China zera importação de soja dos EUA em setembro

Pela primeira vez em sete anos, a China cortou completamente as importações de soja dos Estados Unidos, aprofundando os efeitos da guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo.

Dados oficiais divulgados nesta segunda-feira (20) pela Administração Geral de Alfândegas da China mostram que, em setembro, quando tradicionalmente são fechados novos contratos de exportação, nenhuma carga do grão americano desembarcou nos portos chineses.

Disputa entre China e EUA eleva prêmio da soja em portos brasileirosO prêmio de exportação é a diferença entre o preço do produto físico em determinada praça e a cotação na bolsa de Chicago — Foto: Claudio Neves/Portos do Paraná

A paralisação das compras é reflexo direto das tarifas impostas pelos Estados Unidos durante a guerra comercial. Em resposta ao tarifaço americano sobre produtos chineses, Pequim elevou suas tarifas sobre a soja dos EUA, encarecendo o produto e reduzindo sua competitividade frente aos grãos da América do Sul.

Nos Estados Unidos, a colheita da soja começa em setembro, período que marca a transição entre safras e é crucial para a assinatura de novos contratos de exportação.

Em um ano típico, agosto é o mês em que as indústrias chinesas de ração animal fazem reservas antecipadas do grão americano, aproveitando preços menores e assegurando o abastecimento para o início do novo ano-safra.

Neste ano, porém, os compradores chineses não realizaram essas encomendas. Os embarques caíram devido às tarifas impostas pela China em março sobre as importações dos EUA e porque os grãos colhidos anteriormente, conhecidos como “safra antiga”, já haviam sido vendidos.

Segundo Wan Chengzhi, analista da Capital Jingdu Futures, “isso se deve principalmente às tarifas. Em um ano normal, alguns grãos de safra antiga ainda entrariam no mercado”.

Com o recuo americano, o Brasil reforçou sua posição de principal fornecedor de soja à China. Em setembro, as importações chinesas de soja atingiram 12,87 milhões de toneladas métricas, o segundo maior volume mensal já registrado.

Vazio Sanitário da soja começa no dia 26 e exige atenção dos produtores da Bahia

Plantas voluntárias precisam ser eliminadas.

Faltam poucos dias para o início do Vazio Sanitário da soja na Bahia. A partir de 26 de junho, produtores da Região I – que engloba os principais municípios produtores do oeste baiano, como Luís Eduardo Magalhães, Barreiras, São Desidério, Formosa do Rio Preto, Correntina, Riachão das Neves, Cocos e Santa Maria da Vitória – deverão eliminar plantas vivas ou voluntárias de soja até o dia 7 de outubro. A medida é uma das principais estratégias para o controle da ferrugem asiática (Phakopsora pachyrhizi), doença que pode comprometer severamente a produtividade das lavouras.

Neste ano, o calendário da soja na Bahia foi reorganizado. Por meio da Portaria SDA/MAPA nº 1.271, de 30 de abril de 2025, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) dividiu o estado em três regiões agrícolas, cada uma com datas específicas, tanto para o vazio sanitário quanto para o início da semeadura. A Região I, que concentra a maior parte da produção de soja da Bahia, será a primeira a entrar no período de vazio sanitário.

A semeadura na Região I poderá ser realizada entre os dias 8 de outubro e 31 de dezembro. Já na Região II, o plantio será permitido de 15 de setembro a 15 de dezembro; e na Região III, entre 15 de março e 25 de junho de 2026. Com essa divisão, o objetivo é garantir um manejo mais eficaz das doenças, respeitando as especificidades climáticas e sanitárias de cada área.

A ferrugem asiática é a principal preocupação. De difícil controle, a doença se espalha rapidamente pelas lavouras e pode causar grandes perdas. Por isso, o vazio sanitário – período de pelo menos 90 dias em que não se pode plantar nem manter vivas plantas de soja – tem um papel essencial: ele interrompe o ciclo do fungo na entressafra e reduz a pressão da doença sobre a próxima safra.

Para reforçar o controle fitossanitário, a Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab) instituiu, por meio de Portaria Estadual 043 de 29 de maio de 2025, o Programa Estadual de Prevenção e Controle de Pragas para a cultura da soja. A medida estabelece normas sobre o cadastro obrigatório das propriedades, o acompanhamento da ocorrência de pragas durante a safra e as regras para cultivos excepcionais, entre outros pontos.

A Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba) tem orientado os produtores sobre o cumprimento das exigências legais e das boas práticas agrícolas. “Nosso foco é garantir que todos estejam cientes da legislação vigente para a cultura da soja, especialmente no que diz respeito ao manejo de pragas e doenças”, afirma Aloísio Júnior, gerente de Agronegócio da Aiba. “Este ano, o vazio sanitário foi regionalizado, e isso exige ainda mais atenção dos agricultores, principalmente nas áreas que passaram a ser zoneadas recentemente.”

Aloísio destaca que o vazio sanitário é uma estratégia indispensável. “É a principal forma de quebrar o ciclo da ferrugem asiática, uma das doenças mais severas que afetam a soja. Nosso trabalho é orientar o setor produtivo e buscar soluções equilibradas para garantir a sanidade da produção agrícola da Bahia”, finaliza.

Safra de grãos na Bahia é 8,2% maior em 2022. Soja é destaque.

Segundo a SEI foram colhidas 11,4 milhões de toneladas, resultado de uma área plantada de 3,38 milhões de hectares

A produção de cereais, oleaginosas e leguminosas da Bahia fechou 2022 com crescimento de 8,2% frente a 2021, registrando novo recorde. O estado colheu 11,4 milhões de toneladas, de acordo como o décimo segundo Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), do IBGE.

Os dados baianos são apurados pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI).

A produção baiana é fruto de uma área plantada de 3,38 milhões de hectares, uma expansão de 5,5% na comparação anual. A produtividade média nas lavouras de grãos ficou em 3,36 toneladas/hectare.

Principal cultivo de grão no estado, a soja registrou safra de 7,2 milhões de toneladas, o que corresponde a 6% acima do verificado em 2021.

A oleaginosa – que tem peso forte na pauta de exportações – atingiu recorde pelo terceiro ano consecutivo. A área plantada no estado é estimada em 1,8 milhão de hectares (7,2% superior ao observado em 2021). Foi apurada uma produção de algodão (caroço e pluma) de 1,35 milhão de toneladas, alta 6,4% em relação a 2021. A área plantada com a fibra (290 mil hectares) superou em 8,3% a do ano passado.

As duas safras anuais do milho, estimadas pelo IBGE, somaram 2,84 milhões de toneladas, que representa uma expansão de 13,6% na comparação anual. Com relação à área plantada (700 mil hectares), o IBGE aponta uma expansão de 4,5% em relação à da safra passada. Já a lavoura do feijão totalizou 244 mil toneladas, representando avanço de 28,9% na comparação com a safra de 2021.

Brasil continental: safra de soja está começando em Roraima

Foto: Geison Nicaretta

A colheita da soja já começou há 15 dias em Roraima. Como o estado se encontra no Hemisfério Norte, o plantio acontece entre abril e maio e a colheita entre agosto e setembro. Segundo a Conab, o estado deve produzir 150 mil toneladas em uma área de 49 mil de hectares.

O produtor Lemuel Andrade, de Boa Vista (RR), começou a colheita da soja no sábado, 22 de agosto, e está otimista que colherá sua maior safra.

“Estamos muito esperançosos que este ano teremos uma das nossas melhores safras, já que o clima ajudou. Aqui ainda é uma fronteira agrícola, então temos uma área de primeiro e segundo ano de plantio. Essa de primeiro ano esperamos colher pelo menos 50 sacas por hectare, enquanto a de segundo queremos colher pelo menos 55 sacas”, explica ele.

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Potássio, fertilizante essencial, pode ficar mais caro para produtor do complexo soja-milho-algodão.

Soja adulta mostrando deficiência de potássio.

O potássio é o fertilizante essencial para a soja, junto com o fósforo. De extrema mobilidade, pode sumir do alcance da planta na presença de exagerada de Cálcio e Magnésio ou depois de chuvaradas persistentes, quando percola para camadas inferiores do solo. A leguminosa sofre, então, no estabelecimento de sua arquitetura, no pegamento dos canivetes, no tamanho das vagens e no peso dos grãos. Por isso é recomendada a cobertura de potássio, pré-floração, para manter os níveis elevados no solo.

O Canal Rural veiculou hoje informação de que a tonelada do potássio pode custar mais ao produtor que ainda não comprou o seu fertilizante, entre US$20 e US$70.

Nos últimos dias, Belarus, país localizado no Leste Europeu, está passando por uma onda de protestos após eleição do novo presidente. Para o agronegócio brasileiro, isso pode afetar a demanda de potássio, já que o país é responsável por 25% da produção mundial de potássio.

“No curto prazo não há risco de abastecimento. Como o Brasil é o maior importador mundial desse produto, as próprias empresas fazem estoques aqui no país para quando a demanda subir, haja produto para ser vendido. Mas agora, a preocupação está em volta do preço, e a expectativa no mercado internacional é que o preço suba até US$ 20 no curto prazo diante de todas essas incertezas. E caso esse cenário continue, já há quem espere uma alta de até US$ 70 no preço final”, alerta ele.

Tempo seco impulsiona colheita da soja em todo o País

© Reuters/Reuters Staff Colheita de soja em Gilbués (PI)

Por Roberto Samora, da Reuters

A colheita de soja do Brasil na temporada 2019/20 atingiu 62,8% da área total no país, avançando cerca de 10 pontos ante a semana anterior e superando a média histórica de 62,6% para o período, com o tempo mais seco facilitando os trabalhos nos campos, informou nesta sexta-feira a consultoria Arc Mercosul.

