STJ prorroga afastamento de juízas envolvidas na Operação Faroeste

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) prorrogou por mais um ano, nesta quarta-feira (1º), o afastamento de todas as magistradas investigadas na Operação Faroeste. A decisão, proclamada pela Corte Especial, foi tomada por unanimidade, seguindo o voto do relator, ministro Og Fernandes.

As juízas Maria da Graça Osório Pimentel Leal, Maria do Socorro Barreto Santiago, Marivalda Almeida Moutinho, Ilona Márcia Reis e Lígia Maria Ramos da Cunha Lima estão afastados de seus cargos desde dezembro de 2019.

De lá para cá, o afastamento das magistradas tem sido renovado de período em período, sempre com a argumentação de que, apesar das apurações estarem avançando, elas ainda não foram encerradas.

A Operação Faroeste investiga um esquema de venda de sentenças relacionadas a mais de 300 mil hectares de terra, especialmente na região Oeste da Bahia. Segundo as investigações, as decisões judiciais favoreciam um grupo de grileiros de propriedades liderado pelo empresário Adailton Maturino.

Bahianotícias

Dia 2 de fevereiro tem festa no mar.

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O dia 2 de fevereiro é dedicado à Nossa Senhora dos Navegantes e Iemanjá, padroeiras dos marinheiros, pescadores e jangadeiros e protetoras das temidas tempestades e perigos do mar.

Nossa Senhora dos Navegantes é um título dado a Mãe de Jesus, Maria. A fé e a designação Nossa Senhora dos Navegantes têm início no século XV, com a navegação dos europeus, especialmente com os portugueses. As pessoas que viajavam pelo mar pediam proteção à Nossa Senhora para retornarem aos seus lares.

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Sincretismo entre Nossa Senhora e Iemanjá

Para muitos estudiosos as duas são a mesma pessoa. Os diferentes nomes se deve a um conflito ocorrido no século XVIII, imposto por um choque entre as diferentes religiões dos negros trazidos da África com o catolicismo no Brasil. Dessa forma, os negros incorporaram a nova religião onde os orixás foram associados aos santos católicos.

O culto à Nossa Senhora dos Navegantes vem desde a Idade Média, quando a Virgem Mãe de Jesus possuía o título “Estrela do Mar”. Nesse período histórico das Cruzadas, ocorreu a Guerra Santa, onde os europeus enviaram tropas à Palestina para recuperarem a liberdade de acesso. Posteriormente; o Culto a Nossa Senhora dos Navegantes tomou fôlego no século XV, período das grandes navegações europeias, quando os navegadores espanhóis e portugueses usavam um costume característico da época das Cruzadas: os cristãos invocavam a proteção da Maria Santíssima antes de irem para o mar. Com o tempo, esse costume disseminou-se entre pescadores litorâneos, principalmente nas terras que foram colonizadas pela Espanha e Portugal. Com a disseminação e “popularização” da Nossa Senhora dos Navegantes, muitas capelas, igrejas e santuários começaram a ser criados.

Iemanjá é uma das mais populares orixás da Umbanda. E no dia 2 de fevereiro, a “Rainha do Mar”  é lembrada pela fartura, força espiritual e o axé dos mares. Ela é conhecida pelos devotos por harmonizar relacionamentos, ajudar as mulheres a engravidarem e trazer riquezas e fartura aos seus filhos. Mas; nem sempre Iemanjá pôde ser cultuada livremente, e no período da escravidão no Brasil, ela foi sincretizada a figuras católicas, principalmente com Nossa Senhora dos Navegantes.

Todos os anos centenas de milhares de pessoas tomam as ruas de Salvador, Rio de Janeiro e outras capitais brasileiras, para saudar Iemanjá, a “Rainha do Mar” e “Nossa Senhora dos Navegantes”. Mas hoje teve uma comemoração diferente, por conta da pandemia.

bernadetealves.comDia de Nossa Senhora dos Navegantes e de Iemanjá: divindades das águas

No Rio Grande do Sul e em Santa Catarina ainda existe o sincretismo entre Iemanjá e Nossa Senhora dos Navegantes (por isso que algumas imagens de Iemanjá são representadas por uma mulher branca, uma referência à santa católica). Já no Rio de Janeiro, Iemanjá é sincretizada com Nossa Senhora da Conceição, dentre outras denominações.

Iemanjá é uma das divindades mais cultuadas no Candomblé e na Umbanda. Considerada a mãe de quase todos os Orixás. Iemanjá também é venerada como protetora dos lares, das crianças, gestantes, e invocada na hora do parto e por todos que desejam ser felizes no casamento.

Ouro é o assunto do momento. Quem poderá nos esclarecer?

Bullion: o que é e como investir em barras de ouro?

Ainda sobre ouro ilegal, dois fatos muito estranhos: primeiro a compra de 129 toneladas pelo Banco Central, de suposta empresa do Exterior, com objetivo de aumentar as reservas. Pois bem: o pagamento em dólares foi feito a essa mesma empresa e daí pra frente é complicado rastrear caminhos e contas.

Outro assunto estranho aconteceu no dia 30 de dezembro, quando o ex-presidente da República, ainda no poder, empreendeu fuga para os Estados Unidos da América e a aeronave optou por uma escala técnica em Boa Vista, Roraima. Ninguém pode afirmar que o avião não decolou com malotes diplomáticos, invioláveis pela aduana estrangeira, muito pesados.

Quando voltar ao País, o ex-Presidente terá assuntos candentes para discorrer perante as autoridades policiais.

Maioria do ouro vendido no país tem indício de ilegalidade.

Garimpo ilegal em área desmatada da floresa amazônica no Pará

Imagem: Nacho Doce. Conteúdo Agência Brasil

Em 2021, 54% do total comercializado tinham traços de ilegalidade

Nas últimas semanas, as fortes imagens de indígenas yanomami desnutridos e de grandes áreas de florestas devastadas pelo garimpo suscitaram a pergunta: para onde vai o ouro retirado das terras indígenas (TIs)? O Instituto Escolhas, que sistematiza estudos sobre mineração e uso da terra, aponta que, em 2021, 52,8 toneladas de ouro comercializadas no Brasil tinham graves indícios de ilegalidade, o que corresponde a mais da metade (54%) da produção nacional.

Entre 2015 e 2020, o total de ouro com indícios de ilegalidade comercializado no Brasil foi de 229 toneladas.

O instituto destaca, ainda, que quase dois terços do ouro (61%) são extraídos da Amazônia. A suspeita é de que 32 toneladas do metal recolhido na região, em 2021, eram irregulares. Em relatório, a entidade também cita quais os estados de onde saiu o ouro, no ano analisado. Mato Grosso é o principal local de origem (16 toneladas), seguido pelo Pará (13,6 toneladas), Rondônia, Tocantins, Amapá e Amazonas.

Embora se possa identificar a origem do ouro, saber o destino das pepitas é um desafio, conforme ressalta a gerente de Portfólio do Instituto Escolhas, Larissa Rodrigues, que coordenou o estudo. Por isso, o instituto apresentou, junto com o diagnóstico, uma proposta de rastreio do ouro.

A medida envolveria diversos agentes públicos, como a Agência Nacional de Mineração (ANM), a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e o Banco Central, que é quem fornece informações sobre as instituições financeiras autorizadas a operar com ouro, atualiza e valida essas informações, além de fiscalizar as operações.

A proposta privilegia a tecnologia blockchain, que é uma sequência de registros digitais (blocks) conectados uns aos outros, formando uma corrente (chain). Tal recurso asseguraria que cada registro recebesse uma identificação única, que não pudesse ser alterada, o que garantiria a segurança das informações e, portanto, o rastreio do ouro.

Na avaliação de Larissa, a proposta é inovadora para o setor de ouro, em particular, mas não é exatamente uma novidade, de modo geral, pois mercados de outros produtos já adotam um modelo semelhante. Ademais, sublinha, a digitalização já é algo adotado pela ANM em seus processos.

“Um sistema como esse, digital, de coordenação de órgãos, já existe para a madeira, para a carne, em certa medida. Ou seja, são coisas já aplicadas em outras cadeias, não é algo que seria um esforço que o governo jamais fez. O governo brasileiro já fez esse tipo de sistema para outros produtos. E por quê? Muito pelo que a gente está começando a ver no ouro agora: por pressão de importadores, dos consumidores. Porque esses produtos, antigamente, também tinham muita ilegalidade e, aí, por pressão dos mercados, o governo começou a controlar como não se controlava antes”, diz.

