com Alves, com a renúncia do Direito de Concessão, o cartório passou a ser responsabilidade do Estado, a quem compete fazer concurso para prover os cartórios onde os titulares renunciaram. “Antes de publicarem a nova lei, seria necessário um estudo de impacto sócio-jurídico e econômico, que a mudança acarretaria. A Bahia é um estado grande. As peculiaridades de Salvador e seu entorno são diferentes, por exemplo, da região Oeste, produtora de grãos e carnes. Teríamos de ter sido ouvidos, para dar suporte a essas mudanças. Cartórios são empresas e, como tal, têm de ser superavitários e não deficitários”, considera o oficial.

Suinocultura chegará agora ao Oeste baiano?

A notícia veiculada pelo Ministério da Agricultura de que finalmente os Estados Unidos permitiram a exportação de carne suína brasileira poderá ser um alento para a instalação de um polo suinocultor no Oeste baiano, onde se encontra fartura de insumos básicos, como o milho e soja. Segundo estudos, realizados há dois ou três anos, só para atender o mercado interno da Bahia poderiam ser abrigadas 100 mil matrizes, o que proporcionaria a produção de 2 milhões de porcos, com 80 quilos de peso vivo, ao ano.

Financiamento para investimento, assistência técnica e a criação de uma entidade classista são pautas primárias para a diversificação do agronegócio do Oeste.

Incra, Seagri e Aiba promovem mutirão para reduzir o passivo da certificação de georreferenciamento na Bahia

Uma equipe de oito técnicos do Incra está imersa em um mutirão no Oeste da Bahia. O objetivo é, em duas semanas, reduzir em um quarto os, aproximadamente, mil processos de georreferenciamento parados para certificação junto órgão. O trabalho está sendo realizado na sede da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), desde o dia 12 de julho, e prossegue até o dia 23, com a realização de uma “oficina” para apresentar os resultados e tirar as duvidas de produtores rurais e técnicos sobre os procedimentos. O mutirão é um dos desdobramentos positivos dos pleitos entregues pela diretoria da Aiba ao secretário da Agricultura da Bahia, Eduardo Salles, durante a Bahia Farm Show 2011. Para viabilizar a logística e a operacionalização, Secretaria da Agricultura (Seagri) e Incra firmaram um convênio.

De acordo com o presidente do Comitê de Certificação do Incra na Bahia, Miguel da Silva Neto, a certificação é a garantia da existência do imóvel. “Ela é feita com base em medições de satélite e virou uma exigência legal desde 2001, para evitar a grilagem”, diz. Com o advento das novas tecnologias, o processo avançou, mas o ritmo do andamento no Incra nem sempre dá conta da demanda. “No escritório, trabalhamos as certificações e atendemos ao público simultaneamente. No mutirão, a equipe opera com um foco único”, explica Silva Neto, acrescentando que dos mil processos a serem certificados, 70% são do Oeste da Bahia. “O trabalho nestas duas semanas será cerca de cinco vezes mais ágil”, afirmou.

 

Tratativas

No dia 23 de março, o vice presidente da Aiba, Sérgio Pitt e o prefeito do município de Luís Eduardo Magalhães, Humberto Santa Cruz, expuseram o problema para o superintendente do Incra na Bahia, Luís Gugé, que admitiu que era preciso “rever imediatamente o sistema de certificação, simplificando a burocracia imposta pelo sistema hoje”.  Durante a Bahia Farm Show 2011, em que a Seagri transferiu as atividades do seu gabinete para feira, na Seagri Itinerante, a Aiba solicitou a intermediação do Governo do Estado na questão.

“Encontrar uma solução para questões como essa é uma meta da Seagri, cujo papel deve ser sempre de destravar, desatar os nós para permitir que o produtor rural possa fazer tranquilamente o que sabe de melhor: produzir com qualidade e produtividade”, disse Eduardo Salles.

 

Work Shop

Os técnicos do Incra atenderão ao público em uma oficina que será realizada na sede da Aiba, em Barreiras, no sábado, 23 de julho, das 8h ao meio-dia.  Na oportunidade eles apresentarão os resultados do mutirão e tirarão as dúvidas de produtores e técnicos. A certificação georreferenciada dos imóveis rurais é necessária nos atos de alienação, hipoteca e penhor. Para evitar equívocos, o Miguel da Silva Neto, técnico do Incra, esclarece: “Além do georreferenciamento, é necessário certificar as áreas junto ao Incra”.

 

O que é?

Georreferenciamento – Medições topográficas nas quais se atribuem coordenadas geodésicas.

Certificação georreferenciada – Aprovação do georreferenciamento de acordo com as normas técnicas do Incra.