Luís Eduardo Magalhães: saúde municipal em xeque.

Em menos de 4 anos, R$5.469.830,67 de recursos da Saúde de Luís Eduardo Magalhães foram parar no ralo comum da parentada e dos apaniguados.

Do Portal Veja Política. 

A pressão política no oeste baiano está alta e precisando de atendimento de emergência, pois a saúde que é oferecida à população está em xeque.

Durante o final de semana, e após uma fala do candidato da oposição ao atual prefeito Oziel Oliveira (PSD), o Hospital Municipal Gileno de Sá, virou palco de uma “manifestação” feita pelos servidores e incentivada pelo secretário municipal de saúde, o Dr. Felipe Melhem.

Nas redes sociais vemos que há quem defenda a postura de “defesa ao servidor”, adotada pelo médico, e quem o veja simplesmente como mais um secretário a fim de manter o seu emprego.

Posturas e defesas políticas à parte, o que a imprensa local tem noticiado com frequência é o alto índice de mortalidade infantil na unidade municipal de saúde e as constantes queixas de mau atendimento.

O problema da saúde no Brasil não é novidade e nem são recentes, apesar do alto orçamento que demanda à nação, aos estados e aos municípios. Aonde podemos assistir às piores cenas protagonizadas pela ausência da saúde pública para o cidadão, são em municípios situados no coração do sertão nordestino. A incoerência aparece quando olhamos para o oeste da Bahia, e enxergarmos fatos parecidos na oitava economia do Estado: em Luís Eduardo Magalhães.

Inspirada na primeira frase de um manifesto assinado pelo Dr. Melhem, secretário de saúde no município, fomos olhar mais detalhadamente os critérios para a aplicação dos recursos da saúde através do Fundo Municipal de Saúde. “Quando a política ultrapassa todos os limites do respeito com o próximo, o resto fala por si”, disse o secretário municipal de saúde, Dr. Felipe Melhem. E ele tem razão.

Encontramos no Portal da Transparência uma relação de pagamentos feitos, nos últimos 46 meses para duas empresas, que se somados chegam a quase R$ 5,5 milhões. As empresas são a JLS Rios Atendimento Médico Hospitalar – EIRELI e a Belle Mundi Agência de Viagens e Turismo Ltda.

Saúde em família

A JLS Rios Atendimento Médico Hospitalar – EIRELI, empresa sediada em Luís Eduardo Magalhães, pertence ao Dr. João Lucas de Souza Rios, médico diplomado na Bolívia. A ela já foram pagos, até o dia 19 de outubro de 2020, a quantia de R$ 2.096.221,15 (dois milhões, noventa e seis mil, duzentos e vinte e um reais, e quinze centavos), com recursos vindos do Fundo Municipal de Saúde.

Se dividirmos este valor pelos 46 meses da gestão do Dr. Melhem, a empresa do irmão da secretária de governo do prefeito, Katherine Rios, irá ter recebido cerca de R$ 45.500,00 por mês. Até onde fomos informados, a única função do Dr. João Lucas de Souza Rios é atender na UPA.

Saúde e turismo

A Belle Mundi Agência de Viagens e Turismo Ltda, é uma empresa com sede em Salvador, que pertence aos sócios, Roberto José Lobão Nascimento e Daiane Coelho e Silva Lobão. Até o dia 22 de outubro de 2020 foram pagos, através dos recursos vindos do Fundo Municipal de Saúde, a quantia de R$ 3.373.609,52 (três milhões, trezentos e setenta e três mil, seiscentos e nove reais, e cinquenta e dois centavos).

Se fizermos as mesmas contas, dividindo o valor total pelos 46 meses da gestão do secretário municipal de saúde, veremos que aprovou gasto de mais de R$ 73.000,00 por mês para pagamentos de serviços de viagens e turismo, a empresa que pertence a cunhada da secretária de governo do prefeito, Katherine Rios.

Saúde em xeque

Após verificarmos o estado do Hospital Gileno de Sá, ficou claro que estes quase R$ 5,5 milhões estão fazendo muita falta por lá. Estes valores poderiam estar sendo investidos na melhoria das condições de trabalho dos servidores da saúde, que lidam diariamente com estrutura ultrapassada da unidade de saúde.

Discursar nas redes sociais alegando indignação quando “a política ultrapassa todos os limites do respeito” é fácil. Difícil mesmo, é dar o exemplo. Aprovar despesas de mais de R$ 118.000,00 por mês para pagar empresas prestadoras de serviços ligadas diretamente a uma colega também secretária de governo, afirma que “o resto fala por si”.

Em Barreiras, Rui reúne 35 prefeitos e 14 deputados na inauguração da primeira policlínica do oeste

Um grande número de políticos prestigiou a inauguração da Policlínica Regional de Barreiras, nesta segunda-feira (dia 10). A entrega da unidade pelo governador Rui Costa contou com a participação de 35 prefeitos, dez vice-prefeitos, seis ex-prefeitos, além de sete deputados estaduais e sete federais. Foram investidos R$ 27 milhões na 16ª policlínica construída pelo Governo do Estado e primeira da região oeste da Bahia.

A nova unidade vai beneficiar cerca de 500 mil morados dos municípios de Angical, Baianópolis, Barreiras, Brejolândia, Brotas de Macaúbas, Catolândia, Cotegipe, Cristópolis, Formosa do Rio Preto, Ibotirama, Luís Eduardo Magalhães, Mansidão, Morpará, Muquém de São Francisco, Paratinga, Riachão das Neves, Santa Rita de Cássia e São Desidério.

Durante a visita a Barreiras, o governador entregou ainda a primeira etapa da ampliação do Hospital do Oeste (HO), que incluiu dois blocos de enfermarias com 62 leitos para internação de adulto, sendo um deles de isolamento.

Investimentos

“Estamos entregando R$ 43 milhões em investimentos e mais R$ 60 milhões estão em andamento. Iniciando pelos investimentos na saúde, estamos inaugurando 62 leitos no HO prioritariamente destinados à ortopedia, que é o maior volume represado na região. Nós temos em andamento a obra da hemodinâmica, que é a parte de tratamento cardiovascular, e assino hoje a autorização para licitar mais R$ 21 milhões de ampliação do HO. Essa licitação vai contemplar toda a área de oncologia e vai ampliar outras áreas, como a UTI”, detalhou o governador.

Para a ampliação do HO, 115 profissionais foram contratados. Já na policlínica, uma equipe com 106 profissionais prestará atendimento a partir desta terça-feira (11), em especialidades como angiologia, cardiologia, endocrinologia, gastrenterologia, neurologia, ortopedia, oftalmologia, otorrinolaringologia, ginecologia/obstetrícia, mastologia e urologia.

Também serão oferecidos na policlínica exames como ressonância magnética (com e sem contraste), tomografia (com e sem contraste), mamografia, ultrassonografia com doppler, ecocardiografia, ergometria, mapa, holter, eletroencefalograma, raio-X, eletrocardiograma, endoscopia, colonoscopia, nasolaringoscopia, colposcopia, histeroscopia, cistoscopia, entre outros, ligados às especialidades de oftalmologia.