“O que a gente tem para o ouro é mais ou menos o que a gente tinha na cadeia do couro, da cana, 20 anos atrás”, acrescenta.

A gerente comenta que, no Brasil, dois dos instrumentos que ajudam a confundir a percepção sobre o setor são o princípio da boa-fé nas negociações e aumento do rigor sobre o registro de transporte do ouro. Quanto à boa-fé, o que ocorre é a facilitação da “lavagem de ouro”, porque é por meio dela que os garimpeiros ou qualquer agente envolvido possa vendê-lo para as distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários (DTVMs), apenas preenchendo um formulário de papel, em que indicam a origem do metal. Isto é, não é feita nenhuma verificação das informações prestadas, o que permite que vendam o ouro ilegal como se fosse proveniente de área regular. Há também conflito de interesses, uma vez que os donos das DTVMs, seus familiares ou sócios podem ter lavras garimpeiras e serem eles mesmos os vendedores do ouro.

Larissa pontuou à Agência Brasil que, durante o levantamento dos milhares de registros, conseguiu rastrear apenas um dos lotes até o fim. O que geralmente ocorre é que se pode achar, no máximo, o estado ou o país onde o ouro é entregue, de modo que somente com um esforço, como o de jornalistas investigativos, é que se prossegue nas buscas, identificando-se, por exemplo, as joalherias, bancos ou tradings que compram o ouro ilegal. Nesse caso, a equipe do instituto descobriu que o ouro foi levado para a Índia.

 “É uma situação de crime perfeito”, afirma Larissa sobre as brechas da mineração de ouro.

Poder público

Perguntada sobre a obtenção de apoio de parlamentares junto à causa, Larissa responde que o Brasil passa por uma “janela de pressão” em torno do tema. O que pode propiciar a aprovação de leis ou mesmo de uma medida provisória para endurecer as regras.

Comunidade Yanomami em Roraima
Comunidade Yanomami em Roraima – Reuters/Bruno Kelly/Direitos Reservados

Ao lado de parlamentares, pode haver outras vias de auxílio, na redução dos problemas. Os yanomami estão presentes nos estados do Amazonas e Roraima e na Venezuela. Seu território é imenso, o que pressupõe complexidade em relação às operações de segurança pública e atendimento de saúde.

Da logística dos garimpos ilegais na TI Yanomami fazem parte, entre outros pontos, esquemas de desvio de combustível de aviação e centenas de pistas de pouso clandestinas. Outro elemento imprescindível é a comunicação, o que faz com que garimpeiros precisem arranjar rádios e também ter acesso à internet.

Ciente de tal organização, no início de junho de 2022, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso exigiu que a União apresentasse um plano detalhado de ações de desmantelamento dos acampamentos dos garimpeiros presentes na TI. Barroso pediu explicações à Polícia Federal e também à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) sobre as empresas que fornecem internet aos garimpos ou como esse acesso está ocorrendo. A Agência Nacional de Petróleo (ANP), por sua vez, foi chamada pela Corte para listar quais distribuidoras e revendedoras de combustível de aviação que atendem a região.

O presidente da Urihi Associação Yanomami, Júnior Hekurari Yanomami, entende que um aliado fundamental na defesa dos direitos de seu povo tem sido o Ministério Público Federal (MPF). Ele conta que garimpeiros circulam sem esboçar nenhum temor, com armas como submetralhadoras.

“A gente vive nas nossas comunidades, nas nossas casas, com medo, porque os garimpeiros ameaçam as lideranças, dizendo que essa terra tem dono, que quem manda aqui é [Jair] Bolsonaro”, relata.

No último dia 21, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, antecipou, em sua conta no Twitter, que oficiaria a Polícia Federal para apurar os “fortes indícios de genocídio e de outros crimes” relacionados “aos sofrimentos criminosos impostos aos yanomami”. Quatro dia depois, a corporação instaurou inquérito para apurar a possível prática de genocídio, omissão de socorro, crimes ambientais, além de outros atos ilícitos contra o povo yanomami.

Edição: Juliana Andrade

Acabou moleza: Governo dá 60 dias para CACs e proprietários cadastrarem todas as armas de fogo no sistema da PF.

Câmara aprovou regras para armas de caçadores, atiradores esportivos e colecionadores - Notícias - Portal da Câmara dos Deputados

Registros serão virtuais e centralizados no Sistema Nacional de Armas, sob responsabilidade da Polícia Federal. Hoje, arsenal de CACs é registrado em sistema separado e fiscalizado pelo Exército.

Por Matheus Moreira, Mateus Rodrigues e Wellington Hanna, g1 e TV Globo — São Paulo e Brasília

O Ministério da Justiça e Segurança Pública abriu prazo de 60 dias, contados a partir desta quarta-feira (1º), para que proprietários de armas de uso permitido ou restrito registrem esses armamentos no Sistema Nacional de Armas (Sinarm), gerenciado pela Polícia Federal.

O governo quer concentrar todos os registros de armas em posse da população no Sinarm – incluindo o arsenal de caçadores, atiradores e colecionadores (CACs), que hoje é controlado e registrado pelo Exército.

Ao fim do prazo, quem não fizer o cadastro pode ter o armamento apreendido e responder pelos crimes de porte e posse ilegal de arma de fogo, previstos no Estatuto de Desarmamento de 2003.

FAB informa que 34 aeronaves já foram interceptadas em Roraima

R$ 200 mil por semana: quanto fatura um piloto de aeronaves no garimpo - Amazônia Real

A informação foi divulgada após anúncio do presidente Lula de interceptar aeronaves usadas em garimpo.

A Força Aérea Brasileira informou para a imprensa que  “mantém alertas de defesa no espaço aéreo que compreendem a Terra Indígena Yanomami, operando a partir de Boa Vista (RR) e cumprindo ações de policiamento do espaço aéreo 24 horas por dia’

Segundo a FAB, só em 2022, foram realizadas 34 interceptações de aeronaves nas proximidades de Boa Vista, incluindo a região Yanomami.
As restrições de fiscalizações aéreas são, há anos, um dos principais problemas enfrentados pelas forças de segurança que atuam na proteção do território Yanomami.

Há falta generalizada de aeronaves por parte do Ibama, Funai e Instituto Chico Mendes (ICMBio), além de outras forças policiais que apoiam as operações.
As informações foram prestadas após o presidente Lula (PT) determinar agilidade para cortar os tráfegos aéreo e fluvial de garimpos ilegais em terra yanomami, em Roraima.

O objetivo do governo é iniciar um processo de remoção dos criminosos, conforme anunciado pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva.

Logística do garimpo na Terra Yanomami em Roraima é destaque em reportagem da BBC - Roraima 1

Em reunião com sete ministros e o comandante da Aeronáutica, brigadeiro Marcelo Damasceno, Lula determinou que as ações sejam feitas “no menor prazo”, “para estancar a mortandade e auxiliar as famílias yanomami”.

As iniciativas visam combater, o mais rápido possível, o garimpo ilegal e outras atividades criminosas na região impedindo o transporte aéreo e fluvial que abastece os grupos criminosos” disse a Presidência da República, por meio de nota.

Amazônia tem mais pistas de pouso clandestinas que legais

No final de semana, Marina disse à Folha de S. Paulo que governo iria fazer uma megaoperação unindo diversos ministérios.O objetivo é remover entre 20 e 40 mil garimpeiros da região.

O garimpo ilegal é realidade de décadas na terra Yanomami, mas teve aumento exponencial em 2019, conforme apontam dados oficiais do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), órgão do Ministério da Ciência e Tecnologia.

Informe da Folha BV, de Roraima.

PGR denuncia mais 225 envolvidos no motim de 8 de janeiro.

AGU pede afastamento cautelar de servidores envolvidos nos atos golpistas

A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou nesta segunda-feira (30) mais 225 envolvidos nas invasões ao Palácio do Planalto, ao Congresso Nacional e ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Segundo a PGR, os denunciados foram detidos no acampamento em frente ao Quartel General do Exército, em Brasília, e estão presos em unidades do sistema prisional do Distrito Federal, após a audiência de custódia e a decretação das prisões preventivas.

