Em política, união e sinergia são os nomes dos jogos.

Uma poderosa frente democrática pode estar se formando no Oeste, no âmbito dos dois maiores colégios eleitorais, Barreiras e Luís Eduardo Magalhães. Júnior Marabá, prefeito de Luís Eduardo; Zito Barbosa, prefeito de Barreiras; e Danilo Henrique, representante da família que já governou Barreiras e tem objetivos muito claros para o futuro.

É evidente que a união sinérgica destas três forças tem vistas para as eleições de 2022, mas com uma visão muito nítida do que serão as eleições de 2024.

A articulação desse encontro se deve ao presidente do Progressistas em Luís Eduardo, Jader Marabá, considerado a “eminência parda” dos excelentes índices de aprovação da gestão da Capital do Agronegócio. Negociador nato, Jader herdou do pai, Ondumar Marabá, a capacidade de transformar limões em limonada.

Calor e terremoto, as origens dos fatos políticos.

Imagem

“Quero declarar que minhas palavras, por vezes contundentes, decorreram do calor do momento e dos embates que sempre visaram o bem comum”, disse o Messias em sua carta de retratação ao ministro Xandão, do STF.

Quando você, caro leitor, estiver no trânsito, sob uma verão de 40ºC, não leve desaforo pra casa. Puxe o facão e finque no lombo daquele motorista que te deu uma fechada. Tem precedentes jurídicos.

No México, um terremoto de proporções e o Zé Trovão se entregou para a Polícia Mexicana. Afinal, o que é um simples trovão frente a um terremoto?

Para finalizar, a notícia que está quase confirmada: depois das atitudes de hoje, só resta ao Messias declarar o Estado de Circo. Palhaçadas e leão miando como gato é o que não falta.

Se não for bizarra e mirabolante, a história não serve para o gado.

Prova Das Fraudes Nas Urnas! Exclusivo e Urgente"

O presidente Jair Messias está interessado apenas em bater recordes. Na famosa “live” alegou que tinha conhecimento de fraudes eleitorais através do vídeo um famoso “acupunturista de árvores”. (Na imagem).

Parece até que o Presidente Provisório se orienta pelo fato de que quanto mais esdruxulas, bizarras, estapafúrdias, inusuais e mirabolantes foram suas afirmações, mais os seguidores, conhecidos como “gados”, acreditam em suas versões.

Estamos vivendo nos estertores de uma histeria coletiva. Trata-se de uma histeria em massa ou folie à plusieurs (do francês, “Loucura de muitos), é o fenômeno sociopsicológico definido pela manifestação dos mesmos ou semelhantes sintomas histéricos por mais de uma pessoa.

Há pouco tempo, a esquizofrenia costumava atacar, paulatinamente, todos os membros de uma casa, depois de se pronunciar em um único deles. Hoje a esquizofrenia ataca, dentro do mesmo sistema, os participantes comuns de um grupo de whatsapp.

A íntima relação entre narcotráfico e política no Brasil

Por Vasconcelo Quadros, da Agência Pública

 

Ao seguir o rastro do dinheiro da cocaína no Brasil, a Polícia Federal (PF) tirou das sombras uma economia clandestina lastreada no comércio da droga e descobriu uma ameaça real às instituições.

“Se não destruir financeiramente esses caras, isso aqui vira um México”, disse em entrevista à Agência Pública o delegado Elvis Secco, chefe da coordenadoria de repressão às drogas, armas e facções criminosas da PF em Brasília.

Ele se refere ao poder financeiro dos traficantes brasileiros e à potencial ameaça que representam. No México, assim como na Colômbia da era Pablo Escobar, os cartéis corromperam a política e deixaram um macabro saldo de violência.

O Brasil não está longe do problema. Estatísticas sobre apreensões de cocaína e relatórios que embasam operações desencadeadas pela PF em 2020 apontam que há sinais de que organizações criminosas conhecidas pelo uso da violência, como o PCC, se especializaram na lavagem de dinheiro da droga, interferem na economia formal e, pouco a pouco, vão se infiltrando no sistema político do país.

O maior traficante do Brasil e, individualmente, um dos maiores do planeta, Luiz Carlos Rocha, o Cabeça Branca, responsável, até ser preso em Sorriso (MT), em 2017, por mandar entre 80 e 100 toneladas por ano para fora do país e lavar parte de seus lucros com o doleiro Alberto Youssef, um dos principais delatores da Lava Jato.

As relações do traficante com a lavanderia, que distribuiu o dinheiro desviado da Petrobras a políticos, veio à tona num segundo depoimento prestado em 2018 por outro doleiro, Carlos Alexandre de Souza Rocha, o Ceará, que trabalhou para Youssef.

Em 2014, Ceará já havia admitido que entregara propina da estatal a senadores e deputados. Com Cabeça Branca a PF já sequestrou mais de R$ 1 bilhão e ajudou a Justiça do Paraguai a bloquear cerca de US$ 183 milhões do traficante naquele país (o equivalente a R$ 1 bilhão).

Segundo a PF, no Paraguai o traficante teria subornado políticos e autoridades de segurança para não ser pego. A PF suspeita que no Brasil, onde viveu os últimos dez anos com duas identidades falsas e o rosto modificado por três operações plásticas, Cabeça Branca também tenha subornado autoridades.

O envolvimento de políticos com o tráfico não é novidade. Em 1991, o então deputado federal Jabes Rabelo, cuja família construiu um império financeiro de origem suspeita em Cacoal, Rondônia, teve o mandato cassado pela Câmara depois que seu irmão, Abidiel Rabelo, foi preso em São Paulo com 554 quilos de cocaína portando uma falsa carteira de assessor parlamentar com a assinatura do irmão.

A PF suspeita que da região Norte do país – base territorial dos grandes traficantes para armazenar a droga – a centros como São Paulo e Rio de Janeiro o tráfico distribui suborno em troca de apoio político. “Já tem sinais de que o PCC financia a política. Nós sabemos disso. Eles não dão nomes. Falam assim: ‘Vamos financiar a campanha política ‘daqueles vereadores’. São estratégias criminosas para fortalecer a organização”, disse o delegado Elvis Secco.

A PF ainda não tem provas contra políticos de peso, mas está analisando conversas telefônicas e documentos apreendidos em mais de uma dezena de operações desencadeadas entre 2019 e 2020 para cruzar com dados de doações eleitorais e licitações no serviço público. Como os grupos que controlam hoje o comércio internacional da cocaína no atacado se sofisticaram na lavagem, repassando os lucros a terceiros ou criando empresas de fachada, a PF cruza informações para embasar uma operação destinada especificamente a identificar o núcleo político ligado ao tráfico.

As suspeitas estão fundamentadas também na envergadura da estrutura do tráfico no Brasil. Nunca se apreendeu tanta cocaína no país, conforme ilustra a estatística da PF nos últimos quatro anos: em 2016 foram 41 toneladas; em 2017, 48; em 2018, 79; e, no ano passado, 105 mil, quantidade que, se em vez de destruída fosse vendida na Europa, a um preço médio de US$ 30 mil o quilo – que é o que se paga no atacado –, renderia algo em torno de R$ 17,3 bilhões.

O Brasil virou o grande entreposto mundial da cocaína, por onde passam 60% do que é produzido na Colômbia, Bolívia e Peru. Na ponta do lápis, o recorde histórico de apreensões representa apenas 8,75% das 1.200 toneladas que, segundo a PF, passaram por aqui em 2019, uma montanha de pó equivalente a R$ 200 bilhões.

“O que faltava para o PCC ser considerado uma máfia? Saber lavar dinheiro, que é o que estamos demonstrando”, diz Polícia Federal

Traficante era dono de 16 fazendas

Segundo relatórios policiais, os comerciantes de cocaína se dividem entre famílias com um pé no agronegócio e organizações antes especializadas em crimes contra o patrimônio, que herdaram o modus operandi de lendários contrabandistas da fronteira do Brasil com o Paraguai. Não mais que dez grupos dominam esse mercado clandestino. O mais forte é o PCC, que nasceu nas prisões e hoje detém quase o monopólio da cocaína. Em apenas duas operações, entre setembro e outubro deste ano, a Rei do Crime e Caixa Forte, foram bloqueados R$ 932 milhões de pessoas ligadas à facção. Os lucros da cocaína fizeram fortuna também de outros clãs desmantelados pela PF. É o caso das famílias Morínigo, Pavão e Soares da Rocha, chefiadas, respectivamente, pelos traficantes Emídio Morínigo Ximenes, Jarvis Pavão e João Soares da Rocha, presos em diferentes operações e em nome dos quais, segundo a PF, foi encontrada expressiva quantidade de imóveis, todos passíveis de confisco para venda antecipada.