Foram entregues ainda 13 micro-ônibus que farão o transporte dos moradores dos municípios que integram o Consórcio Interfederativa de Saúde da Região de Barreiras/Ibotirama, responsável pela manutenção do equipamento de saúde junto com o Governo do Estado. Integram o consórcio as cidades de Angical, Baianópolis, Barreiras, Brejolândia, Brotas de Macaúbas, Catolândia, Cotegipe, Cristópolis, Formosa do Rio Preto, Ibotirama, Luís Eduardo Magalhães, Mansidão, Morpará, Muquém de São Francisco, Paratinga, Riachão das Neves, Santa Rita de Cássia, São Desidério, Tabocas do Brejo Velho e Wanderley.

Mais policlínicas

Com a abertura da unidade de Barreiras, 305 municípios baianos passam a ter a cobertura das policlínicas. Para ampliar esse atendimento, o governador autorizou a Secretaria da Saúde (Sesab) a iniciar a licitação das obras da Policlínica de Santa Maria da Vitória, por meio do Consórcio Interfederativo de Saúde da Bacia do Rio Corrente, que inclui cidades como Bom Jesus da Lapa, Correntina e Serra do Ramalho.

Duas unidades estão em construção em Salvador e uma em São Francisco do Conde. Já foram lançadas as licitações para a construção das policlínicas regionais de Itaberaba, Brumado, Eunápolis, Ribeira do Pombal e Serrinha.

Mais investimentos

A agenda em Barreiras, nesta segunda (10), envolveu também a entrega de 19 ambulâncias tipo van para 18 municípios e para a Santa Casa de Misericórdia de Morro do Chapéu e três ônibus escolares. Além dos investimentos de saúde, o governador entregou a obra de adensamento da rede coletora e a implantação de estação elevatória de esgoto do bairro São Sebastião, assim como os sistemas de abastecimento de água das localidades de Barrocão de Baixo, Barrocão de Cima, Bebedouro, Gameleira e Passagem Funda, em Barreiras.

Rui ainda assinou ordem de serviço para ampliação do sistema de abastecimento de água da sede do município e para ampliação do Sistema de Esgotamento Sanitário de Luís Eduardo Magalhães; obras que reúnem R$ 9,7 milhões em investimentos.

Junto com as inaugurações e anúncios de novos investimentos, o Instituto de Radiodifusão Educativa da Bahia (Irdeb) inaugurou uma nova estação retransmissora em Barreiras que vai transmitir o sinal da TVE no município a partir do canal 10.1.

Longas filas, muito tempo de espera. A Saúde de LEM anda a passos de cágado.

 

Não tem uma solução melhor para a marcação de exames? Para marcar um simples exame o cliente da Saúde Pública tem que levantar cedo, esperar por horas e ainda esperar por um longo prazo pela realização do exame. E só depois voltar ao médico que recomendou a análise clínica.

Agora temos certeza: parodiando o eslogan do prefeito Oziel, está ruim, mas sempre pode piorar.

Lixão em chamas: saiba quais as substâncias nocivas contidas na fumaça

Foto blogbraga

Um incêndio atingiu o lixão de Luís Eduardo Magalhães. A região noroeste da cidade continuou hoje atribulada pela fumaça resultante do grande incêndio que tomou conta, ontem, do lixão por mais de 7 horas. O fogo se iniciou às 13 horas e só foi debelado pelo Corpo de Bombeiros depois das 20 horas.

Segundo os bombeiros, uma pessoa que ateou fogo em pneus, nas proximidades do lixão, foi a responsável pelo grande incêndio. A fumaça desprendida da combustão de plásticos é altamente tóxica. O incêndio também é alimentado pelo metano da decomposição do lixo, altamente inflamável.

Outras substâncias tóxicas

No entanto o maior problema da incineração são os poluentes gerados e lançados na atmosfera. O dióxido de carbono, que é produzido em toda combustão completa de materiais orgânicos, é o grande responsável pelo efeito estufa e pelo aquecimento global.

Outros gases produzidos podem ser dióxido de enxofre (SO2) e dióxido de nitrogênio (NO2), que contribuem para a formação de chuvas ácidas. Os polímeros, tais como o PVC (policloreto de vinila) e os poliacrilatos, geram respectivamente HCl e HCN.

Um dos maiores poluentes resultantes da incineração do lixo são as dioxinas, um grupo de compostos organoclorados que são bioacumulativos e tóxicos. O mais perigoso é o  2,3,7,8-TCDD (2,3,7,8-tetraclorodibenzo-p-dioxina), mostrado a seguir:

Essa substância é liberada principalmente na incineração do PVC.

Além disso, se o lixo possuir pilhas ou baterias que foram descartadas incorretamente, substâncias derivadas de metais pesados também poderão ser geradas, tais como o mercúrio, o chumbo e o cádmio, que são muito tóxicos, mesmo em pequenas quantidades. Essas substâncias são bioacumulativas, carcinogênicas e teratogênicas (podem causar dano ao embrião ou ao feto durante a gravidez), podendo ser absorvidas pela pele, inaladas ou ingeridas.

O vento predominante de sudeste nesta época do ano, leva o mau odor e todas as substâncias tóxicas para os bairros situados no Norte e Noroeste da cidade.

Desde 2007, compromisso de eliminar

O agricultor Odacil Ranzi afirmou hoje, em conversa informal em um grupo de debates do whatsapp, que o atual prefeito, Oziel Oliveira, assinou em 2007, durante seu segundo mandato, um TAC – Termo de Ajustamento de Conduta com o Ministério Público da Bahia, no qual se comprometia a retirar o lixão do local.

Durante 8 anos o seu sucessor, prefeito Humberto Santa Cruz, não conseguiu retirar o lixão do local para transferir a deposição do lixo para um aterro sanitário. Humberto fez a primeira parte: financiou a coleta seletivo, organizou uma cooperativa de catadores e instalou a separação e prensagem dos resíduos em um galpão.

Durante a campanha eleitoral, Oziel Oliveira prometeu que no máximo em seis meses estaria com o aterro sanitário pronto para aterrar, em definitivo, o lixão da cidade.

Saúde em LEM: clientelismo, politicagem e ânimo eleitoreiro

A Saúde Pública em Luís Eduardo Magalhães não está imune ao clientelismo e à politicagem. Veja a mensagem que o blogueiro e radialista Sigi Vilares recebeu e publicou em seu blog:

Bom dia Sigi.
Gostaria que postasse em seu blog uma reclamação, solicitando um parecer dos responsáveis.
Em Junho desse ano fui encaminhada para fazer uma ressonância do joelho, deixei na prefeitura o requerimento e pediram para aguardar pois no estava sendo feito as marcações.
Hoje na fila de espera da policlínica, onde aguardava para o ortopedista avaliar meu tornozelo que machuquei a pouco tempo. Encontrei uma senhora com uma ressonância perguntei a ela quanto tempo demorou para ela conseguir, já que estou aguardando há 4 meses. Fiquei bem chateada com o que ela me passou. Ela conseguiu a ressonância em menos de um mês, e não foi uma, foram duas. Quando peru teu como ela conseguiu tão rápido. A resposta foi: “Meu marido trabalha na prefeitura”
Agora gostaria que alguém explique. Porque a marcação de exames está parada desde Junho??
Porque parentes de funcionários tem prioridade??

Como seu blog é muito acessado e causa impacto na população, acredito que possa ajudar a sanar a dúvida de muita gente.
Desde já agradeço

Donde se conclui que em Luís Eduardo Magalhães todos são iguais perante os serviços públicos, mas uns são mais iguais que os outros.

LEM: Mutirão une secretarias do Município 

mutirão 1

Não abandone o seu lote: a Prefeitura promete cobrar a limpeza que está realizando.

