Parece que agora sai: projetos ferrovia e Porto Sul sobem mais um degrau.

Um futuro de mais oportunidades vem se concretizando para mineração da Bahia. Os projetos interligados do Porto Sul, em Ilhéus, e a finalização da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol), no trecho de Ilhéus até Caetité, seguem avançando.

Com projeção para plena operação a partir de 2024, o corredor logístico irá escoar e distribuir minérios e grãos produzidos no estado, podendo gerar aumento de 1,93% no PIB da Bahia.

A realização dos projetos “irá trazer um incremento para a economia local, além de atrair novos investimentos e empresas do setor de infraestrutura e logística para a região, trará mais oportunidades de emprego e renda”, afirma o coordenador de infraestrutura da Casa Civil, José Carlos Valle.

“Os projetos também irão contribuir para outras cadeias produtivas, intensificando o desenvolvimento do comércio e do turismo, por exemplo”, completou Valle.

A construção do Porto está em fase preparatória, com a realização de capacitações de mão de obra local, além da implantação dos programas ambientais. Desde junho desse ano, o Governo do Estado iniciou o processo de desapropriações para a implantação do equipamento.

O Porto será construído através de uma Sociedade de Propósito Específico (SPE) firmada entre o Estado e a Bahia Mineração (Bamin). Com investimento de R$ 2.5 bilhões, a estrutura contará com um terminal, com capacidade de armazenamento e transporte de até 41,5 milhões de toneladas de minério de ferro/ano.

O Porto Sul tem relação direta de dependência com a Fiol. A Ferrovia irá transportar a produção de minérios e de grãos até o Porto Sul para que as cargas sejam distribuídas. Como agente fomentador da Fiol, o governo estadual realizou o Estudo de Viabilidade Técnica e Econômica (EVTE), que acaba de ser aprovado pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). A validação permite o avanço no processo necessário para que a União realize a licitação da Ferrovia, que está prevista para o primeiro semestre de 2020.

O trecho a ser licitado possui 537 km de extensão e já está com mais de 70% concluído. Após a retomada das obras, o prazo para a conclusão é de dois anos.

Memorando de Entendimento.

Em setembro de 2017, o Governo do Estado assinou, em Pequim, um Memorando de Entendimento (MOU) com consórcio chinês e com o Eurasian Resources Group, acionista da Bahia Mineração, para desenvolvimento do projeto do Porto Sul, da Fiol e da mina de Pedra de Ferro, localizada em Caetité.

O documento estabelece que as partes desejam cooperar para a concretização dos projetos de forma integrada. O consórcio chinês é formado pelas China Communications Construction Company Ltd. (CCCC) e China Railway Group Limited (Crec).

Pelo caminho mais curto e rápido, a BR 430, depois de pronto este trecho da FIOL até Caetité, os grãos de Luís Eduardo Magalhães ainda precisarão percorrer 539 quilômetros via rodoviária. A operação, no entanto, ainda estará dependente das instalações de transbordo em Caetité e de instalações adequadas no novo porto de Ilhéus. 

Estamos fazendo ajustes para retomar a Fiol e iniciar o Porto Sul, diz Rui

Os principais executivos de duas empresas chinesas que formam o consórcio com a Bahia Mineração para construção do Porto Sul e Ferrovia Oeste-Leste (Fiol), além da exploração da mina de minério de ferro em Caetité, se reuniram com o governador Rui Costa, o secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Jaques Wagner, e o secretário da Casa Civil, Bruno Dauster, na tarde desta terça-feira (20), na Governadoria, em Salvador. 

Durante encontro de apresentação, os executivos das empresas CREC e CCCC reforçaram o interesse em, juntamente com a Bahia Mineração, iniciar as atividades o quanto antes na Bahia. Além da visita ao governador, o grupo de 11 chineses visitou essa semana a mina em Caetité, as obras da Fiol e o local onde será construído o Porto Sul, em Ilhéus. Antes do encontro com o governador, nesta terça (20), eles também fizeram uma visita de cortesia a uma comissão de deputados na Assembleia Legislativa (Alba).