Os bens sequestrados, prontos para leilão até final de 2020, segundo a PF, deve superar a cifra de R$ 1 bilhão. Só com laranjas de Pavão foram encontrados 337 imóveis. Especialista no transporte e na exportação via portos, como Santos e Paranaguá, Cabeça Branca negociava com todos os grupos. “Ele era um homem de logística do tráfico e atuava com diplomacia, sem se envolver com violência”, afirma o delegado Elvis Secco. Ao ser preso em Sorriso, meca do agronegócio, usava o nome falso de Vitor Luiz de Moraes, um próspero agropecuarista, com relações políticas no norte do Mato Grosso e no sul do Pará.

Luiz Carlos da Rocha, o “Cabeça Branca”

Segundo a PF, um de seus parceiros era o ex-prefeito de Brasnorte (MT) Eudes Tarciso de Aguiar (DEM), que, ao término de seu mandato (2012-2016), foi eleito o melhor prefeito mato-grossense e um dos 50 mais bem avaliados do país. Às vésperas de ser preso, em 22 de novembro de 2018, durante uma nova fase da Operação Spectrum, a Sem Saída, Eudes era apontado pela imprensa local como “a maior liderança de Brasnorte” por ter ajudado a eleger o governador do Mato Grosso, Mauro Mendes, o senador Jaime Campos, todos do DEM, e pelo apoio “apaixonado” ao então candidato a presidente Jair Bolsonaro. “O presidente Bolsonaro vai aumentar os repasses aos municípios e com isso todos saem ganhando”, declarou Eudes ao site regional A Folha do Vale seis dias antes de ser algemado pela PF.

Procurado pela reportagem, Eudes, já em liberdade, negou envolvimento com o tráfico e atribuiu a denúncia que o tornou réu ao fato de ser irmão de um dos homens fortes de Cabeça Branca na região, Alessandro Rogério de Aguiar, que cuidava dos negócios da família enquanto administrou o município. Disse que abandonou a política depois de ter feito campanha por Bolsonaro na região, em 2018.

De fato, o vínculo mais forte com o traficante é Alessandro, acusado pela PF de enviar toneladas de cocaína para o exterior através do porto de Paranaguá. O problema é que as duas principais empresas da família, a Madeireira Imperatriz e a Agropecuária Estrela do Oeste, teriam lavado R$ 175 mil para o traficante. Numa procuração encontrada pela PF, os dois figuram como supostos procuradores do traficante. Nas imagens apreendidas, Alessandro aparece também num elevador do Shopping Iguatemi, em São Paulo, ao lado de Cabeça Branca. Em vários áudios captados pela polícia, o irmão do prefeito aparece negociando remessas de cocaína.

Segundo a PF, o traficante era dono de 16 fazendas em áreas praticamente contínuas entre Mato Grosso e Pará, com extensão total estimada em cerca de 40 mil hectares, avaliadas em cerca de R$ 200 milhões. Uma das fazendas, de 920 hectares, em Tapurah, estava com toda a documentação preparada para receber a escritura definitiva, requisitada através do programa de regularização fundiária do governo federal. Em março do ano passado, ao negar um pedido de habeas corpus em que o ex-prefeito pedia liberdade, o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), frisou no despacho uma provável relação dele com queimadas, desmatamento e retirada ilegal de madeira na região. Mendes escreve que as relações com o irmão e contradições verificadas no interrogatório apontam que Eudes teve “papel ativo” na organização criminosa chefiada por Cabeça Branca: “[…] ao que tudo indica, pratica de forma habitual outros delitos: crimes ambientais, corrupção e provável delitos de lavagem de dinheiro para ocultar patrimônio pessoal e da família”.

O ministro se referia a um grampo em que a PF captou um diálogo entre Eudes e o irmão para despistar a fiscalização do Ibama numa das fazendas. O ex-prefeito sugeriu que Alessandro usasse um laranja para camuflar a propriedade rural, mas acabou admitindo o suposto crime: “Também meti fogo”, diz, acrescentando que fez o “serviço completo”. Em seguida, achincalha os fiscais do Ibama com palavrões: “Já que é pra tomar no cu, toma igual vaca de pé e berrando”. À Pública, ele afirmou que se referia à queima de pastagem. “Não pertenço a organização criminosa. Nasci dentro de uma serraria e vendo madeira há 40 anos. Vou explicar a origem do dinheiro à Justiça. O que pesa contra mim é a denúncia de lavagem. Nunca vi esse homem”, disse Eudes, referindo-se a Cabeça Branca.

Cabeça Branca investiu seus lucros na compra de imóveis, na produção de grãos e de gado, em maquinário agrícola, em carretas usadas no transporte dos produtos e armazéns que garantiam, num primeiro momento, a camuflagem da cocaína mandada para Europa e Estados Unidos e, num segundo, o colocava no agronegócio, dono de fazendas produtivas e autossuficientes. Sua rede ligava as áreas de produção agrícola em municípios do Norte do Mato Grosso e Sul do Pará a Osasco, na Grande São Paulo, onde ele construiu modernos galpões para armazenar grãos e cocaína que seguiriam para o exterior pelo porto de Santos.

Narcotráfico e pecuária

Preso em fevereiro de 2019 em Tucumã, no Pará, durante a Operação Flak, o empresário João Soares da Rocha é apontado pela PF como um misto de traficante de cocaína, empresário do agronegócio, garimpeiro e comerciante ilegal de madeiras na Amazônia Legal. Segundo a PF, é parceiro de Cabeça Branca no tráfico e, embora tenham o mesmo sobrenome, não são parentes.

Atuava com o irmão Evandro Geraldo Rocha Reis e um sobrinho, o piloto Cristiano Felipe Rocha Reis, ambos mortos na queda de um monomotor Cessna, nas proximidades da pista do aeroporto de São Félix do Xingu, no Pará, no curso das investigações sobre as atividades do grupo, em agosto de 2018.

João Soares e o irmão eram donos de garimpo em Ourilândia do Norte. O empresário é dono também de postos de combustíveis e da Agropecuária Abelha Comércio e Serviços, fazenda dedicada à produção de gado de corte e grãos. É acusado de extração ilegal de madeira em terras indígenas. Em 2013 o empresário entrou para lista suja do trabalho escravo.

O relatório da Polícia Federal mostra que os lucros convertidos da cocaína eram lavados no agro. “As investigações indicam que alguns investigados, em especial João Soares da Rocha e Raimundo Prado da Silva (preso também na mesma operação), investem o dinheiro adquirido com o narcotráfico na atividade pecuária”, diz a PF no relatório da Operação Flak.

O empresário especializou-se no transporte da droga entre os países produtores, Brasil e Caribe, cobrando por cada viagem US$ 150 mil. Entre 2017 e 2018, período tratado pela Operação Flak, realizou pelo menos 23 fretes, faturando US$ 3,450 milhões (algo em torno de R$ 19 milhões).

Operação Flak traz relação de narcotráfico, garimpo e pecuária: empresário tinha relação com Cabeça Branca

A PF listou um total de 51 aeronaves apreendidas com o grupo chefiado pelo empresário. Destas, nove estavam em nome de João Soares da Rocha ou de familiares, e outras três foram destruídas, duas em acidentes e uma terceira, avaliada em R$ 1 milhão, foi incendiada depois de concluído o transporte de cocaína – perdas que, segundo a polícia, nem chegaram a afetar os lucros. O empresário mandou adaptar tanques de combustível reservas dentro de pequenos aviões para alongar a autonomia de voos e escapar dos radares.

Era um bem-sucedido empresário do agronegócio, no qual envolveu a mulher, filhos, irmãos e sobrinhos. A Agropecuária Abelha, por exemplo, está em nome de três filhos e tem como atividades a criação de gado de corte e a produção de soja.

João Soares da Rocha atuava também na compra e revenda de cereais e animais vivos, cultivo de milho, cacau e prestação de serviços em obras de engenharia através de outras duas empresas das quais é sócio, a Rolomat Terraplanagem e a Geo Comércio de Areia. Em outra atividade paralela, alugava máquinas e equipamentos agrícolas modernos, que funcionam sem operador.