Produtores colheram bem com o tempo mais seco em Mato Grosso do Sul, Goiás e Minas Gerais, disse o diretor da Arc Mercosul, Matheus Pereira.

O avanço da colheita deve garantir mais soja para a exportação após os embarques terem sido prejudicados em fevereiro por chuvas excessivas.

Os trabalhos de colheita estão virtualmente finalizados em Mato Grosso, maior produtor brasileiro de soja, enquanto superaram 60% da área no Paraná. Em Goiás, atingiram cerca de 80%.

No Rio Grande do Sul, onde a safra já registra perdas de cerca de 30% em relação às estimativas iniciais, os trabalhos de colheita estão em torno de 10% da área projetada.

O Estado gaúcho, um dos poucos a registrar perdas na soja por seca neste ano, pode ver sua safra ser reduzida em mais 5 a 10 pontos percentuais, “uma vez que os mapas continuam secos para a grande maioria do Estado”, disse Pereira.

No Norte do país, no Tocantins, a colheita avançou cerca de 20 pontos percentuais na última semana, para quase 60% da área, enquanto na Bahia e Maranhão atingiram cerca de 20% das lavouras.

MILHO

Contudo, o analista da Arc alertou que essa condição climática em alguns Estados do centro-sul também traz preocupações para produtores que plantaram ou estão plantando a segunda safra de milho.

Estados como Mato Grosso do Sul, Paraná, Goiás, São Paulo e Minas Gerais terão chuvas na próxima semana, mas em nível abaixo da média histórica para o período, segundo mapas climáticos da Refinitiv.

A segunda safra de milho, que tem em Mato Grosso o maior produtor nacional, responde por cerca de três quartos da produção do cereal no Brasil.

Mato Grosso deve ver mais chuvas na próxima semana, mas ainda assim algumas áreas ao sul terão menos precipitação do que a média.

A China em desespero por mais soja. E você vai vender o restinho da sua safra por este preço?

 

No Oeste baiano, a soja disponível foi comercializada no dia de ontem a R$73,25, enquanto há um mês estava da R$73,50.

No porto de Paranaguá, a soja disponível fechou com R$ 87,50 e em Rio Grande, com R$ 86,70, subindo respectivamente 0,57% e 0,58%.

Para a safra nova, altas de 0,71% e 0,58%, levando os indicativos a R$ 85,60 no terminal paranaense e a R$ 86,50 no gaúcho.

Chicago fechou o pregão com pequenas altas de pouco mais de 4 pontos nos principais contratos, levando o novembro a US$ 9,16 e o maio/20, referência para a safra brasileira, a US$ 9,50 por bushel.

Mas parece claro, pelo vídeo acima, que apesar da próxima safra já estar travada em mais de 25%, os preços ultrapassarão com folga os 10 dólares por bushel em maio, mesmo que a colheita brasileira se torne uma super safra de 125 milhões de toneladas, como os mais otimistas falam.

Safra farta empurra para baixo os preços do milho. Feijão estável. Soja oscila a espera do relatório USDA.

Os preços de milho estão em baixa na maior parte das regiões acompanhadas pelo Cepea. A pressão sobre os valores é reflexo do avanço da colheita, que já tem aumentado a disponibilidade do cereal. Produtores consultados pelo Cepea seguem com as atenções voltadas à colheita e ao escoamento da safra, enquanto as exportações vêm ganhando ritmo.

Mesmo com a intensificação dos trabalhos de campo, produtores/vendedores têm se mostrado cautelosos em negociar grandes lotes do cereal no mercado interno. Por outro lado, compradores, atentos à maior disponibilidade do produto, pressionam as cotações.

No Centro-Oeste, apesar da procura de compradores paulistas, as quedas são mais intensas com o andamento da colheita. Em Campinas (SP), entre 19 a 26 de julho, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa, recuou 1,4%, indo a R$36,36/saca de 60 kg na sexta-feira. Informe do Agrolink

Luís Eduardo Magalhães – BA

Milho Seco Sc 60Kg R$ 31,00 
Barreiras – BA
Milho Seco Sc 60Kg R$ 30,25 
Adustina – BA
Milho Seco Sc 60Kg R$ 48,00 
Irecê – BA
Milho Seco Sc 60Kg R$ 45,00 
Tucano – BA
Milho Seco Sc 60Kg R$ 45,00 
Ribeira do Pombal – BA
Milho Seco Sc 60Kg R$ 45,00

Feijão na Bolsinha

O preço da leguminosa permanece estável na bolsa informal do feijão em São Paulo, mercado que regula a mercadoria do Sul, Sudeste e Centro Oeste. O carioca continua com venda de R$150,00 a saca, com o preto em torno de R$160,00.

O mercado nessa quarta-feira recebeu novas entradas. Foram ofertadas 13 mil sacas e foram negociadas aproximadamente 76 % do total, restando até as 6h35 a quantidade de 3 mil sacas. O mercado voltou a ficar firme. O movimento de compradores foi bom e ocorreu escoamento de grande parte das mercadorias ofertadas. Nessa madrugada, só sobraram lotes que as pedidas estavam acima do preço praticado no mercado. No Oeste baiano o preço praticado é de R$126,00 a saca. Informe da Bolsinha.

Soja no Oeste

A soja recuperou os preços de 30 dias atrás, sendo comercializada ontem entre R$66,00 e R$67,00 a saca.

Nesta quarta-feira (31), os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago operam com leves baixas, mais uma vez, diante do pessimismo do mercado frente às reuniões entre China e Estados Unidos. Rápida e inconclusiva, a rodada de conversas realizada em Xangai nesta terça e quarta-feiras pouco evoluiu nas negociações.

Assim, por volta de 8h30 (horário de Brasília), as cotações perdiam entre 2,50 e 3,25 pontos nos contratos mais negociados, com o agosto valendo US$ 8,75 por bushel, enquanto o novembro tinha US$ 8,94. O mercado dá continuidade às baixas observadas no pregão anterior.

“Com pessimismo em relação à possibilidade de acordo comercial EUA/China, apesar das reuniões ocorrendo em Xangai entre as partes, os traders focam no clima”, diz Steve Cachia, consultor da Cerealpar e da Agro Culte.

Os últimos mapas atualizados mostram chuvas abaixo da média para o período em diversas regiões produtoras, mas compensadas por temperaturas mais amenas e até abaixo do normal para esta época do ano em alguns pontos do Corn Belt. No entanto, o cenário é bastante irregular e os efeitos do atraso no desenvolvimento das lavouras ainda é preocupante.

Apesar de tudo, o foco maior – e também a ansiedade dos traders – se mantém sobre o relatório que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) traz em 12 de agosto. “Com esse boletim poderemo ter uma ideia melhor da área efetivamente plantada nos EUA e na possibilidade de geada preçoce lá para setembro”, diz Cachia. Informe do Notícias Agrícolas.

Cotações do milho caem todo dia. Soja se mantém com preços baixos.

Mesmo com o dólar batendo em R$3,98 – o que significa custos maiores na compra de insumos – a soja se mantém em R$63,00 a saca no Oeste baiano, quase 8% a menos que há um mês.

Em Chicago a cotação da leguminosa caiu para US$7,91 o bushel.

O milho, no entanto, não para de cair. Hoje foi cotado a R$29,00 a saca no Oeste baiano, enquanto há um mês valia R$36,00, quase 20% a menos da cotação anterior.

Os produtores esperam agora pelo efeito China no incremento da produção de suínos para firmar o consumo, tanto do milho como do farelo do soja.

É verdade que o aumento da capacidade instalada de produção de carne suína é lenta, pois o incremento do número de matrizes leva no mínimo seis meses para ampliar o consumo de grãos através de novos leitões.

Em contrapartida o mercado interno deve cair, pois a profunda recessão e o desemprego tiram capacidade de consumo dos brasileiros.

Soja recua em Chicago mesmo com chegada dos chineses aos EUA. No Brasil, perdas consideráveis.

Segue o recuo dos preços da soja na Bolsa de Chicago nesta quinta-feira (9). Os futuros da oleaginosa, por volta de 8h50 (horário de Brasília), perdiam entre 3,75 e 6 pontos nos principais contratos, levando o julho a US$ 8,21 por bushel. Essa agora é a posição mais negociada.

O mercado ainda sente a pressão da tensão entre China e Estados Unidos e se prepara para a vista do vice-premier chinês a Washington, que começa hoje. A Casa Branca recebeu a indicação de que a nação asiática quer firmar um acordo com os americanos, porém, tudo se mantém no campo das especulações.

Ontem a soja tinha cotações de R$63,50 nas esmagadoras de Luís Eduardo Magalhães e Barreiras. No entanto, a baixa registrada em todo o País deve afetar os preços da soja balcão no dia de hoje.

A saca de 60 quilos da soja começou a quinta-feira (9) com queda de 0,86% no Paraná, e o grão é vendido a R$ 69,25 no estado.

Na cidade de Pedro Afonso, em Tocantins, o produto é comercializado a R$ 69,50.

Já na cidade maranhense de Balsas o valor da saca é R$ 67,50, enquanto em Rondonópolis, no Mato Grosso, a soja é negociada a R$ 67.

Campeões de produtividade em cultivo de soja terão resultados em junho

Sojicultores que alcançaram os melhores resultados no Desafio CESB de Máxima Produtividade, promovido pela entidade, serão apresentados no dia 18 de junho em Londrina-PR

Os campeões da edição de 2018/2019 do Desafio CESB de Máxima Produtividade de Soja, realizado pelo Comitê Estratégico Soja Brasil (CESB), serão conhecidos no dia 18 de junho, em Londrina (PR). O anúncio será feito durante o Fórum Nacional de Máxima Produtividade da Soja, que acontece este ano em parceria com a COCAMAR – Cooperativa Agroindustrial e a SRP – Sociedade Rural do Paraná.

