
Fotografia: Nelson Almeida/AFP/Getty Images

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Editado por Urbs Magna

A denúncia de ontem, do jornal inglês The Guardian, já está se caracterizando como a constatação de um dos maiores crimes de responsabilidade praticados contra uma população vulnerável, sem apoio do poder público.
O jornal afirma que a sequência de incêndios em favelas de São Paulo tem a anuência do poder público, apesar de praticado diretamente pelos interessados em terrenos de grande porte e alto valor agregado, tanto pela localização como pela capacidade de abrigar grandes empreendimentos.
Uma Comissão Parlamentar de Inquérito instalada na Câmara de São Paulo resultou em nada, obstada pelos grandes interesses políticos e financeiros do problema.
O jornal The Guardian é o jornal mais lido no Reino Unido. A publicação tem 8,95 milhões de leitores ao mês, número que reflete a média dos últimos 12 meses até março. O Daily Telegraph, cuja tiragem impressa é cerca de duas vezes maior do que a do Guardian, ficou em segundo lugar em audiência, com 8,82 milhões de leitores.
Leia a íntegra da matéria aqui.
O jornalista norte-americano Glenn Greenwald, que revelou os documentos secretos obtidos por Edward Snowden, disse em entrevista por telefone ao UOL que o Brasil é o maior alvo das tentativas de espionagem dos Estados Unidos. “Não tenho dúvida de que o Brasil é o grande alvo dos Estados Unidos”, disse o jornalista, que promete trazer novas denúncias. “Vou publicar todos os documentos até o último documento que deva ser publicado. Estou trabalhando todo dia.”
Greenwald revelou esta semana, em reportagem em conjunto com o programa “Fantástico”, da TV Globo, que o governo americano espionou inclusive os e-mails da presidente Dilma Rousseff e de seus assessores próximos.
Snowden era técnico da NSA, a agência de segurança americana, e revelou ao jornal britânico “The Guardian”, onde Greenwald é colunista, o escândalo de espionagem norte-americano.
O governo brasileiro já cobrou uma resposta formal e por escrito à Casa Branca. Em nota, o Departamento de Estado americano disse na terça-feira (3) que “responderá pelos canais diplomáticos” aos questionamentos do Brasil. O departamento não comenta publicamente as denúncias, mas afirma que os EUA “sempre deixaram claro que reúnem inteligência estrangeira”. Para o jornalista, o Brasil tem de dar uma resposta “enérgica” e “menos vaga” aos EUA.
Segundo Greenwald, o que motiva os EUA a espionar até mesmo aliados é o desejo por poder. “Sempre que os Estados Unidos estão fazendo espionagem o poder deles aumenta muito. Então, para saber tudo o que eles querem fazer, coletam tudo o que for possível. Mas com certeza é para obter vantagens industriais e também por questões de segurança nacional.”
Da Ansa para o R7
O diretor do jornal britânico The Guardian, Alan Rusbridger, afirmou nesta terça-feira (20) que as autoridades britânicas obrigaram o veículo a destruir todas as informações e os documentos ligados às revelações do ex-analista dos serviços de inteligência norte-americanos Edward Snowden.
O Guardian foi o primeiro jornal a publicar as supostas violações das agências de espionagem americanas e britânicas. Os artigos foram assinados pelo colunista Glenn Greenwald, que mora no Rio de Janeiro com o companheiro, o brasileiro David Miranda, detido e interrogado no aeroporto de Londres, no último domingo (18), por quase nove horas.
Em uma matéria publicada hoje no jornal, Rusbridger relata a destruição dos documentos, ocorrida há cerca de um mês.
O diretor explicou que foi contatado por um importante funcionário do governo que, após dois encontros, pediu a entrega o a destruição dos documentos sobre os quais os jornalistas do Guardian estavam trabalhando.
— Esse foi um dos momentos mais bizarros da história do jornal.
Rusbridger ressaltou que os peritos do governo “estavam presentes no momento da destruição, ocorrida no porão do Guardian, de hard disks de computadores, para ter certeza de que nada pudesse constituir uma fonte de interesse para eventuais agentes chineses”.
Segundo o diretor, a destruição dos documentos, junto a detenção por nove horas no aeroporto de Heatrow do brasileiro David Miranda, demonstra que a liberdade de imprensa está ameaçada.
A Petrobras quer se tornar a maior produtora mundial de petróleo de capital aberto até 2015, segundo afirma o diretor financeiro da companhia em uma entrevista publicada pelo jornal britânico The Guardian, nesta terça-feira (16).
Segundo Almir Barbassa, a estatal pretende mais do que dobrar sua produção na próxima década. Na reportagem de página inteira, intitulada “Petroleiros do Brasil destinados a dominar”, o periódico observa que a série de descobertas de reservas de petróleo na camada pré-sal “transformaram a sorte da companhia e catapultaram o Brasil em um dos líderes em energia e um dos motores econômicos mundiais”.
Para o jornal, as grandes descobertas de petróleo em águas profundas nos últimos anos estão por trás da “ascensão meteórica” da empresa, elevando as reservas comprovadas pela companhia de 11,5 bilhões de barris em 2006 para 30 bilhões de barris.
Entretanto, a reportagem lembra que há obstáculos para que a empresa atinja seus objetivos, como as dificuldades técnicas para a exploração das reservas no pré-sal. Informações da BBC Brasil.
Por outro lado, a Petrobras informou nesta terça-feira que comprovou a presença de óleo leve em um poço ao sul da bacia de Santos, em reservatórios arenosos, semelhantes àqueles encontrados na área das acumulações de Tiro e Sidon.
A Petrobras detém 80% de participação no poço, após negociação de direitos de 20% para a empresa Karoon Petróleo & Gás S.A..
Essa cessão de direitos encontra-se sob análise da ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis), informou a Petrobras.
De acordo com o comunicado, o poço está localizado a cerca de 280 quilômetros da costa do estado de São Paulo, em profundidade d’água de 400 metros. Os reservatórios perfurados se encontram a 2.200 metros de profundidade.