A PF mira o patrimônio do empresário, estimado em R$ 330 milhões. “Tirando o dinheiro, tira-se o poder. É importante conhecer a estrutura das facções, mas não adianta só apreender a droga e dizer que o tráfico sofreu uma grande baixa financeira. As perdas fazem parte do risco. Tem que seguir o dinheiro, que é lavado em empresas sólidas, legalmente constituídas e normalmente insuspeitas”, afirma o delegado Elvis Secco. Ele avalia que a magnitude da estrutura do tráfico exige dos órgãos públicos um tratamento sistêmico, baseado em operações contínuas focadas no “laranjal” do tráfico e na lavagem do patrimônio. A repressão, segundo o delegado, seguirá o modelo da Lava Jato, com operações em série.

Com o esvaziamento da Lava Jato, o poder do tráfico levou os órgãos de controle do governo a mirar o foco mais nos barões da cocaína.

Na sexta-feira, 23 de outubro, a Justiça de São Paulo decretou a prisão de 18 acusados de pertencer ao PCC. Segundo o Ministério Público Estadual (MPE) de São Paulo, são membros da estrutura de tráfico de drogas e de lavagem de dinheiro que comandam as ações da organização criminosa nas ruas. “Creio que essa será a primeira fase da Lava Jato do PCC”, disse o promotor Lincoln Gakiya ao Estadão, um dos seis que assinam a denúncia contra o grupo.

O PCC, segundo dados que constam nos documentos apreendidos na Operação Sharks, que investigou a lavagem de dinheiro da facção entre junho de 2018 e setembro de 2020, movimentou R$ 1,2 bilhão com o tráfico internacional de drogas por ano.

“Uma máfia”: a estratégia do PCC

Liderado por Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, que controla a organização criminosa de dentro da prisão federal de segurança máxima de Brasília, o PCC erigiu um império financeiro. Na Operação Rei do Crime, desencadeada em setembro de 2020, a PF bloqueou R$ 730 milhões do PCC e estimou, com base num relatório do Conselho de Controle de Atividade Financeira (Coaf), que nos últimos quatro anos o setor encarregado da lavagem do dinheiro movimentou R$ 32 bilhões através de uma rede com 78 empresas ligadas ao grupo Boxter, que controla mais de cem postos de combustíveis e lojas de conveniência no país. “Foram anos para solidificá-la no mercado econômico e financeiro através de uma marca sólida”, escreveu o delegado federal Rodrigo de Campos Costa ao abordar a estratégia do PCC.

O PCC dos negócios da cocaína prima pela discrição e estratégias complexas na lavagem dos lucros. No caso da Operação Rei do Crime, se a polícia demorasse mais dois anos para agir, não teria mais como rastrear o dinheiro. É uma tática usada pelas máfias, qualificação, aliás, que a PF passou a dar à facção. “O que faltava para o PCC ser considerado uma máfia? Saber lavar dinheiro, que é o que estamos demonstrando. Eles têm tentáculos no mundo todo. Não é tráfico de drogas. É tráfico de cocaína. O PCC é uma máfia”, afirma o delegado Elvis Secco. “O PCC é um monstro que estamos matando.”

A Operação Rei do Crime enredou José Carlos Gonçalves, o Alemão, o principal preso ligado ao PCC. Com ele foram apreendidos 32 carros de luxo, um iate, joias, dinheiro vivo, dois helicópteros e um patrimônio estimado em cerca de R$ 12 milhões. Levava uma vida de respeitável empresário, mas sua ficha e as investigações mostram que tinha relações obscuras. Era dele, segundo a polícia, o helicóptero usado para assassinar dois traficantes que deixaram de seguir as rígidas regras do PCC e passaram a roubar a facção, Rogério Jeremias de Simone, o Gegê do Mangue, e Fabiano Alves de Souza, o Paca. Os dois foram mortos em fevereiro de 2018, em Aquiraz, próximo a Fortaleza, no Ceará. Outro jurado de morte, mas que conseguiu convencer a facção a não executar a “sentença”, é o agora famoso André de Oliveira Macedo, o André do Rap, traficante da pesada, que deixou pela porta da frente a penitenciária de Presidente Venceslau, em São Paulo, no dia 10 de outubro, favorecido por decisão do ministro Marco Aurélio Mello, do STF.

Chefe do PCC na Baixada Santista, condenado a 15 anos e seis meses por remeter quatro toneladas de cocaína pelo porto de Santos, o traficante se transformou no pivô de uma crise entre Mello e o presidente do STF, Luiz Fux, que derrubou a liminar do colega e mandou investigar as circunstâncias da decisão que jogou holofotes sobre o poderio da organização.

No topo do PCC está Marcola, sentenciado a 150 anos de reclusão, mais de 30 deles já cumpridos, condenado a passar o resto de seus dias na cadeia. Marcola é um preso diferenciado: durante o longo cárcere, se politizou, adicionou métodos capitalistas ao crime e controla a organização sem precisar mostrar a cara.

O relatório da PF ao qual Pública teve acesso descreve a facção como uma grande corporação empresarial, baseada em princípios de conglomerados capitalistas, segundo os quais a hierarquia, disciplina e obediência às regras de negócios são indispensáveis.

A semelhança com a máfia italiana, segundo o relatório da PF, vem da violência e intimidação contra agentes de segurança e, em especial, contra os integrantes que violam as regras ou delatam.

Marcola, segundo está escrito no relatório, mesmo preso, exerce “com mãos de ferro o comando da cadeia alimentar do PCC, o que significa dizer que todas as ordens ou ‘salves’ [ordens para missão] da facção devem [submissão] a sua anuência, sob pena de severa punição, inclusive pelos conhecidos tribunais do crime”.

A Secretaria Nacional Antidrogas (Senad), do Ministério da Justiça, já arrecadou este ano mais de R$ 100 milhões sequestrados do crime, dos quais pelo menos 20% já foram reconhecidos pela Justiça como originários da cocaína, um recorde na história de confisco dos bens do tráfico. A meta da Senad é fechar 2020 com a arrecadação de R$ 200 milhões. No site do ministério há uma lista de quase 3.800 bens a serem leiloados, dos quais até recentemente pelo menos 33 eram fazendas de traficantes bloqueadas para leilões futuros, algo aproximado em 100 mil hectares de extensão.

A secretaria quer apressar os convênios com os estados para vender logo os imóveis. “Não somos uma imobiliária”, disse à Pública o diretor de gestão de ativos do órgão, Giovane Magliane.

Como domar um presidente bocudo e mal educado!

Fotógrafos cruzam os braços em protesto contra general-presidente

Num retrato da decadência do regime, fotógrafos credenciados que cobriam a Presidência cruzam os braços e se recusam a fotografar o presidente João Batista Figueiredo descendo a rampa do Palácio do Planalto. Naquela terça-feira de 1984, o único a empunhar sua máquina foi José de Maria França, do Jornal do Brasil, mais conhecido de como J. França, escolhido pelos colegas de trabalho para fazer o registro do protesto e distribuir a imagem para a imprensa.

O protesto foi uma reação à ordem do general-presidente proibindo fotos em seu gabinete. Durante os meses em que vigorou a proibição, apenas o fotógrafo oficial do Planalto podia registrar as audiências.

A única oportunidade que os fotógrafos tinham para fotografar Figueiredo era nos momentos em que ele subia ou descia a rampa.

Essa foi, no entanto, a gota d’água de uma relação conflituosa. Naquele momento, faltava menos de um ano para as eleições e o consequente fim do governo militar. Semanas antes, fotógrafos presenciaram, no gabinete presidencial, um entrevero entre o general-presidente e o então presidenciável por seu partido, Paulo Maluf.

Figueiredo, que preferia Mario Andreazza como candidato do PDS, estava visivelmente mal-humorado. Maluf, ao ver os fotógrafos, pediu: “Sorria, presidente”, e ouviu uma resposta atravessada: “Estou na minha casa e fico como eu quero”.

Os fotógrafos relataram a conversa nas redações e fizeram com que o diálogo chegasse às primeiras páginas dos jornais. Em resposta, Figueiredo disse que a conversa nunca tinha acontecido e proibiu a entrada de fotógrafos em seu gabinete. A proibição só seria levantada nos últimos meses do regime.

Participaram do protesto, de acordo com a aparição na foto, da esquerda para a direita: Moreira Mariz, Antônio Dorgivan, Adão Nascimento, Cláudio Alves, Sérgio Marques, Julio Fernandes Francisco Gualberto, Sérgio Borges, Beth Cruz, Élder Miranda e Vicente Fonseca, o Gaúcho. André Dusek, que na época era presidente da União dos Fotógrafos de Brasília, estava no outro lado da rua, pois não era credenciado na Presidência da República, e, por solidariedade ao protesto, não fotografou.

Do Memorial da Democracia.