Eles são acusados pelos crimes:

  • associação criminosa

  • incitação ao crime equiparada pela animosidade das Forças Armadas contra os Poderes Constitucionais

Já são 479* denunciados pela PGR em razão dos atos golpistas do domingo, 8 de janeiro.

*Uma das denúncias está em segredo de Justiça

Agora, caberá ao plenário do STF decidir se aceita a denúncia e transforma os acusados em réus. Ainda não há data marcada para a análise.

As denúncias são assinadas pelo subprocurador-geral da República Carlos Frederico Santos, coordenador do Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos, criado pelo procurador-geral da República, Augusto Aras.

Funcionários públicos

Por seu turno, a Advocacia-Geral da União e o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos encaminharam, de forma conjunta à Controladoria-Geral da União (CGU), pedido para “imediata instauração de processo administrativo disciplinar” contra servidores federais que tenham participado dos atos antidemocráticos do dia 8 de janeiro, quando as sedes dos Três Poderes foram invadidas e depredadas.

No documento enviado, a AGU e o ministério informam que a participação de servidores nos atos de 8 de janeiro já está sob análise da CGU, mas afirmam ser “inadmissível a participação de servidores públicos federais em atos de vandalismo e depredação de patrimônio público em manifestação violenta e inconstitucional que prega a supressão do Estado Democrático de Direito”.

Barroso ordena investigação de suspeitas de genocídio indígena

Brasília 60 anos - Supremo Tribunal Federal

Foto de Marcello Casal Jr. – Conteúdo da Agência Brasil

Ministro do STF encaminhou determinação à PGR e outros órgãos

O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a investigação de suspeitas de prática de genocídio e de outros tipos de crime contra o povo yanomami por parte do governo anterior, do ex-presidente Jair Bolsonaro.

A ordem foi encaminhada à Procuradoria-Geral da República (PGR), ao Ministério Público Militar, ao Ministério da Justiça e Segurança Pública e à Superintendência da Polícia Federal em Roraima.

As apurações não se limitarão à suspeita de genocídio, mas incluem crimes como quebra de segredo de Justiça, desobediência e delitos ambientais que ameaçaram a saúde, a segurança e a vida de diversas comunidades indígenas.

Barroso exigiu as medidas em um despacho relacionado a uma ação que tramita no STF em segredo de Justiça. O ministro determinou a remessa de documentos que, segundo o Supremo, “sugerem um quadro de absoluta insegurança dos povos indígenas envolvidos, bem como a ocorrência de ação ou omissão, parcial ou total, por parte de autoridades federais, agravando tal situação”.

Segundo o ministro do Supremo, diversas medidas podem ter comprometido operações de repressão a garimpeiros, como a divulgação, no Diário Oficial da União, de data e local de realização de operação sigilosa de intervenção em terra indígena. As informações foram publicadas pelo ex-ministro da Justiça Anderson Torres, atualmente preso por suspeita de colaboração com os atos antidemocráticos de 8 de janeiro.

A Coordenação de Operações de Fiscalização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) também divulgou, conforme o magistrado, a data e o local da operação em e-mail destinado aos servidores do órgão.

Barroso também citou indícios de alteração do planejamento da Operação Jacareacanga, pela Força Aérea Brasileira (FAB). Segundo o magistrado, o repasse de informações a garimpeiros comprometeu o sucesso da ação.

Expulsão de garimpeiros

Em relação a outra ação, apresentada pela Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), Barroso determinou a expulsão de todos os garimpeiros das terras indígenas yanomami, karipuna, uru-eu-wau-wau, kayapó, arariboia, mundurucu e trincheira bacajá. No processo, a Apib questiona a falta de proteção a essas comunidades durante a pior fase da pandemia de covid-19.

Segundo Barroso, a retirada deverá começar pelas áreas em situação mais grave. O ministro também questionou a eficácia da estratégia de asfixiar o fornecimento de materiais aos garimpos. “A estratégia anteriormente adotada, de ‘sufocamento’ da logística de tais garimpos, não produziu efeitos, se é que foi implementada”, escreveu o ministro.

Barroso determinou que a PGR seja informada do conteúdo integral do processo, para a apuração de eventual crime de desobediência pelas autoridades envolvidas e deu 30 dias para que a União apresente um diagnóstico da situação das comunidades indígenas e elabore um cronograma de execução das ações não cumpridas.

Perdas com a estiagem no RGS somam quase R$ 6 bilhões

Seca no RS é problema antigo; a solução também é velha conhecida | VEJA

A paisagem gaúcha, com rios interrompidos, se assemelha ao Nordeste do País no estio.

Dados apurados pela Famurs – Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul levam em consideração 123 cidades. Contingente de decretos de emergência, contudo, chega a 212.

As perdas econômicas causadas pela estiagem no Rio Grande do Sul já somam quase R$ 6 bilhões. Os dados foram apurados pela Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs) junto a 123 municípios gaúchos.

Segundo a entidade, cerca de R$ 4,3 bilhões são referentes à agricultura, R$ 1,3 bilhão na pecuária e R$ 10 milhões em gastos com transporte de água pelas prefeituras.

O levantamento foi feito com base nas informações coletadas no Sistema Integrado de Informações sobre Desastres (S2ID), que indica cerca de 2 milhões de pessoas atingidas pela seca no Estado.

Mais de dois milhões de atingidos

Os municípios gaúchos de Barra Funda e Santana da Boa Vista foram, nesta segunda-feira, os mais recentes a protocolar declarações de situação de emergência junto ao Sistema Integrado de Informações sobre Desastres (S2ID), do Sistema Nacional e Proteção e Defesa Civil, somando 214 cidades, ou 43% do total estadual, com protocolos feitos em razão da crescente estiagem.

O número não para de aumentar, o que gera preocupação por parte de autoridades e organizações atuantes no Estado, como a Famurs

Ministério Público do Trabalho abre inquérito para investigar mortes em silo de soja.

O Ministério Público do Trabalho (MPT), abriu nesta segunda-feira (30) inquérito para apurar as responsabilidades sobre o acidente que ocasionou a morte de dois trabalhadores em um silo de soja no município Luís Eduardo Magalhães, no oeste baiano.

 O acidente de trabalho aconteceu no último sábado, quando os dois homens ainda não  identificados foram sugados pelo equipamento de armazenagem de grãos. O nome do empregador responsável pela segurança dos empregados também não foi revelado nas informações preliminares divulgadas pela imprensa local. O Corpo de Bombeiros informou que o caso ocorreu numa fazenda no km 542 da BR-242 e que o silo tinha profundidade de cerca de 20 metros.

O MPT está soliciando informações à Policia Civil e ao Corpo de Bombeiros e aguardará o relatório de inspeção que será feito pelos auditores-fiscais do trabalho da Gerência Regional do Trabalho de Barreiras. O inquérito poderá resultar na proposta de um termo de ajuste de conduta ou em uma ação judicial caso se confirmem os descumprimentos de normas de saúde e segurança do trabalho.

Este é o terceiro caso de acidente grave em silos na regiao oeste da Bahia somente este ano. Dia 16, um trabalhador de 27 anos morreu soterrado em um silo de farelo de soja. O caso aconteceu em uma fazenda na cidade de Luís Eduardo Magalhães, na mesma semana, outro trabalhador saiu gravemente ferido depois de cair de um elevador em outro silo, desta vez em Barreiras. Todos os casos estão sob investigação do MPT.

Do MPT Bahia

PF deflagra operação e evita massacres em escolas de Santa Maria da Vitória na Bahia

Delegados afirmam que Polícia Federal "não é órgão de governo" - Política -  SBT News

Perfil em rede social anunciou plano para um ataque

Repórter Brasil com informações da PF

 Na manhã desta segunda-feira (30/1), a Polícia Federal deflagrou, na cidade de Santa Maria da Vitória/BA, a Operação Sentinela, que visa à repressão e prevenção de massacres em escolas.

A investigação foi iniciada a partir de trabalho de inteligência da Divisão de Repressão a Crimes Cibernéticos da Polícia Federal, que identificou perfil em rede social anunciando um plano de massacre.

Após diversas diligências, foi possível a individualização do responsável pelas postagens, tendo sido cumprido mandado de busca e apreensão em sua residência.

Na oportunidade, foram apreendidos diversos aparelhos eletrônicos, dentre eles o telefone utilizado para realizar as postagens ameaçadoras. Os equipamentos serão submetidos à perícia.

