“Juiz Corrupto”: Moro ganha carimbo e referendo de ladrão da Justiça do Paraná

O “Russo” era mesmo o chefe da quadrilha de Curitiba que destruiu o Brasil. | Jornal O Expresso

                   Jota Camelo

O senador ainda pode apresentar recursos perante a Justiça paranaense ou recorrer ao STF e ao Superior Tribunal de Justiça (STJ)

O jornalista Glenn Greenwald se saiu vitorioso de uma ação movida contra ele pelo senador Sergio Moro (União-PR). O ex-juiz da Operação Lava Jato pleiteava que fossem excluídas do Twitter e do YouTube publicações em que era chamado de “juiz corrupto” por Glenn e chegou a obter uma decisão favorável em primeira instância.

Nesta semana, porém, a 8ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Paraná decidiu que as postagens devem ser preservadas.

“O tribunal reconheceu o direito que o Glenn tem de chamar o juiz corrupto de juiz corrupto”, afirma o advogado José Renato Gaziero Cella, responsável pela defesa do jornalista. “Pessoas públicas estão sujeitas a críticas. O próprio Moro é contundente contra os seus críticos”, completa.

Durante a sua sustentação no tribunal, a advogada Carolina Padilha, que representa Moro, afirmou que Glenn praticou uma ofensa direta ao associar ao ex-juiz a um crime que ele não cometeu.

“É evidente que a gente está muito além de uma crítica e de uma reportagem jornalística baseada em fatos. A gente está trazendo uma acusação totalmente direta, que é o crime de corrupção”, disse Padilha. “Estamos falando de um jornalista renomado, sério e conhecido nacionalmente, que certamente conhece o conceito de corrupção e certamente o utilizou com a intenção de ofender”, afirmou ainda.

O relator da ação, desembargador Hélio Henrique Lopes Fernandes Lima, citou o julgamento da ADPF (Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental) 130 pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que garantiu a plena liberdade de imprensa no país, e disse que a exclusão equivaleria a censura.

“A remoção dos conteúdos referentes ao agravado [Moro], então pré-candidato à Presidência da República, implicaria, na minha óptica, em lesão à liberdade de opinião pública e política do agravante [Glenn], que exerce papel de imprensa, suscitando evidente censura”, afirmou o magistrado.

Ele foi acompanhado pelo desembargador revisor do caso, Gilberto Ferreira. Com os dois votos, formou-se maioria contra a decisão de primeira instância que havia determinado a Glenn Greenwald que excluísse as publicações críticas a Moro. O único voto contrário foi apresentado pelo desembargador Luciano Carrasco Falavinha de Souza.

Lira garante instalação da CPI contra Moro após coleta de assinaturas por Teixeira.

Por redação Urbs Magna.

Lira garante instalação da CPI contra Moro após coleta de assinaturas por Teixeira

A informação é do portal de notícias O Antagonista que, por ser defensor da Lava Jato e do ex-juiz, há quem diga que foi iniciada a contagem regressiva para a sua queda

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) , garantiu a instalação da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigação dos movimentos do ex-juiz Sergio Moro em relação à empresa americana de serviços de gerenciamento de recuperação e melhoria de desempenho, a Alvarez & Marsal, que tem como clientes grandes empresas de alto perfil.

Lira só aguarda a coleta das 171 assinaturas necessárias pelo deputado federal Paulo Teixeira (PT-SP), que afirmou hoje que seriam necessárias apenas mais 30, uma vez que a base da esquerda já somariam 141 endossos.

A informação é do portal de notícias O Antagonista que, por ser defensor da Lava Jato e do ex-juiz, alguns concluem que foi iniciada a contagem regressiva para a sua queda.

As assinaturas faltantes seriam justamente as da base de apoio ao governo Bolsonaro, que mostrou-se favorável à investigação contra o ex-ministro do presidente.

Prova disso é que o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP-PI) aplaudiu a sugestão do Partido dos Trabalhadores para a criação da comissão que investigará a atuação de Sergio Moro na empresa americana.

Em grupo de WhatsApp, Nogueira postou a matéria divulgada por Mônica Bergamo, no jornal Folha de S. Paulo, com uma imagem de mão aplaudindo, mostrado no site com nitidez.

O TCU não conseguiu acesso à remuneração paga pela Alvarez & Marsal a Moro, durante os 10 meses de consultoria, disse O Antagonista acrescentando que o tribunal não tem jurisdição sobre contratos privados sem o envolvimento de recursos públicos.

O portal informou também que a CPI não se limitará ao contrato de Moro com a Alvarez & Marsal, mas teria um outro objetivo de usar as informações do advogado Rodrigo Tacla Duran para avançar sobre o escritório de advocacia de Rosângela Moro, quebrando o sigilo bancário, telefônico e telemático dela, do sócio Carlos Zucolotto e de parceiros, tudo com apoio jurídico do grupo de advogados Prerrogativas.

O Antagonista diz ainda que há expectativa de que a CPI dure quatro meses e, depois, o caso seja encaminhado à PGR para denunciar Moro, torná-lo réu e, até mesmo, decretar sua prisão.

Serjo Marreco Mouro, o conje do maior caso de corrupção do País.

O lugar de Sérgio Moro é na cadeia – Blog do Robson Pires

Publicado há 2 horas, pelo jornalista Reinaldo Azevedo, no Twitter:

Deputados articulam CPI p/ apurar detalhes da relação entre Moro e a Alvarez & Marsal (AM)

1 – 75% do que a AM fatura no País vem de empresas investigadas pela Lava Jato;

2 – Moro era o chefe da operação;

3 – Ainda que todas fossem justas, decisões tomadas por Moro levaram as empresas à lona;

4 – Por que elas escolheram a Alvarez & Marsal ?

5 – Moro alega que seu contrato com a AM é coisa privada. Uma ova!!

6 – decisões que quebraram as empresas vieram de agentes públicos;

7 – Públicos também são os processos de recuperação judicial;

8 – Não basta saber quanto Moro recebeu ao sair da AM; é preciso apurar se recebeu luvas ao entrar;

9 – Com tanta empresa no mundo, tinha de ser justamente a Alvarez & Marsal? Por que? Ninguém pagaria tanto?;

10 – No método Moro, Moro já teria sido alvo de condução coercitiva, estaria em prisão preventiva, e seus bens, bloqueados;

11 – Ainda que a LJ só tivesse punido culpados, Justiça e MP não são trilhas para a riqueza e a política.

12 – Achar isso normal é convite a que tudo se repita.

13 – O ente que pagou Moro é o mesmo que lucra com empresas que a Lava Jato quebrou.

14 – Quanto a AM pagou a Moro na entrada, durante e na saída?

15 – SÓ FATOS!

O título é da Redação de O Expresso.

“Bolsonaro não é de direita; é apenas um populista”, diz Santos Cruz.

Santos Cruz: "Bolsonaro não é de direita, é só um populista"

Um dos principais convidados do evento de filiação de Sérgio Moro ao Podemos, o general Carlos Alberto dos Santos Cruz criticou fortemente o presidente Jair Bolsonaro, de quem foi ministro. Para ele, Bolsonaro se apresentou na campanha “com um discurso do qual ele não cumpriu nada”.

“Na campanha de 2018, existia um entusiasmo muito grande para encerrar aquele período do PT. O PT estava desgastado por escândalos financeiros, escândalos de corrupção. Então, existia um entusiasmo geral para terminar aquele período e começar um novo. E Bolsonaro se apresentou com um discurso do qual ele não cumpriu nada”, disse o general.

“Então, ele pegou muito voto anti PT. Não pegou só voto bolsonarista. Tem gente que simpatiza com ele. Normal. Mas tem muita gente que foi com ele porque era anti PT. Esse pessoal está desiludido. Porque ele é tão populista quanto o governo que veio antes. Ele não é de direita. Ele não é nada. Ele é um populista”, criticou.

Para o general, Bolsonaro é o responsável direto pelos problemas envolvendo o esquema do orçamento secreto em troca de apoio no Congresso.

“Esse é o problema. Uma coisa é a negociação política. Outra coisa é compra de apoio. Compra de apoio se chama destruição da democracia. É isso que está acontecendo. O presidente não está incentivando. É ele quem está fazendo. Ele que é o responsável”, afirmou.

Para ele, Moro poderá construir um outro tipo de relação, se for eleito presidente: “Você tem de estabelecer outros padrões de negociação política. Quando você é viciado em negociar só dinheiro e cargo dá nisso aí. Você tem de ter outros padrões de negociação, de respeito”.

Santos Cruz acredita que, se Moro confirmar sua candidatura, terá condições de romper a polarização entre Luiz Inácio Lula da Silva e Bolsonaro, indicada hoje pelas pesquisas.

“Sem dúvida, ele tem condições. O eleitor é que vai romper. O eleitor é quem vai ter a oportunidade de escolher.”

O general prevê um quadro muito ruim caso Lula ou Bolsonaro vençam em 2022. “Se algum deles ganhar, você já sabe o que vai acontecer. Vão continuar os mensalões, vão continuar os orçamentos secretos. Mas acredito que não vai ser essa a opção do Brasil”, disse o ex-ministro.

Santos Cruz deve se filiar também ao Podemos, mas ainda vai definir para qual cargo pretende concorrer.

O general Santos Cruz, fritado até as cinzas pelo Gabinete do Ódio, guarda mágoas plausíveis. Só que está amarrando o burrinho dele em outro palanque de má qualidade, Sérgio Moro, que teve escancarada, através da série de reportagens da Vaza-Jato, sua condição de juiz parcial, de entreguista e péssimo caráter.

Tem quem endosse a ousadia do Marreco Insano.

moro-nazista - Blog da Cidadania

Do administrador de empresas e mestre em Administração gaúcho, Milton Rosa, sobre a naturalidade com que alguns encaram uma candidatura de Sérgio Moro, o parcial de Curitiba:

“Os lavajatistas da Globo fingem ignorar que o legado do Marreco é: 4,4 milhões de empregos perdidos; R$ 172,2 bilhões não investidos na economia; R$ 85,8 bilhões de perda de massa salarial; 3,6% a menos no PIB (2014/2017). E um Serial Killer na presidência!”

A pergunta que fica é: quem vai ser o homem honrado que vai torcer o pescoço dessa ave anseriformes do gênero Anas? Antes que repita uma série de crimes como os que cometeu na República de Curitiba.

A constatação, ainda que tardia, de que Moro é um bandido.