As secretárias de Saúde, Infraestrutura e Meio Ambiente e Economia Solidária estiveram nos bairros Cidade Universitária, Central Park e Residencial 90 e São José na manhã do último sábado, 27, participando de um mutirão de limpeza e combate ao mosquito Aedes Aegypti, em parceria com o projeto Cidade em Movimento, que reúne moradores desses bairros.

Segundo o secretário de Saúde, Werther Brandão, a parceria com a comunidade é importante nesta luta. “Cada cidadão precisa fazer a sua parte, cuidando dos seus quintais e compartilhando os cuidados necessários para evitar a proliferação do mosquito”, disse.

Mutirão 2

A limpeza dos terrenos baldios realizada pela secretaria de Infraestrutura contribui no sentido de evitar possíveis criadouros do mosquito transmissor da Dengue, Zika Vírus e Chikungunya. De acordo com o secretário de Infraestrutura, Fábio Lauck, o mutirão de limpeza se estenderá por toda cidade. “Colocamos mais de 30 máquinas em várias frentes de trabalho espalhadas pela cidade realizando operação tapa-buracos, serviços de patrolamento, roçagem e limpeza de terrenos baldios, além da limpeza dos canteiros das principais avenidas e canais”, observa.

mutirão 3

O prefeito Humberto Santa Cruz acrescenta que o poder público, mesmo com todo trabalho realizado no sentido de combater o mosquito e manter a cidade limpa, não consegue estar em todos os lugares, por isso, a importância do apoio da população. “Se cada cidadão de nosso município disponibilizar 10 minutos da sua semana para algumas ações de prevenção básicas conseguiremos diminuir significativamente a incidência do mosquito Aedes Aegypti”, ratificou.

Terrenos baldios – A população pode denunciar terrenos baldios sem manutenção ou com acúmulo de entulhos para a Secretaria de Infraestrutura através do telefone 3628 0770. A limpeza será realizada pela secretaria e esta será posteriormente cobrada do proprietário. Já os focos de mosquito devem ser denunciados para o Núcleo de Endemias através do telefone 3628 3099.

Barreiras: esgoto na rua continua uma coisa normal para todos

prefeitura municipal

Na rua Ipiranga, quase esquina com Ruy Barbosa, no Centro de Barreiras, uma demonstração que ninguém está preocupado com saúde pública e saneamento. O Prefeito está no ar condicionado; a EMBASA só pensa em venha nós o nosso dinheirinho; o pessoal da Saúde do Estado anda se escondendo do serviço e a dona Dilma preocupada em manter o emprego.

Onde andam os procuradores de Justiça do Estado que não veem coisas como essa, em todos os cantos de Barreiras?

Onde andam os fiscais da vigilância sanitária da Prefeitura e do Estado?

Não enxergam que toda essa merda vai parar no Rio Grande e que milhares de pessoas vão beber dessa água contaminada rio abaixo?

Onde anda a imprensa esclarecida de Barreiras que não protesta por uma barbaridade dessas?

Que direito tem o contribuinte que joga fezes in natura na rua, em vez de contratar um caminhão para esvaziar a sua fossa?

Atendimento na UPA de Luís Eduardo cresce de maneira exponencial

UPA

Às 19 horas de ontem, os médicos da UPA já tinham realizado perto de 400 atendimentos e um bom número de pacientes, que lotava a sala de espera, aguardava durante o momento de transição do plantão dos médicos, quando os profissionais que entravam tomavam conhecimento dos prontuários. A perspectiva é que os atendimentos ultrapassassem o número de 500 até a meia noite desta segunda.

A Secretaria da Saúde está consolidando estatísticas para tomar medidas emergenciais em relação a um número crescente de casos de dengue, principalmente na região Oeste da cidade.

Saúde Pública no Brasil e a volta à senzala

corredor1

O Fantástico deste domingo mostrou o resultado de um estudo inédito para entender o que há de errado na saúde brasileira. Pela primeira vez, o Tribunal de Contas da União examinou a qualidade do atendimento em 116 hospitais públicos, os mais procurados pela população em todo o país. O resultado é assustador. A coleção de casos de horror que acontecem na saúde pública brasileira ainda vai passar para a história como uma página tão negra como aquela da escravidão no Brasil. Numa analogia simplista, a senzala permanece viva nos corredores dos hospitais públicos do Brasil. Uns poucos, na Casa Grande, gozam de todos os benefícios de uma medicina avançada. A maioria das vezes com dinheiro mal havido. É caso de polícia, de justiça, de intervenção direta do Ministério Público e de outras instituições, como a Ordem dos Advogados do Brasil.

Em um país que recolhe, arbitrariamente, de seus cidadãos mais de 40% de sua renda, o caso só pode ser enfrentado por um levante das massas, que corrija as profundas distorções da máquina viciada e inútil da saúde pública.

Valdeci Barreiras

Criação da Rede Regional de Saúde pela UMOB sofre críticas

Reunião da UMOB: criação de hospitais em cada cidade, num total de  884 leitos
Reunião da UMOB: criação de hospitais em cada cidade, num total de 884 leitos

A assessoria de comunicação do prefeito de Luís Eduardo e presidente da UMOB – União dos Municípios do Oeste Baiano, Humberto Santa Cruz, distribuiu nesta terça-feira, 17, uma notícia para a imprensa, onde relata que os municípios da região estão criando uma Rede Regional de Saúde. Talvez por não estar clara a notícia e dada a complexidade do tema para leigos, levantou-se uma onde enorme de contestações à ação da UMOB. A deputada Kelly Magalhães fez um candente discurso na tribuna da Assembleia e os jornalistas mais atilados da região, como Fernando Machado, do ZDA, criticaram a medida. Tanto a deputada como o jornalista afirmaram que Humberto quer centralizar a saúde em Luís Eduardo, em prejuízo das polpudas verbas que Barreiras recebe para o tratamento de alta e média complexidade.

Na realidade, pelo que entendemos, Humberto quer criar, em cada um dos municípios participantes do chamado Consórcio Regional de Saúde, hospitais com capacidade para realizar o tratamento de média complexidade, que são as pequenas cirurgias de apendicite, próstata, garganta e outras que não exijam a recuperação em UTIs de alta sofisticação. Para evitar assim a tal de ambulancioterapia, o deslocamento de pacientes pelas estradas em busca de recursos.

A alta complexidade, que compreende cirurgias cardíacas, oncológicas, transplantes, implantação de próteses de monta – como as de quadris – e as intervenções neurológicas não seriam realizadas. São atribuição do HO e dos hospitais de referencia do Estado, que por sinal quer colocar uma central de regulação física em Barreiras, para que o paciente possa acompanhar ao vivo a evolução do tratamento preconizado, principalmente das cirurgias eletivas. Hoje o atendimento é feito por telefone. Um  médico destacado de Luís Eduardo Magalhães, que nos deu as principais informações para a realização deste texto, diz, de passagem, que as internações em Salvador estão cada vez mais difíceis, reflexo provável do aumento da demanda e até de um eventual contingenciamento de verbas.

O mesmo médico afirma:

“A realidade é que o Hospital do Oeste virou um hospital de trauma, um verdadeiro pronto socorro, que atende baleados, acidentados e situações de emergência. O HO deixou de ser um centro de referência em medicina de alta complexidade.”