Bolsonaro é ferramenta descartável dos patrões que está perdendo a regulagem

Preparem-se: as viúvas do dito cujo indigitado, o qual já me cansei de pronunciar o nome, vão chorar rios caudalosos. Dizem que o impeachment já está acertado nas altas esferas entre os patrões, aqueles que detém o Capital. Merval Pereira, a voz do dono da poderosa Globo, onde se traçam os planos dos golpes desde 1964, afirma:

O presidente Jair Bolsonaro vem numa escalada de falta de compostura que beira a insanidade. O episódio de sexta-feira, em que destratou jornalistas, demonstrando falta de educação e preconceitos, é próprio de quem se sente acuado, e de fato o presidente está acuado, pela queda de sua popularidade, pelas limitações que as instituições democráticas lhe impõem, pelas denúncias contra seu filho Flávio, que envolvem toda uma família ampliada que, pelas acusações do Ministério Público do Rio.

Flávio enriqueceu às custas do Erário público”, diz Merval em sua coluna.

Na realidade, Bolsonaro foi uma ferramenta, como Eduardo Cunha e Michel Temer, para assumir o poder. Descartáveis. Perdem a regulagem e perdem a serventia. Agora o Tucanato, Trump e os patrões vão assumir o poder através de outro fantoche. Escolhido a dedo entre o Tucanato.

O ódio ideológico se dissemina nas ruas. Cerca de 50 ataques a manifestantes do PT, de Ciro e de Bolsonaro.

Paula Monique, presidente da juventude do PT de Jequié – Ba, acaba de ser atacada por um simpatizante de Jair Bolsonaro. O sujeito passou numa moto com a camisa de Bolsonaro e chutou a moça que transitava em outra moto menor, caindo na pista onde foi socorrida.

No Rio Grande do Sul, uma jovem registrou queixa afirmando que, ao transitar na rua com uma camiseta com a inscrição #elenão e as cores da bandeira LGBT, acabou atacada e teve uma suástica riscada a canivete na pele do abdômen. Policiais civis da Bahia e do RGS investigam os dois casos, no entanto ainda não existe a confirmação, por parte das autoridades, dos dois fatos. Ainda não foram instaurados os respectivos inquéritos.

O delegado Paulo César Jardim, titular da 1ª DP da Capital, afirmou que está suspensa a investigação do caso em que uma jovem, de 19 anos, teria tido uma suástica desenhada a canivete em sua barriga. Segundo ele, a vítima se negou a representar criminalmente. É provável que a jovem, identificada, tenha medo de novos ataques. Com isso, não existe crime e não há como prosseguir a investigação.

O caso teria ocorrido na rua Baronesa do Gravataí, no bairro Cidade Baixa, na última segunda-feira. A jovem chegou a registrar uma ocorrência na Polícia, mas voltou atrás. A vítima teria sido agredida a socos por três homens que a interpelaram após ela descer de um ônibus. Em seguida, foi ferida na barriga com um canivete.

Caso grave em Recife

Nesta quarta-feira (10), no Recife, mais um caso foi tornado público nas redes sociais. A produtora Érica Colaço divulgou as imagens da amiga Pipa Guerra, agredida por dois homens e uma mulher, apoiadores do candidato do PSL, em um bar no bairro do Arruda, Zona Norte do Recife, no dia da eleição. 

Colaço explicou que amiga estava no estabelecimento e os agressores começaram a “mexer com ela por conta dos bottons e adesivos de Ciro e do #EleNao”. Em determinado momento, um deles chegou a mostrar uma arma. Quando a vítima tirou o celular e começou a filmar a intimidação, foi agredida, teve o braço quebrado e precisou ser acolhida por garçons do bar. “Eles agrediram ela com a intenção de matar. Só não mataram porque os garçons colocaram ela na cozinha até eles irem embora”, afirmou Colaço à reportagem do LeiaJá, portal pernambucano.

Esta semana o mestre de capoeira Moa do Katendê foi assassinado, em Salvador, com 12 facadas pelas costas, depois de desafiar um eleitor de Bolsonaro.

Cerca de 50 ataques a eleitores e manifestantes são relatados em todo o País, desde o dia 30 de setembro, segunda a Agência Pública. Levantamento inédito contabilizou relatos de agressões e ameaças contra pessoas em 18 estados e no DF nos últimos dez dias; 6 apoiadores do candidato do PSL também foram agredidos. Fernando Haddad não se manifestou sobre estes ataques.

O candidato Bolsonaro diz que nada pode fazer com os ataques de seus defensores:

-Não posso ser responsabilizado por isso, afirmou.

Os descerebrados têm orgulho de defender assassinos impunes.

Uma estranha raça de ruminantes, anencéfalos, da mais baixa extração, prolifera no Congresso Nacional.

Como um deputado, eleito pelo povo em plena vigência do regime democrático, circula pelos corredores vestindo uma camiseta em homenagem a um torturador, fera-besta, pior que aquelas que povoavam os campos de concentração nazista?

A desordem institucional do País é uma realidade. Mas não ao ponto de se defender assassinos confessos de maneira pública.

A campanha das eleições de 2018 já começou, a seis meses de 7 de outubro.

Os maragatos de Gaspar Silveira Martins e Gumercindo Saraiva com o pé na estrada pela campanha de Lula.

Notícias do front da política: enquanto Lula, em sua caminhada pré-eleitoral pelo Rio Grande do Sul enfrenta a reação bolsonara  da UDR – que lembra, a chimangada de 1893 e 1923. Um agricultor foi preso pela Brigada Militar.

Michel Temer sai da sombra, inaugura mais uma obra de Dilma, o Baixio do Irecê, e diz que vai ser candidato à reeleição. Alvíssaras!

Protestos pela passagem de Lula pelo RS

Joaquim Barbosa, o ex-ministro do Supremo que chegou a anunciar a candidatura pelo PSB ainda não recebeu garantias de sua inscrição pelo Partido.

A fulaninha

Temendo o trator eleitoral de Lula, Marina Silva afirmou que não se pode “fulanizar a lei” ao comentar o julgamento, pelo Supremo Tribunal Federal (STF), do habeas corpus em favor do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Segundo a pré-candidata da Rede à Presidência da República, a aplicação da lei não pode ter “dois pesos e duas medidas”. Ex-petista, Marina foi ministra do Meio Ambiente durante o governo Lula. “Nós não podemos fulanizar a lei. A lei tem que ser seguida e aplicada em relação a todos, tem que ser cumprida sem dois pesos e duas medidas”.

Marina, Bolsonaro e Alckmin certamente vão se misturar em eventual segundo turno, aliás como ela fez apoiando Aécio, o fiasquento da JBS, no segundo turno, em 2014.

Bahia

Enquanto isso na Bahia, ACM Neto diz que vai – mas não vai – ser candidato e João Leão afirma que ele – Neto – já recolheu as bandeiras. Netinho chama ao seu gabinete prefeitos do interior que o apoiam.

Resta saber se Zito Barbosa já esteve por lá ou vai se fazer de mortinho pra ganhar sapato novo e apoiar Rui Costa nas eleições.

E agora? Como ficam os políticos profissionais, cheios de processos, depois da intervenção militar?

A esta altura do campeonato, políticos de todos os matizes estão exorcizando a intervenção militar no Rio de Janeiro.

Ninguém é capaz de conceber que Michel Temer e Pezão sejam os autores da aventura institucional de cercar o Rio de Janeiro com as forças armadas e controlar o que restou da Polícia Civil e da Polícia Militar.

O carnaval e os crimes comuns cometidos no período foram a desculpa. A Globo apoiou, como fez em 1964, depois que foi desmoralizada em pleno carnaval. Sempre flutuando e sobrenadando as crises como detritos na orla da maré baixa.

O jornal O Globo, em sua página na internet, anuncia com entusiasmo juvenil:

“Intervenção no Rio terá tanque nas ruas, policiamento ostensivo, bloqueio de vias expressas e varredura em presídios.”

Foto: O Globo.

A verdade é que executivo, legislativo, Ministério Público e a “Xustíssia” estão engessados desde hoje, antes da “aprovação” do édito no Congresso. A Justiça Militar assume, com os IPMs (inquéritos policiais militares) e tudo o mais. Do jeito que anda a carruagem, o Maracanã será pequeno para tantos detidos e presos.

Eleições de 2018? Podem ser um sonho cada vez mais distante. O STF aprova qualquer pacotão “democrático” que for protocolado.

Problemão para esses corruptos que estão usando cargos no Executivo e no Legislativo para se esconderem no foro privilegiado.

A política, essa nossa porção diária de merda fedorenta!