Os cases campeões dos ganhadores da 11ª edição do Desafio serão expostos pelos consultores, membros e especialistas do CESB durante o Fórum, a fim de compartilhar informações sobre métodos e técnicas utilizados para produzir mais soja em uma mesma área. Do total de 4 mil áreas inscritas foi alcançado um número recorde de 800 áreas que estão sendo auditadas e avaliadas pelos especialistas do Comitê.

O CESB recebeu 4 mil inscrições para o Desafio, atingindo 11,5% das áreas plantadas de soja do Brasil, o que representa 4,14 milhões de hectares. No total, o Brasil conta com cerca de 36 milhões de hectares cultivados com a oleaginosa. Produtores de todas as regiões do País aceitaram se auto desafiar para aumentar a produtividade de suas áreas com sustentabilidade e rentabilidade.  

Troca de informações

Neste ano, o Fórum terá como convidado o palestrante Gustavo Spadotti, da base Territorial da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Em sua palestra, ele abordará técnicas que podem ser aplicadas por sojicultores brasileiros para melhorar a sua produtividade. “O evento será um meio de os produtores e especialistas da área agrícola realizarem um networking, além de promover uma preciosa troca de informações sobre a produção de soja no Brasil”, destaca o presidente do CESB, Leonardo Sologuren.

Ele também lembra do momento difícil enfrentado nessa última safra, com veranicos sucessivos em algumas regiões, que causaram quebras na produção. “Tivemos condições climáticas totalmente diferentes do ano passado. Portanto temos a expectativa de ver o que os produtores fizeram para enfrentar esse momento de clima adverso e mesmo assim alcançar níveis avançados em produtividade”, relata.

Campeões de produtividade

O Fórum é realizado anualmente e tem por objetivo revelar os números recordes de alguns dos melhores sojicultores e consultores do Brasil, que ao longo de dez anos de história do Desafio demonstraram crescimentos em produtividade acima da média nacional. A produtividade média dos primeiros colocados das áreas avaliadas nesses dez anos variou de 77,8 a 109,4 sacas por hectare, com taxa de crescimento anual de aproximadamente 4,9%. Enquanto a média nacional, de acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), apresentou variação de 43,8 a 56 sacas por hectare, crescendo ano a ano aproximadamente 3,5%.

O recorde atual foi conquistado com o produtor Marcos Seitz, de Guarapuava (PR), que alcançou a marca de 149,08 sacas de soja por hectare. Ele foi o campeão da edição de 2016/2017 do Desafio. O campeão da última edição (2017/2018) foi Gabriel Bonato, de Sarandi (RS), que alcançou 127,01 sacas de soja por hectare.

Auditorias

Neste ano, o Comitê alcançará um número recorde de auditorias: um total de 800, contra 573, no ano passado. Após a inscrição, os agricultores tiveram suas áreas cultivadas submetidas a auditorias realizadas por especialistas do CESB. As auditorias acontecem desde janeiro e serão finalizadas em maio.

“A cada safra o produtor compra a ideia de ser desafiado E a entender seu ambiente de produção buscando produzir cada vez mais soja por unidade de área, destacando uma das premissas do Desafio, que é promover a produção sustentável da oleaginosa”, pontua Luiz Antonio Silva, diretor executivo do CESB.

Serviço

Fórum Nacional de Máxima Produtividade

Data: 18 de junho de 2019

Horário: das 8h às 13h30

Local: Avenida Tiradentes, 6.275, Parque Governador Ney Braga, Londrina (PR)

Saiba mais sobre o Desafio: http://www.cesbrasil.org.br/desafio-da-soja/

Soja com cotações estacionadas, com o menor preço desde março de 2018.

Embarque da soja baiana no Porto de Cotegipe, na baía de Aratu.

Mesmo com o dólar em alta no dia de hoje – 3,8259 – a cotação da soja no Oeste baiano está cotada a R$66,00, apenas 2 reais a mais que no mesmo dia do ano passado. Isso pode significar menos rentabilidade ao produtor, que enfrenta preços de insumos substancialmente alterados e os fretes até o porto dentro do mesmo tabelamento.

Na realidade, a produção de soja do Oeste está localizada numa das maiores distâncias dos portos em todo o País, cerca de 950 km do embarque em Aratu. Uruçuí,no Piauí, só pra citar outra região produtiva, está a 750 km do porto de São Luís. A região de SINOP está a 994 km do porto de Miritituba, com o gravame de 50 quilômetros de estradas sem asfalto.

Preços Médios CEPEA

Os valores da soja em grão voltaram a subir no mercado doméstico, impulsionados pelo forte ritmo de embarques nos portos brasileiros, de acordo com levantamento do Cepea – Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada do Departamento de Economia, Administração e Sociologia da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (Esalq)

Além da entrega de contrato a termo, agora, as negociações no mercado spot também começaram a ganhar força, especialmente devido à valorização do dólar frente ao Real, que torna o produto nacional mais atrativo aos importadores.

Em fevereiro, o Brasil embarcou 6,09 milhões de toneladas, um recorde para o mês e mais que o dobro dos volumes enviados em janeiro/19 (2,15 milhões de toneladas) e em fevereiro/18 (2,86 milhões de toneladas), conforme dados da Secex.

Isso se deve à crescente demanda da China, que adquiriu 82,4% (5,02 milhões de toneladas) do total de soja exportado pelo Brasil em fevereiro. Entretanto, o valor médio recebido pela saca da soja foi o menor desde março de 2018, a R$ 80,93.

Argentina perde áreas de soja por inundação

Fotos do jornal Clarin

Enquanto a seca afeta grande parte dos cultivos de soja no Brasil – as estimativas de perda são controversas, com números entre 5 e 20% – na Argentina, que sofreu enorme falta de chuva no ano passado, agora algumas áreas ao norte de Buenos Aires, na região de Rosário, sofrem com inundação.

A seca reduziu a produção de soja do ano passado para 37 milhões de toneladas, ante 55 milhões de toneladas inicialmente esperadas.

Cerca de 2 milhões dos 17,8 milhões de hectares plantados com soja, a principal cultura comercial da Argentina, foram danificados pelas fortes chuvas relacionadas ao fenômeno climático El Niño nesta temporada, disseram à Reuters as duas principais bolsas de grãos da Argentina (Buenos Aires e Rosario).

As previsões indicam chuvas contínuas na região, nos próximos dias.

As perdas na lavoura podem chegar a R$27 bilhões só na soja

A redução da safra estimada de soja no País, de 20% dos 115 milhões de toneladas esperados no início do plantio, pode significar uma perda de R$27 bilhões a nível de produtor, sem considerar o valor agregado com a transformação do produto e fretes de exportação e de distribuição no mercado interno.

A estimativa especula sobre um deficit de 383 milhões de sacas, estimadas em R$70,00 na boca da colhedeira. Já tivemos anos piores, com perdas de até 60% nos estados do Sul e no Oeste da Bahia, só para dar mais exemplos.

Mas agora a perspectiva de frustração é genérica, atinge todo os estados produtores do País.

Também parece óbvio que a frustração da soja permite uma leitura semelhante da safra de milho, de feijão e de outros grãos, bem como de frutas e da pluma de algodão.

Com a redução da safra, frustam-se também a indústria de insumos e de manufatura de máquinas e implementos.

Com a economia andando aos trancos, a perspectivas de 2019 não são melhores do que aquelas de quando se iniciou o ano de 2018.

Soja ronda os R$100,00 nos portos. Mas quem ainda tem soja?

Valor do grão segue valorizado no Brasil, favorecido principalmente pela alta do dólar. Poucos produtores ainda têm estoque, mesmo assim estão conseguindo aproveitar o momento

De Daniel Popov, de São Paulo, para o Projeto Soja Brasil, do Canal Rural

Os preços da soja brasileira seguem em alta nas principais praças do país. Além da falta do produto no mundo, a firmeza do dólar também favorece a valorização dos prêmios. No porto de Paranaguá, por exemplo, a saca atingiu a marca de R$ 98,50, patamar visto apenas em meados de 2016, quando muitos analistas apostavam que ela chegaria a R$ 100.

Segundo a consultoria Safras & Mercado, na última quinta-feira foram negociadas aproximadamente 300 mil toneladas no sul do país. Na Bahia, cerca de 30 mil toneladas foram movimentadas. Além disso, Mato Grosso, Goiás e Minas Gerais negociaram cerca de 10 mil toneladas, cada.

Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos subiu de R$ 88 para R$ 89 a saca. Na região das Missões (RS), a cotação passou de R$ 87,50 para R$ 88,50. No porto de Rio Grande, os preços subiram de R$ 95 para R$ 96.

Em Cascavel, no Paraná, o preço passou de R$ 89 para R$ 91,50 a saca. No porto de Paranaguá (PR), a saca valorizou de R$ 96 para R$ 98,50.

Em Rondonópolis (MT), a saca cresceu de R$ 79 para R$ 80,50. Em Dourados (MS), a cotação passou de R$ 82,50 para R$ 84. Em Rio Verde (GO), a saca subiu de R$ 84 para R$ 86.

Produtores sem soja

Alguns produtores rurais também estão relatando que os valores locais estão mais altos, como em Mangueirinha (PR)., por lá a saca atingiu R$ 83,50, contra R$ 78 pagos em julho. Em Ronda Alta (RS) a saca é negociada a R$ 81 por saca, contra os R$ 73 de julho. Em Coronel Bicado (RS), a saca que era vendida a R$ 72 em julho, atingiu agora R$ 79.