As investigações seguem em segredo de Justiça.

Ouro ilegal da Terra Indígena Kayapó termina em gigante italiana que fatura R$ 18 bi

Operação da Polícia Federal deflagra organização criminosa que atua no garimpo ilegal no sul do Pará. No exterior, metal é comprado pela Chimet, 44ª maior empresa italiana em faturamento.

ouro extraído ilegalmente nos garimpos da Terra Indígena Kayapó, no sul do Pará, alimentou a produção de um dos maiores líderes de metais preciosos da Europa. Trata-se de um grupo italiano especializado em refinar o minério para a confecção de joias, como alianças de casamento, e para a formação de barras de ouro que são guardadas em cofres de bancos suíços, ingleses ou americanos.

A compradora estrangeira deste metal de áreas proibidas da Amazônia – “legalizado” por meio de fraude antes de ir para o exterior – é a Chimet SPA Recuperadora e Beneficiadora de Metais, sigla em italiano para Química Metalúrgica Toscana, uma gigante do setor que ocupa a posição número 44 entre as empresas que mais faturam na Itália. Em 2020, ela teve a maior receita  da sua história: mais de 3 bilhões de euros (cerca de R$ 18 bilhões), um aumento de 76% em relação ao ano anterior.

Para chegar ao nome da refinadora italiana, a Polícia Federal investigou uma complexa organização criminosa do garimpo ilegal, formada por dezenas personagens que atuam no sul do Pará e que mantêm conexões com empresas sediadas em São Paulo, Goiás e Rio de Janeiro – que, por sua vez, “lavam” (legalizam por meio de fraude) e exportam o metal.

O esquema foi desnudado em outubro do ano passado com a Operação Terra Desolata, quando foram expedidos 12 mandados de prisão e 62 de busca e apreensão, além do bloqueio de R$ 469 milhões das contas dos investigados. Hoje, três meses depois da operação, todos os detidos foram soltos por meio de habeas corpus.

A Chimet nasceu nos anos 1970 de um braço da Unoaerre, outra líder do setor na Itália e empresa quase centenária, que se apresenta como a responsável por produzir 70% das alianças de casamento vendidas no país. As duas são controladas atualmente pela mesma família, a Squarcialupi, e estão sediadas em Arezzo, cidade que tem tradição milenar na produção de joias.

Descrita no seu próprio site como uma empresa “amiga do meio ambiente” e detentora de certificados de sustentabilidade “por sua atuação responsável”, a Chimet afirmou à Repórter Brasil que sempre compra o metal acompanhado de documentos que atestem sua origem legal.

“As compras em questão sempre estiveram acompanhadas de documentação que atesta a proveniência lícita do metal, como demonstrado também das faturas e das autorizações para a exportação do fornecedor, além dos documentos da aduana, sejam brasileiros ou italianos”, disse em nota. Entretanto, a empresa reconheceu “o risco de que efeitos negativos possam ser associados ao comércio e exportação de minerais de áreas de alto risco”. Leia aqui a resposta na íntegra.

PF desnuda organização criminosa que explora ouro ilegal na TI Kayapó (Pará), uma das mais prejudicadas pelo garimpo (Foto: Felipe Werneck/Ibama)

O Brasil, nesse caso, é “a área de alto risco” devido à facilidade de se fraudar a origem do ouro, bem como à fragilidade da fiscalização por parte da Associação Nacional de Mineração (ANM) e demais órgãos. As notas fiscais que declaram a origem do minério são em papel, preenchidas pelo vendedor, que facilmente pode mentir sobre o local de onde foi extraído o metal.

‘Infelizmente, o ouro ilegal é uma realidade no mercado europeu’, diz presidente de associação italiana de ouro

“Infelizmente, o ouro ilegal é uma realidade no mercado europeu. As empresas têm essa dupla face, compram ouro de procedência ilegal para atingirem certos padrões internacionais de quantidade de produção”, afirma Nunzio Ragno, presidente da A.N.T.I.C.O., sigla da associação italiana para a proteção do setor do ouro.

O inquérito da PF aponta ainda que a Chimet adquire o produto da brasileira CHM, em uma relação de parceria “estabelecida há décadas” por intermédio do italiano Mauro Dogi e seu filho Giacomo, que moram no Brasil. Ambos são os sócios da CHM e figuram como investigados pelo comércio ilegal de minério.

Eles são descritos pelos investigadores como “os principais destinatários do ouro ilegal oriundo das terras indígenas da região”. Mauro Dogi já foi funcionário da Chimet na sua fábrica em Arezzo. “Observa-se que o próprio nome da empresa CHM é a simplificação de Chimet”, diz o inquérito da PF, revelado pelo jornal O Estado de S.Paulo e obtido pela Repórter Brasil.

Segundo o documento da PF, a Chimet pagou à CHM do Brasil o equivalente a 317 milhões de euros (R$ 2,1 bilhões) na aquisição do metal. A empresa europeia alega que o volume adquirido de ouro é irrelevante em relação ao total – 70 toneladas – trabalhado anualmente nas fábricas do grupo.

A CHM, por sua vez, comprou o metal da Cooperouri (Cooperativa de Garimpeiros e Mineradores de Ourilândia e Região) que, segundo a PF, extrai o ouro do território indígena. Como prova, os policiais informam que a empresa fundada por Dogi fez 25 depósitos à cooperativa, no total de R$ 11,7 milhões, no período de um ano (entre 2019 e 2020).

Além de extrair o minério de área ilegal, segundo a PF, a Cooperouri também adquire o metal de garimpeiros e atravessadores clandestinos que atuam na mesma região – foram transferidos R$ 246 milhões a estes fornecedores entre setembro de 2015 e setembro de 2020.

Exportação em voos privados

A CHM também atua como exportadora do ouro ilegal. O inquérito aponta que a exportação acontece “em voos privados, sem o devido conhecimento das autoridades competentes, sem passar pelo Sistema Integrado de Comércio Exterior (Siscomex)”.

Questionada, a Receita Federal disse à Repórter Brasil que “se a exportação é clandestina não há que se falar em registro no Siscomex, pois sua característica é evadir-se dos controles do Estado”, e que a Receita e a PF “trabalham em conjunto em ações de combate ao contrabando e ao comércio ilegal de ouro”.

A Chimet, por meio do advogado Roberto Alboni, afirmou que Mauro Dogi trabalhou como operário na sede italiana durante cinco anos, entre 1990 e 1995, dando a entender que não se trata de pessoa que mantenha relação com os altos escalões da empresa. A companhia ainda contestou a informação citada na investigação brasileira: disse que sua relação com a CHM do Brasil durou “de quatro a cinco anos”, sendo interrompida em outubro passado após a notícia da operação realizada pela Polícia Federal (e não décadas, como afirma o inquérito).

Em nota, a CHM negou que tenha adquirido ouro de terras indígenas e disse que suas aquisições foram feitas “de cooperativas aptas a minerar em suas respectivas áreas, as quais sempre apresentaram a documentação legalmente exigida e necessária para exercer suas atividades.” A empresa confirmou que o minério adquirido tem como destino grupos estrangeiros e afirmou que “todo o ouro comprado no mercado interno passa pelo crivo da Receita Federal e da Polícia Federal quando do processo de exportação”. As atividades da empresa, segundo seus advogados, estão temporariamente suspensas. Leia aqui a resposta na íntegra.

Repórter Brasil tentou contato com a diretoria da Cooperouri, mas o advogado responsável pela defesa da cooperativa e de um dos seus diretores, Douglas Alves de Morais, não respondeu às perguntas enviadas pela reportagem até a publicação deste texto.

O patrão de Badia al Pino

O fundador da Chimet, Sergio Squarcialupi, que já foi presidente da Unoaerre, é descrito na imprensa da Toscana como “il patron di Badia al Pino” [o patrão de Badia al Pino], em referência a um distrito de Arezzo onde está uma das instalações da empresa. Sua filha, Maria Cristina Squarcialupi, é a atual presidente do conselho de administração da fabricante de joias Unoaerre.

A família Squarcialupi, em especial o patriarca Sergio, foi investigada pela Procuradoria de Arezzo a partir de  2008, em um caso que envolveu agentes públicos acusados de favorecer a companhia com licenças ambientais forjadas.