O que está faltando, realmente, é Humberto chamar a imprensa para a UMOB e explicar com detalhes como funcionam ações como o consórcio regional, o tratamento de média complexidade e as atribuições das diversas instâncias de governo dentro da saúde pública.

Veja a matéria distribuída pela assessoria de imprensa da UMOB: Continue Lendo “Criação da Rede Regional de Saúde pela UMOB sofre críticas”

Assim caminha a saúde no Brasil!

marcação de consulta

 

O paciente em questão tem diagnóstico de câncer de próstata, um dos mais agressivos. Se depender do Sistema Único de Saúde só poderá comparecer na hora certa da consulta, em 15 de outubro de 2014, às 8h15m, se levantar a pedra que cobre sua sepultura. A esperança dos pobres no Brasil é que esses malditos vão arder no fogo do inferno por toda a eternidade, sem direito a sursis.

Oncologia no HO e o descaso do Governo do Estado com a Saúde

Por Dó Miguel, empresário.

do miguelNo meu entendimento é válido e necessário todo o empenho do município na implantação em Barreiras de um Centro de Oncologia (destinado ao diagnóstico e tratamento do câncer), com a maior brevidade possível.  A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que, nas próximas décadas, a doença se torne a principal causa de mortes no mundo todo, sendo que dois terços dos casos devem ser registrados em países em desenvolvimento, como o Brasil.

Especialmente num momento em a imprensa baiana (Jornal a Tarde, replicado em outros meios), informa que uma ação civil pública do Ministério Público da Bahia pede à Justiça que o governo do Estado destine, em caráter liminar, cerca de R$ 150 milhões ao Fundo Estadual de Saúde.

Essa medida se destina a frear desobediência às normas constitucionais que determinam o repasse mínimo para a saúde, já praticado pelo governo do Estado em 2011 e 2012, e evitando assim que tais recursos sejam utilizados em divulgações institucionais de empresas do Estado como Ebal, Embasa, Desenbahia, Bahiagás, Prodeb e Egba, segundo consta do Orçamento do governo para 2014, ou seja que o dinheiro da saúde não seja torrado na propaganda.

O Hospital do Oeste foi construído em 2006, pelo então governador Paulo Souto, e é a principal obra na área da saúde realizada no Oeste pelo Estado nas últimas décadas, eleito e reeleito com votação majoritária no oeste, na casa dos 60%, o governador Jaques Wagner sempre nos encheu de promessas bonitas, dentre outras na área da saúde a ampliação do H O, e a tão esperada e necessária implantação do Centro de Oncologia, que acabaram ficando só no discurso.

Mas a sociedade Oestina precisa defender com força os investimentos a que temos direito a exemplo do Centro de Oncologia no H O, e como podemos ver dinheiro tem, a prioridade em sua aplicação é que esta errada, por isso,  juntos,  poder público e sociedade civil temos que pressionar o governo do Estado por estes investimentos.

Faltam médicos em 20 das 23 cidades do Oeste baiano

oeste baiano

Por Miriam Hermes, do jornal A Tarde

Dos 23 municípios que fazem parte da região Oeste da Bahia, 20 estão na lista do Ministério da Saúde como prioritários para receber médicos do Programa Mais Saúde.

Entre eles, Catolândia, que com 3.609 habitantes (Censo 2010) é a cidade baiana com menor número de habitantes e, mesmo assim, enfrenta problemas para oferecer assistência básica. A maior dificuldade é a contratação de médicos, principalmente nos fins de semana, pois nenhum médico mora na cidade.

“Temos dois médicos que atendem durante a semana. Um dá plantão no Programa de Saúde da Família (PSF) e outro se reveza nos três postos que temos na zona rural”, diz o secretário municipal da Saúde, José Francisco da Cruz.

Ele reconhece que o ideal seria ter pelo menos o dobro de profissionais. “Nos finais de semana também precisamos de médicos, pois a doença não escolhe a hora para chegar. Mas continuamos sem opção”, lamenta o secretário.

“Temos duas ambulâncias de plantão para levar os pacientes a São Desidério e Barreiras,  municípios parceiros”, explica Cruz a alternativa para atender a população aos finais de semana.

O gestor opina que os R$ 10 mil que o governo federal disponibiliza para o pagamento  a médicos de PSF “são insuficientes, pois eles querem até R$ 22 mil para vir”. Cruz afirma que o município não dispõe de recursos no momento para melhorar as unidades existentes. “Temos locais, como em um assentamento, em que o atendimento médico é feito em uma igreja, porque não podemos construir um posto agora”.

Dificuldade 

Para a aposentada Maria Dias, 75, que há um ano está com paralisia nas pernas devido a uma infecção na medula, a única maneira para fazer fisioterapia é indo duas ou três vezes por semana para Barreiras, percorrendo uma distância de 42 km.

Ela afirma que é um sofrimento, pois parte da estrada ainda não tem asfalto. “O município dá o transporte, mas se tivesse fisioterapeuta aqui seria bem mais fácil”, diz a aposentada.

Dona Maria, uma das seis pacientes que o município encaminha para receber atendimento em Barreiras, garante que está animada e tem a expectativa que em breve poderá ser atendida em São Desidério, ” mais perto de casa (distância de 15 km)”.

São Desidério 

Com 24 médicos contratados, o município de São Desidério oferece atendimentos de média complexidade. De acordo com o secretário da Saúde, Jeferson Barbosa, há ainda a necessidade de disponibilizar algumas especialidades. “É mesmo difícil atrair médicos a cidades menores”, aponta.

Barbosa critica o Mais Saúde, “porque o valor de R$ 10 mil por mês para salário de médicos não condiz com a expectativa deles”.

Segundo o secretário, “a média que eles cobram é de R$ 2 mil por plantão. Com este salário que o governo federal quer pagar os médicos brasileiros não vão se sentir atraídos para os municípios do interior”.

A secretaria da Saúde tem dificuldades para manter médicos no plantão de final de semana. “Nosso maior problema é o distrito de Roda Velha que, pela distância das outras localidades, deveria ter médico 24 horas, todos os dias da semana. Mas nem sempre isto é possível”, lamenta Jeferson Barbosa.

Correntina: uma carta aberta se transforma em poderoso libelo contra desmandos na saúde pública

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Duas cidadãs de Correntina publicam, na internet, um poderoso libelo contra a má gestão da saúde do Município e o descaso de médicos e gestores com pacientes pobres. Editamos a carta, principalmente na pontuação, para melhor compreensão dos leitores, mas mantivemos o conteúdo fiel ao original. Veja a carta:

Correntina, cidade abençoada por Deus, de beleza singular, mas de desigualdade sem par. Como cidadã correntinense, venho fazer meu desabafo público para quem quiser ouvir e tiver coragem de juntar sua voz a minha e denunciar o descaso na saúde publica no município, onde segundo o IBGE em 2010 foi registrada uma renda per capita de 18.733,23.

Os pobres são o que mais sofrem com o descaso. Esses dias passei por essa experiência com meu Avô doente, procurei o hospital municipal de Correntina, pois meu avô estava com insuficiência respiratória, ele foi atendido pelo Dr. Indiro que examinou prescreveu oxigênio e solicitou um eletro cardiograma que foi feito, até ai tudo bem, mas após o eletro que constatou um bloqueio no coração, começou o descaso.
O médico em tela disse que o paciente teria que ser encaminhada a um cardiologista com URGÊNCIA mas não fez nem um encaminhamento a penas receitou um remédio e liberou o paciente, procurei logo na manhã seguinte um encaminhamento pelo SUS junto ao município mas não consegui. Obtive, então, um cardiologista particular em Sta Maria da Vitoria. A diretora do Hospital de Correntina MARIANA  se recusou a falar comigo, salientando que o Paciente não tinha condições de viajar sem oxigênio.