Maia, o bonitinho da Lapa, contra a Bahia

Apátrida em estado natural

Arthur Maia (PPS), deputado federal pela região de Bom Jesus da Lapa, afirmou ao prefeito de Lapão, Ricardo Rodrigues (PSD), que romperia com Michel Temer se ele liberasse o tão falado empréstimo de 200 milhões de dólares para o Estado da Bahia.

O PPS é presidido por Roberto Freire, outra velha raposa peluda da política brasileira. Anotem esse nome: Arthur Maia. As eleições de outubro de 2018 acontecem daqui a um ano.

A blindagem do golpista acabou?

Líderes dos partidores discutem a possibilidade de colocar em votação, o mais rápido possível, a decisão do Supremo Tribunal de Federal (STF) de afastar e determinar o recolhimento noturno do senador Aécio Neves (PSDB), segundo o jornal O Globo.

De acordo com a publicação, o caso precisa ser apreciado pelo plenário em até 24 horas a partir da notificação do Senado. Aécio chegou a participar, nesta terça-feira (26), da votação da criação do fundo eleitoral no plenário até ser comunicado da decisão do STF.

Ciro, o crente

Ciro Gomes não transige com ninguém. E isso pode ser capital para a decolagem da sua candidatura. Ontem, disse que vai revogar todas as reformas aprovadas no Governo Temer, no caso de ser eleito.

– São ilegítimas, disse Ciro.

Afundou-se mais ainda: disse que vai expropriar todos os campos de petróleo vendidos por uma ninharia para as multinacionais pelos entreguistas da Petrobras.

Está selando o seu destino, voltando contra si as armas mais pesadas dos patrões da CIA e acreditando no insondável discernimento do eleitor brasileiro.

O Brasil não está preparado para ter um presidente de verdade, nacionalista, justo e sem papas na língua.

Dinheiro público

Enquanto se lia na Câmara a denúncia contra Temer, ele apregoava no Planalto um programa de 3 bilhões de reais para formação profissional de brasileiros pobres.

Mas a sua eminência parda, Romero Jucá, defendia com naturalidade outros 3 bilhões em fundo partidário e renuncia fiscal para emissoras de rádio e televisão fazerem a propaganda política que ninguém ouve ou vê.

A despreocupação – ou nonchalance – com que se trata o dinheiro público é de arrepiar os pelos pubianos da madre superiora e causar pensamentos eróticos no mais singelo e velho cura da igreja do bairro.

A amizade é uma benção! Salva todos do fogo do inferno.

Três leituras do “sorteio” de hoje do Supremo, que indicou Gilmar Temer como relator do caso Aécio Neves na Corte. Primeira que Aécio está virtualmente salvo para seguir sua vidinha de senador e quando quase tudo for esquecido, se candidatar novamente a governador de Minas Gerais. Sem máculas.

Segunda: Gilmar Mendes salva Aécio, conquista o PSDB, e torna-se candidato forte às eleições indiretas que virão após a falência múltipla dos órgãos do Governo Temer. Esquece-se também, convenientemente, aquela história de impeachment do Ministro.

Terceira: como Gilmar está comprometido, como Temer, com as direitas privacionistas e “neo liberais”, dá uma ajuda, com o desmonte da indústria pesada (construção, naval, nuclear), do petróleo e manutenção da banca rentista, com a qual se fará o dinheirinho necessário para o projeto de retorno ao poder da tucanada nas eleições de 2018.

Até a prisão de Lula da Silva e dos JBS poderá estar inclusa nesse projetão. Saiba esperar: o Brasil vai prosperar nos braços dessa patota abençoada. Ora, se vai!

As profecias de Eric Nepomuceno estão se cumprindo. 2017, o ano da vergonha.

 

Como os caros leitores podem ver no vídeo, postado em janeiro deste ano, o jornalista Eric Nepomuceno fazia previsões sobre as vergonhas que todos os brasileiros iriam passar este ano. O vexame começa com a viagem do ministro Gilmar Mendes a Portugal, no avião presidencial, em companhia do ilegítimo Michel Temer, que ele julgou inocente nesta semana.

Não sei quanto da população brasileira é capaz de raciocínios lógicos sobre o que acontece no Brasil desde janeiro de 2015, quanto Dilma Rousseff assumiu o seu segundo mandato. O próprio Nepomuceno diz que todas as classes médias de qualquer país são burras e semi-alfabetizadas. Mas a do Brasil o é em especial.

No Brasil isso se agrava com uma classe média obscura, reacionária, interessada num incerto alpinismo social. Os patos do processo. Não estou falando desses escabrosos grupos de mídias sociais, como facebook e whatsapp, onde se prolifera uma classe de pessoas que mal sabe escrever mas não se nega a dar sua opinião sobre os assuntos mais complexos do quadro político nacional, criando hashtags e palavras de ordem como “cadeia já” e “fora isso ou aquilo”.

Que opinião terão esses internautas sobre pessoas como Temer, Aécio Neves da Cunha, Bolsonaro, Gilmar Mendes e sua orquestra de poltrões, Serra, Meirelles, Alexandre Moraes e pastores vendedores de milagres.

Vivemos sob essa lona de horrores, em um circo de feras e palhaços, agravados diariamente por uma classe média orientada por um jornalismo vil e maldoso, a serviço de patrões desconhecidos do grande público.

O Brasil precisa de educação de qualidade, para crianças, jovens, adultos e professores, que consigam, a médio prazo, entender o que acontece no Brasil e atingir a capacidade de um raciocínio. Mas isso já é a insípida e inatingível utopia de uma meia dúzia de brasileiros.

Como dizia Darcy Ribeiro, fundador da UNB, indigenista e criador dos CIEPS – Centros Integrados de Educação Pública:

“Sou um homem de causas. Vivi sempre pregando, lutando, como um cruzado, pelas causas que comovem. Elas são muitas demais: a salvação dos índios, a escolarização das crianças, a reforma agrária, o socialismo em liberdade, a universidade necessária. Na verdade somei mais fracassos que vitórias em minhas lutas, mas isso não importa. Horrível seria ter ficado ao lado dos que nos venceram nessas batalhas.“

Que não desistamos das nossas utopias! Voltando a Darcy Ribeiro:

“Coragem! Mais vale errar, se arrebentando, do que poupar-se para nada.“

Memes e charges para começar uma semana complicada para o País

Ronaldinho e as suas escolhas políticas.

Veveta pra Presidente.

Abaixo, a pergunta que não quer calar: quantos milhões você precisa Aécio?

Abaixo, Aécio procurando o delator antes que ele delate.

E pra encerrar, um pouco de indignação, com a mulher de Aécio, Letícia Weber, desejando o melhor para os brasileiros mais pobres:

 

Política: territórios demarcados, vamos partir para o engalfinhamento geral

lobo_marcando_su_territorio-2

Essa eleição da UPB, em que o prefeito de Bom Jesus da Lapa, Eures Ribeiro, foi eleito presidente, teve uma repercussão desmedida na mídia. A entidade é dedicada apenas aos assuntos internos dos municípios e tem, na escala da política baiana, uma importância menor.

No entanto, serviu como demonstração cabal que Governo e Oposição afiam garras e dentes para as próximas eleições de 2018. A oposição quer tomar o poder depois de 12 anos de PT e aliados.

Assim como aconteceu nas eleições municipais do ano passado, em que se estabeleceram polarizações entre a base do Governo e apoiadores do virtual candidato ACM Neto, as eleições da UPB têm seu mérito, enquanto manobras estratégicas de fixação de bases das duas forças em busca do poder na Bahia.

Os candidatos de 2018 já urinam nas árvores, demarcando o seu território, como fazem as alcateias de lobos, leões e, por que não dizer, de hienas.

O crime organizado mais rentável é a política

Beira-Mar, um principiante perto daquele povo de Brasília.
Beira-Mar, um principiante perto daquele povo de Brasília.

Governo diz que vai acabar com as facções do crime organizado, que são ao menos 27 em todo o País. Será que eles estão pensando em extinguir o PMDB, que chantageia e extorque governos desde que foi criado, como um saco de gatos, para substituir o valoroso MDB?

O partido é tão prolífico, que dele já saíram os “autênticos” do PSDB e outras organizações menores.

Em entrevista a Roberto Cabrini, que foi ao ar ontem à noite no SBT, Fernandinho Beira-Mar asseverou que o crime organizado que dá mais lucro no País é mesmo a política.