O fundador da Chimet foi condenado por diversos crimes, como dano ambiental, organização para tráfico ilícito de rejeitos e falsidade ideológica, mas as decisões foram revertidas na Suprema Corte de Cassação (equivalente ao Supremo Tribunal Federal) em 2017.

Quem enfrentou o grupo, inclusive judicialmente, alega se tratar de um conglomerado demasiadamente forte e poderoso. Para quem defende a família, como o advogado Roberto Alboni, o que houve foi uma perseguição judicial marcada por erros. “Foi um processo doloroso, Sergio Squarcialupi até perdeu a saúde por causa disso, mas a empresa teve a oportunidade de mostrar que não houve nada de errado”, ressaltou.

Fachada da produtora de joias Unoaerre, que compra ouro da Chimet e diz fabricar 70% das alianças de casamento da Itália (Foto: Reprodução/ Google Maps)

Procurada, a Unoaerre disse nunca ter comprado ouro diretamente do Brasil. No entanto, em seu balanço de sustentabilidade de 2020, ela informa que realiza a maioria de suas aquisições, bem como o refinamento do ouro, com a parceira Chimet, descrita no mesmo documento como uma companhia que atende os critérios de atestar que o ouro tem uma “origem legítima” e “livre de conflitos”.

Como se tratam de empresas irmãs, é provável que o ouro extraído ilegalmente da terra indígena dos Kayapós tenha terminado nos dedos dos noivos italianos.

Procurada pela Repórter Brasil, a Guardia di Finanza, uma das forças policiais que se ocupa de questões financeiras e econômicas na Itália, disse que atividades como a descrita pela Polícia Federal brasileira no inquérito – ouro ilegal brasileiro que é “lavado” e vai parar numa empresa italiana – poderia ensejar alguma investigação das autoridades italianas. Mas, por ora, ressaltou a assessoria de imprensa, não há nenhuma análise a respeito.

Uma das dificuldades para esse tipo de investigação é o fato de o ouro brasileiro ser “lavado”, ou seja, “legalizado” no Brasil antes da exportação. Como há um documento que atesta tratar-se de metal supostamente legal e lícito, o problema passa a ser das autoridades brasileiras, escapando da atribuição das autoridades italianas.

Tanto a Chimet como a Unoaerre têm certificados de boas práticas de organizações como a Responsible Jewellery Council, com sede em Londres, que elaborou uma linha guia para o setor de modo a observar a legalidade do ouro e a preservação dos direitos humanos, inclusive durante a sua extração. Elas ainda estão sujeitas a um regulamento aprovado pelo Parlamento Europeu em 2017 que impõe a obrigatoriedade do controle das fontes dos metais preciosos originários de fora da União Europeia e comprados por alguma empresa sediada na Europa.

A tragédia indígena é de responsabilidade dos militares

Por Celeste Silveira, em A Postagem

Bolsonaro não tinha um partido ou um grupo político organizado para tocar a máquina pública brasileira depois que foi eleito em 2018. O que fez? Usou as Forças Armadas como partido.

Quando se vence uma eleição, bem, é necessário… governar. A campanha fica pra trás e o dia a dia da máquina pública aparece na sua frente. Como nomear ministros, diretores de estatais, de agências reguladoras e todos os cargos que a administração de um país precisa pra FUNCIONAR?

Nas democracias do mundo todo, essa tarefa cabe aos partidos e seus quadros. É assim no Brasil, nos EUA, na França, no Japão. O que fez Bolsonaro? Sem partido nenhum, isolado na vida pública como sempre foi, o presidente eleito recorreu aos militares. Ministérios, estatais e agências foram ocupados por fardados.

O Tribunal de Contas da União identificou mais de 6 mil militares em postos civis no governo. Quase metade deles, identificou a Controladoria Geral da União, eram irregulares – “há militares que não poderiam estar exercendo a função civil e outros estavam mais tempo cedidos à administração pública do que a legislação permite. Há ainda aqueles que estavam recebendo mais do que deveriam, quase R$ 40 mil reais por mês”

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Só em cargos comissionados era 2.673 militares em 2021. Com um detalhe: 2.075 são da ativa. Eles não fazem falta nas unidades militares que serve originalmente? Ao menos abre-se aqui um debate sobre a utilidade (ou inutilidade?) de usarmos impostos para manter esses empregos. Aparentemente, com o fim do governo Bolsonaro, não precisamos deles nos quartéis.

As principais estatais do Brasil foram comandadas, via de regra, também por militares: Infraero, Correios, Petrobras, Itaipu.

Na Funai, órgão que deveria ter evitado o holocausto indígena que vimos nas últimas semanas, dos 39 coordenadores regionais, 22 eram militares — apenas dois eram civis servidores de carreira. Como poderia dar certo? Bem, de certa forma, deu certo: em um áudio publicado pela agência de jornalismo O Joio e o Trigo, um coordenador da Funai prometeu liberar garimpo em terras indígenas.

Qual a conclusão de tudo isso? Simples: que o governo Bolsonaro foi um governo MILITAR. Um governo militar que chegou ao poder pelo voto.

A tragédia, a desumanidade, a ofensa, a humilhação, a incompetência e a destruição que vimos nos últimos anos são, por consequência, MILITARES, e que assim passem à história.

“Não estamos conseguindo contar os corpos”, diz relato do genocídio

Quer ter uma ideia do horror do genocídio, planejado, desenvolvido e executado pela alta cúpula do Governo Bolsonaro?

Leia então a matéria da agência Sumauma, que relata a tragédia em toda a sua extensão.

Chuva aumenta relatos da ferrugem da soja na safra 22/23

Como nas safras anteriores, o mês de janeiro vem apresentando rápido aumento nos relatos de ferrugem-asiática nos estados e municípios produtores de soja.

Segundo levantamento do Consórcio Antiferrugem, na safra 2022/23, há 119 relatos da doença e a ferrugem está presente em nove estados brasileiros, sendo 79% das ocorrências em lavouras comerciais na fase de enchimento de grãos.

Na mesma época, na safra passada, havia 59 relatos, porém, as condições climáticas eram diferentes – menor volume de chuvas na região Sul do País, Mato Grosso do Sul e Paraguai – o que reduziu a ocorrência da doença.

A pesquisadora Cláudia Godoy, da Embrapa Soja, explica que a ferrugem está favorecida pelas chuvas bem distribuídas ao longo desta safra. “Em regiões em que as chuvas estão regulares, a doença é mais comum quando ocorre falhas de aplicações de fungicidas ou os fungicidas utilizados têm baixa eficiência para o controle da ferrugem”, explica Godoy.

De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), mais de 50% das lavouras estão em fase de enchimento de grãos (após R5), situação onde a doença causa menos dano. Godoy afirma que o potencial de dano da ferrugem-asiática é maior nas lavouras ainda em estádio vegetativo, floração e formação de vagens, que recebem maior quantidade de inóculo do fungo das áreas semeadas mais cedo.

“Permanecendo as condições favoráveis para a doença, as lavouras mais atrasadas irão necessitar de aplicações com fungicidas com alta eficiência para o controle da doença”, alerta. “Mesmo os produtos mais eficientes para o controle devem estar associados ao uso de fungicidas multissitios, à medida que aumenta o inóculo da ferrugem nas regiões”, comenta.

A comparação da eficiência de fungicidas registrados e em fase de registro para o controle da ferrugem-asiática vem sendo feita em experimentos em rede, realizados desde a safra 2003/2004, no Brasil. Os fungicidas são avaliados individualmente, em aplicações sequenciais, em semeaduras tardias, para determinar a eficiência de controle. Os resultados mais recentes sobre a eficiência dos fungicidas para controle da ferrugem podem ser acessados na publicação Eficiência de fungicidas para o controle da ferrugem- asiática da soja, Phakopsora pachyrhizi, na safra 2021/2022: resultados sumarizados dos ensaios cooperativos

Outras doenças da soja na safra 22/23 – A pesquisadora da Embrapa relata ainda a ocorrência de outras doenças nessa safra. Nas regiões do Cerrado, por exemplo, onde vem ocorrendo boa distribuição de chuvas nas semeaduras iniciais, tem-se observado alta incidência de mancha-alvo. Além disso, na região Sul, há relatos de mofo-branco nas regiões mais altas com temperaturas mais amenas e em períodos de menor precipitação a presença do oídio.

Da Embrapa Soja

Desembargador manda Saúde recontratar 1,7 mil cubanos no Mais Médicos.