Reinaldo Azevedo chama Moro de 'Mussolini de Maringá' - O CORRESPONDENTE

Ex-juiz que prendeu o ex-presidente Lula para que ele não disputasse as eleições presidenciais de 2018 foi declarado suspeito pelo STF por 7 votos a 4; com isso, condenações de Lula estão anuladas e ex-presidente se fortalece para a disputa presidencial

Com os votos dos ministros Marco Aurélio Mello e Luiz Fux, o Supremo Tribunal Federal concluiu nesta quarta-feira (23) por 7 a 4 o julgamento sobre a suspeição do ex-juiz Sergio Moro no âmbito do processo do triplex do Guarujá, que levou à condenação e à prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Marco Aurélio e Fux, os únicos que faltavam votar, se posicionaram contra o entendimento de que Moro foi um juiz suspeito ao julgar Lula, sendo derrotados, pois já havia sido declarada maioria a favor da suspeição em março deste ano.

Em seu voto, o decano da corte, Marco Aurélio, que está prestes a se aposentar, fez uma defesa enfática da Operação Lava Jato, sobre a qual destacou o “combate à corrupção”, e de Sergio Moro, quem chamou de “herói nacional” que “honrou o Judiciário”. Sobre os diálogos expostos na Operação Spoofing, que revelou irregularidades entre procuradores da força-tarefa de Curitiba e de Sergio Moro, o ministro considerou “normais”.

“Sim, o juiz Sergio Moro surgiu como verdadeiro herói nacional. Do dia para a noite, ou melhor, passado algum tempo, é tomado como suspeito”, afirmou o magistrado. Sem citar o nome de Gilmar Mendes diretamente, Marco Aurélio fez críticas ao colega pelo pedido de vista feito por ele inicialmente nesse caso.

Já Fux chamou Lula de “criminoso” logo no início de seu voto, declarou que o julgamento por Sergio Moro “não prejudicou o réu” e afirmou que a principal sustentação da defesa – em referência aos áudios da força-tarefa, que sequer estão nos autos – são “prova totalmente ilícita, roubada, mas que depois foi lavada. Como se faz lavagem de dinheiro. Houve uma lavagem dessa prova”.

O Plenário do STF retomou o julgamento em que se discute a decisão da 2ª Turma da corte que declarou a suspeição de Moro na ação penal contra Lula referente ao tríplex. A sessão foi realizada por meio de videoconferência.

Os sete votos pela manutenção da decisão da 2ª Turma, a favor da suspeição, foram dos ministros Gilmar Mendes, Nunes Marques, Alexandre de Moraes, Dias Toffoli e Ricardo Lewandowski e das ministras Rosa Weber e Cármen Lúcia. Com a conclusão do voto de Marco Aurélio, que havia pedido vista dos autos, e do presidente da Corte, Luiz Fux, o julgamento foi concluído em 7 x 4. Os dois acompanharam o relator, Edson Fachin, assim como Luís Roberto Barroso.

O ex-juiz Sérgio Moro não cometeu crimes apenas contra Lula da Silva. Em proveito de multinacionais, destruiu a Petrobras, a indústria naval, a indústria da construção civil pesada e  cerca de 4,4 milhões de postos de trabalho foram perdidos no país de 2014 a 2017.

Do total, 1,1 milhão são do setor da construção civil. Só na construção naval do Porto de Rio Grande foram demitidos 28 mil empregados, alguns de nível técnico elevado. Além dos empregos, o Brasil perdeu R$ 172 bilhões em investimentos com a Lava Jato. Esses dados constam de estudo elaborado pelo Dieese a pedido da CUT.

Segundo coluna da jornalista Mônica Bergamo na Folha de S.Paulo, o valor que deixou de ser investido “equivale a 40 vezes os R$ 4,3 bilhões que o Ministério Público Federal diz ter recuperado com a operação. Com isso, os cofres públicos deixaram de arrecadar R$ 47,4 bilhões em impostos, sendo R$ 20,3 bilhões em contribuições sobre a folha de salários”.

O lugar de Sérgio Moro na cadeia está reservado. Crimes de alta traição podem ter pena máxima, ainda mais quando cometidos de maneira sistemática e continuada.

Na Cultura, Mainardi xinga Bolsonaro e Lula; Haddad, sereno, recomenda tratamento.

O lavajatista foi rotulado como ‘desequilibrado’ no programa Manhattan Connection, da TV Cultura, onde o jornalista expôs seu zelo nímio pela manutenção da opinião de seus seguidores moristas, diante do revés moral que o ex-juiz vem sofrendo desde a divulgação das mensagens hackeadas apreendidas pela operação Spoofing.

DIOGO MAINARDI ATACA O EX-MINISTRO DE LULA:

 “Haddad, eu não ‘tô’ entendendo nada aqui. Você ‘tá’ se apresentando como candidato à presidência, mas numa entrevista, hoje mesmo, você disse que seu candidato é o Lula. A coisa fica meio confusa. De um lado você defende o combate à criminalidade, do outro você é o ‘poste de um ladrão’! Você passou a campanha eleitoral inteira, em 2018, defendendo um ladrão e os crimes praticados por esse ladrão! Tanto que você perdeu. Se você não tivesse feito isso não teria perdido e nós não teríamos o criminoso Bolsonaro na presidência hoje! É evidente que sua candidatura…”

HADDAD, INDIGNADO COM A POSTURA DO JORNALISTA, O INTERROMPE: 

“Qual a sua pergunta, Diogo?!”

MAINARDI PROSSEGUE NA CONSTRUÇÃO DE SEU ENREDO:

“…porque depois do ‘golpe de palácio’, o ‘golpe de palácio’ ontem no STF, o Lula vai tomar essa candidatura, ele vai encampar essa candidatura, por mais que vocês digam que ele vai ser inocentado os leitores não são idiotas, eles sabem muito bem que o Lula tinha 40 milhões de reais no departamento de propina da Odebrecht, isso não vai ser apagado jamais, a ficha suja dele vai continuar pela eternidade. Sobre 2022, eu acho que você tinha grande chance de derrotar o Bolsonaro. O Lula (riso forçado), eu, se a disputa for entre esses dois, entre Lula e Bolsonaro, vou me atirar do 15º andar. Então eu não vou estar aqui para assistir à devastação provocada por um desses dois criminosos. Mas, os brasileiros, sinto muito, vão ficar…”

HADDAD, NÃO ACREDITANDO, INSISTE:

“Fala! Qual a sua pergunta, Diogo?! Só pra…”

O LAVAJATISTA RESOLVE PERGUNTAR:

“O que você é? Você é o poste ou você é o candidato?”

A RESPOSTA DE HADDAD FOI LONGA:

“Diogo, eu poderia classificar você, nesse debate, e talvez você não gostasse da alcunha que eu fosse te colocar. Mas eu não vou fazer isso porque eu acabei de ouvir que poucos petistas participam desse debate e eu acho que você é um dos grandes responsáveis por isso. Porque há muitas pessoas educadas nesse programa, mas eu não considero você um exemplo de educação. Acho você uma pessoa muito problemática, inclusive psicologicamente. Mas eu vou responder você, com serenidade, às suas indagações.

Primeiro lugar: nós vamos ver quem é o criminoso dessa história quando essa história terminar. Eu vou dizer que o seu herói, se estivesse nos Estados Unidos, o Sergio Moro, estaria em Guantánamo respondendo pelos crimes que ele cometeu. O Sergio Moro não foi juiz nem aqui nem na China nem nos Estados Unidos. Ele foi o líder de uma gangue que usou do poder judiciário pra fazer política e pra servir de escada pra chegar ao poder.

Ele imediatamente aceitou ser ministro da Justiça denunciando as suas próprias intenções ridículas de querer governar o país a partir dessa mentalidade medíocre que ele tem, porque nem falar ele sabe. E talvez ele só tenha estudado pra passar no concurso de juiz, e olhe lá.

Quando foi indagado sobre que livro, qual foi o último livro que ele teria lido, ele não soube dizer o título de livro que ele tivesse lido. Provavelmente só estudou pra juiz. Armou contra o Lula. Está sendo desmascarado. Será desmascarado…”

MAINARDI TENTA INTERROMPER A RESPOSTA DE HADDAD:

“O Código Penal, o Código Penal…”

O APRESENTADOR PEDE QUE MAINARDI PARE DE FALAR:

“‘Peraí’, ‘peraí’, Diogo!”

HADDAD PROSSEGUE:

“…será… Você já xingou aqui duas pessoas. Eu não ‘tô’ te xingando. Eu ‘tô’ respondendo à tua pergunta. Eu ‘tô’ dizendo pra você que o teu herói será desmascarado. Eu ‘tô’ dizendo que o seu herói será desmascarado pela Justiça. E só não responderá pelos crimes que cometeu porque, infelizmente, as mensagens foram obtidas por um hacker, embora tenham sido certificadas pela Polícia Federal. Mas ele será desmascarado e até 2022 nós vamos verificar quem é que vai ganhar a eleição: se nós ou se o Bolsonaro, em quem provavelmente você votou em 2018.

MAINARDI RI E DEBOCHA:

“Eu não votei no Bolsonaro e eu já disse: eu me jogo do 15º andar. Depois do que você falou, eu me jogo do 19º andar.

HADDAD RECOMENDA:

“Eu espero que você se equilibre até lá. Eu tenho certeza que você pode procurar uma ajuda profissional, Diogo. E até 2022, eu tenho certeza… Eu vou te ver em 2023 e vou provar pra você que o Brasil vai estar no caminho certo.

MAINARDI AGRIDE HADDAD:

“Mas não seja imbecil! Que argumento mais vagabundo!”

EM UM MISTO DE PENA E INDIGNAÇÃO, HADDAD RESPONDE AO INSULTO DE MAINARDI:

“Mais uma ofensa! Eu quero saber se nós vamos manter esse tom que o Diogo impõe a esse programa… Eu aceitei vir a esse programa de boa fé. Eu tenho uma carreira, eu passei por vários cargos, eu não devo nada ao Diogo Mainardi nem ele me deve. Agora, se o tom for esse, eu acho que nós vamos atrapalhar a vida do telespectador, que não espera isso. Ele espera Cultura.

PERCEBENDO A GRAVIDADE DA OFENSA DE MAINARDI, E DIANTE DA PACIÊNCIA DE HADDAD, QUE NÃO CAIU NA PROVOCAÇÃO DO JORNALISTA, O APRESENTADOR ENCERRA O EPISÓDIO TENTANDO REVERTER OS PONTOS GANHOS PELO PETISTA:

“Obrigado, obrigado, professor. Eu tenho minhas dúvidas, se o ‘ministro’ Sergio Moro ia parar em Guantánamo, ele aqui ainda é herói, mas eu acho que o Nelson Motta…

O programa teve a duração de pouco mais de uma hora e o trecho de referência tem seis minutos.

Editado e transcrito pelo Urbs Magna

A conspiração terrorista de Curitiba: diálogos proporcionam um escândalo sem precedentes.