Os muito brancos retomam a Casa Branca

trump-fam

Família Obama
Família Obama

Depois de um negro filho de mãe separada na Casa Branca, um verdadeiro WASP: branco, anglo-saxão e protestante. Ao menos em parte: a mãe de Trump era escocesa e o pai, filho de um imigrante alemão. Trump é presbiteriano. Mas o seu credo parece mesmo ser as modelos eslavas: Melania Knauss é eslovena. Sua primeira mulher, Ivana Zelníčková, era checa e a segunda mulher, também uma modelo, se chama Marla Maples. 

Você é petista, caro leitor?

petistas

Assim como não existe uma pátria de cidadãos éticos com governo corrupto, não existe um governo ético com cidadãos corruptos. O Brasil, os estados, os municípios, todos, sem exceção salvadora, merecem os governos que tem e os que elegem a cada eleição.

O bom filho à casa torna

filho-prodigo

Com a desistência do candidato Fábio Lauck e do seu vice Rogério Faedo, ontem, às 20 horas, o que se viu à noite foi o alegre retorno dos filhos pródigos à casa de Humberto Santa Cruz.

Nas redes sociais, se sucediam os comunicados privados de que agora ocupantes de cargo de confiança no Governo Municipal estariam com o candidato do Prefeito.

Em política, nada como um dia após outro. A parábola se cumpriu mais uma vez. Pessoas que rejeitavam o candidato Werther Brandão, voltaram a apoiá-la, depois da orfandade protagonizada pela desistência de Fábio.

Isso só revela a personalidade democrática de Humberto Santa Cruz, incapaz de demitir um comissionado que não seguia a sua liderança nas eleições. Um contraste bem definido com o ex-prefeito dos primeiros 8 anos de Luís Eduardo Magalhães, conhecido pelo seu sombrio sectarismo.

Pega fogo o cabaré!*

cabare

Pegou fogo a campanha eleitoral de Luís Eduardo Magalhães. Os redatores de campanha estão quase fundindo os mancais dos seus computadores.

É acusação disso, acusação daquilo, trucos e retrucos. Igualzinho a Barreiras.

A par das acusações veementes, uma união entre candidatos está prestes a se realizar.

Vão longe os tempos em que os candidatos se destacavam pela agilidade de raciocínio, pela oratória em comícios e pela urbanidade.

Apelos do tipo “não faça parte dessa quadrilha” são capazes de fazer corar até as meninas que moram nas proximidades das algodoeiras.

Um perigoso espião ou um traidor?

povo-do-fabio

Durante a realização do comício da coligação liderada pelo Partido Progressista, agora à noite, no Jardim das Acácias, um discreto motorista estacionou atrás do palanque, portando um perfurate de um candidato opositor. Ou era um curioso,  um indiscreto espião ou um simpatizante secreto do candidato Werther Brandão.

De qualquer maneira, todos os candidatos tem que se cuidar neste funil final da campanha. Existem muitas almas voláteis e volúveis neste período. 

Dó Miguel: “Juju e Ratão é uma temeridade para Barreiras”

Do-miguel-01

Após saber que a ex-prefeita Jusmari Oliveira manifestou apoio à candidatura de Zito Barbosa nessa quarta-feira (03), o pré-candidato a prefeito de Barreiras, Dó Miguel, usou as redes sociais, o grupo de WhatsApp FalaBarreiras, para manifestar-se. Veja o que Dó Miguel falou em seu post:

“A união de Zito com Jusmari, é a ratificação das práticas velhas de que o que conta, é só seus interesses. Como o povo diz um Gambá só cheira outro. Basta fazer uma reflexão da vida pregressa dos dois como gestores e ver os processos das práticas ao longo da vida pública dos dois, vejam nos sites da justiça, se bem que todo mundo sabe e sabe mais do que a própria justiça, o que os dois fizeram e fazem (sic…). Ainda continuamos conversando para apresentar ao povo de Barreiras um caminho decente, uma chapa ficha limpa e capaz de resolver os problemas de nossa querida Barreiras, nosso povo não merece coisas tão ruins”.

Dó Miguel continua dizendo em seu post. “Entre quatro paredes, esses vendilhões de Barreiras fazem acordos de seus interesses e negociam nossas vidas e de nossas famílias, nossos sonhos, nosso patrimônio, construído com nosso suor. Logo quem, dois fichas sujas. Isso é uma imoralidade que o povo não permitirá, vamos apresentar ao povo uma chapa decente, uma chapa ficha limpa”. E finaliza Dó, “Juju e Ratão é uma temeridade para Barreiras”.

A matéria foi editada pela página “Fala Barreiras”.

São apenas cangaceiros e estão a procura de coiteiros

Ilustração de Raphael Teles
Ilustração de Raphael Teles

Papai Noel não existe, Coelhinho da Pascoa não esconde ninhos de chocolate, Cegonha não traz bebes.  E poderia acrescentar: drama bom mesmo é em novela, peça de teatro, na ópera.

Se é verdade a máxima de que cada povo tem os governantes que merece, esse tipo de oposição que se observa em Luís Eduardo Magalhães e Barreiras ninguém merece. Até mesmo os correligionários dos opositores sofrem com as denúncias de ficção, com as tentativas de chantagem que vem acompanhadas de ofertas de contrapartidas monetárias de 7 dígitos.

Querem apenas dinheiro, o vil metal, a propina. Nada mais. Nem sonham em restabelecer a verdade, não passa pelas suas cabeças um governo mais transparente, mais eficaz, nada disso.

Querem dinheiro e apenas e tão somente, dinheiro. É um cangaço do colarinho branco e da farpela, procurando apenas um coiteiro. Aquele que dá coito, asilo ou proteção a bandidos.

Dois candidatos polarizam eleições em Luís Eduardo Magalhães

O candidato "Não Sabe", fotografado em recente evento político.
O candidato “Não Sabe”, fotografado em recente evento político.

Dois candidatos se destacam em recente pesquisa eleitoral em Luís Eduardo Magalhães. O mais indicado é o tal de “Não Sabe”, com quase 53% dos votos. Seguido de perto do tal “Nulo”, com quase 16% das indicações.

O povão não está nem aí com política. Quer mesmo é saber como vai defender o prato de feijão com arroz do dia de amanhã.

Já pensou se o Não Sabe resolve compor chapa com o tal Nulo? Vai ser vitória por aclamação, não precisa nem eleição.

A campanha eleitoral ainda não começou. Portanto, meu caro leitor, deixe essa ansiedade uterina de lado e vá trabalhar.

Histórias da carochinha do mestre Jaburu

Mestre Jaburu, reflexivo, pensa apenas nos caminhos da conspiração.
Mestre Jaburu, reflexivo, pensa apenas nos caminhos da conspiração.

O ministro Gilmar Mendes, do TSE e do STF, foi visitar o presidente interino, Michel Temer, no Palácio Jaburu, em um sábado à noite, para tratar do “orçamento da Justiça Eleitoral”.

Pelo mesmo motivo, Temer abalou-se de São Paulo, trazendo a bela, recatada e do lar à tiracolo.

Ora, não me venhas de borzeguins enlameados ao leito!

Esse pessoal precisa urgente de um assessor de dramaturgia e ficção. Quem sabe contrata o Frotinha, ele mesmo, o Alexandre Frota, para escrever uns novos roteiros.

Não pode? Ele é quase analfabeto? Ah! Agora entendi porque ele ganha a vida fazendo vídeos pornográficos.

Organizando a fila das cabeças cortadas.

guilhotinaSe os empreiteiros e os petroleiros já foram justiçados pela Federal; se o Lula está caminhando na prancha, junto com a Dilma; se o Delcídio bailou na curva; se o Chicunha foi levado ao patíbulo; se o Grêmio foi condenado pelo Rosário Central, só nos resta agora organizar a fila.

Atenção, em coluna por um: Waldir Maranhão, Michel Temer, Renan Calheiros, Silas Malafaia, Bolsonaro, o cuspidor Jean Willis e os restantes 265 picaretas, vamos com calma.

Com educação, por favor! Quando sua vez chegar, mostrem-se confortados e não digam que vão cair atirando, que isso só pode ajudar a condená-los.

Dunga? Não, o Dunga não entra nesta fila. Vai para a portinha onde está escrito “Purgatório”.

Nesta panela, quanto mais se mexe pior fica.

charge-Michel-Temer

Impressiona, pela irrelevância e pelo asco dos discursos, essa coisa nojenta, fedorenta e pouco fluída, chamada “má política” praticada por deputados no plenário da Câmara Federal.

Essa figurinha carimbada, Michel Miguel Elias Temer Lulia, que já distribui, à socapa, seu ministério entre os seguidores de sua seita golpista,  vai governar por um tempo incerto e certamente este governo será a elegia dessa política viscosa que se pratica hoje no Legislativo.