Na ocasião, Rui destacou o trabalho que vem sendo realizado para trazer grupos estrangeiros que tenham interesse nos projetos e afirmou que até o fim deste ano será tomada uma decisão. “Nos reunimos com o consórcio formado por empresas chinesas que estão se preparando para disputar o leilão [da Fiol], que o governo federal deve publicar ainda esse ano. A minha expectativa é de que possamos ter uma solução definitiva sobre esses dois empreendimentos [Fiol e Porto Sul] ainda em 2018. Estamos dando os últimos passos e fazendo ajustes para que, no início de 2019, possamos fazer a retomada da obra da ferrovia e o início rápido e consistente do Porto Sul. Daremos um passo expressivo para o desenvolvimento da Bahia e levaremos ao interior do estado uma infraestrutura capaz de acelerar o crescimento e a oportunidade de emprego para o nosso povo”, ressaltou. 

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Chineses estão chegando para assumir ligação da FIOL com o novo porto de Ilhéus

Os chineses vão começar a construir a integração entre a Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol) e o Porto Sul, em Ilhéus, em fevereiro. A informação foi confirmada ao bahia.ba pelo vice-governador e secretário estadual de Planejamento (Seplan), João Leão (PP).

A China tem interesse no empreendimento porque quer escoar a soja do Centro-Oeste até o porto baiano. A soja – e derivados – é o segundo principal comprado pelo país, atrás do minério de ferro.

Segundo o titular da Seplan, no dia 22 de janeiro, os chineses vão desembarcar em Salvador para discutir, além da Fiol, a construção da ponte Salvador-Itaparica, que terá a licitação aberta em abril, na sede da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), em São Paulo.

“Vai ganhar a licitação quem tiver cacife e a melhor proposta, mas acho que nenhuma empresa brasileira tem condições para executar a obra. Uma pena”, disse, ao ressaltar que para erguer a ponte e o Sistema Viário do Oeste (SVO) serão investidos em torno de R$ 7,6 bilhões.

Wagner assina contrato de adesão de terminais do Porto Sul

O contrato de adesão dos dois terminais do Porto Sul, a ser construído em Ilhéus, foi assinado nesta segunda-feira (6) pelo Governo da Bahia e a Secretaria de Portos da Presidência da República (SEP). A cerimônia foi realizada na Governadoria, Centro Administrativo da Bahia, com a presença do governador Jaques Wagner, do ministro da SEP, Antônio Henrique Silveira, entre outras autoridades. A assinatura do contrato oficializa que o Terminal de Utilização Privada (TUP) do Estado da Bahia e o TUP da Bahia Mineração (Bamin) estão aptos a serem instalados, formando o maior empreendimento portuário do Nordeste. Esses terminais tiveram outorgas publicadas pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) em dezembro de 2013.

“Esse licenciamento do Porto Sul se tornou referencial para o Ibama. Todo mundo sabe que um porto é um prenúncio de capacidade industrial e energética de um estado. Concretizamos o maior investimento logístico da Bahia”, disse o governador Jaques Wagner.

Na ocasião, o governo baiano lançou o edital de seleção de acionistas privados para a constituição da Sociedade de Propósito Específico (SPE) do Porto Sul. Os investimentos privados para a construção do Porto Sul somarão R$ 5,6 bilhões ao longo de 25 anos. O porto movimentará cargas de todos os tipos de granel e cargas em seus diversos acondicionamentos, com estimativa, no 25º ano de funcionamento, de operar 100 milhões de toneladas/ano.

Confiança última

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Debates sobre Ferrovia Oeste Leste não passam de fogos de artifício

Porto Sul: por enquanto só ilustrações, concepções artísticas e debates infrutíferos.
Porto Sul: por enquanto só ilustrações, concepções artísticas e debates infrutíferos.

A Agência Brasil publicou matéria jornalística, ontem, afirmando que os terminais marítimos do Porto de Ilhéus ficam prontos em 5 anos. Por que então o alvoroço em torno da Ferrovia Oeste Leste? Essas reuniões políticas sobre a construção da ferrovia não passam de fogos de artifício. Veja a matéria:

A construção do Porto Sul, em Ilhéus (BA), que terá investimentos de R$ 3,3 bilhões, foi autorizada esta semana pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). O projeto faz parte do plano logístico de escoamento da produção do país, com o objetivo de desafogar os portos do Sul e do Sudeste.