O produtor Roni Bedin, de Ronda Alta, não tem o produto para vender, mas está conseguindo travar vendas futuras a R$ 80, por exemplo. “Esses valores estão bons para antecipar um pouco das vendas e garantir os custos. Já consegui garantir isso. Todas as prestações de maquinas em bancos e alguma coisa de insumos que foi comprado a prazo para a safra já estão com fixação de soja garantida”, afirma.

Outro produtor de Coronel Bicaco (RS), o Manuel, ainda tem pelo menos 7 mil sacas de soja para vender, mas não quer vender agora. “Já me ofereceram R$ 4 a mais por saca, mas estou esperando uma proposta ainda melhor. Tudo que vier agora é lucro, pois já garanti os custos e posso esperar”, diz.

Sojicultor fura vazio sanitário e é obrigado a destruir 68 hectares de soja no Tocantins

Foto: Adapec

Produtor havia semeado área com sementes sem origem comprovada, fora do período permitido e levou multa pelo desrespeito a lei

O vazio sanitário para a soja não acabou em nenhum estado ainda, mas em Tocantins um produtor rural resolveu semear o grão, contrariando a proibição. Para piorar a área não era cadastrada no sistema do governo e as sementes não tinham comprovação de origem. Resultado: multa de R$ 7,2 mil e destruição mecânica da lavoura.

Durante uma fiscalização de rotina, os técnicos da Agência de Defesa Agropecuária (Adapec) localizaram a lavoura irrigada por pivô central, em uma propriedade rural, localizada no município de Miracema (TO). No mesmo dia o dono do local foi notificado e orientado a destruir a soja clandestina em 48 horas. Na última quarta-feira, dia 29, ao retornar a região, notaram que a lavoura seguia inteira, foi então lavrada multa e nova notificação.

Só que desta vez os próprios técnicos da Adapec providenciaram a destruição dos 68 hectares de soja com grade. A ação deve durar três dias. O agricultor foi multado em R$ 7,2 mil por infrações administrativas e por risco de propagação de pragas nas lavouras da região.

“A plantação irregular poderia afetar o status de excepcionalidade do plantio da soja nas Várzeas Tropicais, destinado a pesquisa e sementes, prejudicando 60 mil hectares da cultura, além de possibilitar a disseminação de pragas nas propriedades rurais vizinhas,” avaliou o diretor de defesa, sanidade e inspeção vegetal, Alex Sandro Arruda, acrescentando que o empresário tinha conhecimento dos riscos.

Segundo a entidade, o estado mantém um controle rígido de produção de soja com o monitoramento de 100% das áreas plantadas e cadastradas, levando também informações aos sojicultores. O vazio sanitário, responsável por quebrar o ciclo da ferrugem asiática, é uma medida respeitada pelos sojicultores tocantinenses, por isso este caso foi considerado atípico. “Somos referência nacional na produção de sementes de qualidade, por isso não podemos nos descuidar de algo conquistado com muitas lutas de toda a cadeia produtiva, afinal basta a ação irregular de um para causar grandes prejuízos a todos”, destacou o presidente da Adapec, Alberto Mendes da Rocha.

Em Tocantins o vazio sanitário vai do dia 1º de julho até 30 de setembro. Nesta época, fica proibido o plantio de sementes da oleaginosa em lavouras. Esta medida é fundamental para prevenir e controlar a ferrugem asiática, a principal praga que ataca a cultura da soja.

Durante o vazio sanitário só é permitido o cultivo de soja nas várzeas tropicais, que compreendem os municípios de Lagoa da Confusão, Dueré, Pium, Formoso do Araguaia, Cristalândia e Guaraí. Nestas localidades, a Adapec autoriza o plantio da oleaginosa para fins de pesquisa científica e de produção de sementes, mediante um rigoroso controle e monitoramento da ocorrência da praga feito pelos inspetores da Agência. Do Projeto Soja Brasil, no Canal Rural.

Agronegócio diz que tabelamento do frete rodoviário impede avanço da produção de soja

Sancionada no dia 30 de maio de 2018, a Medida Provisória Lei nº 13.703/18, que trata do tabelamento do frete, continua em discussão pelos principais setores da economia do país.
Nesta quarta-feira (22), representantes de oito entidades da indústria e do agronegócio se reuniram para debater o tema em evento organizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Denominado ‘Seminário Frete sem Tabela, Brasil com Futuro’, o encontro contou com a presença do presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil), Bartolomeu Braz. Na ocasião, ele criticou o tabelamento dos preços do frete rodoviário e disse que o governo agiu sob pressão da categoria.

Ainda segundo Braz, “o país tinha uma projeção de crescimento de áreas de mais de 4% na produção de soja e isso foi inibido devido a essa situação que não se resolve”. Além disso, ele afirma que o tabelamento já implicou nos aumentos dos fretes cobrados em alguns percursos.

“O frete está de 20 a 30% mais caro. Se o custo de produção ultrapassa, o produtor vai tirar o pé e isso vai cair a produtividade e pode cair emprego. Menos exportações, menos economia”, ressalta o presidente da Aprosoja Brasil.

De acordo com dados do grupo de pesquisa feita Esalq/LOG, a soja é produto que mais sofrerá como tabelamento do frete. Os gastos com escoamento do grão podem chegar a R$14 bi. O valor representa um aumento de 156% quando comparado a última safra.

O ex-secretário nacional de Justiça, Beto Vasconcellos, também participou do seminário e ficou incumbido de falar sobre a atuação do Judiciário na questão que envolve o tabelamento do frete rodoviário.

De acordo com o especialista, a lei que estabeleceu o tabelamento do frete rodoviário gera insegurança jurídica. Um dos fatores, segundo Vasconcellos, é o fato de a medida está sob análise do Supremo Tribunal Federal (SFT), sem perspectiva de data para ter o processo concluído.

O segundo ponto apresentado por ele é “a dificuldade que a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) terá para cumprir o que determina a tabela diante das inúmeras variáveis para a definição do preço de um frete.”

Além disso, o ex-secretário faz um alerta ao comparar o modelo de tabelamento do frete ao sistema de cartelização. “O efeito desse preço tabelado é igual a como se houvesse um cartel que define por si só o preço, e não o mercado competindo entre si, disputando o melhor preço e a melhor qualidade de serviço.”

A diretora de Relações Institucionais da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Mônica Messenberg, também esta presente no evento e reforçou o argumento de que, o tabelamento vai gerar um custo. Segundo ela, o reajuste nas relações econômicas vai gerar um gasto relativamente alto que, possivelmente será pago pelo consumidor. “Só para exemplificar, nós temos o aumento do preço do pão que se materializou e vai continuar.”

Tabelamento do frete

Com a sanção da Lei 13.703/18, petição apresentada pela indústria acrescenta elementos à ADI 5964 contra a MP 832, que fixou os preços mínimos para o transporte, e reforça pedido de suspensão cautelar da lei e de portarias da ANTT.

No dia 9 de agosto, a CNI encaminhou um pedido para que o STF declare inconstitucional a lei que estabeleceu o tabelamento dos preços do frete rodoviário. O novo documento também pede a suspensão cautelar dos efeitos da lei e de todas as portarias editadas pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). Artigo de Marquezan Araújo.

Em política, nada como um dia depois do outro. Os agricultores apoiaram de maneira franca e plena a greve dos caminhoneiros, que tinha como principais pautas a redução do preço do óleo diesel e a tabela de fretes.

Não imaginavam o que estava por vir? Agora, se voltam contra o tabelamento dos fretes.

A falta de aptidão das cadeias produtivas do agronegócio para o trato de problemas sociais e econômicos é notória.

Valor da Produção Agropecuária é de R$ 563,5 bilhões. Bahia se destaca pelo algodão e cacau.    

Imagem: Kimberly Vardeman para o Globo Rural

Algodão, cacau, café, soja, tomate e trigo representam 37,6% do valor  

Em 2018, o Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) está estimado em R$ 563,5 bilhões, 2,2% menor que o de 2017 (R$ 575,9 bilhões). As lavouras tiveram redução de 0,6% e a pecuária de 5,3%, em relação ao ano passado.  

Os produtos com melhor desempenho são algodão, com aumento real de 43,2%, cacau (28,6%), café (8,5%), soja (9,8%), tomate (17,2%) e trigo (62,3%). Esses seis produtos representam 37,6% do VBP. Algodão e soja apresentam destaques recordes de valor na série analisada, desde 1990. Ambos são beneficiados por preços mais elevados do que em 2017, e recordes de produção.

De acordo com José Garcia Gasques, coordenador geral de Estudos e Análises da Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, isso faz com que estados líderes nesses produtos, como Mato Grosso e Bahia, apresentem resultados excepcionais de faturamento neste ano.

Há um grupo de produtos que apresenta resultados desfavoráveis no comparativo com o ano passado. Entre estes encontram-se arroz, com queda real do valor de 20,8%, cana-de-açúcar (-7,3%), feijão (-29,1%), laranja (-19,6%), mandioca (-15,8%), e milho (-9,4%). Todos esses tiveram redução acentuada de preços e quantidades produzidas.

Como a safra de verão representa quase a totalidade da produção de grãos e já se encontra finalizada segundo a Conab, poucas alterações deverão existir ainda durante este ano, explica o coordenador geral do Mapa. 

Na pecuária, todos os itens estão com valores inferiores aos de 2017. Os preços reais encontram-se em níveis menores que no ano passado, principalmente em suínos (-19,2%), frango (-6,3%), leite (-5,2%) e ovos (-11,5%). Preços internacionais mais baixos e redução do consumo interno, são apontados por Gasques como principais fatores que estão afetando o comportamento desse segmento.