Os franceses tem um ditado popular que serve para várias ocasiões:

Plus ça change, plus c’est la même chose”

É o que vai acontecer. É isso que vai acontecer de agora em diante. Mais do mesmo, piorando sempre. Quem conseguirá governar, sem legitimidade, depois do golpe do legislativo?

 

 

Esta vai ser a “Super Semana” no Oeste e em Brasília

Apocalypse_vasnetsov

Os quatro Cavaleiros do Apocalipse, por Viktor Vasnetsov (1887)

Nesta semana que começa nesta segunda-feira, 11, e vai até domingo, 17, teremos as indicações dos principais candidatos em Luís Eduardo Magalhães, Barreiras, em outras cidades do Oeste, onde ainda estão indefinidos.

Os pré-candidatos Fábio Lauck, Rogério Faedo, Júnior do Aracruz e Oziel Oliveira – mesmo enquadrado na Lei da Ficha Limpa – além do candidato do atual prefeito, Humberto Santa Cruz, deverão se juntar aos já definidos Ondumar Júnior e Odacil Ranzi na disputa das majoritárias.

Em Barreiras, onde o prefeito Antonio Henrique já deixou claro o seu desejo de concorrer à reeleição, os pré-candidatos Carlos Tito e Zito Barbosa, fecham as últimas alianças para a campanha. As participações de Moisés, Dó Miguel, Kelly Magalhães e Jusmari Oliveira também serão definidas.

A semana será de grandes decisões principalmente em Brasília, onde se define, talvez, até a votação do impedimento da presidente Dilma Rousseff.

A Presidente é investigada, em Comissão Especial de Impeachment, onde no mínimo 35 (de um total de 65) componentes são condenados, em fase de recursos, ou processados por crimes diversos.

Bomba! Bomba! Almerinda diz que tem gente trocando de pista na rodovia da política

madame-almerindaRarararararararara!

Quando ouço a gargalhada sinistra da feiticeira, da quiromante da rua Irecê, a famigerada e indigitada Almerinda, sei que a notícia não é boa.

-Diga, Madame, que bons ventos a trazem?

-Seguinte, jornalista, quero reclamar do trânsito.

-Do trânsito? Trânsito é lá com o cabo Agnaldo. Ligue pra Sutrans. Tens o número?

-Não, velho periodista encrenqueiro. É contigo mesmo!

-Pois bem, fale.

-É o seguinte: na primeira via já tem gente no acostamento; a segunda via está passando para a terceira e a terceira está pulando por cima do canteiro para a primeira.

-Como? Não entendi.

-Pois entenda: com o apoio de Jusmari a Zito, aqui a turma do Oziel também passa para a terceira via. Incomodados, os próceres da terceira via pulam para a primeira, embaixo do guarda sol de Leão e Humberto.

-E quem está no acostamento, atrapalhando o trânsito?

-Faça suas deduções, caro jornalista. Afinal dizem que o diabo sabe mais por velho do que por capeta.

O Sal da Semana: corrupção eleitoral, agonia do País e jogo político.

A soberania do Caixa 2

O sistema eleitoral vigente no País é perverso e nefasto, mesmo com as alterações determinadas pelo Tribunal Superior Eleitoral. Empresas não podem doar. E não vão doar? Não existirão mais interesses escusos entre os doadores de campanha? As denúncias da edição de hoje da revista Isto É, com base em suposta delação do senador Delcídio do Amaral, incriminando Palloci e Erenice Guerra, podem ser meias verdades, mas é o exemplo acabado do que de fato acontece nos Governos, nos três níveis federativos.

Grandes e pequenas empreiteiras financiam campanhas, esperando retorno rápido com licitações fraudulentas de obras e serviços.

 

Brasil, um país atrasadão

A economia brasileira já vinha perdendo terreno no cenário internacional antes de 2008. Falta pesquisa, falta tecnologia, falta educação e, principalmente, infraestrutura. Vamos assim nos sustentando do setor primário, agricultura e mineração, à cabresto dos importadores. Como disse, hoje, Vinícius Carrasco, da PUC­Rio, no jornal Valor Econômico, “precisamos de reformas que tornem economia mais produtiva”. Segundo o economista, corremos o risco de transitar entre a agonia e a mediocridade.

 

Está bonito o jogo

arauto_homeEnquanto Luís Eduardo Magalhães se prepara para comemorar  seu 16º aniversário, o jogo político entre pré-candidatos e partidos está bonito de se ver. Como na escola criada pela “Laranja Mecânica”, a seleção holandesa de 1974, nenhum dos líderes políticos joga em funções definidas. Quem está na Situação hoje, amanhã pode estar na Oposição ou na terceira via. E vice-versa. A certeza é que entre mortos e feridos salvar-se-ão poucos.

O pior é não poder divulgar as versões de uns e outros, pois todos pedem, além de segredo da fonte, sigilo quantas às informações.

 

Os prazos finais e uma campanha agitada.

Em 2 de abril é o último prazo para o pré-candidato estar afiliado a um partido. E aí já teremos surpresas, que se confirmarão entre 20 de julho e 5 de agosto.

No dia 15 de agosto ainda teremos novas surpresas, com o registro das candidaturas.

Só aí os dados serão lançados.

Em 16 de agosto começa a campanha eleitoral, encerrando-se em 30 de setembro. Como são só 45 dias de campanha, deixa de existir o método “morno e esquentando”, como nas eleições anteriores.  A campanha vai começar a toda velocidade, agitada desde o primeiro dia.

 

Ocupa Rede Globo

RedegloboA Rede Globo de Televisão está batendo forte, em todos os jornais, em liberdade de imprensa e de expressão. Existe uma ameaça forte no ar de ocupação das emissoras da Rede durante a cobertura das manifestações de amanhã.

 

 

 

Se Lula é preso e Dilma cai, dólar cai junto

A agricultura está enfrentando a pior situação econômica possível: comprar insumos caros, com dólar nas alturas, e vender o produto com dólar baixo.

Esta semana conversava com um empresário do ramo sobre essa possibilidade, se Lula for preso e Dilma for impixada.

O empresário achou bom, dizendo que é um preço baixo para derrubar o Governo.

A cadeia produtiva não deveria reclamar dos 13 anos do Governo do PT. Foi o período em que mais cresceu.

Na verdade, no caso particular dos produtores do Matopiba, os quatro anos de estio estão atrapalhando muito mais que o PT.

Vamos ver se o Temer tem uma fórmula mágica para fazer chover no sertão.

 

Trocando os CPFs

Como disse um empresário rural a este Editor, há mais de um ano, com quatro anos de seca 50% dos CPFs do agronegócio serão trocados. Talvez por CNPJs de empresas estrangeiras.

Só numa imobiliária de Luís Eduardo Magalhães, existem 85 fazendas à venda. Ou para arrendar. Valha-nos Deus!

Histórias de intolerância se repetem. Esta, emblemática, aconteceu no Paraná

Professor de História é ameaçado por dizer que Lula não deve ser assassinado

Por Rogerio Waldrigues Galindo

O professor de História Renato Mocellin estava no banco, na segunda-feira. Lia um livro sobre a Revolução Francesa enquanto esperava a vez. De repente, começa a passar na tevê uma reportagem sobre Dilma Rousseff. Claro, alguém faz um comentário sobre corrupção.

Mocellin diz que, apesar do baixo calão, as coisas iam dentro da normalidade. Vendo um certo excesso da parte da senhora que xingou a Presidente, disse que corrupção sempre existiu. “Até que um rapaz ouviu a conversa e começou a gritar”, diz o professor.

“Tem que matar o Lula! Tem que matar o Lula!”, dizia. Mocellin diz que tentou argumentar que num país civilizado as coisas não se resolvem assim. Não há pena de morte no Brasil. Se for culpado, que Lula pague, mas que as coisas sejam feitas dentro do Judiciário, com direito à defesa etc.

Segundo o professor, foi o que bastou. O sujeito passou a acusar Mocellin, dentro do banco, aos berros. “Você é um petista. Seu fdp.” Ameaçou agredir o professor, que a essa altura admite ter ameaçado reagir também. Mas a agressão ficou só no verbo.

“Eu nem sou petista. Até sou de esquerda, mas não sou filiado a partido nenhum. Acho que o governo cometeu erros sim e que quem for culpado tem que pagar. Mas não é matando as pessoas. Existe lei pra isso”, diz.

Mocellin diz que teria deixado tudo desse jeito se a ameaça de agressão tivesse parado por ali. “Achei que o sujeito podia estar com algum problema no banco, que tinha sido um rompante.” Mas, na terça, ao sair da aula, recebeu um bilhete da secretária contando que o homem, transtornado, tinha ido ao cursinho para “resolver umas pendências”.