Procuradora disse que TRF, Moro, Lava Jato e Globo tinham sonho de ver Lula preso para um “orgasmo múltiplo, para ter tesão”

“TRF, Moro, Lava Jato e Globo tem (sic) um sonho: Que Lula não seja candidato em 2018. Não querem Lula de volta porque pobre não pode ter direito. (…) e o outro sonho de consumo deles é ter uma fotografia dele preso para um orgasmo múltiplo, para ter tesão”, escreveu a procuradora da República Lívia Tinoco no dia da prisão de Lula em chat mantido com procuradores da “Lava Jato” e da ANPR (Associação Nacional dos Procuradores da República), apreendido na “Operação Spoofing”.

No chat em que escreveu isso, Livia Tinoco interagia entre outros procuradores com o então presidente da associação, José Robalinho, que na conversa disse:

“Já preparei nota defendendo a Lava Jato (Deltan e Cia).”

E ainda acrescentou em relação ao avião escolhido para levar o ex-presidente da República de São Bernardo para Curitiba:

“Estão dizendo que o avião eh igual ao do Teori….Mas para mim parece mais velho…kkk”.

Ao que um procurador de nome Wellington responde sarcasticamente:

“Uma pesquisa rápida no Google mostra que o do TZ (Teori Zavascki) era um Hawker Beechcraft King Air C 90″.

Essa mensagem consta de ofício da defesa de Lula ao ministro Ricardo Lewandowski. E tem por objetivo demonstrar que há interesse público nas conversas entre os procuradores e que por isso não se deve guardar sigilo sobre as mesmas. Os advogados de Lula afirmam no documento que essa troca de mensagem comprova o que “há tempos vem sendo denunciado pela Defesa, os diálogos desnudam um sórdido uso estratégico do Direito para fins ilegítimos (lawfare), além de um claro desprezo pela própria integridade física do reclamante, no caso, o ex-presidente Lula.”

Leia mais no portal da Revista Fórum sobre o escândalo:

“O legal é que nunca vai ter prova”, diz internauta sobre professor Sérgio Moro.

Após repercutir a notícia de que o ex-ministro da Justiça, Sergio Moro, será professor no Centro Universitário de Brasília Uniceub, um internauta fez um comentário bastante pertinente.

“O legal é que nunca vai ter prova”, disse Jaime Bouéri no Twitter. A postagem, que já tem mais de 16 mil curtidas, é uma tiração de sarro sobre o fato de que o então juiz Moro condenou o ex-presidente Lula sem que fossem apresentadas provas.

Moro será professor de uma disciplina de pós-graduação e o foco da matéria é abordar o combate à corrupção, lavagem de dinheiro e Estado de direito. As primeiras aulas estão agendadas para iniciar em setembro.

Moro, o comunista de ocasião: “Não quero ter nada a ver com esse governo”

Do Metro, com DCM

Ex-ministro da Justiça e Segurança Pública no governo de Jair Bolsonaro, Sérgio Moro reclamou da falta de apoio do presidente da República em questões ligadas ao combate à corrupção, motivo que o levou a pedir demissão em abril deste ano. Segundo o ex-magistrado, não havia mais condições de se manter em Brasília diante de episódios de confrontos diretos entre ele e o chefe do Poder Executivo.

“Vi a oportunidade de ir Brasília, pessoas podem criticar, mas sempre falei a verdade. Fui fazer esse trabalho, quando vi que nao tinha mais condições de fazê-lo, eu saí. Se eu fosse alguém que me vendia ao poder, estava lá até hoje tentando cavar uma vaga ao Supremo Tribunal Federal, agradando o presidente e concordando com tudo o que ele fala. Não tem nenhuma relação com isso. Tenho relação com as coisas que estão certas. E fui bem-intencionado e saí bem-intencionado. Não quero ter nada a ver com esse governo. Consegui avançar coisas avançar coisas no âmbito da Segurança Pública. No combate à corrupção, faltou apoio do Palácio do Planalto”, disse o jurista, em entrevista a Mário Kertész hoje (13), durante o Jornal da Bahia no Ar da Rádio Metrópole.

Questionado sobre algum arrependimento de ter integrado o governo, Moro diz que aceitou o convite por conta da construção de uma agenda anticorrupção. Porém, diante dos atos de Bolsonaro, houve um esvaziamento desse programa. A gota d’água, segundo Moro, foi a tentativa de Bolsonaro de  tentar interferir no comando da Polícia Federal.

Quando o Tacla Duran entregar a dupla Compadre Zucolotto + Conge Rosângela ele vai negar que dormiu com a mulher ao longo dos anos?

O discurso de Bonner no Jornal Nacional e o esquecimento da história recente.

 

O âncora da Globo fez um discurso bonito ontem no Jornal Nacional, lamentando as mortes crescentes pelo Corona Vírus no Brasil.

William Bonner esqueceu, no entanto, que a responsabilidade pelo agravamento da crise está no atual Governo, que minimizou a pandemia desde o seu primeiro momento.

Bonner e a Globo esquecem que apoiaram os pessedebistas e a Oposição reacionária, no golpe contra Dilma e o contra o PT, que desaguou na assunção do Calígula do Vale da Ribeira.

Bonner e a Globo esquecem que se tornaram o principal meio de divulgação dos prevaricadores da República de Curitiba e dos efeitos devastadores da Operação Lava-Jato na economia brasileira. 

Que a Globo, William Bonner e todos os golpistas de 2016 abracem o seu Napoleão de Hospício, se aguentarem por um segundo seu hálito fétido e seu cabelo seboso de genocida.

Que a Globo acalente a sua criatura e sucumba solidária com ela.

Começou a fase forte da fritura de Sérgio Moro pelo Governo

O Marreco da camisa preta vai comer da banda podre da política.

A fritura ou o cozimento em banho-maria do ex-super ministro da Justiça e Segurança Pública já atinge altas temperaturas. Hoje o presidente Jair Messias recebeu os secretários de Segurança dos Estados, sem a presença de Sérgio Moro, e prometeu atenção para a criação do Ministério da Segurança Pública.

Entredentes, Bolsonaro murmurou: “Então ele fica lá com a Justiça”.

Moro mostrou a ambição de ser candidato em 2022 antes do tempo. É um deslumbrado. E pode sumir do noticiário por isso. Bolsonaro vai tornar a vida de qualquer pré-candidato em 2022 um verdadeiro inferno.

Há 20 anos, o escândalo da remessa de dinheiro ao Exterior, o maior roubo da história do País.

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Por Marco Zero Conteúdo | por José Maschio para o IG

Escândalo foi divulgado em 1999 após a quebra do sigilo de remessas CC5, quando o Brasil soube que US$ 124 bilhões haviam saído ilegalmente do país

Em 1999, o correspondente da Folha de S. Paulo no Paraná teve acesso a mais de 5.000 páginas contendo informações de todas as remessas ilegais para bancos do exterior de verdadeiras fortunas em dólares.

Nenhum dos beneficiados pelo esquema foi punido e o Brasil nunca soube seus nomes, pois – apesar do sigilo ter sido quebrado pela Justiça ainda em 1999 – os editores decidiram não publicar o nome dos apresentadores de TV, cineastas, empresários, empresas de comunicação, siderúrgicas e bancos  que sonegaram impostos para tirar do país bilhões de dólares.

O autor de um dos maiores “furos jornalísticos” relembra essa história para a Marco Zero Conteúdo.

Há 20 anos, o Brasil se assombrava com a quebra do sigilo das remessas CC5 . Um escândalo monumental. Do nada o país soube, em setembro de 1999, que US$ 124 bilhões (*) haviam saído ilegalmente do país. Um monumental esquema de lavagem de dinheiro.

O que seria uma oportunidade única de o país punir os responsáveis acabou por se transformar em um golpe contra a economia nacional . Com a elite brasileira unindo-se pra se proteger.

O escândalo das remessas CC5 mostrou como os donos do poder agem em conjunto contra os interesses nacionais. E mais: acabou por ser laboratório da Lava Jato , braço do MPF e do Judiciário no golpe que impediu Dilma em 2016. Um golpe articulado entre interesses de uma elite nacional e dos Estados Unidos, em que a soberania nacional foi minada.

Para o leitor entender esse processo todo, convém historiar. Em 1998, o procurador da República, Celso Antônio Três, tentava, sem sucesso, quebrar os sigilos das remessas para o exterior de uma então obscura casa de câmbio em Cascavel (interior do PR), a Cash Câmbios, dos irmãos Mauro e Celso Barater, que era deputado estadual no Paraná pelo PSDB.

O procurador já tinha conseguido provar que a Cash Câmbios operava com laranjas (uma dona de banca de jornal aparecia como sócia). Só não conseguia a quebra do sigilo das remessas.

Três esbarrava na burocracia do Banco Central . Era flagrante a má vontade do banco. Uma má vontade tão grande que o juiz titular da Vara Federal de Cascavel sugeriu ao procurador que pedisse a quebra total das remessas realizadas em todo o País.

Em maio de 1999, o Banco Central, enfim, liberou uma listagem completa das remessas entre 1992 a 31 de dezembro de 1998. Período solicitado pelo procurador. Remessas essas que totalizavam US$ 111, 4 bilhões. Vale ressaltar que o dólar, nesse período era equiparado em um por um com o real.

Saltou aos olhos, na época, as remessas enviadas pelo grupo Globo , como empresas como Globosat Comunicações, Globopar, Globo Participações ou Globosat Telecomunicações. Perspicaz, Três espantou-se com os valores enviados pelas organizações Globo (e seus braços empresariais).

Logo, o susto virou indignação. O BC alegou erro na primeira remessa da listagem e enviou uma nova. Nesta segunda listagem, os valores subiram de US$ 111,484 bilhões para US$ 124,134 bilhões. Logo, a bagatela de US$ 12,66 bilhões a mais.

Inexplicavelmente, na segunda listagem, as remessas da Globo haviam diminuído em torno de R$ 200 milhões entre maio e julho, quando chegou à Procuradoria da República de Cascavel a listagem definitiva.

Então repórter da Folha de S. Paulo, tive acesso à listagem no início de setembro . Cópias das duas listagens das remessas (quatro volumes com um total de 1.283 páginas) ainda são conservadas por esse repórter.

Ai começou o calvário do procurador Celso Três. Inicialmente, ele fez o que era de sua competência. Distribuiu para procuradorias de todo o país , nas respectivas jurisdições dos réus, para que as ilegalidades fossem investigadas. E eram muitas.

A mais fácil e identificável era a sonegação de imposto de renda (de 27,5%) de cada remessa. Mas existiam claros indícios de lavagem de dinheiro e formação de quadrilha nessas operações.

 Os obstáculos começaram dentro do Ministério Público Federal. A Procuradoria Geral da República travou uma batalha interna para criar uma força-tarefa específica. A alegação, na época, era para facilitar o trabalho de investigação.

Na esfera política, iniciou-se articulações para a criação de uma CPI sobre as remessas. Preservar o empresariado nacional era, e hoje isso é evidente, uma tentativa de vários setores, da imprensa inclusive.