Brasil deve se tornar maior produtor mundial de soja, mas consome 45% no mercado interno

O Brasil deve assumir a liderança da produção mundial de soja nesta próxima safra se o clima se mantiver como no ano passado. Previsões de consultores privados dizem que a produção brasileira deve atingir 120 milhões de toneladas, contra 117 dos Estados Unidos e 57 da Argentina.

O que pouca gente sabe é que 45% da soja produzida no País é consumida aqui mesmo, na forma de componente de rações de aves, suínos e bovinos. Atualmente a soja é componente de alimentação humana, do biodiesel e até do sabão em pó usado nas máquinas de lavar.

Veja alguns alimentos que são derivados da soja:

Leite de soja

Produto mais comum e facilmente encontrado nas prateleiras dos supermercados, normalmente, é comercializado em pó solúvel como extrato de soja. É extraído dos grãos da soja in natura e pode ser utilizado como alternativa de substituição ao leite animal.

Molho Shoyu

Produto originalmente da cultura oriental, o molho Shoyu é mais tradicional no Brasil como molho de soja e é bastante utilizado para temperar e condimentar saladas, arroz e carnes em geral.

Tofu

O popular “Queijo de Soja” é feito com a coagulação da proteína da soja pura, formando uma espécie de massa branca processada, que pode ser temperada a gosto depois.

Farinha de soja

É extraída da proteína de soja moída e pode ser adicionada no preparo de massas em geral ou em farofas. Possui muitas fibras e sais minerais essenciais para uma boa dieta.

Proteína Texturizada de Soja (PTS)

Sua textura lembra muito a carne, podendo ser utilizada na sua substituição integral ou parcial. É fabricada a partir da proteína de soja e também é conhecida como Proteína Vegetal Texturizada (PVT). É uma excelente fonte de proteína para o organismo.

Missô

Produto também originado da cultura oriental, o Missô é obtido através da fermentação da soja com cereais e é bem comum encontrar em restaurantes de comida japonesa, onde servem como sopa e tempero para legumes, carnes e pratos quentes em geral.

Óleo de soja

O mais tradicional ingrediente da cozinha também é feito de soja, porém, é refinado e passa por processos que hoje são considerados transgênicos para aumentar seu valor nutricional.

Okara

Conhecidos por poucos, o Okara nada mais é do que os resíduos de grãos de soja que são moídos para a preparação do leite. É utilizado em farofas e em complementação de massas em geral.

Grãos

Os grãos são comercializados normalmente in natura para o preparo de refogados e substituição do feijão. Os grãos podem ser armazenados por até doze meses devido ao seu alto grau de durabilidade.

Tipos de grãos

São três os tipos de grãos utilizados: a soja preta, a amarela (tradicional) e a verde. Não há diferenças significativas entre as três, no que diz respeito ao valor nutricional. A soja verde normalmente é comercializada congelada, em grãos secos imaturos, pois é colhida antes de seu amadurecimento e é considerado um grão muito especial. A soja preta é facilmente encontrada na forma de farinha e a soja amarela é a mais tradicional de todas.

Soja orgânica

No Mercado Comum Europeu, a soja produzida por métodos orgânicos vale 50% a mais do que a convencional. No Brasil, esses valores passam de mais 30 reais sobre o preço de mercado. Produtores de suínos, aves e bois orgânicos são os principais clientes, bem como os produtores de alimentos orgânicos.

 

Soja rende mais 50% em plantio pós forrageiras no Tocantins

Plantar soja em solo cultivado com forrageiras pode aumentar em quase 50% a produtividade da oleaginosa. É o que concluiu o trabalho de pesquisa de Carlos Andrade, em sua dissertação de mestrado desenvolvida na Universidade Federal do Tocantins (UFT) e que contou com a participação da Embrapa. Um dos que colaboraram foi o analista da Embrapa Pesca e Aquicultura Francelino Camargo. O foco do trabalho de Andrade foi a região de Cerrado do Tocantins, que possui mais de 90% de seu território nesse bioma.

Andrade explica que, como a região é composta por áreas com diferentes características, o potencial de produção e produtividade das culturas não é o mesmo, assim como não são semelhantes as condições do solo e do clima e, portanto, os resultados dos cultivos também são diversos. Com essa multiplicidade de condições, é preciso entender melhor as áreas de Cerrado em regiões menores ou mais específicas. Foi esse o enfoque do trabalho de Andrade, que concentrou seus experimentos em Gurupi, município localizado no sul do Tocantins.

Capim Mombaça aumentou produtividade em quase 50%

Ele relata que foram avaliadas a produção de palha e o desempenho agronômico da cultura da soja em consórcio com diversas forrageiras sobressemeadas em sistema de plantio direto. Como resultado, Andrade observou que, entre cinco forrageiras testadas, o capim Mombaça se destacou: aumentou em quase 50% a produtividade da soja quando comparada à produção da oleaginosa semeada do modo tradicional (solteira).

Além da obtenção da maior produtividade, são inúmeras as vantagens do consórcio soja-forrageiras. Andrade destaca o maior aproveitamento do residual de adubação, a reciclagem de nutrientes, o aumento da produtividade da forragem, a recuperação de áreas degradadas, o aumento de ciclos de pastejo de animais e a conservação do solo. Sem falar na formação de palhada produzida pelas espécies forrageiras, essencial ao plantio direto da soja.

Em sistemas de integração lavoura-pecuária, que vêm ganhando novas áreas no Tocantins, a sobressemeadura de forrageiras na soja trouxe benefícios independentemente da atividade principal da propriedade, seja agricultura ou pecuária.

Meio eficaz de recuperação dos solos

Francelino Camargo participou da condução dos experimentos e considera que a sobressemeadura é uma excelente alternativa para recuperar o pasto degradado e para manter a superfície do solo coberta e protegida por maior tempo para o plantio.

O cultivo das forrageiras permite altas adições de biomassa por ano na área a ser cultivada, aumentando os estoques de carbono no solo.
O analista destaca também que o solo coberto por maior tempo reduz as variações térmicas da superfície, diminuindo seu estresse. O plantio das forrageiras melhora as características físicas do solo, reduz a ação das plantas daninhas e diminui a aplicação de herbicidas nas lavouras.

Camargo considera que os resultados dos experimentos conduzidos em Gurupi podem ser alcançados em outras áreas de Cerrado do Matopiba, grande fronteira agrícola que reúne partes do Maranhão (sul do estado), do Tocantins (praticamente todo o estado), do Piauí (sul) e da Bahia (oeste do estado).

Estimativa de safra de soja cresce no País e preços se mantem em alta.

A produção brasileira de soja em 2017/2018 deverá totalizar 119,231 milhões de toneladas, com aumento de 4,4% sobre a safra da temporada anterior, que ficou em 114,23 milhões de toneladas, segundo previsão da consultoria Safras & Mercado.

No início desta madrugada a soja subia em todos os vencimentos em Chicago, sendo o mais significativo 1,25% em agosto de 2018.

No dia de ontem, a soja foi comercializada a R$ 69,25 a saca de 60 quilos em Barreiras e Luís Eduardo Magalhães.  

Os três dias de sol no Oeste baiano favoreceram o rápido avanço da colheita da soja, colocando no galpão e até em silos bag os resultados da farta colheita do ano.

Soja segue em alta lenta e gradual em todos os vencimentos

A soja abriu no mercado de Chicago com altas significativas em todos os vencimentos. No Oeste baiano a soja balcão está sendo negociada a R$65,00 a saca de 60 quilos. Se as chuvas permitirem, em uma semana estaremos no auge da colheita, a qual deve se estender até o final de abril.

Segundo o Canal Rural, além do confronto comercial China x Estados Unidos, as chuvas na Argentina ou a falta delas continuam a influenciar as cotações internacionais:

  • As chuvas dos últimos 10 dias na Argentina ajudaram a aliviar parte dos problemas de umidade nas lavouras da província de Buenos Aires, mas não atingiram de forma ampla as províncias de Santa Fé e Córdoba. A situação argentina continua muito ruim e as previsões para as próximas duas semanas não são boas;
  • Os mapas apontam para chuvas pouco volumosas em Buenos Aires e praticamente nenhuma umidade em Santa Fé e em Córdoba nos próximos 14 dias, o que deve agravar as condições das lavouras da chamada “zona núcleo”;
  • As perdas de produção na Argentina devem superar 10 milhões de toneladas, e embora boa parte dessas perdas já esteja precificada em Chicago, o mercado deve continuar encontrando algum suporte neste fator;
  • A entrada da supersafra brasileira começa a chamar a atenção de Chicago, com os players entendendo que parte das perdas argentinas poderá ser compensada por uma produção recorde no Brasil;
  • Outro fator que começa a pesar em Chicago é a previsão de aumento de área de soja nos Estados Unidos na nova temporada. O relatório do USDA do dia 29 de março deve confirmar a maior área a ser semeada com soja na história dos EUA, superando o milho;
  • O último fator de atenção do mercado, mas talvez o mais importante deste momento, é o aumento das tensões envolvendo a guerra comercial entre EUA e China nos últimos dias, que deve continuar mexendo com o mercado.

Trégua nas chuvas pesadas permitirá colheita de variedades precoces da soja

O dia ensolarado desta sexta-feira no Oeste baiano vai permitir a colheita de alguns produtores de soja que dessecaram lavouras de variedades precoces. No entanto, a colheita deve se acelerar apenas na primeira semana de abril para variedades de ciclo convencional.  

Nesta madrugada as cotações da commoditie avançaram na Bolsa de Chicago para US$10,46 o bushel no vencimento de maio e US$10,60 em junho e agosto.