Desembargador manda Saúde recontratar 1,7 mil cubanos no Mais Médicos

© REUTERS/Fernando Medina

O governo de Cuba decidiu deixar o programa social em 2018, citando declarações “depreciativas e ameaçadoras” do então presidente eleito Jair Bolsonaro (PL) sobre a presença dos médicos cubanos no Brasil.

O desembargador Carlos Augusto Pires Brandão, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), em Brasília, decidiu que a União deve recontratar mais de 1,7 mil médicos cubanos que participaram do programa Mais Médicos.

O governo de Cuba decidiu deixar o programa social em 2018, citando declarações “depreciativas e ameaçadoras” do então presidente eleito Jair Bolsonaro (PL) sobre a presença dos médicos cubanos no Brasil.

Com o rompimento do acordo, os profissionais que faziam parte do 20º ciclo do programa precisaram voltar ao país de origem. O grupo é o único que não pode renovar o contrato com o governo brasileiro.

Brandão determinou que os médicos tenham o contrato de trabalho renovado por um ano. O desembargador deu dez dias para o Ministério da Saúde apresentar um plano de reincorporação dos profissionais.

A decisão cita a crise humanitária vivida pelo povo Yanomami. Na avaliação do desembargador, o programa vai ajudar a implementar ações de saúde pública urgentes nas comunidades indígenas. “Há estado de emergência de saúde pública declarado, decretado por intermédio do Ministério da Saúde”, aponta a decisão.

O Mais Médicos foi criado em 2013, no governo da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), para atender regiões carentes sem cobertura médica. O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já havia sinalizado interesse em retomar o programa.

A decisão judicial atendeu a um pedido da Associação Nacional dos Profissionais Médicos Formados em Instituições de Educação Superior Estrangeiras e dos Profissionais Médicos Intercambistas do Projeto Mais Médicos para o Brasil (Aspromed).

Para o coordenador jurídico da entidade, Humberto Jorge Leitão de Brito, a decisão corrige uma “injustiça” e “observa o caráter humanitário do projeto”.

“Os profissionais intercambistas atuam, em sua grande maioria, em regiões de difícil acesso, onde a presença de um médico para prestar a assistência primária para a população se faz ainda mais necessário. É o caso das localidades onde vive o povo Yanomami, que têm passado por uma crise sanitária gravíssima”, defende.

Produtores devem ficar atentos ao contrato futuro

Quebra de acordo pode acarretar ações judiciais e levar, em último caso, à retenção da produção e da propriedade

Com uma expectativa de aumento de 15% na safra de grãos para o ciclo 2022/23, estimada em 312 milhões de toneladas, o Brasil poderá registrar a maior safra da história, segundo dados da Companhia Nacional do Abastecimento (Conab). Otimista com a produção e satisfeito com os valores mais atrativos das commodities agrícolas, muitos agricultores apostam no mercado futuro junto a revendas e cooperativas por meio de contratos.

O contrato futuro é uma prática tradicional no setor que garante o recebimento de um valor fixo na hora de entregar a produção, independente do preço do dia. Contudo, a prática requer alguns cuidados. Ao firmar um contrato futuro, tanto produtor como cerealistas ou cooperativas precisam estar alinhados na hora de concretizar a negociação, como afirma Ricardo Costa Bruno, advogado e sócio do Martinelli Advogados.

“O produtor precisa avaliar os riscos, uma vez que a agricultura é uma empresa a céu aberto, podendo ser influenciada por intempéries ou mesmo pelo mercado”. Os contratos futuros, explica o advogado, são baseados em quantidade, qualidade da produção e preço. Ao firmar um acordo, o contratante estabelece parâmetros e o produtor, ao assiná-lo, terá que cumprir as determinações. “É preciso que o produtor fique atento e verifique se terá ou não condições de cumprir o que determina o contrato”, observa Costa Bruno.

O advogado salienta que a Justiça é muito clara a respeito de que o contrato, assinado pelas partes, precisa ser cumprido. Caso o produtor não tenha condições de arcar com o acordo, seja por quebra de safra ou baixa qualidade da produção, ele terá que renegociar com a cooperativa ou cerealista se pode, entre as alternativas, pagar a dívida nos próximos ciclos.

Em situações de não concordância com os valores do produto na hora da entrega da produção – por exemplo, uma alta expressiva dos preços das commodities –, a Justiça ordena que o produtor disponibilize o combinado no preço estabelecido em contrato. Caso isso não aconteça, o comprador pode acionar o Judiciário para obter a produção acordada contratualmente. Além disso, ressalta o advogado, o produtor pode levar uma multa pela inadimplência e, em último caso, ter até a propriedade penhorada.

Acordos

“Importante destacar que o contrato faz lei entre as partes. Por isso, deve ser analisado pelos interessados se o que foi acordado está fielmente transcrito no instrumento contratual. Uma vez assinado o contrato, as obrigações ali previstas precisam ser cumpridas e os direitos, exercidos”, sustenta Ricardo Bruno.

AGU avalia cobrar Bolsonaro por gastos irregulares com cartão corporativo.

João Roma, candidato bolsonarista ao Governo do Estado, pode explicar melhor o passeio das motos durante a campanha.

A pasta cruza informações das despesas com as datas da campanha e pré-campanha para apurar se o ex-presidente usou dinheiro público com fins eleitorais.

A Advocacia-Geral da União (AGU) estuda cobrar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a devolução do dinheiro público por supostos gastos irregulares com o cartão corporativo da Presidência da República.

Conforme apurou a coluna de Bela Megale, no jornal O Globo, a AGU tem cruzado informações das despesas do ex-mandatário com as datas da campanha e pré-campanha, com o objetivo de apurar se o dinheiro público foi usada para cobrir despesas com fins eleitorais.

Segundo a publicação, caso seja constatado o uso irregular do cartão corporativo em atividades de campanha o partido de Bolsonaro, PL, também será acionado para ressarcir os cofres públicos.

Um resultado parcial do levantamento da AGU está previsto para sair na próxima e, de acordo com a coluna, a pasta tem orientado que o trabalho seja feito com “discrição” e de forma “exclusivamente técnica”.

Após cair o sigilo dos gastos com o cartão corporativo, vieram a público informações de que o ex-presidente Jair Bolsonaro usou verbas públicas para cobrir gastos com motociatas, além de antidepressivos, diárias de hotel para familiares de férias e comidas como picanha, caviar e camarão.

PF prende idosa bolsonarista que defendeu ‘pegar o Xandão’ em ato golpista.

Conhecida como ‘Dona Fátima de Tubarão’, ela já foi condenada por tráfico de drogas e responde por estelionato e falsificação de documento público

Uma idosa bolsonarista que ganhou os holofotes nas redes sociais ao participar dos atos golpistas de 8 de janeiro, em Brasília (DF), foi presa nesta sexta-feira (27), em Santa Catarina, pela Polícia Federal (PF).

Maria de Fátima Mendonça Jacinto Souza, que ficou conhecida como “Dona Fátima de Tubarão”, é um dos 11 alvos dos mandados de prisão expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e cumpridos pela PF nesta sexta, dentro da terceira fase da operação Lesa Pátria.

Em vídeos da invasão às sedes dos Três Poderes, a mulher de 67 anos aparece incitando os radicais e ameaçando o ministro Alexandre de Morais, do STF. “Vamos para a guerra, é guerra agora. Vamos pegar o Xandão agora”, disse ela, na ocasião.

Após a exposição nos atentados, veio à público a informação de que Fátima já foi condenada por tráfico de drogas e também responde pelos crimes de estelionato e falsificação de documento público.

Na calada da noite

UFN 3

Publicado na página da AEPET – Associação dos Engenheiros da Petrobras

Ao apagar das luzes, a última diretoria Bolsonaro-Guedes na Petrobrás impõem sacrifícios à população, vende mais um ativo e satisfaz o “mercado” e acionistas minoritários

Os últimos diretores da Petrobrás nomeados pelo governo Bolsonaro mostraram a que vieram e a quem serviam. Na noite dessa terça-feira (24) anunciaram um reajuste de 7% no preço da gasolina, isso a menos de 48 horas da reunião do Conselho de Administração da empresa, convocada para sacramentar o nome do senador Jean Paul Prates como novo presidente.