A Folha de S. Paulo não fugiu à regra. Em 16 de setembro em um texto em que omitia, propositadamente, os nomes dos envolvidos nas remessas, o jornal se escudou atrás de um “parecer jurídico”. “

Vale destacar a nota de rabicho no texto da Folha: ´”A Folha decidiu não divulgar o nome das pessoas físicas ou jurídicas que fizeram remessas CC5 justamente pela dificuldade em separar quem utilizou de forma legal o mecanismo e quem lavou dinheiro”.

Uma falácia utilizada para centrar fogo em doleiros e agentes financeiros e preservar o empresariado nacional. Todas as remessas pelas contas CC5 eram ilegais pela própria natureza das contas.

Criada em 1965 pela ditadura militar, as remessas CC5 haviam sido regulamentadas por decreto presidencial em 1979 (governo Figueiredo). Em 1996, (com Gustavo Franco à frente do BC) uma carta circular desviou a finalidade das CC5 , liberando seu uso para todos.

O absurdo: uma carta circular se sobrepor a um decreto presidencial.

Mais grave, o Banco Central autorizou a bancos em região de fronteira, especialmente em Foz do Iguaçu, a utilizar indiscriminadamente as contas CC5. Criadas para envio de lucros das multinacionais no país e de não residentes (brasileiros com residência no exterior) as CC5, na prática, se tornaram autênticos paraísos fiscais dentro das instituições financeiras no país.

No início do século XXI, as ações articuladas do MPF, Justiça Federal e a classe política provocaram a criação da força-tarefa do Banestado (do MPF), na criação da CPI do Banestado (Congresso Nacional) e na criação da Vara Federal dos Crimes de Colarinho Branco (a 13º Vara Federal de Curitiba).

O objetivo público: combater a lavagem de dinheiro . O objetivo privado:  conter e controlar os desdobramentos do escândalo para preservar a elite financeira e empresarial.

A alegação para centrar fogo, nas investigações, no Banestado é que o banco havia enviado US$ 14 bilhões, dos US$ 124 bilhões, para o exterior. A triste realidade era outra. Vendido pelo então governo Jaime Lerner ao banco Itaú, o Banestado não mais existia.

Bem mais cômodo e tranquilo que investigar as instituições financeiras ainda atuantes ou mesmo o Banco Central , principal responsável pela sangria financeira.

Em 2003, na Vara Federal especialmente criada para o esquema, surge a figura de Sérgio Moro , que se orgulha de ostentar no currículo cursos no Departamento de Estado dos EUA sobre lavagem de dinheiro.

O Banestado, um banco morto, Sérgio Moro, FHC e o doleiro de sempre: uma conta chamada Tucano.

A primeira providência de Moro foi enviar à Receita Federal a relação dos empresários que haviam feito remessas. Ele queria cobrança administrativa das ilegalidades.

O empresariado nacional , que tinha utilizado as contas CC5 para não pagar imposto de renda nas remessas, não titubeou: tratou logo de comprar os auditores.

Ficava mais fácil que pagar o imposto devido. Essa manobra de Moro resultou no que chamam hoje de Operação Zelotes . Em que auditores e empresários surgem como réus.

Nos governos populares de Lula e Dilma e a falta de critério politicamente objetivo para indicar ministros ao STF (Supremo Tribunal Federal) só facilitou a ação dos golpistas que assumiram a Lava Jato.

Não é de graça que tucanos não são investigados. São parceiros do esquema que hoje, graças aos vazamentos pelo The Intercept, está cada vez mais escancarado. Um golpe contra o país, cujo laboratório teve início há 20 anos.

(*) Algo como 744 bilhões de reais, considerados o câmbio de hoje e a inflação do dólar, um valor mais de uma dezena de vezes maior que a soma dos prejuízos causados pelo propinoduto da Petrobras. Quem foi para a cadeia? Com exceção dos doleiros, por algum tempo, ninguém. Nem poderiam ir. Eles eram do PSDB.  

Fonte: Economia – iG @ https://economia.ig.com.br/2019-12-12/maior-escandalo-financeiro-do-pais-completa-20-anos-de-impunidade.html

Moro louva a queda de mortes violentas. Mas mortes provocadas por policiais só aumentam.

Ministro Sérgio Moro, comentando redução de mortes violentas:

“Crimes caem em todo o país, 22% de assassinatos a menos nos 9 primeiros meses do ano em comparação com 2018. 8.663 vidas poupadas. Mérito das forças de segurança estaduais, distritais e federais e da maior integração durante o governo do presidente Bolsonaro.”

O advogado criminalista Augusto de Arruda Botelho,  um dos fundadores do IDDD ( Instituto dos Direitos de Defesa), conselheiro do Human Rights Watch e do Innocence Project Brasil, coloca números na empada fofinha do Ministro:

“O Rio de Janeiro registrou em 2019 o maior número de mortes em confronto com as polícias de sua história. Entre janeiro e outubro, agentes de segurança mataram 1.546 pessoas. Algum comentário, Ministro?”

A Polícia do Rio mata mais de 5 pessoas por dia? Inacreditável, sr. Ministro. E ainda batalha pelo excludente de ilicitude.

Alguém se borrou no pouso do avião que conduzia Moro. Quem seria?

Uma comitiva do ministro Sérgio Moro, que esteve no Acre, passou apuro nesta segunda-feira (18). A aeronave em que estava o ex-juiz e senadores da região Norte teve dificuldades para pousar em Cruzeiro do Sul, na mata amazônica, devido a fortes chuvas.

De acordo com informações que circulam em Brasília, um dos integrantes acometido pela forte emoção teve frouxos intestinais durante o sobrevoo, que durou cerca de 45 minutos. Ninguém passou recibo. Todos fingiram que não sentiam o forte cheiro.

O destino da tripulação era uma base integrada do Grupamento Especial de Fronteira (GEFRON), em Cruzeiro do Sul, no coração da selva amazônica.

A coluna Radar, da Veja, listou no “voo cheiroso”, além de Moro, o governador acreano Gladson Cameli (PP), praticamente todo seu secretariado, e o vice-governador Wherles Rocha (PSDB).

Ainda segundo a publicação, que pertence ao BTG Pactual, o senador Sérgio Petecão (PSD-AC) era o mais assustado dos três senadores. “Você confia no seu suplente?”, teria perguntado Moro.

Petecão não perdeu a esportiva e devolveu com outra pergunta para o ministro da Justiça: “Você acredita no Bolsonaro?”, sem que houvesse tempo para o ex-juiz responder porque o avião começou a descer.

“Todo mundo comemorou quando o avião desceu. Já estavam fazendo contas de quem iria governar o estado se esse tempo não mudasse”, diz um dos presentes na aventura, registrou a Veja.

Petecão pretende repetir a pergunta a Sérgio Moro muito em breve, em Brasília. Relato editado pelo Blog do Ismael.

A diferença entre “propaganda espontânea” e propaganda espontânea.

O ministro da Justiça, Sérgio Moro, comemorou, ontem, “propaganda espontânea” em Porto Alegre:

No entanto, existem outras formas de propaganda espontânea que o Ministro parece não considerar:

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Um novo capítulo da VazaJato: Moro mandava buscar e apreender sem anuência do MPF.

Diálogos obtidos pelo site The Intercept Brasil e publicados hoje apontam que o ex-juiz e atual ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, ajudou a coordenar operações da PF (Polícia Federal) desde o início da Operação Lava Jato.

Mensagens trocadas entre procuradores da força-tarefa e delegados da PF indicam que Moro chegou a ordenar uma ação de busca e apreensão sem pedido do MP (Ministério Público).

“Russo deferiu uma busca que não foi pedida por ninguém…hahahah”, escreveu Luciano Flores, delegado da PF alocado na Lava Jato, em fevereiro de 2016, no grupo Amigo Secreto. Russo é o apelido de Moro entre procuradores e delegados.

“Como assim?!”, respondeu Renata Rodrigues, outra delegada da PF trabalhando na Lava Jato. “Normal…deixa quieto…Vou ajeitar…kkkk”, escreveu Flores ao grupo.

Os diálogos aconteceram dias antes da condução coercitiva (quando a pessoa precisa ir prestar esclarecimentos, mesmo contra a sua vontade) do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Mesmo tendo residência fixa, Lula foi levado coercitivamente para depor à Polícia Federal em 4 de março de 2016, na 24ª fase da Lava Jato. A decisão foi de Moro.

À época, o caso foi considerado como abuso por especialistas. Após a publicação da reportagem pelo Intercept, o ministro Sergio Moro foi ao Twitter para reclamar que a matéria foi feita “sem sequer ouvir os envolvidos”.

“Não reconheço a autenticidade de mensagens de terceiros obtidas por meios criminosos, mas caracterizar como abusivos o juiz pedir “parcimônia” ao policial no cumprimento da busca ou supostamente decretar busca de ofício, como autorizado pela lei (art. 242, CPP), é simplesmente falso”, escreveu o ministro. Veja mais no UOL e no The Intercept.

Entre as tags mais tuitadas hoje, no Twitter, estava a #SergioMoroJuizLadrao.  “Vox Populi, Vox Dei.”

Ministro do STF nega habeas corpus para censurar The Intercept e denuncias contra Moro

Celso de Mello – Foto: Julio Cruz/Agência Brasil

Celso de Mello, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), negou pedido de habeas corpus (HC), solicitado por um advogado, em favor do ministro da Justiça, Sérgio Moro. O objetivo era censurar e bloquear o site The Intercept Brasil, além de apreender todo o material veiculado.

Mello julgou o pedido inviável e disse que o advogado em questão, autor do HC, não mantém vínculo profissional com Moro. De acordo com o ministro, o STF, em casos como este, tem decidido que não se deve conhecer pedido desautorizado pelo paciente.

“É público e notório que o Senhor Ministro Sergio Moro não constituiu como mandatário judicial o Senhor Arnaldo Saldanha Pires, ora impetrante”, destacou Mello.

“Como se sabe, a ação de ‘habeas corpus’ destina-se, unicamente, a amparar a imediata liberdade de locomoção física das pessoas, revelando-se estranha à sua específica finalidade jurídico-constitucional qualquer pretensão que vise a desconstituir atos que não se mostrem ofensivos, ainda que potencialmente, ao direito de ir, de vir e de permanecer das pessoas”, acrescentou o ministro.

Lava Jato

The Intercept Brasil, do editor Glenn Greenwald, tem publicado uma série reportagens, desmascarando a Lava Jato e mostrando conversas comprometedoras envolvendo o ex-juiz e atual ministro, Sérgio Moro, Deltan Dallagnol, comandante da força-tarefa da operação, e outros procuradores federais.

Há algo de podre no reino da Dinamarca: explodem conflitos na Justiça e na Polícia Federal

O ocaso de Dodge e a implosão da Lava Jato

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, sofreu ontem a maior baixa na sua gestão na Procuradoria-Geral da República (PGR) com a entrega coletiva de cargos entre os procuradores que investigam os casos da Operação Lava Jato.