O professor foi então à polícia e registrou um boletim de ocorrência. O caso chegou também à Assembleia Legislativa. O deputado Tadeu Veneri (PT), presidente da Comissão de Direitos Humanos, relatou a história. Deputados de todas as ideologias se solidarizaram. “O presidente Ademar Traiano (PSDB) foi muito elegante”, diz Mocellin.

A história, segundo o professor, é uma mostra dos riscos que a exacerbação política do país está causando. “Agora tem gente dizendo pra matar o Lula, para matar o Moro. Ameaçam as pessoas na rua. Parece que querem um cadáver para usar de mártir”, diz. “E se matam o Lula? E se matam o Moro? Vamos para uma guerra civil.”

Mocellin, que tem 58 anos, diz que começou a dar aulas no fim do governo Geisel. “Nem naquela época vi tamanha intolerância com opiniões divergentes”, afirma. “Agora prometi à minha esposa que não vou dar opinião sobre nada que tenha acontecido há menos de 40 anos”, brinca.

Almerinda, nossa ligação tênue com o futuro

almerinda

Por vezes vale a pena ter uma conexão dedicada com o futuro, mas os resultados podem ser pífios.

Madame Almerinda me informou, hoje, via zap, que ainda não sabe os nomes dos pré-candidatos a prefeito, em Luís Eduardo Magalhães. Mas que sabe todos os nomes daqueles que não serão ou não poderão ser pré-candidatos.

-Quem são minha honorável pitonisa, pergunto curioso?

-Isso eu não posso abrir nem sob tortura, nobre escriba, porque já tem oficial de justiça na porta da minha casa, aqui na rua Irecê, pronto pra me citar em ação da Justiça Eleitoral ao primeiro mau passo.

Fico me perguntando, então: de que vale saber o futuro se não pode compartilhar com nós, comuns mortais?

No meu modesto entendimento essa Madame Almerinda é uma fraude.

A matemática de Leão e a aprovação de Rui Costa

Fábio Lauck e João Leão no aeroporto de LEM: aprendendo com quem tem muito pra ensinar.
Fábio Lauck e João Leão no aeroporto de LEM: aprendendo com quem tem muito pra ensinar.

A aprovação do governador Rui Costa (PT) cresceu e chega a 59,5% entre os baianos. Segundo levantamento do Instituto Paraná Pesquisas, 33,6% desaprovam a gestão do petista e 6,9% não sabem ou não opinaram.

O vice-governador, João Leão, contava, nesta segunda-feira,  numa rodinha de fumantes, na porta dos fundos do hangar do aeroporto de Luís Eduardo Magalhães, como fazia as contas quando Rui Costa, em pré-campanha, andava com menos de 3% nas pesquisas de opinião e Paulo Souto, acima de 40% já se considerava eleito:

-Nós tínhamos 270 Banda B (coligados em cada município, fora do poder) e bem mais de 320 Banda A (grupos de prefeitos eleitos), em 420 municípios, como poderíamos perder?

Leão contava também:

“Eu liderava grupos com 12,5% do eleitorado; Otto Alencar, igualmente tinha 12,5%, principalmente em municípios da Chapada. E o PT contabilizava 25% do eleitorado.

Como podíamos acreditar nas pesquisas antes da campanha começar?”

A verdade é que a virada de Rui Costa passou para os anais da Bahia como exemplar. Depois dela, nenhum candidato que tenha larga vantagem em pesquisas eleitorais vai dormir tranquilo.

Como sempre repetimos aqui, o capeta sabe mais por velho do que por diabo. A experiência em política é detalhe fundamental.

Nada como um setembro depois de um agosto

agosto

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, ganha um prêmio de gestão hídrica;

o PMDB vai para o motel com o PT;

o dólar cai para R$3,95;

ninguém fala mais sobre o helicóptero dos Perella, nem sobre 124  viagens de Aécio ao Rio;

o STF deu um jeito na Operação Lava Jato, fazendo uma cerca divisória nos quintais;

o maluco Bolsonaro dá 5% nas pesquisas para a Presidência;

neste final de semana vai ter arrastão de novo em Copacabana e Ipanema.

Não está tudo certo com o Brasil?

Karlúcia enfrenta encruzilhada para 2016

Foto Fala Barreiras
Foto Fala Barreiras

Pois a primeira dama do PMDB de Barreiras, Karlúcia Macedo, está numa sinuca de bico. Não tem grupo político capaz de compor uma grande frente, em 2016, para as eleições municipais de Barreiras; parece não ter dinheiro; não quer ser vice do Zito Caterpillar Barbosa; e não quer ir para a situação. Por enquanto, tem a chancela dos irmãos Vieira Lima, Geddel e Lúcio, e um sonho distante de ter como real provedor o prefeito de Salvador, ACM Neto, candidatíssimo, ao Governo do Estado, nas eleições de 2018.

Só lhe resta, então, uma canção infantil:

Karlucinha de Jesus, deu um passo e foi ao chão;

Acudiram três cavalheiros, todos três chapéu na mão.

O primeiro, foi Geddel, o segundo o Zitão;

O terceiro, foi aquele, que a Karlúcia deu a mão.

Humberto costura base política para 2016

hsc

O prefeito Humberto Santa Cruz, quase que diariamente, depois de encerrada a agenda do gabinete, tem dialogado e costurado futuras alianças de campanha. Mesmo sem poder concorrer para um novo mandato, o atual chefe do executivo quer fazer a sucessão. A mais nova carimbada de Humberto se deu com o PSB, do empresário Rogério Faedo, que assumiu um compromisso de estar na base aliada do prefeito Humberto nas eleições de 2016. Na foto, ainda Lori Colleti, membro do diretório municipal do PSB.

Empreiteiras investigadas doaram quase meio bilhão nas eleições

As empreiteiras investigadas na Operação Lava Jato doaram, juntas, pelo menos R$ 484,4 milhões a políticos e partidos nas eleições de 2014. É o que mostra levantamento do jornal O Globo. Segundo a reportagem, a Odebrecht, a OAS, a Andrade Gutierrez, a Queiroz Galvão, a UTC, a Camargo Corrêa, a Queiroz Galvão, a Engevix, a Mendes Junior e a Toyo Setal repassaram somas vultosas a candidatos e direções partidárias por meio de subsidiárias, cujas ações são controladas pela matriz do respectivo grupo.

A legislação eleitoral permite doações diluídas entre vários braços de uma empresa, mecanismo que dificulta o rastreamento do montante doado por determinado grupo econômico. A reportagem cita casos em que o nome da empresa controlada não guarda qualquer semelhança com o da holding, como a Braskem e a Usina Eldorado, subsidiárias da Odebrecht, e da HM Engenharia e Construções, do grupo Camargo Corrêa.

De acordo com especialistas ouvidos pelo Globo, ainda que os negócios das empresas de um mesmo grupo possam atuar em esferas diferentes, esses grupos mantêm unidade gerencial para decidir, em muitos casos, para quem doar. A contribuição diluída por meio de empresas com o nome menos associado à holding também ajuda  a deixar as doações menos “escancaradas”, disse ao jornal o professor de administração e negócios do Insper Sérgio Lazzarini.

Segundo a reportagem, 16 dos 28 políticos delatados pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, conforme o jornal O Estado de S.Paulo, receberam doações de empreiteiras investigadas pela Lava Jato. Quem recebeu maior volume de contribuições dessas empreiteiras foi o senador Delcídio Amaral (PT-MS), que perdeu a disputa ao governo de Mato Grosso do Sul. Ele declarou à Justiça eleitoral ter recebido R$ 9,7 milhões dos grupos Engevix, OAS, UTC e Queiroz Galvão. Derrotado ao governo do Rio Grande do Norte, o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), foi beneficiado com R$ 9 milhões dos grupos Galvão, OAS, Odebrecht e Queiroz Galvão. Ainda de acordo com o Globo, o senador Lindbergh Farias (PT-RJ), terceiro colocado na corrida ao governo fluminense, foi beneficiado com R$ 2,8 milhões em doações registradas da OAS, da Queiroz Galvão e da UTC. Do Congresso em Foco.

Política e Polícia, dois setores da vida nacional que se aproximam rapidamente. Em todos os níveis da Federação. Para quem está bem informado, em Luís Eduardo Magalhães os jornalistas que cobrem as pautas de polícia e política em breve serão os mesmos, a julgar pelo número de inquéritos correndo na Delegacia de Polícia Judiciária da cidade.