Essa senhora negligenciou ou foi indiferente a vida de um idoso pobre mas que muito contribuiu para esse município, mas que são esquecidos por serem pobres e anônimos na multidão.

Depois de muito desgaste e não havendo saída no dialogo e bom senso resolvi dar queixa na DELEGACIA. Então foi que outras pessoas entraram na situação e depois de muita espera foi cedido a ambulância para levá-lo ao Cardiologista em Sta Maria, lá chegando e após ser atendido o medico disse que não sabia como ele estava vivo ainda e que teria que ser removido pra um centro maior que não havia recurso para ele aqui. Retornando a Correntina começou outra batalha para tirá-lo para um Hospital num centro maior e após conseguir autorização para uma ambulância levá-lo a Brasília, sem a certeza de ser atendido, tivemos que viajar com um oxigênio perto de acabar e sem a chave para trocar o mesmo quando acabasse, pois só existia uma única chave para todo o hospital e todas as ambulâncias e disseram que não podiam liberar a chave.

Saindo daqui antes do Rosário o oxigênio acabou e tivemos que rodar por mais de 20 KM com meu avô agonizando por falta de ar. Chegando ao Rosário batemos em algumas borracharias para conseguir uma chave pra trocar o oxigênio.

Depois de conseguirmos socorro seguimos viagem, mas infelizmente meu Avô veio a falecer dentro da ambulância.

Digo também quem dentro da ambulância não tinha sequer um aparelho para aferir a pressão ou mesmo qualquer tipo de medicamento para primeiros socorros, retornamos para casa com o coração em dor e magoado,  pelo descaso da saúde em Correntina. Não estou dizendo que ele morreu por isso, mas é triste ver o sofrimento meu e de muitos concidadãos que sofre o descaso de nossos governantes pois com a nossa população e a renda desse município temos o direito de ser melhor assistidos. Chega de DESCASO, de abandono e negligencia.
Valquiria S. Nascimento e Valdirene Marques de S. Santos.

Correntina 10 de maio de 2013

Na foto, as autoras da carta vão à Câmara fazer o seu protesto.

UPA inaugurada: evento virou em manifestação de políticos e claques alugadas.

O Governador, o Ministro da Saúde e o Prefeito.

O governador do Estado, Jaques Wagner, e o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, inauguraram ontem, 14, a primeira Unidade de Pronto Atendimento do Oeste baiano e apenas a quarta de todo a Bahia. O equipamento atenderá, 24 horas por dia, até 150 pacientes de tratamento de baixa e média complexidade, com a concorrência de 80 profissionais de saúde. O investimento do Governo Federal é da ordem de R$1 milhão e a construção do prédio foi feita sob a gestão da Prefeitura Municipal.

O local abrigará uma recepção, laboratório de análises clínicas, sala de raio X, sala de nebulização, seis leitos de observação e mais dois leitos para os pacientes mais graves. A unidade contará com médicos especialistas em clínica geral, pediatria e traumato-ortopedia e atenderá a toda a população que normalmente se dirigia à unidade Gileno de Sá, no centro da cidade. O custeio da unidade será por conta da administração municipal, com verbas oriundas do Governo Federal.

Revoada de políticos

Dada a proximidade das eleições, o evento contou com a presença de inúmeros políticos, entre eles, os deputados estaduais, Cacá Leão, Mário Negromonte Jr. e Kelly Magalhães; o deputado federal Oziel Oliveira; o senador Walter Pinheiro; o vice-governador Otto Alencar; o presidente da Assembléia, Marcelo Nilo; e os pré-candidatos de Barreiras, Antonio Henrique, Paê e Regina Figueiredo. Esteve presente também o bispo dom Josafá Menezes, da Diocese de Barreiras.

Claques Patrocinadas

O tom da festa foi dado pelas claques patrocinadas, conduzidas pelos políticos pré-candidatos ao recinto da comemoração, que vaiavam, ao ser citado um político adversário ou aplaudiam com gritos histéricos o seu candidato e patrocinador. Moral da história: ninguém conseguiu discursar direito, mesmo que aos gritos, pois a patuléia interrompia com urros e xingamentos.

Antes dos discursos começarem, o próprio Governador pediu pacientemente: “Aplaudam o seu candidato de preferência e fiquem quietos quando seu adversário falar”. Nada disso aconteceu: a baixaria continuou e o próprio deputado Oziel Oliveira, que certamente levou o maior número de adeptos, acabou protestando: “Exijo respeito, sou deputado federal e fui prefeito desta cidade”. Tomou uma vaia densa durante todo seu discurso.

As claques vibram: um espetáculo antes deprimente do que efetiva demonstração de democracia.

Quem é o dono?

Outro ponto baixo da festa, foi a apropriação, pelos políticos presentes da realização da obra. Oziel Oliveira chegou a mostrar ao público e também distribuiu folhetos com o pedido da obra ao Governo Federal. Humberto fez a obra em tempo recorde, mas ficou bem mais de um ano esperando pelos equipamentos da UPA, numa demonstração clara  de que a política do Governo Federal em relação à saúde anda bem devagar. Isso é claramente demonstrado pelo fato de  um município com mais de 70 mil habitantes, caminhando celeremente para 80 mil e com incremento da população de 14% ao ano, ficou 12 anos esperando por um simples pronto-socorro. Um hospital com capacidade de intervenções de alta complexidade seria um bom motivo para festejos. Ao povo não interessa quem é o dono da saúde, desde que receba bons serviços, já que é o único pagador na qualidade de contribuinte.

O Governo Federal deveria ter, no mínimo pejo, de inaugurar uma obra tão pouco significante, com tanta festa, quando a saúde pública é uma das maiores calamidades do início deste século. A saúde no País é, efetivamente, serviço destinado a poucos privilegiados, como se viu há pouco com o acometimento de doença maligna da atual Presidenta, do ex-presidente Lula da Silva e de seu vice-presidente José Alencar.

UPA: quase dois anos esperando pelos equipamentos do Governo Federal

Regina, Tonhão, Paê e o bispo Dom Josafá.

Luís Eduardo tem alto índice de doenças renais.

Informações extra-oficiais dão conta que Luís Eduardo Magalhães tem o maior índice de doenças renais do Oeste baiano, tanto em números absolutos, como em percentuais sobre o número de habitantes. Suspeita-se que a água que recebe pouco ou nenhum tratamento seja uma das causas, mas isso é mera especulação. Vamos procurar a Diretoria Regional de Saúde para confirmar os números e confirmar se as causas estão sendo investigadas.

Descaso médico.

Quando um alto funcionário de um Ministério morre na Capital Federal por falta de atendimento médico, o que pode restar a nós comuns mortais, que dependemos do ILHEPEESSE? Duvanier Paiva Ferreira, 56 anos, secretário do Ministério do Planejamento morreu na madrugada de quinta, de infarto agudo, porque dois hospitais se negaram a atender seu plano de saúde. Chegou morto ao terceiro hospital.