Até o braço-direito de Dodge na área criminal, Raquel Branquinho, deixou o posto. A equipe da PGR responsável por cuidar dos casos da Operação Lava Jato decidiu hoje pedir o desligamento do cargo, sob a alegação de “incompatibilidade” com entendimento de Raquel Dodge. O mandato de Dodge, alvo de crescente insatisfação interna dentro do Ministério Público Federal, se encerra no dia 17 deste mês.

Posição dura de Gilmar Mendes

O Supremo Tribunal Federal possui precedentes em que se afirma que a competência da 13ª Vara Federal de Curitiba limita-se a fraudes e desvios de recursos no âmbito da Petrobras. Com esse entendimento, o ministro Gilmar Mendes, do STF, declarou a incompetência da Vara Federal de Curitiba para julgar o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega. A decisão é da terça-feira (3/9).

Protegendo a tigrada do Senador

O objetivo do Presidente da República ao demitir para cima o Superintendente da Polícia Federal no Rio de Janeiro, mandando para um posto na Holanda, ficou claro: proteger a tigrada de Flávio Bolsonaro e passar uma borracha na longa “capivara” de mal feitos dos familiares. Moro quis resistir e teve uma discussão forte com o Presidente antes de uma coletiva da imprensa. Neste quarta-feira se contava como certo a troca de comando na PF e mais uma humilhação pública de Sérgio Moro. 

Segurando-se no pincel

Na lista com os nomes dos procuradores que pediram desligamento da Operação Lava Jato há a ausência de um: Deltan Dallagnol. O chefe da força-tarefa se apegou ao cargo para não cair “mais” ao fundo do poço.

Segundo o blog do Esmael, a crise na Lava Jato é reflexo da #VazaJato, as denúncias de conluio entre procuradores e o ex-juiz Sérgio Moro, embora para o consumo público os demissionários utilizem Raquel Dodge como cortina de fumaça.

Risco de Morte para jornalistas do The Intercept

A ONU está preocupada com os ataques que o Intercept Brasil vem sofrendo e escreveu ao governo brasileiro sobre a urgência de garantir nossa proteção, punir os responsáveis pelas ameaças e prevenir uma possível tragédia. A informação é de Leandro Demori e Glenn Greenwald em editorial no site do The Intercept.

Na tarde de ontem o jornalista Jamil Chade, correspondente na Europa, divulgou uma carta enviada ao Itamaraty pelo relator das Nações Unidas para a proteção do direito à liberdade de opinião, David Kaye. O governo Bolsonaro não deu a menor bola.

“Recebemos essa notícia na redação com muita preocupação, dizem os jornalistas, mas ao mesmo tempo agradecidos por saber que as autoridades internacionais estão de olho no que acontece por aqui.”

 

A conspiração que a Vaza Jato deixou clara.

Minha hipótese sobre o imbróglio Moro-CIA-Vaza a Jato.

Um artigo de Fernando Horta

A inteligência brasileira (aparelhada pelos militares desde o governo Temer com Etchegoyen) monitora cerca de 3 a 4 mil pessoas da esquerda hoje no Brasil. Com escutas ilegais, invasões digitais e etc. Este grupo identificou no início do ano a vulnerabilidade do governo quando descobriu que Glenn havia recebido algum material.

Sem saber o que era exatamente eles colocaram em prática uma ação militar conhecida para “diminuir danos”.

Moro foi aos EUA para apagar todas as informações comprometedoras de seu celular, laptop e dos servidores da Internet que, para quem não sabe, ficam nos EUA.

No mesmo momento, eles criaram o plano para tirar ou diminuir a credibilidade do material do Glenn. Pegaram um criminoso monitorado pela ABIN (figura clássica para servir de bode expiatório) e inventaram que esta criatura seria o “hacker”.

O Juiz Sol: a Justiça sou eu.

Assim, garantem que a fonte do vazamento é “ilegal” e protegem Moro e Dallagnol.

O pobre “hacker” preso, já recebeu a proposta de confirmar a versão do Moro e receber uma pena branda, conservando grande parte da grana que acumulou com os crimes. Este é exatamente o modo de operação da Lava a Jato. Usaram a Manoela para “esquentar” a versão, mas o material que o Glenn tem não foi passado pelos presos do Moro.

Ainda, o Moro declara que o “hacker” invadiu e coletou informações de “autoridades” em todos os poderes brasileiros e assim “esquenta” o material que ele recebeu via NSA e CIA.

É a desculpa perfeita. Moro tem os vazamentos feitos pelos americanos, diz que foi um “hacker” criminoso brasileiro, colocando o material do Glenn no mesmo balaio.

Deixando claro, EXISTEM 3 materiais vazados DIFERENTES, de fontes diferentes, conteúdos diferentes e que Moro vai confundir como se fossem o mesmo:

1) o material grave e cheio de crimes do moro e Dallagnol que está com o The Intercept

2) o material inócuo e desimportante que o laranja “hacker de Araraquara” obteve na ação pensada pela inteligência brasileira

3) o material que Moro recebeu da NSA, que é totalmente limpo dos seus crimes e dos da lava a jato, mas contém vazamentos da vida pessoal, crimes e etc. de autoridades brasileiras.

Com esta estratégia acontecem as seguintes coisas em curto espaço de tempo:

– Moro passa a ter material para chantagens de autoridades que não sejam tão alinhados quanto o “in fux we trust”

– Permite o argumento da “árvore envenedada” para invalidar juridicamente TODO o material do The Intercept. Sendo que ele precisa apenas de 4 votos no STF (“o fux é nosso, aha uhu”)

– Moro passa a ter material e motivos para processar Glenn e pedir busca e apreensão em TODO o material do Intercept. Para isto basta apenas mostrar material íntimo vazado pelos americanos a ele, Moro, e dizer que foram os “hackers de Araraquara” argumentando pelo “risco” do crime continuado e dizendo que o material do The Intercept pode “prejudicar terceiros” além do Brasil

– Com busca e apreensão no The Intercept eles farão “perícia” nos dois materiais (o do Intercept e o do “hacker de Araraquara” que na verdade é o material da NSA americana dado ao Moro). Não vai fazer diferença se o Glenn disser que a apreensão não pegou o material, eles precisam apenas parecer que pegaram o material do the intercept, pois vão inventar o conteúdo do mesmo jeito.

– Nesta “pericia” de comparação, feita por um “método” impessoal de “comparação” simples por um software, vão “mostrar” que o material “foi adulterado”.

Com isso acabam com o material do Gleen e, ao mesmo tempo, indiciam o The Intercept, Glenn, Demori e etc.

Por crimes digitais, receptação de mercadoria roubada, chantagem, formação de quadrilha e etc. Indiciam Manuela, Reinaldo Azevedo, Mônica Bergamo por associação ao crime, por bloquear as investigações, por tentar bloquear a justiça e etc.

– Os “hackers” vão fazer “delação premiada” e terminarão o ano que vem como os delatores da lava a jato: em prisão domiciliar gozando o fruto dos crimes.

– Glenn, Demori e todos os que manipularam diretamente o material vão ter prisão decretada.

– Os jornalistas brasileiros com algum nome (como o Reinaldo Azevedo e a Mônica Bergamo) serão processados civilmente também e vão tomar umas multas milionárias.

– O STF vai se acovardar e declarar o material todo nulo. Lula segue preso, Dallagnol solto e inimputável e Moro novamente um herói.

– O Brasil segue sendo vendido, Bolsonaro como mico animador de plateia na cabeça de um estado fascista, controlado por instituições corrompidas e com Moro como “eminência parda”, tendo controle total das polícias, do judiciário e do MP. Toda a família Bolsonaro estará nas suas mãos e se eles tentarem algo, o Queiroz será encontrado ou as investigações contra os filhos do bolsonaro andarão mais “depressa”.

– Bolsonaro quer indicar o filho para a embaixada nos EUA porque viu que o contato dos americanos com Moro é imenso e “perigoso” aos Bolsonaro.

Só há dois problemas neste plano:

– As instituições ainda não estão totalmente conformadas e resistências pontuais podem fazer um grande estrago

– As eleições.

Bolsonaro vai querer se candidatar e Moro, Doria e Witzel tem seus egos nas nuvens. Se os senadores disserem em alto e bom som que Moro NAO vai para o STF, acaba o contrato de apoio Moro-Bolsonaro. De repente, ao invés de amigos e colaboradores os dois se tornarão como amantes que dividem a mesma cama, mas um quer matar o outro.

A curto prazo todo o Brasil republicano perde.
No médio prazo temos ainda uma chance grande de todos perdermos muito…

A inação e o conluio do STF destruíram o Brasil.

O confronto Governo x STF produz suas primeiras baixas

Fux atende a pedido do PDT e proíbe PF de destruir mensagens obtidas por hackers.

Deltan Dallagnol incentivou cerco da Lava Jato ao ministro do STF Dias Toffoli.

STF mantém demarcação de terras na Funai, contra decisão de Bolsonaro.

Barroso interpela Bolsonaro para explicar declaração sobre pai de presidente da OAB.

Alexandre de Moraes suspende apuração da Receita contra ministros do STF.

Manchetes do portal online da Folha

Pelas manchetes de hoje nos principais jornais do País, pode se ter uma ideia de que o confronto entre Governo – Moro e Bolsonaro -, procuradores da Lava-Jato e a Suprema Corte está evoluindo rapidamente, com pitadas de histeria.

Portaria de Moro é classificada como inconstitucional e imoral

Imigrantes no Brasil

Da revista Exame

Na manhã desta sexta-feira (26), o Ministério da Justiça e Segurança Pública publicou no Diário Oficial da União (DOU) a portaria 666.

Assinada pelo ministro Sergio Moro, a portaria estabelece condições para deportação sumária de “pessoas perigosas”.

São definidas como perigosas pessoas envolvidas em terrorismo, grupo criminoso organizado ou associação criminosa armada ou que tenha armas à disposição, tráfico de drogas, pessoas ou armas de fogo, pornografia ou exploração sexual infanto-juvenil e torcida com histórico de violência em estádios.

Para as autoridades migratórias definirem quem se enquadra, poderiam usar difusão ou informação oficial de cooperação internacional, lista de restrições de uma ordem judicial ou por compromisso assumido pelo Brasil com um órgão internacional ou país estrangeiro, informação de inteligência de autoridade brasileira ou estrangeira, investigação criminal em curso ou sentença penal condenatória.

Maristela Basso, professora de direito internacional na USP, diz que a portaria é ilegal e inconstitucional:

“Não é da competência do Ministério da Justiça legislar sobre esse tipo de matéria, que entra em conflito com a lei federal”.

Lei de Migração foi aprovada em maio de 2017 durante o governo de Michel Temer após quatro anos de debates.

