Consórcio e Governos nordestinos tentam entrar em acordo, na Califórnia, pela entrega dos respiradores.

De O Bastidor

O governo da Bahia mantém em segredo um acordo firmado nos Estados Unidos com uma das empresas que venderam – e não entregaram – respiradores durante a pandemia. O Tribunal de Contas do Estado descobriu a manobra e quer explicações.

O acerto foi feito com a Ocean 26 ainda em 2020. Meses antes, o Consórcio Nordeste, associação de governos estaduais formada para combater a pandemia, gastou 40 milhões de reais em 600 equipamentos. Depois de diversos problemas, aceitou ficar com a metade. Acabou sem nenhum.

À época, o presidente do consórcio era o então governador da Bahia, Rui Costa. Durante a gestão do hoje ministro da Casa Civil, outros investigados pela compra frustrada dos respiradores tentaram, sem sucesso, um acordo com o grupo de estados nordestinos.

Sigilo que vale por dois

O acordo firmado com Ocean 26 está sob sigilo por força de cláusulas ratificadas pela justiça da Califórnia. O caso só foi descoberto porque a Procuradoria do governo baiano teve que informar o ato ao Tribunal de Contas estadual.

Além impedir o conhecimento sobre valores e condições do acordo, o sigilo tem sido usado como argumento pelo governo baiano para não entregar cópia do acordo ao Tribunal de Contas. Os procuradores alegam que incluir o documento no sistema da corte poderia expor o conteúdo a riscos; sugeriram entregar o material num pen drive durante uma audiência.

No andamento processual do caso não há qualquer registro de que o pen drive tenha sido entregue ao relator da ação, conselheiro João Evilásio Vasconcelos Bonfim, que suspendeu a continuação da disputa até que o acordo esteja na corte. A pausa foi determinada em julho do ano passado.

Não foi a primeira tentativa de barrar a entrega do material. Em abril de 2022, a procuradoria pediu, sem sucesso, para a ação ficar sob sigilo. O Ministério Público de Contas da Bahia e a área técnica do tribunal afirmaram não haver motivo para esconder o processo da sociedade, nem os documentos das autoridades que fiscalizam gastos públicos.

O caso da Ocean 26 segue o segredo estabelecido para as demais compras suspeitas do Consórcio Nordeste. Os contratos seguem sob sigilo, assim como os termos deles. Não se sabe para onde o dinheiro foi, quem se beneficiou e por que os negócios deram errado. Até agora, não se conhece sequer como os governos lesados serão ressarcidos – se é que serão.

Deputado Tito anuncia a chegada de mais respiradores para o HO.

O deputado federal Carlos Tito Marques Cordeiro (Avante) anunciou nesta terça-feira, 04,  que conquistou uma segunda remessa de aparelhos respiradores para atender o Hospital do Oeste em Barreiras.

Os novos equipamentos serão disponibilizados pelo Ministério da Saúde e chegam para reforçar o enfrentamento ao Coronavírus, que avançou muito em Barreiras e região nos últimos 20 dias, se aproximando ao colapso da estrutura de saúde atual.

Tito que já tinha viabilizado anteriormente junto ao Ministério da Saúde a chegada de 13 novos respiradores, mantém também, diálogo diário com o Governo do Estado em busca de mais insumos e suporte aos profissionais da linha de frente no combate da pandemia da Covid-19.

O aumento significativo de casos da Covid-19 na Região Oeste, principalmente em Barreiras, com quase 2 mil pessoas infectadas, além do crescimento assustador do número de óbitos –  33 somente em Barreiras -, fez o parlamentar intensificar suas ações em Brasília nos dias 20 e 21.07, na busca por novos aparelhos insufladores pulmonares, a fim de amparar os pacientes em estado mais grave.

O sinistro “Mortício” cancela a compra de 15 mil respiradores da China.

Nelson Teich, o sanpaku mortício.

O Ministério da Saúde solicitou cancelamento da compra de 15 mil unidades de respiradores produzidos na China. A ordem de cancelamento partiu do ministro da saúde Nelson Teich.