A colheita argentina perdeu mais de 6 milhões de toneladas com a falta de chuvas e poderá ter resultados ainda mais negativos. O milho caiu para 32 milhões de toneladas, segundo últimas análises da Bolsa de Rosário.

No Oeste baiano, a soja era comercializada ontem a R$64,13 a saca de 60 quilos.

Bahia cria grupo de trabalho para combater a ferrugem asiática

Com o aumento dos registros da doença nesta safra, associações e entidades se unem para levar informações de manejo e combate aos produtores

Por André Anelli, de Luis Eduardo Magalhães (BA), para o Projeto Soja Brasil

A incidência da ferrugem asiática na Bahia tem preocupado os produtores. Além de perder produtividade, os custos para controlar a doença estão pesando bastante nesta temporada. Com isso a Aprosoja Bahia criou uma iniciativa para combater o fungo causador da doença.

O tempo chuvoso, na região oeste da Bahia, tem gerado uma a expectativa de boa produção entre os produtores. Mas, a umidade também forma o ambiente ideal para o surgimento da ferrugem asiática. Na propriedade de Paulo Schimdt, no município de Luís Eduardo Magalhães (BA) já foi encontrada a doença e ele prevê aumento no custo de produção.

“O custo de produção já estava alto, porque já tínhamos cuidados contra a ferrugem. Esse custo pode aumentar de cinco a sete sacas, dependendo a época de plantio e tudo mais “, comenta Schimdt.

Até o fim de fevereiro, 22 casos de ferrugem asiática foram detectados no estado. Para tentar diminuir os casos, a Aprosoja estadual, a Fundação Bahia, a Associação dos Irrigantes do Oeste da Bahia e Sindicatos Rurais de municípios da região criaram programa “De Olho na Ferrugem”. E, já definiu pelo menos quatro ações de combate à doença.

Uma delas é a reorganização dos calendários agrícolas: o vazio sanitário irá durar quase cem dias (de 30 de junho a 7 de outubro) e o período de plantio vai ser reduzido (de 8 de outubro a 15 de janeiro).

“Temos que evitar esses plantios mais tardios. O grande problema da soja na safrinha é que a ferrugem entra mais cedo, com uma pressão de inóculo muito maior. Uma severidade maior e o número de aplicações de inseticidas consequentemente tem que ser maior, em intervalos mais curtos. Quanto mais fungicida eu aplico, mas selecionamos indivíduos resistentes”, diz o engenheiro agrônomo, Luís Henrique Carregal.

Outra medida que tem sido indicada é a rotação de defensivos, para diminuir a resistência do fungo. Prática que a pesquisadora Mônica Martins defende, em conjunto com a aplicação de fungicidas multissítios (moléculas que agem em diversos pontos do metabolismo do fungo).

“Nós temos que proteger as moléculas que temos, esses multissítios vieram para agregar. O ideal seria que o produtor usasse os protetores em todas as aplicações, para que a gente protegesse essas moléculas, mesmo porque a eficiência desses produtos tem caído”, garante Mônica.

O presidente da Aprosoja Bahia, Alan Julieni, destaca a importância do combate às plantas guaxas ou tigueras, que são aquelas que resistem fora do ciclo de plantio e servem de hospedeiras para doenças. Quando aparecem na beira das estradas, então, o controle é mais restrito.

Fizemos um trabalho voluntário em que cada um cuidou da rodovia às margens de suas propriedades. Mas ainda tem muitas beiras de asfalto que não tem propriedade em frente. Isso é um problema grave. Só que a gente tem que contar com a ajuda dos nossos políticos, porque é um custo alto. Sem falar em probleminhas legais para poder fazer isso. Se ficar para o produtor, então deixa ele usar os produtos que sejam necessários”, defende Julieni.

Disputa comercial EUA x China pode ajudar produtores agropecuários brasileiros

A par das perdas com a exportação de aço para os EUA – 30% de nossa produção – e de minério de ferro para a China o Brasil poderá lucrar com um eventual veto dos chineses à importação de produtos agrícolas nos Estados Unidos.

Os ianques são grandes fornecedores de soja e milho para a China, justamente para equilibrar a balança com as compras de aço.

A saída do circuito do EUA poderia significar melhores cotações da soja e até do milho aos produtores do Brasil, com o aumento da demanda.

Afinal, os chineses, mesmo sendo grandes produtores de milho (209 milhões de toneladas) e até de soja precisam criar porcos e galinhas para alimentar 1.3 bilhão de pessoas. 

Melhor ainda seria o incremento da exportação de carne de porco (mais de 15% do total exportado) e de frango (34,3 mil toneladas em janeiro/18) para a China, que gera empregos e agrega valor à nossa produção de milho e soja.

Precisamos disto, haja vista o caso da Petrobras – leia-se Pedro Parente – ter decidido fechar estaleiros brasileiros para construir plataformas petrolíferas na China. Só um estaleiro no porto de Rio Grande(RS) dispensou 25 mil trabalhadores.

Soja reage em todos os mercados e todos os vencimentos no País e Chicago

Em Barreiras e Luís Eduardo Magalhães a soja balcão hoje era negociada a R$65,00 a saca, mas os preços devem reagir a partir de amanhã. A colheita deve se iniciar nos primeiros dias de abril.

As notícias são boas, tanto para o grande agronegócio como para a pequena agricultura: ontem o nível da barragem da hidrelétrica de Sobradinho atingiu 22,5%, garantindo que poderá chegar a ultrapassar 40% ao final das chuvas. Á água é o insumo mais importante para centenas de milhares de trabalhadores rurais e para os grandes projetos de irrigação de Petrolina e Juazeiro.

Safra de soja estável, cautela em alta

 

A atenção do produtor brasileiro a variáveis do mercado, como taxa de câmbio, juros americanos e exportação

Embora o cenário esteja apontando para poucas mudanças na safra 2017/2018 de soja, especialistas alertam para que o produtor mantenha sua atenção voltada ao mercado, evitando que períodos de volatilidade interfiram na rentabilidade das lavouras de soja no país. Para o vice-presidente do Comitê Estratégico Soja Brasil (CESB), Leonardo Sologuren, o agricultor deve estar atento às relações de troca. “Sabemos que o planejamento é fundamental para que o produtor tenha bons resultados. Realizar a conta de quantos sacos de soja ele precisa atualmente para comprar insumos para a próxima safra é fundamental para manter o equilíbrio das contas”, explica.

De um modo geral, os mercados internacionais observam a oferta global de soja de forma estável. Nas últimas semanas, o preço da commodite e as estimativas de produção se mantiveram no mesmo patamar do ano passado. No Brasil, a expectativa é que sejam colhidas algo em torno de 111 milhões de toneladas do grão, o que representa uma safra ligeiramente menor do que a anterior, cerca de 1%. Entre os fatores que influenciaram essa pequena queda, está o clima, que em alguns estados fez com que o plantio e a colheita sofressem atrasos.

Já o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da USP, afirma que apenas choques mais expressivos de oferta global podem impactar mais seriamente as cotações no decorrer de 2018. Já as exportações brasileiras devem crescer mais de 3,5%, e chegar a cerca de 65,5 milhões de toneladas nesta temporada. Isso pode ser reflexo da revisão para baixo do Departamento de Agricultura dos Estados (USDA), sobre a expectativa de exportação local de soja, o que eleva a expectativa de estoques finais da safra 2017/2018.

Mesmo com o cenário estável o produtor pode acompanhar de perto as variações cambiais e as taxas de juros nos Estados Unidos. “Se a moeda americana valorizar, a soja brasileira pode ficar mais competitiva, mesmo que ligeiramente. Isso pode representar ganhos em contratos de venda para o produtor brasileiro. Sempre existe a possibilidade de, ao invés de vender a soja em maio, realizar o rendimento em junho”, comenta Sologuren, que é agrônomo com mestrado em economia.

Ainda segundo o especialista, o cenário político atual do Brasil, que tem eleições em outubro, precisa ser acompanhado de perto pelos produtores. “Apesar do aparente descolamento entre política e economia, o produtor quer saber a direção que o país vai tomar com o pleito, realizado no segundo semestre, já que isso pode determinar políticas econômicas para a diminuição de gargalos, como armazenagem e infraestrutura para escoamento da safra”, finaliza Sologuren.

Soja se recupera em Chicago com aumentos de até US$65 cents por bushel

Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam com preços acentuadamente mais altos. O mercado buscou recuperação após cair nas últimas quatro sessões.
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) deverá elevar a sua estimativa para os estoques finais americanos de soja em 2017/18. O relatório de fevereiro será divulgado nesta quinta-feira, dia 8, às 15hs. 
O mercado projeta estoques 2017/18 de 492 milhões de bushels. Em janeiro, o USDA indicou estoques em 470 milhões de bushels. Na temporada anterior, os estoques ficaram em 302 milhões de bushels. 
Para os estoques mundiais, a previsão para 2017/18 deve ser mantida em 98,6 milhões de toneladas. Para 2016/17, o número deverá ficar em 96,5 milhões de toneladas
A aposta é de que o USDA indique um número de produção do Brasil de 111,4 milhões de toneladas, ante 110 milhões no relatório anterior. Para a Argentina, a previsão é de corte. O mercado aposta em retração de 56 milhões para 53,8 milhões de toneladas.

Passo Fundo (RS): 68,50

Cascavel (PR): 67,50

Rondonópolis (MT): 63,50

Dourados (MS): 63,00

Porto de Paranaguá (PR): 73,30

Porto de Rio Grande (RS): 73,00

Santos (SP): 73,30

São Francisco do Sul (SC): 73,00

*Barreiras/Luís Eduardo Magalhães: 60,50 (AIBA) *Não computados os preços no mercado interno no dia de hoje.