O decreto de Moro regulamenta os artigos 45, que trata do impedimento de ingresso, e o artigo 50, que trata da deportação de quem está em situação irregular no país.

Nota da Redação:

É brincadeira ou o insigne Sinistro da Justiça não sabe o que significa o número 666, citado na Bíblia Sagrada, como o número da besta em Apocalipse 13:18. No livro Apocalipse de São João, Deus aparece julgando e destruindo o mal. Nele aparecem imagens, figuras e números misteriosos.

 

A manobra diversionista do Governo na Vaza Jato cria contornos de que a conspiração continua

Hacker diz à PF que vazou conversas de autoridades ao Intercept

Walter Delgatti Neto, preso nessa 3ª feira (23.jul.2019) por suspeita de hackear autoridades, afirmou à Polícia Federal ter dado ao jornalista Glenn Greenwald, fundador do site The Intercept, acesso a informações capturadas do aplicativo Telegram. A informação é do jornal O Estado de S. Paulo.

De acordo com a publicação, os investigadores tratam o relato de Neto com cautela. O suposto hacker é apontado como estelionatário. Neto é apelidado de “Vermelho” e foi 1 dos 4 presos pela PF na operação Spoofing.

Quem foi preso

  • Walter Delgatti Neto, 30 – era conhecido como “Vermelho”. Fingiu ser aluno da USP. Afirmou ter uma conta bancária na Suíça;

  • Gustavo Henrique Elias Santos28 – conhecido como DJ Guto Dubra. Organizava festas em cidades no interior de São Paulo;

  • Suelen Priscila de Oliveira, 25 – é mulher de Gustavo Henrique. Foi presa no mesmo endereço que o marido;

  • Danilo Cristiano Marques, 33 – dono de uma pequena empresa: a Pousada e Comércio Chatuba. Era motorista de Uber, segundo a defensora pública.

Intercept reafirma veracidade das conversas

O site comandado por Glenn Greenwald divulga desde 9.jun.2019 uma série de reportagens chamada de Vaza Jato. O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, e coordenador da Lava Jato, Deltan Dallagnol, tiveram o conteúdo de conversas atribuídas a eles divulgadas. Tanto Moro e Dallagnol contestam a autenticidade das mensagens, mas não indicam os trechos que seriam verdadeiros e falsos.

Após a prisão dos supostos hackers, a defesa de Greenwald disse, em nota, que “não comenta assuntos relacionados à identidade de suas fontes anônimas”.

Greenwald publicou em seu perfil no Twitter nessa 5ª feira que Moro usa a mesma estratégia usada pelos governos dos Estados Unidos e Reino Unido quando foram alvos de vazamentos de dados. O jornalista disse que o objetivo da operação da PF é distrair a opinião pública.

Nota da Redação:

No nosso singelo entendimento, se as mensagens foram de fato raqueadas, confirma-se a sua autenticidade. Não existiu a alegada (por Moro e Delagnol) manipulação dos textos.

Confirmada a autenticidade, temos a confirmação de que a 13ª Vara Federal de Curitiba, o Tribunal Regional Federal da 4ª Região, o Superior Tribunal de Justiça, o Supremo Tribunal Federal, o Ministério Público Federal e Polícia Federal conspiraram para condenar adversários políticos ao regime que se pretendia, iniciado com a deposição da presidente Dilma Rousseff.

Que pudor é esse, pergunta-se, que não permite que se ponham as tropas na rua para garantir a estabilidade política do regime implantado? Que ecos históricos de 1964 constrangem os militares, tão fartamente dispostos entre as fímbrias do poder? Vivi os anos de chumbo, a partir de 1967, numa redação de jornal. Mas na época os generais eram nacionalistas e não permitiam a entrega do País aos interesses dos estrangeiros. 

Tirar o Partido dos Trabalhadores do poder, sob a ótica dos conspiradores, pode até ser uma medida meritória. Mas o golpe de estado, semelhante aquele de 1964, com a sofisticação do conluio legislativo-Justiça-Ministério Público passará, em breve, para a história da infâmia política do País.

De fato temos que nos consolar. A breve emersão da democracia, as três décadas em que se pretendeu transformar o País numa nação de primeiro mundo, foram apenas o intervalo entre atos de uma ficção tragicômica que se repete, com insistência, desde 15 de novembro de 1889.   

 

Barrosão cai na VazaJato: intimidades com a República de Curitiba

O jornalista Reinaldo Azevedo divulgou na noite desta terça-feira, 16, novos diálogos entre o ex-juiz Sérgio Moro e o procurador Deltan Dallagnol.

As novas mensagens envolvem mais um ministro do Supremo Tribunal Federal: Luís Roberto Barroso. 

No dia 3 de agosto de 2016, o procurador recebe uma mensagem do juiz (transcrição conforme o original):

06:39:57 Moro – Está confirmado o jantar no Barroso?

10:04:51 Deltan – Ele acabou de confirmar. Estou adiantando meu voo porque terça estarei na comissão especial. Boa reunião amanhã c eles!!

12:29:19 Moro – Obrigado. Preciso do endereço e horário do jantar

13:48:37 Deltan – Não tenho ainda tb… passo assim que ele indicar…

13:48:54 Deltan – Lembrando que ele é carioca… talvez tenha convidado e não passe o endereço mesmo kkkk

16:38:29 Moro –  Boa

Segundo Azevedo, a conversa é retomada à noite e neste momento se misturam o jantar na casa de Barroso e uma entrevista que Deltan concedeu a Jô Soares (conforme o original).

20:08:40 Deltan – Copiei Vc de modo oculto em email em que envio endereço, repassando o convite.
20:49:17 Deltan – informo que a arte do convite da Palestra – Democracia, corrupção e justiça: diálogos para um país melhor, que ocorrerá no dia 10 de agosto, já está pronta, conforme link que segue abaixo. Ademais, indico que na segunda-feira estarei em contato para informar sobre o roteiro de atividades (refeições, aeroporto, translado). https://www.uniceub.br/media/891615/moro_convite.pdf
22:26:27 Moro – Como foi no Jô?
22:29:11 Moro – Não recebi o email com endereço
22:43:39 Deltan – Ele quer que Vc vá, e seria bacana Vc ir… só não sei o timing rs. Da vez anterior que fui, eu fui mais no conteúdo. Nessa vez, tentei mesclar conteúdo com entretenimento e acho que o resultado foi bacana….
22:45:14 Deltan – Vou checar por que não foi e reenvio
22:51:41 Deltan – Pra mim dá como enviado… deve chegar amanhã, mas adianto por aqui:

No dia 3 de agosto de 2016, Dallagnol repassa a Moro mensagem que recebeu do próprio ministro Luis Roberto Barroso:

“Caros Deltan, Moro, Oscar, Caio Mário e Susan: Tereza e eu teremos o imenso prazer em recebê-los para um pequeno coquetel/jantar em nossa casa, no dia 9 de agosto próximo, 3ª feira, às 20:30, em honra dos participantes do evento “,Democracua, Corrupção e Justiça: Diálogos para um País Melhor”. Será uma reunião em traje casual, com a presença limitada aos organizadores do evento, o que inclui membros da minha assessoria e poucos dirigentes do UniCEUB. Com máxima discrição. Na medida do possível, desejamos manter como um evento reservado e privado. Estamos muito felizes de tê-los aqui. Nosso endereço é [TRECHO OMITIDO POR ESTE ESCRIBA]. Nosso telefone é [TRECHO OMITIDO]. Deltan tem meu telefone e pode ligar em qualquer necessidade. Abraços a todos. Luís Roberto Barroso.”

Editado pelo 247

Presidente do STF quer saber o que Moro ordenou em relação a Greenwald

Brasília – O procurador Deltan Dallagnol participa, em companhia de Sérgio Moro, da palestra Democracia, Corrupção e Justiça: diálogos para um país melhor, no Centro Universitário de Brasília (UniCEUB), campus Asa Norte (foto José Cruz/Agência Brasil)

O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Dias Toffoli, pediu informações ao ministro Sergio Moro (Justiça e Segurança Pública) e à PF (Polícia Federal) sobre eventual investigação de movimentações financeiras do jornalista Glenn Greenwald, do site The Intercept Brasil.

O ministro deu 1 prazo de 5 dias para que Moro e a PF se manifestem. Após o recebimento das explicações, Toffoli também quer que a AGU (Advocacia Geral da União) e a PGR (Procuradoria Geral da República) se manifestem em 3 dias.

O despacho foi dado em ação apresentada pela Rede Sustentabilidade, que tenta anular procedimentos que possam ter sido abertos contra o jornalista.

O relator da ação é o ministro Gilmar Mendes, mas o STF está de recesso no mês de julho. Assim, cabe ao presidente da Corte tomar as decisões consideradas urgentes no período. Do Poder360, com edição de O Expresso.

Ontem, Greenwald falou no Twitter:

Explorar o poder de encarcerar as pessoas como um meio de obter fama e riqueza pessoal, tudo isso usando táticas dissimuladas – o que Deltan Inquestionavelmente fez – é, no mínimo, extremamente sujo e antiético, se não criminoso.

Ontem, também, a Procuradora Geral da República, Raquel Dodge, recebeu Deltan Dallagnol e outros procuradores para uma “reunião institucional”.

Greenwald garantiu que Sérgio Moro sabe que ele tem muitos arquivos comprometedores sobre a atuação do Magistrado. E que vai divulgá-los sob qualquer circunstância.

Jornalista que assessora Sérgio Moro pede demissão

A jornalista, com Moro e o marido.

Informação de O Estado de São Paulo – Estadão

A jornalista Giselly Siqueira acaba de pedir demissão do cargo de assessora especial de comunicação do Ministério da Justiça, de Sérgio Moro.

Antes de trabalhar com Moro, Siqueira foi assessora de comunicação em vários órgãos públicos, como o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) da gestão dos ministros Dias Toffoli e Ricardo Lewandowski.

Ela também chefiou a assessoria de imprensa do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), quando Gilmar Mendes presidiu a corte e foi da equipe de comunicação da Procuradoria-Geral da República na gestão de Antonio Fernando de Souza e de Roberto Gurgel.

Ela é casada com o também jornalista Vladimir Netto, autor do livro Lava Jato – O juiz Sérgio Moro e os bastidores da operação que abalou o Brasil, obra publicada em 2016 e que foi usada na elaboração do roteiro da série O Mecanismo da Netflix.

A revista Veja vai jogar mais uma pá de terra na sepultura de Moro?

Neste final de semana, a revista Veja circula com novos diálogos revelados do ex-juiz Sérgio Moro. Pelo que se lê, The Intercept Brasil não tem pressa para realizar esse sepultamento. Vai cozinhar em fogo brando a reputação do Ministro da Justiça até o derretimento total.

OAB ratifica nota em que pede afastamento de Sérgio Moro

O Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) afirmou à revista Carta Capital que mantém a posição defendida em nota, em que recomenda o afastamento dos envolvidos nos vazamentos noticiados pelo site The Intercept Brasil.