Pergunta: “Aquele juramento de Hipócrates ainda está valendo? Ou foi modificado por portaria ministerial? A palavra hipocrisia foi inventada por Hipócrates? 

Hospital do Oeste: desmando, incúria e desrespeito à vida humana.

Ontem à tarde acabou a energia em Barreiras. De maneira automática, o grupo gerador do Hospital do Oeste entrou em serviço, fornecendo a energia vital para as UTIs e centros cirúrgicos. Acontece que 10 minutos depois o gerador caiu, parou de funcionar por algum motivo que ninguém sabia. Para passar para a opção manual, era necessário a senha que só a administradora do Hospital possui. Acontece que a dita cuja senhora desligou o celular por algum motivo e não era encontrada também nos telefones fixos disponíveis.

Bateu o desespero no pessoal das UTIs, que passaram a fazer a ventilação dos internos manualmente. Até que lá pelas tantas se descobriu que um dos centros cirúrgicos tinha energia disponível e para lá foram  transferidos os pacientes, com o óbvio risco de vida.

Pergunta-se: já foi instaurado inquérito para descobrir os responsáveis por tal acontecimento? O Ministério Público tomou conhecimento dos fatos?

IBGE: falta de esgotamento sanitário no Nordeste ainda é grande.

Entre 2000 e 2010, a proporção de domicílios cobertos por rede geral de esgoto ou fossa séptica (consideradas alternativas adequadas e esgotamento sanitário) passou de 62,2% para 67,1% em todo o país. O mesmo se deu em quatro das cinco regiões, com exceção da Norte, onde o aumento de 2,0 pontos percentuais na área rural (de 6,4% em 2000 para 8,4% em 2010) não foi suficiente para compensar a queda de 6,1 pontos percentuais ocorrida nas áreas urbanas (de 46,7% para 40,6%).

O Sudeste continuou sendo a região com as melhores condições, passando de uma cobertura de 82,3% dos domicílios, em 2000, para 86,5%, em 2010. Segue-se a região Sul, que passou de 63,8% para 71,5%. A região Centro-Oeste apresentou o maior crescimento de domicílios com rede geral ou fossa séptica no período, acima de 10%. A despeito da melhoria das condições de esgotamento sanitário, o Centro-Oeste tinha pouco mais da metade de seus domicílios com saneamento adequado (51,5%) e o Norte (32,8%) e Nordeste (45,2%) apresentaram patamares ainda mais baixos. Nessas regiões, as fossas rudimentares eram a solução de esgotamento tanto para domicílios urbanos quanto rurais. As informações são do IBGE, que divulgou esta semana os resultados do Censo 2010.

Se for considerado que nos municípios de Luís Eduardo Magalhães e Barreiras são muito poucas as fossas sépticas, com predominância quase absoluta de fossas rudimentares, antes da ligação dos domicílios às novas redes de esgotamento sanitário, o que deve acontecer em pouco tempo, hoje as duas cidades tem quase 100% de ausência do serviço. Os danos à saúde pública são imensuráveis.

Veja os números:

  • 65% das internações hospitalares de crianças menores de 10 anos estão associadas à falta de saneamento básico (BNDES, 1998);
  • a falta de saneamento básico é a principal responsável pela morte por diarréia de menores de 5 anos no Brasil (Jornal Folha de São Paulo – FSP, 17/dez/99);
  • em 1998, morreram 29 pessoas por dia no Brasil de doenças decorrentes de falta de água encanada, esgoto e coleta de lixo, segundo cálculos da FUNASA realizados a pedido do Jornal Folha de São Paulo (FSP, 16/jul/00);
  • a eficácia dos programas federais de combate à mortalidade infantil esbarra na falta de saneamento básico (FSP, 17/dez/99);
  • os índices de mortalidade infantil em geral caem 21% quando são feitos investimentos em saneamento básico (FSP, 17/dez/99);
  • as doenças decorrentes da falta de saneamento básico mataram, em 1998, mais gente do que a AIDS (FSP, 16/jul/00);
  • a utilização do soro caseiro, uma das principais armas para evitar a diarréia, só faz o efeito desejado se a água utilizada no preparo for limpa (FSP, 17/dez/99).

Resumindo:
15 crianças de 0 a 4 anos de idade morrem por dia no Brasil em decorrência da falta de saneamento básico, principalmente de esgoto sanitário (FUNASA-FSP, 16/jul/00).

Isto significa que:
Uma criança de 0 a 4 anos morre a cada 96 minutos em nosso país por falta de saneamento básico, mais precisamente, por falta de esgoto sanitário (FUNASA-FSP, 16/jul/00).

Agora, sim!

A presidente Dilma Rousseff disse na manhã desta segunda-feira (14), em seu programa de rádio “Café com a Presidenta”, que irá enfrentar “a superlotação dos pronto-socorros e a falta de leitos nos hospitais brasileiros”. Ela comentou o lançamento dos programas SOS Emergências, de gestão hospitalar, e Melhor em Casa, que oferece atendimento em casa para pacientes que não precisam de internação.

Agora, sim! Dona Dilma tomou as rédeas na mão e vai resolver o problema. Se não for mais uma obra inacabada do Governo do PT, tudo ficará bem.

Saúde pública brasileira, um caso de polícia.

Um menino de 10 anos, que teve o fêmur fraturado e esperou 22 dias por uma cirurgia na perna, conseguiu finalmente ser operado ontem (11), em Goiás, depois da intervenção da Associação dos médicos do Estado. 

Ele recebeu apoio do médico Robson Azevedo, que realizou a operação no Hospital Ortopédico de Goiânia. “O procedimento transcorreu normalmente e o resultado foi está dentro do que esperava a equipe”, disse o cirurgião.

Gabriel Silva quebrou a perna após cair de uma árvore em Aparecida de Goiânia (região metropolitana de Goiânia). No dia do acidente, o pai do menino tentou conseguir uma vaga para o filho em várias unidades de saúde, mas não conseguiu.

Ele foi levado a três hospitais. Recebeu uma tala na perna, mas foi liberado pois nenhuma das unidades tinha condições de realizar o procedimento. 

O menino disse que está ansioso para voltar a jogar bola, mas que não pretende mais subir no cajueiro de onde caiu.

Em abril, a reportagem do UOL Notícias mostrou outro caso semelhante registrado no Estado. Victor Hugo Alves, 11, esperava com o braço quebrado por uma cirurgia na rede pública de saúde em Goiás. Os médicos alegavam falta de material no Hospital Geral de Goiânia, mas no dia seguinte à publicação da reportagem ele foi operado. De Raphael Borges, para UOL.

Não são bandidos o diretor de um hospital, o médico e o gestor de saúde que deixam um menino 22 dias com o fêmur quebrado? Ainda vamos ter que invocar as leis de proteção aos animais para cuidar de nossos pacientes?  Desde 10 de Junho de 1934, o Decreto 4.645, assinado pelo presidente Getúlio Vargas, dá proteção aos animais no País. Por que então não se protegem os clientes da rede pública de saúde? Vergonha é um termo delicado demais para qualificar o banditismo dessa gente. 

Brasileiros imolados na pedra de sacrifícios da Saúde Pública.