O empreendimento terá dois terminais: um de uso privativo, de minério de ferro, (TUP Bamin), e outro que será constituído por Sociedade de Propósito Especifico (SPE), no qual o governo da Bahia será sócio com outras empresas privadas por meio de um processo de chamamento e seleção pública (TUP Porto Sul). O TUP Bamin será construído pela empresa Bahia Mineração, que explora minério de ferro em Caetité.

O projeto terá uma ponte de acesso de uso compartilhado entre os dois terminais do empreendimento Porto Sul que ligará a costa aos píeres de carregamento localizados em área abrigada por quebra-mar.

Segundo a Secretaria Especial de Portos (SEP), o Terminal Porto Sul prevê um fluxo de carga de 75 milhões de toneladas por ano com a movimentação de granel sólido e carga geral. Os terminais poderão receber navios de até 260 metros de comprimento e calado até 18,3 metros.

O valor do investimento nos terminais será de aproximadamente R$ 3,3 bilhões, sendo R$ 2,4 bilhões no TUP Porto Sul e R$ 900 milhões no TUP Bamin. A previsão de construção dos terminais marítimos é cinco anos.

O projeto Porto Sul faz parte do Plano Logístico de Escoamento da Produção correlacionado com a Ferrovia de Integração Oeste-Leste. De acordo com a SEP, a expectativa é que a produção de grãos do Centro-Oeste, principalmente do estado de Mato Grosso, tenha como opção o escoamento pelo Porto Sul, utilizando as ferrovias Norte-Sul e Oeste-Leste. Com isso, diminuiria o fluxo de caminhões no sentido dos portos do Sul e do Sudeste e também o custo do frete.

Licenças para a construção do Porto Sul são publicadas

porto sul

As outorgas para a construção do Porto Sul, na região de Aritaguá, em Ilhéus, Sul da Bahia, foram publicadas nesta quinta-feira, 12, no Diário Oficial da União (DOU), pela Agência Nacional de Transportes Aquaviário (Antaq). Com isso, o Governo da Bahia e a Bahia Mineração poderão prosseguir no processo para construção dos terminais de uso privativo do maior empreendimento portuário do Nordeste brasileiro.

A Agência federal considerou que o projeto atende as disposições estabelecidas na nova lei dos portos (nº12.815/2013). “A outorga concedida pela Antaq demonstra a qualidade do projeto. Este é um passo decisivo rumo ao início das obras. O Porto Sul é uma iniciativa acertada do governador Jaques Wagner. Representa um ciclo de desenvolvimento duradouro e sustentável, que beneficiará toda a Bahia”, disse o secretário da Casa Civil, Rui Costa.

O Porto Sul terá dois terminais de uso privativo. Um da Bahia Mineração, que será utilizado para exportação da produção própria de minério de ferro, da mina em Caetité. O outro, na Zona de Apoio Logístico (ZAL) será construído através de uma Sociedade de Propósito Específico (SPE), onde o Governo da Bahia será sócio minoritário de empresas com interesse em construir, operar e explorar o megaporto. O governo baiano colocará o edital de chamamento das empresas para consulta pública ainda nesse mês de dezembro.

Novas audiências públicas

Lula e Wagner
Lula e Wagner

Duas audiências públicas, acordadas pelo Ibama, Ministério Público Federal (MPF), Ministério Público Estadual (MPE), Governo da Bahia e Bamin foram realizadas em Ilhéus e Itabuna, respectivamente, para apresentar à população os avanços obtidos com aprofundamento dos estudos técnicos ambientais.

O Porto Sul já tem a licença prévia do Ibama, que atesta sua viabilidade ambiental e aguarda apenas a concessão da Licença de Instalação para efetivar a construção.

O Porto Sul está sendo lançado por Lula e Wagner desde 2010, na pré-campanha eleitoral daquele ano. Agora, com a proximidade das eleições de 2014, começa tudo de novo. Assim, de 4 em 4 anos vamos vendo, aos menos nas fotos, o Brasil avançar.