A manutenção do entendimento contraria a declaração do ministro da Justiça, Sérgio Moro, dada em audiência na Câmara nesta terça-feira 2. Na ocasião, o ministro afirmou duvidar que a OAB tenha a mesma opinião que apresentou nos primeiros dias do escândalo.

A afirmação, contudo, foi ratificada pela OAB.

“OAB mantém posição defendida na nota conforme deliberado no Conselho Pleno”. Na nota, publicada em 10 de junho, a instituição defende: “Não se pode desconsiderar, contudo, a gravidade dos fatos, o que demanda investigação plena, imparcial e isenta, na medida em que estes envolvem membros do Ministério Público Federal, ex-membro do Poder Judiciário e a possível relação de promiscuidade na condução de ações penais no âmbito da operação lava-jato.

Este quadro recomenda que os envolvidos peçam afastamento dos cargos públicos que ocupam, especialmente para que as investigações corram sem qualquer suspeita”.

Deputado que entregou taça a Moro já andou de tornozeleira eletrônica

Da coluna de Guilherme Amado na Época:

O deputado que entregou uma “taça da Champions League” para o ministro Sergio Moro já usou tornozeleira eletrônica no passado.

Emerson Miguel Petriv, conhecido como Boca Aberta, do PROS do Paraná, usou o aparato de fevereiro a maio de 2018. A medida foi determinada pela 5ª Vara Criminal de Londrina, após Boca Aberta desrespeitar uma decisão de que manter-se a pelo menos 500 metros de distância de três vereadores de Londrina.

Tudo começou quando o então vereador de Londrina teve o mandato cassado em 2017 por realizar de forma ilegal uma vaquinha virtual a fim de pagar uma multa eleitoral. Após a cassação, três vereadores da cidade alegaram sofrer perseguição e ameaças de Boca Aberta. Foi aí que Boca Aberta teve que usar o aparato eletrônico.

O agora deputado já respondeu a outros processos, como calúnia, injúria em propaganda eleitoral e perturbação do sossego de trabalhadores e pacientes de uma UPA.

Jandirão jantou numa garfada só o Presidente da CCJ que ouviu Moro.

A deputada Jandira Feghali, ontem, durante o depoimento de Sérgio Moro, na Câmara dos Deputados, dirigindo-se ao presidente da Comissão, o fofinho Felipe Francischini (PSL-PR) (27 anos):

“Por favor, não converse com o Ministro enquanto eu faço esta inquirição. E sem risadinhas. Mais respeito!”

O dito cujo indigitado ficou bege.

A médica comunista (PCdoB), de 62 anos, na política desde 1981, é, sem sombra de dúvida, a parlamentar mais articulada de todo o Congresso. Pra jantar um fofolete como o Felipinho, basta uma garfada.

Maus augúrios! Madame Almerinda está em pânico!

Almerinda e seu novo crush, um voraz sargento da Aeronáutica.

Hoje tem Sérgio Fernando Moro em nova audiência pública na Câmara; tem Brasil x Argentina jogando com camisa amarela; e tem um eclipse total do Sol no Sul do País. Tantas coisas juntas.

Madame Almerinda ora e jejua há três dias e fala em maus presságios o tempo todo.

A profetiza e proxeneta dos espíritos está prevendo a abertura dos céus e sete pragas, como as do Egito.

Apesar de que a praga dos gafanhotos já está instalada em Brasília, consumindo com a economia do País como se fosse um trigal em plena floração.

Segundo a alcoviteira, papisa da rua Irecê, no baixo Santa Cruz, legiões de maus espíritos, todo convenientemente fardados com as estrelas e tiras da bandeira norte-americana, vão atacar parlamentos e tribunais, selando para sempre as suas portas.

“Somos pó e ao pó voltaremos”, diz a Madame, mas não estava se referindo, com certeza, aquele pó encaminhado para Sevilha.

Sevilha é apenas uma boa rima para Brasília, diz Madame.

Procurador confirma ao Correio Braziliense a autenticidade de mensagens sobre Moro

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Sérgio Moro e Dallagnol questionam os diálogos publicados pelo The Intercept.

Do Correio Braziliense

Em nota divulgada no final da tarde deste sábado (29/6), a Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) “alerta a sociedade sobre a impossibilidade de considerar como verdadeiras” mensagens divulgadas pelo site The Intercept em que procuradores da República fazem críticas ao ministro Sérgio Moro. Ouvido pelo Correio, um procurador, porém, confirma, que as mensagens sobre Moro são verdadeiras.

Integrantes da força-tarefa da Lava-Jato revelam preocupações com a possibilidade de que o então juiz Sérgio Moro aceitasse convite para compor a equipe de ministros do presidente Jair Bolsonaro.

Nas mensagens publicadas, a procuradora Monique Cheker critica a condução dos processos da Lava-Jato pelo ministro na época em que ele era juiz no Paraná. “Moro viola sempre o sistema acusatório e é tolerado por seus resultados”, teria dito Monique. Em um grupo no aplicativo Telegram, os procuradores teriam demonstrado preocupação com o fato de Moro marcar encontros com o presidente Jair Bolsonaro após o resultado das eleições do ano passado.

Um dos que participam do diálogo é o procurador Alan Mansur, coordenador da Lava-Jato no Pará. Ele revela temor com a ida de Moro para o Ministério da Justiça. “Tem toda a técnica e conhecimento para ser um excelente ministro da Justiça. E tentar colocar em prática tudo que ele acredita. Porém, o fato de ter aceitado, neste momento, entrar na política e desta forma, é muito ruim pra imagem de imparcialidade do sistema de justiça e MP em geral”, disse.

Minutos antes da reportagem entrar no ar, o jornalista Glenn Greenwald, do The Intercept, apresentou a reprodução de uma conversa, citando o procurador Ângelo Goulart Villela. A matéria publicada, porém, citou na verdade Ângelo Augusto Costa, um homônimo. Pelo Twitter, Sérgio Moro afirmou que as controvérsias da publicação revelam que as mensagens não ocorreram. “Isso só reforça que as mensagens não são autênticas e que são passíveis de adulteração. O que se tem é um balão vazio, cheio de nada. Até quando a honra e a privacidade de agentes da lei vão ser violadas com o propósito de anular condenações e impedir investigações contra corrupção?”, disse.

No posicionamento divulgado, a ANPR ressaltou a “preocupação quanto à divulgação de mensagens atribuídas a integrantes do Ministério Publico Federal com indícios de terem sido adulteradas e de serem oriundas de crime cibernético”. A entidade destacou ainda que se “manterá implacável na defesa das prerrogativas funcionais dos procuradores da República, garantidas pela Constituição para que eles possam defender, com independência e autonomia, a ordem jurídica, o regime democrático e os interesses sociais e individuais indisponíveis”.

Veracidade

Ao Correio, um dos procuradores que estava no grupo em que ocorreram as conversas, disse, sob a condição de anonimato, que os trechos divulgados são verdadeiros. “Me recordo dos diálogos com os procuradores apontados pelo site. O grupo não existe mais. No entanto, me lembro do debate em torno do resultado das eleições e da expectativa sobre a ida de Moro para o Ministério da Justiça”, disse.

O integrante do Ministério Público Federal (MPF) também declarou que conseguiu recuperar parte do conteúdo. “Consegui recuperar alguns arquivos no celular. Percebi que os trechos divulgados não são de diálogos completos. Tem mensagens anteriores e posteriores às que foram publicadas. No entanto, realmente ocorreram. Não posso atestar que tudo que foi publicado até agora é real e não sofreu alterações. No entanto, aquelas mensagens que foram publicadas ontem (sexta) são autênticas”, completou.

Globo assume defesa muda de Sérgio Moro e suas ações espúrias.

As organizações Globo, The Globo Overseas, não deu, até o início da tarde de hoje nenhuma linha sobre os vazamentos do Intercept desta madrugada, em que os procuradores da República comentam o mau passo dado pelo então juiz Sérgio Moro ao aceitar o cargo de Ministro da Justiça do Governo Bolsonaro.

Nem O Globo, nem G1, nem rádio CBN, nem jornais O Globo e Valor, nem a Rede Globo de Televisão, o maior conglomerado de comunicação do País e um dos maiores do mundo, foi capaz de citar uma só passagem dos diálogos entre membros do Ministério Público, que mostraram o grave momento pelo qual o País passou.

Um juiz que julga o dissídio entre as partes e depois vai se abraçar com uma das partes só poderia acontecer aqui mesmo, nesta republiqueta de bananas.

Só para ser mais prosaico, já que uma grande partes dos eleitores do atual governo e desprovida do entendimento mais singelo, o caso seria como se o juiz apitasse o pênalti contra o time adversário, ele próprio batesse o pênalti e depois fosse comemorar, à beira do gramado, com os jogadores do time preferido.

A Rede Globo nunca foi de confiança, desde os idos de 1º de abril de 1964, quando não passava de um jornal de fraca circulação e uma tv sem audiência. O Golpe a fez forte e capitalizada, depois de receber todas as concessões possíveis e o apoio de capital estrangeiro, do grupo Time-Life.

A Globo não tem interesse em vazar os podres da Lava Jato. Faz parte do consórcio conspirativo que apeou Dilma Rousseff do poder, publicou os grampos de Moro em primeira mão e condenou Lula da Silva porque era o candidato mais popular entre os eleitores. Mesmo que para isso precisasse entronizar um conhecido corrupto como Michel Temer no poder e, mais tarde, os milicianos do Rio de Janeiro.

A prévia da “Vaza Jato” deste sábado é cabeluda!

É 01h22m da madrugada deste sábado, 29. O portal The Intercept Brasil vazou apenas uma prévia dos arquivos que devem vir ao lume neste final de semana.

Dois procuradores de Justiça debatem a atuação do então juiz Sérgio Moro na Operação Lava Jato. É importante conhecer a posição de alguns componentes do Ministério Público Federal:

Sérgio Moro cancela agenda nos EUA e volta ao Brasil

Em meio às publicações de supostos diálogos seus com procuradores da Lava Jato e à decisão da Segunda Turma do STF de manter o ex-presidente Lula preso, o ministro Sérgio Moro alterou sua agenda nos Estados Unidos – onde está desde domingo, 23 – e compromissos que estavam marcados para esta quarta-feira, 26, nos EUA, foram substituídos por reuniões em Brasília, no gabinete do ministro.

Somente na noite de terça, 25, o site do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) divulgou o itinerário dos compromissos do ministro nos Estados Unidos, até então sem explicações. Segundo o MJSP, estavam previstas para hoje uma reunião de coordenação e visitas ao FBI e ao Nation Targeting Center, na Virginia.