A justificativa, como sempre, é que “o aumento acompanha a evolução dos preços de referência e é coerente com a prática de preços da Petrobras, que busca o equilíbrio dos seus preços com o mercado, mas sem o repasse para os preços internos da volatilidade conjuntural das cotações e da taxa de câmbio”, ou seja, clara manutenção da nefasta política de Preço Paritário de Importação.

É um afago ao “mercado” e à Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis), que diziam que a defasagem da gasolina era de 14% e do diesel 9%. Agora que passaram as eleições, estão buscando tirar essa defasagem, devido à pressão dos acionistas minoritários, e colocar a culpa no novo governo.

O fato é que, mesmo no apagar das luzes, a gestão bolsonarista da Petrobrás continua com as negociações para privatização de mais ativos da companhia, com a distribuição abusiva de mega dividendos para acionistas e, também, definindo os preços dos combustíveis no Brasil de forma incorreta.

A mesma diretoria, também na calada da noite do dia 24, informa: “A Petrobrás, em continuidade ao comunicado divulgado em 29/08/2022, informa que, observada a governança interna aplicável, foi aprovado o encerramento do processo competitivo, que estava na fase vinculante, para venda integral da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados III (UFN-III).

A Petrobrás avaliará seus próximos passos relacionados ao desinvestimento do ativo em questão, em alinhamento ao Plano Estratégico 2023-2027 vigente, e reforça o seu compromisso com a ampla transparência de seus projetos de desinvestimento e de gestão de seu portfólio.”

Ou seja, no apagar das luzes, deram sinal verde para a concretização da venda do ativo. Mas pelo teor da mensagem, esses diretores sabem que isto não deve ocorrer. Mas deixará implicações jurídicas à Petrobrás.

Sobre a UFN-III

A UFN-III é uma unidade industrial de fertilizantes nitrogenados localizada em Três Lagoas, no estado de Mato Grosso do Sul. A construção da UFN-III teve início em setembro de 2011, mas foi interrompida em dezembro de 2014, com avanço físico de cerca de 81%. Após concluída, a unidade terá capacidade projetada de produção de ureia e amônia de 3.600 t/dia e 2.200 t/dia, respectivamente.

Como já afirmou na Nota sobre a indicação de Prates à presidência da Petrobrás, a AEPET tem uma atuação política e programática, impessoal e transparente e espera da nova diretoria ações concretas e rápidas para reverter o desmonte da Petrobrás e a penalização da grande maioria dos brasileiros.

ENERGIZANDO

*Desde 2019, Petrobras teve 64 ativos vendidos

https://monitormercantil.com.br/desde-2019-petrobras-teve-64-ativos-vendidos/

**Ministro de Minas e Energia anuncia a criação do Conselho Nacional de Política Mineral

https://petronoticias.com.br/ministro-de-minas-e-energia-anuncia-a-criacao-do-conselho-nacional-de-politica-mineral/

A fantástica fábrica de maldades do Vereador Carluxo

O advogado Tauat Resende, 30 mil seguidores no Twitter, reproduz comentários que descrevem a fábrica de maldades do vereador federal Carluxo Bolsonaro:

“A sala usada pelo Gabinete do Ódio era um aquário. Lá, todos os computadores eram MacBooks. E o acesso era por uma porta que abria com um crachá especial. Para sair, apenas um botão de dentro pra destravar a porta. Quem viu relatou que é a estrutura montada era macabra!”

Outros informes extra-oficiais dão conta que Carluxo abriria mão do restante do mandato como vereador do Rio de Janeiro para acompanhar o pai. Na verdade está temeroso de processos judiciais.

Governo resiste a entregar órgãos federais ao Centrão.

                                                      Atual composição da Câmara.

O União Brasil, terceira maior bancada da Câmara dos Deputados na próxima legislatura, com 59 deputados faz exigências grandiosas ao Governo para se aliar. O Governo precisa enfrentar o PL (99 deputados), contando com os deputados do PT (68) e de outros membros do Centrão: PP (47 deputados), MDB (42 deputados) e a União, mescla do antigo PSL e DEM.

Em troca do apoio ao governo Luiz Inácio Lula da Silva, integrantes do Centrão exigem o controle da Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), do Banco do Nordeste (BNB) e do Fundo Nacional do Desenvolvimento da Educação (FNDE), três dos principais cofres da República e no centro de escândalos de corrupção. A fatura está sendo apresentada principalmente pelo líder do União Brasil na Câmara, Elmar Nascimento (BA), segundo integrantes do Planalto. O governo resiste a ceder tudo, mas deve entregar ao menos um dos órgãos ao União Brasil. Interlocutores de Lula dizem que o presidente não aceitará o pedido triplo de Elmar. Já a Codevasf poderá ser cedida. A partilha de cargos de segundo escalão mobilizou o quarto andar do Palácio do Planalto nos últimos dias. Há cobiça de cargos por partidos menores que negociam com o governo Lula, como o Podemos.

O PT, por exemplo, também quer ter o comando de alguns desses cofres, como o BNB. Segundo parlamentares da região, a disputa envolve até ministros. Há ao menos três nomes com padrinhos fortes: Stelio Gama Lyra Junior, do Instituto Nordeste Cidadania, ligado ao líder do governo, José Guimarães (PT-CE); Nelson Martins que tem apoio do ministro da Educação, Camilo Santana; e Luiz Carlos Farias, que tem o aval do ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias.

Esses órgãos têm orçamento bilionário, conforme o Estadão, e costumam sofrer influência política direta de parlamentares, que indicam diretores e superintendentes nos Estados. Alguns deles viraram focos de denúncias de corrupção nos últimos governos, como a Codevasf, com verbas do orçamento secreto, o FNDE, e o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).

A ordem no Planalto, porém, é segurar nomeações até as eleições para as presidências da Câmara e do Senado, marcadas para 1.º de fevereiro. O governo quer começar a destravar os pedidos depois, de acordo com o comportamento dos partidos nas votações.

O ministro-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, conversou na semana passada com Elmar. O deputado ficou contrariado por ter sido vetado pelo PT da Bahia para um ministério e manifestou sua frustração a Padilha. O ministro indicou que considera “razoável” a reivindicação pela chefia da autarquia.

O apoio do União Brasil ainda é considerado instável. O partido é visto como uma “federação” com muitos políticos influentes. Eles divulgaram um manifesto, na semana passada, em que defendem o “empoderamento” do Congresso, em vez de postura “subserviente” ao Planalto. A articulação política lulista vai ceder para ter ao menos a maioria da bancada, mas sabe que não conseguirá todo o partido na Câmara, tampouco no Senado. Além do comando da Codevasf, há pedidos por cargos no segundo escalão dos ministérios das Comunicações e da Integração e Desenvolvimento Regional, destinados à legenda.

Diante da ofensiva por mais cargos, uma reunião causou apreensão no governo. Integrantes da bancada petista sugeriram a Padilha uma operação para contornar e isolar Elmar e neutralizar seu poder. A ideia consistia em tentar atrair com benesses os deputados mais influenciados por ele na bancada do União Brasil, que tem 59 integrantes. É a terceira maior da Câmara. Assim, poderiam obter os votos individualmente, sem tratar com o líder do União Brasil.

A operação foi vista como arriscada pela articulação política do Planalto. Houve quem lembrasse que a então presidente Dilma Rousseff (PT) cometeu esse “erro”, na tentativa de sobreviver no governo. Quem conhece os meandros da Câmara alerta que Elmar conhece bem os bastidores da partilha de recursos do orçamento secreto pelos parlamentares.

A bancada paulista do PT já indicou Jamil Yatim para chefiar a Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais do Estado de São Paulo (Ceagesp), outra empresa que é alvo de cobiça dos aliados. Yatim é ligado ao PT de Jundiaí e já ocupou o cargo de diretor financeiro da Ceagesp no governo Dilma.

Deputados do União Brasil querem ainda emplacar um nome na Secretaria Executiva do Ministério do Turismo. Avaliam que, caso a ministra Daniela Carneiro seja demitida, poderiam fazer o substituto na pasta. Após ter o nome anunciado como ministra, Daniela foi acusada de ter ligações com a milícia do Rio.

O acordo do PT para apoiar a reeleição de Arthur Lira (PP-AL), líder do Centrão, como presidente da Câmara prevê a distribuição de postos de comando na Casa. O PT quer comandar a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), a mais poderosa da Câmara, reivindicada também pelo PL do ex-presidente Jair Bolsonaro.