Wagner assina concessão de porto privativo em Ilhéus

O governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), assinou na tarde desta quinta-feira o contrato de concessão de uma área de 495 hectares para a instalação do Terminal de Uso Privativo (TUP) da empresa Bahia Mineração (Bamin) no Porto Sul, Distrito de Aritaguá, em Ilhéus, litoral sul do Estado. Com a concessão, que prevê a construção do terminal em até cinco anos, o Porto Sul deve passar a ser o primeiro a se beneficiar da Lei dos Portos, sancionada nesta quarta-feira, 5, pela presidente Dilma Rousseff.

No local, será feito o processamento, armazenamento e embarque do minério de ferro extraído da mina Pedra de Ferro, operada pela Bamin, em Caetité, no sudoeste baiano, a cerca de 500 quilômetros dali. A previsão é que a empresa invista na área cerca de R$ 2 bilhões e escoe 25 milhões de toneladas do minério por ano.

O terminal operado pela Bamin, porém, será apenas um no complexo intermodal desenhado pelo governo da Bahia para o local. De acordo com o projeto, apresentado pela primeira vez em 2007 e bastante modificado ao longo do tempo, haverá também um terminal público para estocagem e escoamento de 75 milhões de toneladas de produtos diversos – além de minérios, combustíveis, grãos e óleos.

Também está prevista para o local a instalação de um aeroporto e de integrações com rodovias e com a Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol). O orçamento total do Porto Sul gira em torno de R$ 4 bilhões. Para isso, porém, ainda há vários entraves a superar. O principal é o atraso na construção, pela estatal Valec – Engenharia, Construções e Ferrovias S.A., da Fiol, que tem no porto o ponto-final. É por ela que a produção do minério deve ser levada ao porto. Da Agência Estado.

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ZPE Bahia, importante ferramenta na extinção dos gargalos de exportação

O mapa dos projetos de exportação: a ZPE, o porto e outros empreendimentos. Clique na imagem para ampliar.
O mapa dos projetos de exportação: a ZPE, o porto e outros empreendimentos. Clique na imagem para ampliar.

Está em fase final de implantação a ZPE – Zona de Processamento de Exportação de Ilhéus. Localizada na rodovia Ilhéus – Uruçuca, KM 12 (BA 262), com um terreno de 2.250 mil m², tem  projeto de 9.500m² de área construída, na qual já foi aprovado o projeto arquitetônico, alvará de  construção e licença ambiental. A ZPE Ilhéus também contará com o fácil acesso ao Complexo Industrial de Ilhéus e ao novo Porto Sul, onde 8 grandes empresas estão prontas para se instalar.

O projeto da ZPE está licenciado, o processo de aduana se acha em análise final na Receita Federal e está em andamento o início do processo de infraestrutura, que vai instalar energia, fibra ótica, gás e água.

No Brasil as ZPEs foram instituídas em 1988, atualmente existem 23 unidades, uma em cada estado da Federação, mas nenhuma delas entrou em operação.

ZPEs no mundo

As ZPEs tornaram-se essenciais para políticas comerciais e de investimento em regiões da Ásia e América Latina, que passaram do modelo de importação para o de crescimento econômico baseado na exportação com uma economia mais aberta. Assim com na China, Coréia do Sul e Taiwan, por exemplo, houve a exploração da grande quantidade de mão de obra barata, permitindo aos investidores importar e exportar sem os controles cambiais e alfandegários existentes no resto do país.

As ZPEs são isentas de impostos internos e podem importar, também sem impostos, bens de capital para sua instalação como, por exemplo, fornos rotativos para a indústria cimenteira.

O agronegócio do Oeste e a indústria de mineração estarão francamente apoiadas pela Ferrovia de Integração Oeste Leste, o Porto Sul e a ZPE, extinguindo o grande gargalo de exportação na Bahia.

O mais importante, segundo afirma Otávio de Carvalho Pimentel, diretor da ZPE Bahia, está por vir. A Price Waterhouse, que cuida do perfil de investimentos da ZPE, distribuiu um teaser do projeto a investidores internacionais e já recebeu 43 consultas sobre o desenvolvimento do empreendimento. Esse número pode pular para 213 empresas se passar no Senado projeto que aumenta de 20 para 40% para venda da produção da ZPE no mercado interno.

Detalhes do projeto e situação atual da área da ZPE
Detalhes do projeto e situação atual da área da ZPE

Veja só: Governo ainda não fez concessão da área do Porto Sul.

