Cinegrafista morto em tiroteio é apenas mais um de longa lista de assassinatos.

O  cinegrafista Gelson Domingos, 46 anos, da TV Bandeirantes, morto durante tiroteio com traficantes, hoje, 6, no Rio de Janeiro, entra para uma longa relação de quase duas centenas de jornalistas assassinados ou feridos fatalmente em ação na última década em todo o mundo.

Desde abril deste ano, 21 jornalistas foram mortos apenas no continente americano, destacou, no final de outubro, o presidente da Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP), Gonzalo Marroquín, diretor do jornal “Siglo XXI”, da Guatemala, na abertura da 67a- Assembleia Geral da entidade, realizada em Lima, no Peru. Segundo a SIP, os números revelam aumento da repressão contra a imprensa.

Existem inúmeros relatos de que foram registradas mortes por fogo amigo, o que significa que os assassinatos podem ter sido encomendados às próprias forças de repressão.

Se jornalistas incomodam na política, é fácil avaliar como podem causar irritação em zonas sensíveis como disputas entre forças policiais, milícias e traficantes.

Repúdio à quinta morte de jornalistas no País este ano.

Na última sexta-feira (16), a Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP) repudiou o assassinato do jornalista Vanderlei Canuto Leandro, e pediu que as autoridades investiguem rapidamente o caso. É o quinto jornalista morto no Brasil neste ano. A SIP também solicitou que se esclareça se o crime está relacionado à atividade jornalística. As informações são do UOL Notícias e Portal Imprensa.

“Estamos consternados pelo assassinato de outro jornalista no interior deste país, o que reflete a vulnerabilidade e falta de proteção dos comunicadores, que pertencem a meios de imprensa pequenos e afastados das grandes cidades”, declarou Gonzalo Marroquín, presidente da SIP. 

Os jornalistas Auro Ida, do Mato Grosso; Edinaldo Filgueira, do Rio Grande do Norte; Valério Nascimento, do Rio de Janeiro; e Luciano Leitão Pedrosa, de Pernambuco, também foram assassinados neste ano no Brasil. Na América Latina, 26 jornalistas foram mortos em 2011.