Um recém-nascido morreu após receber leite na veia em um hospital de São Paulo. Uma auxiliar de enfermagem teria confundido o alimento com um remédio. 
O bebê nasceu prematuro, com quase oito meses, e foi encaminhado para UTI do Hospital Municipal Professor Mário Degni, na zona oeste de São Paulo. 
Por falta de acomodações, a mãe Jovenita Oliveira de Abreu, amamentava o filho durante o dia e deixava um frasco com leite materno para que a enfermeira desse ao bebê à noite. Dessa forma, ele recebia leite por uma sonda nasal e medicamentos via intravenosa.
No entanto, na hora de dar o remédio para o recém nascido, uma enfermeira, que não teve o nome revelado, confundiu o frasco e colocou dez ml de leite materno na veia do bebê. Meia hora depois, ele apresentou sinais de falta de ar, mesmo ligado a tubos de oxigênio, e não resistiu.
Segundo o delegado, Roberto Santos Moraes, uma médica que estava de plantão confirmou que houve erro por parte da equipe. Foi instaurado um inquérito administrativo para apurar os procedimentos adotados. O Hospital não se pronunciou sobre o caso. Da Band TV.

Ou se instaura uma política de responsabilidade penal dentro da Saúde Pública ou brasileiros continuarão a ser imolados no altar dos incompetentes. Enquanto a Saúde continuar a ser responsabilidade de políticos isso continuará acontecendo. Essa enfermeira responderá por homicídio culposo?

Agora as 9h19m a Assessoria de Comunicação da Prefeitura de São Paulo emitiu a seguinte nota sobre o ocorrido:

“A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) considera inaceitável este tipo de ocorrência e informa que a auxiliar de enfermagem envolvida já foi demitida do Hospital Municipal e Maternidade Prof. Mario Degni, está sendo investigada pela Polícia Civil e responderá às ações na forma da legislação. Também foi instaurado inquérito administrativo para apurar todos os procedimentos adotados.

A SMS lamenta a morte do bebê e informa que a direção do hospital permanece à disposição da família para quaisquer esclarecimentos adicionais aos que já foram dados.

Cabe ressaltar que o hospital vem realizando cursos de capacitação continuada para seus profissionais. São ministradas, inclusive, aulas específicas de segurança ao paciente para otimizar os atendimentos prestados. Entre 2010 e 2011, 6 mil profissionais dos hospitais municipais administrados pela Autarquia Hospitalar Municipal (AHM) passaram por capacitações voltadas à qualidade dos serviços prestados e a normas de segurança. A previsão para 2012 é que mais 6 mil profissionais de saúde sejam capacitados.”

Isso é que é assessoria de imprensa. Em menos de uma hora, identificou a publicação no blog, descobriu o email no expediente e enviou a nota.

“Não está boa” é sinônimo de horrível?

A presidente Dilma Rousseff afirmou em pronunciamento à nação que “a situação da saúde pública não está boa, e precisa melhorar”.

Dona Dilma, sinceramente: quando a situação da saúde pública brasileira subir até a condição de péssima nós avisamos a senhora. Por enquanto, a saúde vive seus dias de África.

Tribunal de Contas diz que situação no Hospital do Oeste é precária.

Uma inspeção multidisciplinar realizada por seis auditores do Tribunal de Contas do Estado da Bahia, entre 26 de janeiro e 4 de julho de 2011, sobre os serviços médicos de 2010 e 2011, concluiu: o atendimento de 11 hospitais estaduais é absolutamente precário, entre eles o Hospital do Oeste, responsável pelo atendimento de saúde de quase duas dezenas de municípios do extremo oeste baiano.

Por mais que a conclusão pareça óbvia, nas 35 páginas do relatório, há mais absurdos cometidos pela gestão do secretário de Saúde, Jorge Solla, do que se possa imaginar. Para início de conversa, seis das 11 unidades não possuem alvará da Vigilância Sanitária, serviço este que está sob a administração da própria Secretaria de Saúde. 

O relator do processo, conselheiro Pedro Lino, enviou o parecer ao MP, que quer a elaboração de um plano de ação por parte do governo para solucionar os problemas de maneira imediata. A decisão foi tomada para  não paralisar os serviços e provocar um caos ainda maior na área da saúde.

A leitura do processo, feita em 06/10 (quinta-feira), causou reação instantânea: a principal responsável pelos contratos da Secretaria de Saúde do Estado (Sesab), Cláudia Maria Gomes Varjão, teve exoneração publicada na manhã de 6/10. No mesmo dia, o secretário de Saúde Jorge Solla procurou a presidência do Tribunal (e não o relator do caso) e alegou que não teve direito a defesa.

Até agora, três conselheiros votaram a favor e três foram contrários ao plano de ação. Detentora do voto de minerva, a presidente do Tribunal,  Ridalva Figueredo, tem o direito de decidir até a próxima quinta-feira (13). No entanto, o parecer de Pedro Lino foi enviado a outros órgãos fiscalizadores, inclusive à Promotoria de Improbidade Administrativa do MP, e medidas mais duras podem ser tomadas.

Modelo irregular
Pelo modelo de administração adotado pelo Estado, a gestão dos hospitais foi transferida para Organizações Sociais com o argumento de baratear o custo e melhorar a qualidade dos serviços. Nenhuma das duas coisas aconteceu, muito pelo contrário: contratações sem licitação, pagamento por indenização, dentre outras irregularidades, só aumentam a despesa do Estado.
De acordo com o relatório, a principal causa da precarização dos serviços médicos dos hospitais são os recorrentes atrasos nos repasses das verbas. Com isso, as Organizações Sociais adotaram medidas irregulares para suprir suas deficiências financeiras, como empréstimos feitos com juros de até 1,8 % ao mês e liquidados irregularmente com o orçamento da Saúde. 
Outra questão é o uso de recursos próprios das instituições, que se misturam à verba destinada exclusivamente à Saúde e dificultam a fiscalização. Para se ter ideia, a auditoria chegou a encontrar pagamentos feitos em duplicidade. 

Casos absurdos
Falta de equipamentos, prédios degradados e carência de médicos e enfermeiros. Este é apenas um resumo dos problemas encontrados. Foram encontrados problemas graves no Hospital Estadual da Criança, Hospital do Oeste, Maternidade Prof. José Maria de Magalhães Netto, Hospital São Jorge, Hospital Geral Santa Tereza, Hospital Regional de Juazeiro, Hospital Regional Santo Antônio de Jesus, Hospital Deputado Luís Eduardo Magalhães, Hospital Regional Dantas Bião, Hospital Regional de Castro Alves e Hospital Eurídice Santana.

Em Salvador, o Hospital São Jorge, no bairro de Roma, foi contratado sem licitação firmado de modo irregular com as Obras Sociais Irmã Dulce (Osid). Já em Ribeira do Pombal, o Hospital Geral de Santa Tereza, funciona com um contrato emergencial desde outubro de 2010, sob a gestão da Fundação José Silveira, recebendo pagamentos por indenização, o que é proibido por lei.
De acordo com informações da Divisão de Vigilância Sanitária da Secretaria Estadual da Saúde (Divisa/Sesab), vários hospitais do estado não possuem alvará sanitário por problemas como a ausência de câmaras frias nos necrotérios, disposição incorreta de materiais infectantes e acondicionamento inadequado do lixo, entre muitos outros. A reportagem é do portal do Grupo Metrópole, que está acompanhado o caso com atualização constante do material jornalístico.

Resta saber se os auditores inspecionaram também o banco de sangue e a hemodiálise, serviços prestados por terceiros. Um caos.

Nova Fronteira denuncia: faltam remédios de uso continuado na 25ª DIRES.