Chove forte e cultura da soja é estabelecida com rapidez no Oeste baiano

Estão previstas acumulados de chuva de até 120 milímetros em todo o cinturão produtivo da grande região do Matopiba. As chuvas no final da tarde permitem o plantio acelerado durante o dia, antecipando a janela de plantio da soja de 15 de novembro a 15 de dezembro.

Ontem choveu 38 mm no pluviômetro da redação de O Expresso.

Em Luís Eduardo Magalhães muito produtores se anteciparam às chuvas e plantaram quase a totalidade de suas lavouras na terra seca. As chuvas serenas que caíram logo após permitiram uma excelente germinação.

Neste dia 7, terça-feira, o reservatório da Hidrelétrica de Sobradinho desde até 2,36%, que espera-se seja o resultado mínimo da prolongada seca que assolou toda a grande bacia hidrográfica do rio São Francisco. Com as chuvas recentes nas cabeceiras é provável que os reservatórios comecem a se recuperar entre 7 e 15 dias.

Mercado sem vendas ainda aguarda melhoras na cotação da Soja

Os preços da soja nos mercados interno e externo continuam deprimidos. Veja as cotações compiladas pela AIBA no dia de hoje.

Por outro lado, o site Notícias Agrícolas informa que o Cinturão do Milho, a região de plantio mais intenso, no Nordeste dos Estados Unidos, ainda sente traços de stress hídrico na soja e no milho.

Previsões climáticas para meados de julho indicam temperaturas mais elevadas e esse não é o cenário ideal para a polinização do milho e nem para o florescimento da soja. Confirmado este cenário, mercado em Chicago pode ficar ainda mais especulado.

Só a previsão de uma grande quebra na produtividade norte-americana ou uma súbita alta do dólar em função de turbulências políticas no Brasil poderiam alterar substancialmente os preços da soja, que já valeram mais de US$15 o bushel e hoje estão pouco acima de US$9.

Por essas e outras é que os produtores estão disponibilizando para venda apenas o suficiente para pagar dívidas inadiáveis e para comprar os insumos da próxima safra. A grande maioria faz poupança nos próprios armazéns, esperando por uma melhor posição da leguminosa no mercado. 

Governo quer taxar exportação da soja paraguaia.

O Congresso do Paraguay está votando uma lei que autoriza o Governo a cobrar 15% de impostos de exportação sobre a soja. A medida deve ser aprovada. Entraram na mesma fria do governo Kirchner, que quase destruiu o agronegócio argentino e acabou deixando os peronistas – ou justicialistas – fora do poder.

Diz um comentarista do Canal Rural que ao menos uma vez por semana um burocrata do governo brasileiro levanta essa lebre, querendo taxar as exportações brasileiras de soja e derivados.

Num mercado competitivo como esse, criar impostos de 15% é o mesmo que tirar uma tira de couro das costas de cada produtor. O setor é o único responsável pelo crescimento do PIB, por uma leve aumento do emprego e responsável por bem mais de 1/3 das exportações brasileiras.

Soja: só a demanda chinesa ampliada impede queda nos preços

Publicado em 13/06/2017 por Folha de S. Paulo Online

O apetite chinês por soja está salvando os países produtores. Estados Unidos, Brasil e Argentina vão produzir 280 milhões de toneladas. Somado o volume de outros países, a produção mundial deverá atingir 345 milhões.

No mês passado, os chineses importaram o maior volume mensal de soja da história: 9,6 milhões de toneladas, superando o recorde de até então, que era de 9,5 milhões de toneladas, registrado em julho de 2015.

Com uma política diferente das dos Estados Unidos e da Argentina, que priorizam o esmagamento, o Brasil lidera as exportações de soja para os chineses.

Nos cinco primeiros meses, a China importou o recorde de 37,1 milhões de toneladas, 20% mais do que em igual período de 2016.

Nesse mesmo período, o Brasil exportou 28,3 milhões de toneladas da oleaginosa para o país asiático. Ou seja, 76% do produto comprado pelos chineses saiu dos portos brasileiros.

Neste período do ano, o principal olhar dos chineses é para o Brasil. Os EUA terminaram a safra no fim do ano passado, enquanto a Argentina colhe a soja mais tarde do que o Brasil.

PREÇOS

Os chineses impedem uma queda maior dos preços da soja. Não fosse o volume de compra deles, a commodity seguramente estaria sendo negociada com valores menores no mercado futuro da Bolsa de Chicago.

Comercializado a US$ 11,7 por bushel (27,2 quilos) há um ano, o primeiro contrato da soja está em US$ 9,3 no mercado futuro neste mês.

As exportações totais de soja do Brasil somaram 34,8 milhões de toneladas de janeiro a maio últimos, 13% mais do que em 2016.

No mesmo período, as receitas provenientes da soja em grão somaram US$ 13,3 bilhões. Pelo menos 86% desse valor veio da China.

Os números de importação divulgados pelos chineses diferem dos do Brasil, devido ao tempo entre a saída do produto dos portos brasileiros e a chegada aos da China.

As carnes foram o segundo principal item da balança de exportação do Brasil para a China. Nos cinco primeiros meses deste ano, somaram US$ 690 milhões, valor próximo dos US$ 702 milhões de igual período de 2016.

 

Previsão de safra recorde de soja para o oeste da Bahia, aponta levantamento

 

Mesmo com as precipitações irregulares registradas no período de plantio no oeste da Bahia, a perspectiva para a safra 2016-17, principalmente para a cultura de soja, são as melhores possíveis. Esta foi a conclusão do 2º levantamento, realizado na última segunda-feira (13), pelo Conselho Técnico da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba).

Apesar de todo otimismo, a produtividade média da soja foi mantida em 56 sacas por hectare, conforme primeira reunião. Número este, que pode ser superado caso a previsão de chuva se confirme nos próximos dias e a colheita ocorra com sucesso, representando a melhor média já feita na região. Em relação à área cultivada, a oleaginosa continua a representar uma área de 1,580 milhão de hectares da região.

Assim como a soja, o algodão baiano possui uma boa projeção para a safra 2016-17. Neste caso, a chuva ocorrendo na intensidade certa no mês de abril, a previsão é de superar a marca atualmente projetada de 270 arrobas por hectare. No que diz respeito à área cultivada, a fibra permanece com 190 mil hectares no oeste e 12 mil hectares no sudoeste do Estado.

Já para o plantio de milho, as perspectivas são de redução de 20% na produção, comparada à safra passada. A estiagem de janeiro e algumas pragas, como a cigarrinha, provocaram muitos danos à cultura. Dos 180 mil hectares plantados, o produtor deve obter uma produtividade média de apenas 130 sc/ha.

O Conselho Técnico da Aiba é formado por representantes de associações de produtores, sindicatos, multinacionais, instituições financeiras e órgãos governamentais. As previsões são feitas sempre considerando fatores como perspectivas de mercado, nível tecnológico, condições climáticas e controle fitossanitário.

 

Os relatos mais recentes de produtores informam que a soja que está sendo colhida esta semana tem pouco rendimento, entre 25 e 30 sacas por hectare. O Soja um pouco mais tardio, que será colhido a partir do final da próxima semana já deve alcançar médias de 65/70 sacas por hectare. E lavouras plantadas sob irrigação, já em colheita, têm alcançado até 85 sacas por hectare.

Agricultores e irrigantes do Oeste baiano querem exportar pelo Porto de Aratu-Candeias

codeba

 Agricultores e irrigantes do Oeste baiano estão à procura de formas para melhorar a exportação dos produtos que cultivam na região, principalmente da soja, e a recepção de fertilizante para reduzir o custo de produção das lavouras e os tornarem mais competitivos. Com este objetivo, uma comitiva, liderada pela Associação dos Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), esteve nesta quinta-feira (6), na sede da Companhia das Docas do Estado da Bahia (Codeba), para pedir que seja licitado um berço do Porto de Aratu-Candeias para que empresas exportadoras possam se instalar.

A comitiva foi recebida pelo presidente da Codeba, Pedro Dantas, e pelo diretor Comercial e de Desenvolvimento de Negócio, Élio Régis, que demonstraram muito interesse de atender ao pedido, pois não têm dúvidas de que terá impacto positivo, principalmente na região do Oeste baiano, que hoje cultiva uma área de 2,2 milhões de hectares e possui mais de 3,5 milhões/ha a serem incorporados ao sistema produtivo.

De acordo com o presidente da Aiba, Júlio Cézar Busato, os preços das commodities têm como base a produção em Chicago (EUA). O preço para o produto local é formado após a subtração dos custos do frete marítimo, do sistema portuário, do transporte para chegar até o porto e as taxas e impostos.

Júlio Busato exemplificou que o produtor americano coloca uma tonelada de soja no navio ao custo de 25 dólares, com uma produtividade de 3,5 toneladas/ha, o que dá uma vantagem para ele de 157 dólares/ha. “Essa é a diferença que precisamos reduzir para aumentar o ganho do agricultor baiano e melhorar sua competitividade”, destacou.

Ele observou que a Codeba ao disponibilizar um berço do Porto de Aratu-Candeias é de uma importância muito grande para o Oeste baiano, “porque irá ajudar a superar as limitações para o crescimento, facilitando a exportação do que será produzido no futuro”. Com sede em Barreiras, a Aiba representa 1,4 mil produtores, em área cultivada de 1,8 milhão de hectares e uma produção de grãos e fibras de mais de 8 milhões de toneladas.

Soja com a proa apontando para cima

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As cotações da soja amanheceram aos pulos em Chicago, alcançando quase 12 dólares o bushel para os vencimentos de julho, depois de leves baixas na sexta-feira. Firmam-se assim os preços internos próximos aos R$80,00 no Oeste baiano e R$100,00 nos portos.