O produto indispensável, auxilia pacientes com dificuldades respiratórias, o uso é indicado no tratamento de pacientes que contraíram COVID-19 e estão em estado considerado grave.

De acordo com o governo, durante três meses, uma rede de empresas ajudará a suprir a demanda do SUS com 14.100 respiradores mecânicos.

Segundo o ministério da saúde, o cancelamento da compra aconteceu pelo fato da empresa contratada não conseguir cumprir o prazo de entrega firmado.

”Contratos assinados a partir de 7 de abril, garantem uma solução nacional diante da dificuldade mundial de aquisição do equipamento”, justifica a pasta, em nota.

O Mortício recém entrou no Ministério e já está fazendo uns “negocinhos bão demais”. Já podemos gritar, aqui do vale de lágrimas, a palavra genocida. Isso se tivermos força para bater nas panelas.

O Brasil chegou a 66.501 casos confirmados, conforme atualização do Ministério da Saúde divulgada nesta segunda-feira (27).

Nas últimas 24 horas foram adicionadas às estatísticas mais 4.613 pessoas infectadas, aumento de 7,5% e relação a domingo, quando foram registrados 61.888 mil casos confirmados.

Atualmente, todos os Estados brasileiros registram casos e mortes por coronavírus. São Paulo concentra a maior parte das notificações, com 21.696 casos e 1.825 mortes.

Rio de Janeiro aparece em segundo lugar, com 7.944 casos e 677 óbitos.

O Estado que no momento registra menos notificações é Tocantins, com 67 casos e duas mortes.

Se for levada em conta a opinião de especialistas estrangeiros, que o Brasil está notificando apenas 8% dos casos, teríamos algo em torno de 825.000 casos. Com 3% de mortes, nos próximos dias estaremos beirando os 24.000 óbitos.

Aí está o motivo da compra, por parte do prefeito Bruno Covas, de São Paulo, de 38 mil urnas funerárias, 13 mil sacos plásticos reforçados, câmaras frias para 1.000 corpos e mais 4 micro escavadeiras para abrir sepulturas.

Flávio Dino dribla Trump e Bolsonaro para conseguir respiradores da China.

A informação é da Revista Forum:

Logística traçou rota pela Nigéria para evitar que a carga fosse desviada pelos EUA e evitou alfândega em São Paulo, para que equipamentos não fossem confiscados pelo governo federal

O governador Flávio Dino (PCdoB) montou uma verdadeira operação de guerra para levar ao Maranhão em tempo recorde 107 respiradores e 200 mil máscaras compradas da China em março.

A logística, envolvendo 30 pessoas, foi traçada para evitar que o lote fosse desviado ou vendido aos Estados Unidos ou confiscado por Jair Bolsonaro – como já havia acontecido outras vezes, segundo a coluna Painel, da Folha de S.Paulo, desta quinta-feira (16).

Com a ajuda de uma importadora maranhense, Dino negociou diretamente com uma empresa chinesa, que enviou os equipamentos e suprimentos médicos para a Etiópia, escapando da rota que passaria pela Europa – onde poderia ser desviada.

O secretário estadual Simplício Araújo, de Indústria e Comércio, que coordenou a empreitada, diz que o cargueiro que saiu da China e aterrissou em São Paulo teve o frete pago pela mineradora Vale.

Em São Paulo, a carga foi colocada em um avião fretado e enviada direta para o Maranhão, onde passou pela Receita Federal. A estratégia, de evitar a liberação na Alfândega em São Paulo, foi montada para que os equipamentos não fossem retidos pelo governo Bolsonaro.

“Se não fizéssemos dessa forma, demoraríamos três meses para conseguir essa quantidade de respiradores. Assim que os equipamentos chegaram já os conectamos para ampliar a nossa oferta de leitos de UTI”, disse Araújo à Folha. A operação levou 20 dias, ao custo de 6 milhões de dólares.