No entanto, uma nova versão da agenda foi publicada pela pasta na manhã desta quarta-feira, 26, prevendo a volta de Sérgio Moro para o Brasil e dois compromissos em Brasília, na parte da tarde. Às 16h, está marcada uma reunião com o Secretário Especial de Desestatização, Salim Matar, e com o Diretor de Desestatização, Eduardo Jorge, ambos do Ministério da Economia. Às 19h, o ministro terá uma audiência com o deputado Alceu Moreira (MDB-RS). Do Estadão.

Conveniente: Moro viaja como Ministro de Estado, sem agenda, para fugir à audiência na Câmara.

O ministro da Justiça, Sergio Moro, pivô de polêmica envolvendo diálogos dele com o procurador Deltan Dallagnol, está nos Estados Unidos, mas não divulgou os detalhes de sua agenda pública no país. Como ministro de Estado, ele deve informar via assessoria ou no site do ministério quais e quando são seus compromissos oficiais ao longo de cada dia.

É a terceira vez que o ex-juiz da Lava Jato em Curitiba vai aos EUA como ministro. Nas duas anteriores, acompanhando o presidente Jair Bolsonaro no Texas e, anteriormente, nos encontros no Fundo Monetário Internacional (FMI), em Washington, a agenda foi divulgada com antecipação.

​Moro chegou aos EUA no sábado, 22, mas somente ao final de cada dia a agenda é preenchida. A pasta informa que o ministro fica até o fim da quarta-feira 26 em solo norte-americano. Mas não antecipou o que fará lá nesta terça e no dia seguinte.

O ministro adiou a participação dele em audiência na Câmara prevista para esta quarta, 26, em decorrência da viagem. Durante a sessão, o ministro prestaria esclarecimentos sobre os diálogos com Dallagnol revelados nas últimas semanas pelo site The Intercept Brasil.

Na semana passada, um texto sobre a missão de Moro nos Estados Unidos foi publicado no site ministério, com “o intuito de reunir experiências e boas práticas para fortalecer operações integradas no Brasil”.

Ministro vai ao Twitter com empáfia e toma um contra-vapor

O ministro da Justiça, Sérgio Moro, no aplicativo Twitter, mostrou toda a sua cultura ao citar em latim o celebre adágio popular, “a montanha pariu um rato”, minimizando a reportagem da Folha de São Paulo sobre as suas peraltices na Lava Jato.

Fernando Haddad, ex-candidato do PT nas últimas eleições, pegou a bola cruzada a meia altura e bateu de primeira. A resposta veio duas horas depois, com o emblemático número 13h13m.

Nesta semana, Sérgio Moro tuitou também que vai aos Estados Unidos para encontrar com agências de informações norte-americanas. A visita acontece em meio ao escândalo resultante da troca de mensagens entre Moro e o coordenador da força-tarefa da Lava Jato, procurador Deltan Dallagnol, divulgada pelo site The Intercept Brasil, em que, além do direcionamento de fases da operação, falam sobre a necessidade de articulação com “os americanos” para evitar deixar a Lava Jato “parada” muito tempo.

Folha prepara a mãe de todas as bombas contra Moro com dados do Intercept

Os mundos político, jurídico e midiático aguardam para as próximas horas que a Folha publique a ‘mãe de todas as bombas’ contra o ministro Sérgio Moro.

Nos bastidores do jornalismo, são fortes os rumores de que o fundador do site Intercpet, Glenn Greenwald, compartilhou seus áudios e vídeos com a Folha –sua nova parceira na série #VazaJato.

“Já estamos trabalhando com outros jornais/revistas no arquivo”, comunicou o jornalista na última quinta-feira (20), detalhando os termos das parceiras:

1) mais revelações serão reportados mais rapidamente;

2) ninguém pode alegar que a reportagem tem um viés ideológico;

3) quem quiser prender jornalistas que vazarem este material terá que prender muitos profissionais.

O teatrinho dos procuradores e do juiz da Lava Jato frente ao tucanato

Lava Jato fingiu investigar FHC apenas para criar percepção pública de ‘imparcialidade’, mas Moro repreendeu: ‘Melindra alguém cujo apoio é importante’

Moro: sorridente e festivo entre os tucanos apoiadores, pronto para retirar os petistas do poder e da trajetória eleitoral

Do The Intercept Brasil

Um trecho do chat privado entre Sergio Moro e o procurador Deltan Dallagnol revela que o ex-juiz discordou de investigações sobre o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso na Lava Jato porque, nas palavras dele, não queria “melindrar alguém cujo apoio é importante”. O diálogo ocorreu em 13 de abril de 2017, um dia depois do Jornal Nacional ter veiculado uma reportagema respeito de suspeitas contra o tucano.

Naquele dia, Moro chamou Deltan Dallagnol em um chat privado no Telegram para falar sobre o assunto. O juiz dos processos da Lava Jato em Curitiba queria saber se as suspeitas contra o ex-presidente eram “sérias”. O procurador respondeu acreditar que a força-tarefa – por meio de seu braço em Brasília – propositalmente não considerou a prescrição do caso de FHC e o enviou ao Ministério Público Federal de São Paulo, segundo ele, “talvez para [o MPF] passar recado de imparcialidade”.

À época, a Lava Jato vinha sofrendo uma série de ataques, sobretudo de petistas e outros grupos de esquerda, que a acusavam de ser seletiva e de poupar políticos do PSDB. As discussões haviam sido inflamadas meses antes, quando o então juiz Moro aparecera sorrindo em um evento público ao lado de Aécio Neves e Michel Temer, apesar das acusações pendentes de corrupção contra ambos.

Moro – 09:07:39 – Tem alguma coisa mesmo seria do FHC? O que vi na TV pareceu muito fraco?
Moro – 09:08:18 – Caixa 2 de 96?
Dallagnol – 10:50:42 – Em pp sim, o que tem é mto fraco
Moro – 11:35:19 – Não estaria mais do que prescrito?
Dallagnol – 13:26:42 – Foi enviado pra SP sem se analisar prescrição
Dallagnol – 13:27:27 – Suponho que de propósito. Talvez para passar recado de imparcialidade
Moro – 13:52:51 – Ah, não sei. Acho questionável pois melindra alguém cujo apoio é importante

FHC foi citado na Lava Jato pelo menos nove vezes (1234 e 5678 e 9). Caso fossem investigados e comprovados, nem todos os possíveis crimes cometidos pelo ex-presidente estariam prescritos.

Naquele dia, antes de responder a Moro, Dallagnol encaminhou a dúvida do juiz para um chat em grupo chamado Conexão Bsb-CWB, no qual estavam procuradores das duas cidades. Foi de Brasília, onde o caso tramitava, que ele recebeu a resposta de que a documentação foi encaminhada a São Paulo sem a análise sobre a prescrição.

Dallagnol – 11:42:54 – Caros o fato do FHC é só caixa 2 de 96? Não tá prescrito? Teve inquérito? Sérgio Bruno Cabral Fernandes – 11:51:25 – Mandado pra SP
Sérgio Bruno Cabral Fernandes –11:51:44 – Não analisamos prescrição
Dallagnol – 13:26:11 – 👍👍😉

A acusação que Dallagnol classificou como “recado de imparcialidade” já era de conhecimento interno do Ministério Público desde o final de 2016, graças à delação de Emílio Odebrecht, que afirmou que deu “ajuda de campanha” a FHC para as eleições vitoriosas de 1994 e 1998. “Ajuda de campanha eu sempre dei a todos eles. E a ele também dei. E com certeza teve a ajuda de caixa oficial e não oficial”, afirmou o empresário, falando sobre caixa dois. “[E]u dava e dizia que era para atender mesmo. Então vai fulano de tal lhe procurar, como eu dizia também para Marcelo, e eles então operacionalizavam. Ele me pediu. Todos eles.” O valor dos pagamentos não foi divulgado.

O depoimento permaneceu em segredo de justiça até abril de 2017, quando foi enviado para ser investigado pela Procuradoria da República de São Paulo e virou notícia. Mas já nasceu morto: os fatos estavam prescritos, e a investigação não poderia terminar em uma denúncia formal. Foi arquivada pela Justiça três meses depois.

Essas revelações sugerem mais uma vez a parcialidade na Lava Jato, que tanto Moro quanto a força-tarefa negam veementemente. Na nota oficial divulgada pela força-tarefa em resposta à primeira série de reportagens do Intercept no último domingo, por exemplo, eles insistiram que seu trabalho sempre foi movido pela “imparcialidade da atuação da Justiça”. Em entrevista ao Estadão na semana passada, o ministro Moro disse que não via “[n]enhum viés político nas mensagens que me foram atribuídas.”

Mas, aqui, Moro estava explicitamente preocupado com investigações da Lava Jato contra um apoiador político de seu trabalho. E Dallagnol admitiu acreditar que outros procuradores da força-tarefa passaram adiante uma investigação que sabidamente não resultaria em processo, a fim de fabricar uma falsa percepção pública de “imparcialidade”, sem, no entanto, colocar FHC em risco.

As conversas agora reveladas fazem parte de um lote de arquivos secretosenviados ao Intercept por uma fonte anônima (leia nosso editorial e entenda). Os arquivos publicados até agora mostram, entre outras coisas, que a Lava Jato sempre teve muita preocupação com sua imagem pública, e seguia conselhos informais do então juiz Moro, o que é ilegal.

‘Porra bomba isso’

Para os procuradores, era importante incluir o PSDB no rol de investigados para acalmar o ânimo dos críticos. Eles já falavam sobre isso muito antes de Moro alertar Dallagnol sobre evitar “melindrar” FHC.

Em uma conversa no dia 17 de novembro de 2015, o procurador Roberson Pozzobon mandou uma sugestão em um grupo do Telegram chamado FT MPF Curitiba 2: investigar, num mesmo procedimento, pagamentos da Odebrecht aos institutos de Lula e FHC. “Assim ninguém poderia indevidamente criticar nossa atuação como se tivesse vies partidário”, justificou Pozzobon. “A da LILS [empresa que agencia as palestras de Lula] vocês já sabem os indícios para a investigação, mas vejam essa fratura expostas da Fundação iFHC”, disse ao grupo. Nesse caso – diferentemente daquele que virou notícia na imprensa sobre caixa 2 nos anos 1990 –, os pagamentos ao iFHC aos quais Pozzobon se referia não estariam prescritos, caso fossem propina.

Depois de comentar sobre o instituto de FHC, Pozzobon postou duas imagens no grupo.

A primeira é uma troca de e-mails de 2014 entre a secretária de FHC e dois interlocutores: um representante da Associação Petroquímica e Química da Argentina, a Apla, identificado como Manuel Diaz, e um empresário do ramo cultural, Pedro Longhi. A secretária fala para verificarem com a Braskem – empresa do ramo petroquímico controlada pela Odebrecht – qual a “melhor maneira para [a empresa] fazer a doação [para o iFHC]”.

Veja a matéria na íntegra, clicando aqui