Não são todos os cidadãos em Barreiras, que diante de um problema de saúde conseguem obter os medicamentos necessários ao seu tratamento. Quem depende de remédio controlado de alto custo, fornecido pela 25ª Diretoria Regional de Saúde (Dires), tem voltado para casa sem o medicamento.

A Lei do Sistema Único de Saúde (SUS) estabelece que a atenção à saúde deve ser integral, ou seja, deve abranger tudo aquilo que for necessário para prevenir, controlar e curar as doenças, inclusive entrega de medicamentos.

Assegura também que todo cidadão tem direito de obter gratuitamente os medicamentos que necessita, até porque já pagou antes por eles, por meio dos impostos. Portanto, as unidades da rede pública de saúde devem, obrigatoriamente, fornecer aos pacientes os medicamentos receitados.

Os medicamentos não são mercadorias como outras quaisquer, pois são destinados a preservação da saúde e da vida e por isso devem estar acessíveis a toda a população. O que está acontecendo em Barreiras tem deixado indignados os familiares de portadores de esquizofrenia que procuram a 25ª Dires, porque lá os funcionários não têm a previsão de quando o remédio vai chegar. Eles apenas pedem para que os familiares liguem para saber se o remédio já está disponível. Os familiares citam como exemplo, que muitas pessoas ligam numa segunda-feira, e a data é postergada para sexta-feira e assim os dias vão passando e os pacientes que precisam do medicamento vão piorando, apresentando crises esquizofrênicas.

É o caso de Geraldo Santos, 20 anos, que sofre de esquizofrenia. Ele precisa diariamente do remédio Zyprexa e há três semanas comparece na 25ª Dires para pegar o medicamento e o mesmo ainda não chegou e nem tem previsão para começar a ser distribuído normalmente. O remédio que ele usa se for adquirido numa farmácia, custa R$717,09, bem mais que um salário mínimo e a caixa com 28 comprimidos dura menos de um mês. 

Apesar da situação complicada porque passam os familiares desses pacientes, muitos deles ainda tem medo de denunciar com medo de represarias e preferem viver sofrendo no anonimato, eles e os pacientes. É o caso do pai de um paciente que não quis se identificar, que sem condições de comprar o remédio para o filho, pois custa muito caro e a família vive apenas com o benefício de amparo a saúde do filho de apenas R$ 530,00, não sabe que providência tomar. Diante da situação ele reclama também que a 25ª Dires não repõe o remédio atrasado. Ele explica que de três em três meses o paciente necessita renovar a receita e se com dois meses o remédio não tiver chegado, aquele órgão estadual de saúde não repõe o medicamento que ficou sem ser entregue.

O denunciante reclama que o paciente é obrigado a renovar a receita através de uma nova consulta que custa R$200,00, mesmo sem receber os medicamentos que faltaram ser entregues na receita anterior.

Entramos em contato com João Fidélis, diretor da 25ª Dires, mas por estar de férias pediu que nossa reportagem procurasse a farmacêutica responsável pelo setor de alto custo, mas fomos informados que esta funcionária encontra-se de licença maternidade. Por telefone, a atendente Luiza Teles Carneiro informou que além do Ziprexa, mais oito medicamentos estão em falta, entre eles, Calcitriol e Noripurum, remédios essenciais para pacientes que fazem hemodiálise. Luiza acrescenta que estes dois medicamentos estão a mais de quatro meses sem serem entregues. “É uma situação complicada até mesmo para nós que somos funcionários, mas estamos fazendo a parte que nos cabe, que é cobrar da Secretaria Estadual de Saúde o envio desses medicamentos”, afirma. Reportagem de Elisângela Rosa para o Jornal Nova Fronteira.

Incúria, descaso, leniência, politicagem. Assim caminha a saúde em todo o País. Mas na Bahia, em especial, o cenário é de barbárie. Basta investigar, por exemplo, o número de mortes de pacientes que fizeram hemodiálise em Barreiras no último ano. Ou então: o número de cirurgias eletivas, realizadas pelo Hospital do Oeste, nos últimos quatro meses. E a atitude de nossos gestores? E a ação coercitiva da nossa Justiça? E a Procuradoria Geral da República e o Ministério Público do Estado que fazem olhos poucos e ouvidos moucos?A saúde da Bahia deveria pertencer à Secretaria de Segurança, pois é o verdadeiro caso de polícia.

Barreiras é destaque no registro de casos de dengue.

Com 896 casos suspeitos de dengue notificados em Barreiras e 85 confirmados em laboratório até agora, o município se destaca no estado em relação à doença em 2011. A média do índice de infestação predial, que na primeira semana de janeiro ficou em 2,99%, teve uma queda e na quinta semana do ano ficou em 2,28%. No entanto, para o Ministério da Saúde, 1% já é considerado um número de alerta.

Uma das vítimas, a bióloga Daiara Dudkiewicz, 24 anos, procurou um dos postos de saúde do município ontem, depois de estar há quatro dias com os sintomas de dengue e ter desmaiado duas vezes.

“Comecei sentindo fortes dores nas costas e febre de 40 graus”, disse ela, acrescentando que perdeu completamente o apetite e por isso ficou fraca e precisou tomar soro na veia. Daiara, no entanto, não foi a primeira da família a sentir os sintomas. Na casa dela, no bairro Vila Regina, sua mãe teve indícios de ter contraído dengue nos primeiros dias deste ano, porém, como não procurou um posto médico, não foi notificado, nem confirmado como caso positivo para dengue. Está nos casos subnotificados, confirmando a tese da Vigilância Epidemiológica, de que os casos registrados não condizem com a realidade existente. Leia mais em A Tarde.

Sérgio Cabral acaba com a pobreza.

Pelo que se viu nos jornais da TV hoje à noite, o Governador Sérgio Cabral e as prefeituras do Estado do Rio estão empenhados na difícil missão de acabar com a pobreza: os pobres estão morrendo nos corredores dos hospitais como moscas.

Aliás, toda a cadeia da saúde, do Governo Federal às prefeituras, está entregue na mão de funcionários ineptos e de médicos arrogantes. Incúria e descaso. Caso de polícia, de Ministério Público, de juízes realmente convencidos de sua missão de distribuir justiça.

O Haiti é aqui, sr. Presidente.

O cachorro também é contra o envio de médicos ao Exterior

Já choveu 427mm em São Paulo nos últimos 30 dias, depois que as chuvas recrudesceram. Quase uma centena de vítimas, prejuízos individuais incalculáveis e doenças espalhando-se como uma das sete pragas bíblicas. Ocupação urbana sem planejamento, miséria, impermeabilização do solo e responsabilidade limitada das autoridades criaram uma mescla imponderável de destruição.

E o presidente Luiz Inácio continua mandando ajuda para o Haiti. O Haiti é aqui, senhor demagogo internacional de plantão. Chame nossos soldados, bombeiros e médicos de volta. Ou o Governo Federal pretende que Kassab e Serra se afoguem nos seus próprios problemas, sem a solidariedade dos outros brasileiros.

Em Porto Alegre, hospitais do antigo Grupo Conceição, do Governo Federal, super demandados por espaço e pessoal, recrutaram uma grande equipe de médicos e enfermeiros, além de equipamentos e suprimentos, para trabalhar no Haiti. Os miseráveis de Porto Alegre aplaudem, mesmo que a fila de atendimento seja interminável e os óbitos se propaguem nas portarias dos estabelecimentos federais.