O movimento de hedge ou “travamento” com preços altos e a perspectiva de boas chuvas neste verão certamente provocarão uma corrida pelo cultivo de soja, inclusive com o aproveitamento de áreas não aproveitadas nesta safra 2015/2016.

Chuvas serão irregulares no início, mas firmes na época certa

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Afirmações do meteorologista Marco Antônio dos Santos:

A próxima primavera brasileira, de acordo com o que indicam os mapas climáticos, deverá já ser sob a influência do fenômeno “La Niña”, o que poderá, portanto, fazer com que as chuvas cheguem atrasadas nas regiões centrais do Brasil e no Matopiba

Na safra 2016/17, os produtores do bioma Cerrado não devem esperar plantar cedo neste ano. Podem ocorrer chuvas localizadas e irregulares em setembro/outubro, mas as chances de perder essas plantas são grandes”, alerta Santos. Porém, ressalta que, mesmo que o regime de chuvas demore a chegar, “quando ele chegar será constante”, ao se desenvolver sobre a atuação de um La Niña. 

As previsões são boas para os produtores nordestinos. A soja, principal cultivo, precisa de chuvas nas fases de floração, fixação do canivete, na estruturação da vagem e enchimento do grãos, o que deve ocorrer em janeiro, se o plantio, como o previsto, for dentro do prazo, de 15 de novembro a 15 de dezembro.

Ontem, na Bahia Farm Show, produtores mostravam toda a sua confiança: se tivermos um ano bom de chuvas, como se está anunciando, todas esquecerão essa crise.

Com as altas de ontem, a cotação da soja quase alcançou a barreira emblemática do R$80,00 no Oeste, sendo comercializada a R$78,00. Previsões de pouca chuva nos Estados Unidos e forte demanda de grãos e farelo foram determinantes. Nos portos, a soja já é comercializada a R$90,00.

 

Buriti Ford feira

Frete para os portos sobe quase 50% em um ano. Agronegócio perde competitividade.

Sorriso a Santos; 2.000 km de custos altos.
Sorriso a Santos; mais de 2.000 km de custos altos.

O frete de uma tonelada de soja de Sorriso – MT, principal estado produtor do País, cresceu 45% em um ano, passando de R$235,00 para R$315,00. Uma tonelada de soja vale na origem algo em torno de R$ 930,00. Portanto, o frete já alcança 34% do preço da mercadoria na origem e cerca de 25% no destino portuário  (R$1.249,00 em Santos).

Caminhões: frete caro e perigo para usuários de rodovias
Caminhões: frete caro e perigo para usuários de rodovias. Foto o Expresso.

Isso acontece enquanto os norte-americanos gastam ¼ deste valor, para levar a soja da fazenda até o trem e, no trem, até os portos dos grandes lagos.

Veja: o produtor brasileiro de soja gasta, hoje, para levar a produção da fazenda até o porto, em média, US$ 92/tonelada, quatro vezes mais do que na Argentina e nos Estados Unidos, por conta da deficiência da logística nacional. Esse valor representa aumento de 228% em relação à década passada, quando a quantia gasta era de US$ 28/tonelada.

O Governo precisa reorientar sua política de logística em favor das ferrovias e dos portos, investindo em parcerias público-privadas e priorizando o transporte pesado. Se fizer isso, retira milhares de caminhões das estradas, proporcionando uma sobrevida a essas acanhadas rodovias, tanto na sua manutenção como no volume de tráfego de veículos.

Leia mais aqui e aqui sobre o mesmo tema, em reportagens anteriores de O Expresso.

Brasil chegará a 98 milhões de toneladas de soja, diz USDA

Por Carla Mendes, do Notícias Agrícolas

O adido do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) no Brasil manteve, neste início de fevereiro, sua estimativa para a safra brasileira de soja 2015/16 em 98 milhões de toneladas. A área de plantio estimada é de 33 milhões de hectares.

“Apesar das preocupações trazidas pelo tempo excessivamente quente e seco entre os meses de novembro e dezembro em algumas regiões, principalmente no estado de Mato Grosso, as boas chuvas de janeiro tem amenizado os impactos sobre a produtividade nestas áreas”, informou a nota da instituição reportada nesta terça-feira (2).

“O clima extremamente irregular no Brasil foi e continuará a ser a história principal da temporada 2015/16 de soja. E segundo previsões trazidas pelo Centro de Previsões Climáticas do Ministério da Ciência para os meses de fevereiro a abril confirmam que a forte influência do El Niño neste período deve continuar. As chuvas devem diminuir nas áreas semi-áridas do Brasil e aumentar nas regiões Sul e Sudeste”, informa o boletim.

Bunge, em Luís Eduardo Magalhães: capacidade de esmagar até 1,3 milhão de toneladas
Bunge, em Luís Eduardo Magalhães: capacidade de esmagar até 1,3 milhão de toneladas

Exportações

Sobre as exportações de soja do Brasil no ano comercial atual o adido também aposta em um volume elevado, alcançando um recorde dada a junção de uma demanda internacional ainda muito forte, principalmente por parte da China, e do dólar se mantendo ainda forte frente ao real agora em 2016. O total esperado é de 55 milhões de toneladas.

No ano passado, a moeda norte-americana se valorizou cerca de 40% sobre o real e não é esperada, pelo menos para o primeiro semestre de 2016, uma reversão deste quadro. Assim, as exportações continuam ainda bastante atrativas para os produtores brasileiros, apesar de os preços globais estarem mais baixos.

“Além disso, o expressivo volume de vendas antecipadas registrado nos últimos seis meses ainda reflete a indicação de que os sojicultores aproveitaram, e ainda pretendem aproveitar, os bons momentos do mercado de exportação”, informou o boletim do USDA.

Na temporada 2014/15, quando o Brasil exportou 54,25 milhões de toneladas, a China foi o principal destino da oleaginosa nacional, correspondendo pelas compras de 75% desse total.

E o adido destaca, ainda sobre as exportações brasileiras, algumas mudanças na logística nacional, como o crescimento das vendas externas por alguns terminais. No ano comercial anterior ao atual, cerca de 12,6 milhões de toneladas de soja do total exportado, ou 23%, deixou o país pelos portos do chamado Arco Norte – Ilhéus/BA, São Luís/MA, Itacoatiara/AM, Barcarena e Santarém,PA. “Isto reflete um aumento de 21% em relação à temporada anterior”.

Consumo Interno

Diante de uma demanda tanto interna quanto externa ainda aquecida e crescente, o adido brasileiro do USDA aumentou sua projeção para o processamento de soja da temporada 2015/16 para 40,2 milhões de toneladas e para a 2014/15 para 40 milhões.

Dessa forma, o órgão acredita ainda que a produção nacional de farelo de soja deva registrar um crescimento no atual ano comercial e também pelo consumo crescente no setor de aves e suínos. “O farelo de soja é o segundo ingrediente mais usado na fabricação de alimentação animal no Brasil”, lembra o boletim do USDA.

Além disso, as exportações brasileiras do derivado também podem registrar um incremento dado a um consumo maior em países como Indonésia, Vietnã e Tailândia.

Além disso, o report atribui ainda o aumento do processamento de soja no Brasil ao óleo de soja e seu uso maior na produção de biodiesel.

 

Prepare-se: frango, principal “mistura” do brasileiro, pode encontrar turbulências pela frente

frango

O milho já vale R$40,00 no Oeste baiano. Ontem teve alta de até 7% em diversos mercados. A soja está valendo R$72,00 no balcão. O paradoxo é que o frango e o porco estão perdendo cotação, enquanto seus principais insumos, a soja e o milho, estão subindo. Em regiões de alto consumo do milho, como Santa Catarina, as cotações crescem todo dia. O que certamente vai tirar produtores autônomos e cooperantes do mercado.

Para quem gosta de riscos, horar de botar feijão na terra. A saca do “carioca” de melhor qualidade está valendo R$200,00.

Soja reage, acompanhando boas notícias econômicas mundiais

soja

A cotação da soja em grão no Oeste da Bahia bateu, nesta quinta-feira, às portas do R$70,00. A recuperação das commodities em todo o mundo e das bolsas contribui para firmar o preço da oleaginosa, sustentando no País uma queda da cotação do dólar para R$3,54. A Bolsa brasileira sobe pelo terceiro dia consecutivo, com a Petrobras recuperando 11,3% em ações ordinárias.

O mercado internacional da soja fechou o pregão desta quinta-feira (27) com boas altas. Entre os principais vencimentos, os ganhos variaram entre 8,50 e 15,75 pontos no fechamento do dia, após trabalhar durante todo o tempo do lado positivo da tabela. Assim, o contrato novembro/15 terminou cotado a US$ 8,79 por bushel, enquanto o março/16 ficou com US$ 8,85. 

Apesar desse avanço, os preços da soja nos portos do Brasil encerraram os negócios com ligeira desvalorização nesta quinta, uma vez que o dólar voltou a recuar frente ao real e perdeu o patamar dos R$ 3,60. Assim, mesmo com prêmios ainda muito elevados nos principais terminais de exportação – superando US$ 1,00 por bushel sobre os valores da CBOT – o produto disponível ficou cotado em R$ 78,70 em Rio Grande e em R$ 78,00 em Paranaguá, contra os R$ 79,00 desta quarta-feira (26) em ambos os portos. Para a soja futura, o último preço foi de R$ 77,30 no terminal gaúcho e de R$ 75,00 no paranaense.

A notícia de que a China vai desmobilizar títulos do tesouro americano (o País tem mais de US$3 trilhões em títulos do Tesouro) para investir no mercado interno também deixou as bolsas otimistas em todo o mundo.