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O presidente da Comissão Especial Porto Sul da Assembleia Legislativa da Bahia, deputado Augusto Castro (PSDB), quer que o Governo do Estado agilize a concessão da área para implantação do porto privado pela Bahia Mineração no Porto Sul. De acordo com o parlamentar, o Ibama fez a suas parte, concedendo a Licença Prévia. Agora falta o Estado providenciar a cessão da área, como previsto no protocolo de intenções já assinado com a Bamin. A mineradora já investiu R$ 1,2 bilhão no projeto na Bahia, sendo R$ 51 milhões só no processo de licenciamento. “É estranho que até o momento essa cessão não tenha sido oficializada, uma vez que a área já foi desapropriada e a área antiga, em Ponta da Tulha, já havia sido cedida”, avalia o parlamentar.

Para Augusto Castro, os investidores precisam de uma garantia mínima neste momento em que o Ministério Público Federal contesta a Licença Prévia 447/12 concedida pelo Ibama em novembro do ano passado. “ Se o Estado não fizer a sua parte acelerando o processo de concessão, corremos o risco, inclusive, de a Ferrovia Oeste Leste ser concluída em 2014 e o Porto Sul não ter saído do papel”, argumenta o parlamentar, uma vez que a previsão é de três anos, a partir da licença de instalação, para o Porto Sul estar pronto. A morosidade está preocupando também a sociedade ilheense, conforme apontado ao deputado pelo COESO – Comitê de Entidades Sociais em defesa de Ilhéus e Região que reúne pelo menos 60 instituições. Continue Lendo “Veja só: Governo ainda não fez concessão da área do Porto Sul.”

Ferrovia Oeste-Leste vai ligar as zonas produtoras a lugar nenhum

ferroviaPronto, aconteceu de novo: depois da vergonha pública do complexo eólico de Caetité, o jornalista André Borges, do Valor Econômico, denuncia que erros de projeto levaram a um cronograma onde a ferrovia Oeste-Leste ligará as zonas de produção de grãos e minérios a lugar nenhum, pois o Porto Sul só ficará pronto em 2018, enquanto a via férrea estará completa, até Barreiras, em 2015.

Diz André Borges:

“Isso significa que a Fiol, depois de concluída, ficará sem utilização – ou com nível de operação desprezível – por um período entre três anos e meio e quatro anos.”

Governo chama empresários para debater Porto Sul, em Ilhéus.

O secretário da Casa Civil do Governo da Bahia, Rui Costa, apresentou nesta segunda-feira (21), em Salvador, o novo arranjo institucional do empreendimento Porto Sul ao grupo de investidores de cargas que atuam no estado. A iniciativa da Sociedade de Propósito Específico (SPE) será alvo de um decreto, que vai à apreciação da Assembleia Legislativa da Bahia e da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq).

Até o dia 30 deste mês, as 13 empresas participantes, catalogadas na Secretaria de Indústria, Comércio e Mineração (Sicm), manifestarão o tipo de interesse em participar do empreendimento. A partir daí, o governo definirá o marco institucional e financeiro do porto.

Segundo o secretário, o interesse é garantir que outros donos de cargas conheçam o projeto e participem como investidores ou até mesmo como usuários, dentro dos parâmetros estabelecidos pelo governo para o desenvolvimento do estado. Ele ressaltou ainda que o nível de detalhamento dos estudos realizados vai garantir, após a concessão das licenças ambientais, um ritmo acelerado na implantação do porto.

Projeto

O Porto Sul, que terá investimentos de R$ 2,4 bilhões, foi concebido dentro do Planejamento Estratégico do Estado da Bahia e será construído na região de Aritaguá, zona norte de Ilhéus, com um cais em mar aberto, integrado à Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol). Essa infraestrutura de transportes possibilitará uma ligação entre o oeste baiano e a região Centro-Oeste do Brasil.

A estimativa é de que o porto público terá uma movimentação anual de cargas em torno de 75 milhões de toneladas, sendo que a Bamin irá construir dentro dessa estrutura o Terminal de Uso Privativo, pelo qual serão escoadas 20 milhões de toneladas de minério de ferro por ano. O porto terá um cais off shore, a 2,5 quilômetros da costa.