O acerto beneficiaria, ainda, o Republicanos. O deputado Marcos Pereira (SP) voltaria a ser o vice-presidente da Câmara. Já o ex-líder da bancada Jonathan de Jesus (Republicanos-RR) seria indicado ao Tribunal de Contas da União (TCU). O problema é que o PL também quer ocupar a vice-presidência da Câmara.

Hoje à noite: Asteroide passa mais perto da Terra do que alguns satélites!

Arte: ilustração de asteroide passando perto da Terra

Da BBC Brasil

Definitivamente não há motivo para pânico, mas um asteroide enorme está prestes a passar perto da Terra nas próximas horas.

Do tamanho de um ônibus, a rocha espacial, conhecida como 2023 BU, passará rapidamente pelo extremo sul da América do Sul logo após as 21h, horário de Brasília, desta quinta-feira (26/1).

A expectativa é de que o asteroide fique a 3.600 km do nosso planeta, o que pode ser considerada uma passagem rente.

Isso mostra como existem asteroides de tamanho significativo, à espreita, perto da Terra, que ainda precisam ser detectados.

Este só foi captado no fim de semana passado, pelo astrônomo amador Gennadiy Borisov, que opera em Nauchnyi, na Crimeia, a península que a Rússia tomou da Ucrânia em 2014.

Minions reclamam de banheiro sem porta, cobertor fino e comida com glúten na Papuda.

De pedido de comida sem glúten a preso armado: os detalhes das celas bolsonaristas

De pedido de comida sem glúten a preso armado: os detalhes das celas bolsonaristas

Do Metrópoles, editado.

Um relatório extenso produzido pela Defensoria Pública após visitas aos presos pelos atentados antidemocráticos mostra detalhes das celas bolsonaristas. Nas 71 páginas do documento, há curiosidades sobre a situação completamente atípica nas penitenciárias. Os detentos reclamaram da comida, pediram dieta sem glúten e lactose, acharam os cobertores finos demais e foram obrigados a usar vasos sanitários sem porta ou qualquer privacidade, por exemplo. Eles estão privados de liberdade há 17 dias.

O documento foi elaborado em conjunto pela Defensoria Pública da União (DPU)Defensoria Pública do Distrito Federal (DPDF) e pelo Mecanismo Nacional de Prevenção à Tortura (MNPCT), com base em vistorias ocorridas nas prisões que receberam criminosos envolvidos nos ataques aos prédios na Praça dos Três Poderes ou estavam no acampamento montado em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília.

Houve até bolsonarista com Covid participando dos atos de invasão e depredação, como mostraram relatórios da triagem médica. Os registros analisados no dia 10 de janeiro, dois dias após os crimes, concluem ainda que 97% das pessoas que chegaram ao sistema prisional não eram do DF. O relatório também aponta que havia uma cela só com idosos, “muitos militares”, como oficiais da Marinha, e policiais de outros estados.

Um preso chamou atenção por estar com um cofre que guardava uma arma na hora em que chegou à unidade prisional. Ele é policial civil aposentado. Outro estava com R$ 3 mil em espécie. A arma, o dinheiro e o cofre foram apreendidos pela Polícia Penal.

Nenhum dos bolsonaristas se declarou como parte do grupo LGBTQIA+, mas, por causa das novas prisioneiras, as mulheres trans que já estavam detidas na Colmeia tiveram de ser transferidas de um bloco específico para celas destinadas às visitas íntimas. Isso gerou prejuízo a elas, que enfrentaram “celas minúsculas”, dias sem banho de sol e até precisaram “desentupir o vaso do banheiro com a mão”, como traz o relatório da Defensoria.

Celas

Os órgãos de proteção aos direitos humanos observaram problemas desde a detenção de bolsonaristas no ginásio da Polícia Federal, onde não havia chuveiro para banho dos detidos. Já no Centro de Detenção Provisória II, na Papuda, defensores encontraram celas com capacidade para oito pessoas mantendo 12 presos, criminosos dormindo no chão, chuveiros com água fria e vasos sanitários sem privacidade.

Havia quatro refeições por dia, mas os bolsonaristas reclamaram da “má qualidade dos alimentos e pouca quantidade no fornecimento de frutas”. Jogando marmitas quase inteiras no lixo, eles diziam que a comida tinha “gosto ruim e mau preparo”. Assistidos psicologicamente, os bolsonaristas levantaram muitas queixas de saúde mental, como quadros de depressão e ansiedade.

Ofício aponta cerco ‘espantoso’ de garimpeiros a posto de saúde e veto a transporte na terra yanomami.

Terra Indígena Yanomami é a área protegida mais pressionada da Amazônia - ((o))eco

Por VINICIUS SASSINE, da Folhapress, editado.

O crime sem castigo: apesar dos esforços da Justiça Federal, garimpeiros mandavam e desmandavam nas terras Yanomamis.

Um ofício de um chefe de divisão e de um coordenador de saúde indígena na terra yanomami, ainda no governo Jair Bolsonaro (PL), detalhou a tomada de uma UBSI (Unidade Básica de Saúde Indígena) por garimpeiros no território demarcado.

O cerco impediu voos de equipes de saúde, resultou em ameaças contra a empresa responsável pelo transporte de pacientes e profissionais e fechou o posto ainda em novembro de 2021.

A unidade acabou incendiada por garimpeiros ilegais em dezembro de 2022, último mês da gestão Bolsonaro, segundo denúncia de Júnior Yanomami, presidente do Condisi (Conselho Distrital de Saúde Indígena) dos Yanomami e Ye’kuana.

Atividade garimpeira tem provocado a poluição dos rios na Terra Yanomami, conforme a HAY — Foto: © Bruno Kelly/HAY
Foto: © Bruno Kelly/HAY

Em maio de 2022, a Justiça Federal em Roraima determinou que o governo Bolsonaro usasse a Força Nacional de Segurança Pública para garantir a reabertura da unidade básica de saúde de Homoxi, de forma que o Ministério da Saúde retomasse o atendimento na região. A decisão se deu no curso de uma ação civil pública movida pelo MPF (Ministério Público Federal).

Na mesma decisão, o juiz federal Felipe Bouzada Viana determinou a retirada dos milhares de garimpeiros que exploram ilegalmente a Terra Indígena Yanomami. Ele chegou a apontar riscos de genocídio no território.

O governo Bolsonaro, que estimulou o garimpo ilegal em terras indígenas, desrespeitou sistematicamente decisões judiciais que obrigavam a retirada dos invasores.

A quantidade de garimpeiros na terra yanomami explodiu na gestão passada e ultrapassa 20 mil invasores, segundo estimativas de associações indígenas.

Os garimpos contribuíram para um quadro de desassistência em saúde no território, com explosão de casos de malária e desnutrição, especialmente entre crianças e idosos.

O Ministério da Saúde do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) declarou emergência em saúde pública e instalou um centro de operações com essa finalidade. Lula esteve em Roraima no sábado (21) como parte dessas ações, o que deu visibilidade à crise em curso.

O conteúdo do ofício do chefe da Divisão de Atenção à Saúde Indígena e do coordenador distrital de Saúde Indígena é reproduzido na decisão judicial de maio de 2022. O documento não cita os nomes dos servidores, que dão detalhes de uma visita técnica feita à unidade básica de Homoxi.

Diversos fatores impediam a reabertura do posto de saúde, segundo o ofício. “Já na chegada ao polo qualquer um se espantaria com a cena, a UBSI está cercada por invasores, não existe mais disfarce que tem garimpeiros no local, uma vez que estão morando ao redor da unidade”, cita o documento.

“É assustador ver o avanço de maquinários para a extração, tanto manual quanto mecanizado. Mais assustador ainda é poder identificar que existe uma população de garimpeiros que deve estar se aproximando a mil pessoas”, dizem os coordenadores de saúde.

A reportagem questionou o Ministério da Saúde sobre retomada do funcionamento da UBSI e aguarda uma reposta.

Voos que garantem a logística do crime ocorriam o tempo todo, conforme o relato dos profissionais, e a pista da unidade básica de saúde passou a ficar inoperante para pousos e decolagens voltados ao transporte de pacientes e equipes médicas.

A empresa que prestava esse serviço ao Ministério da Saúde passou a sofrer ameaças, como consta no ofício.

“Essa situação causa diversos prejuízos, como falta de assistência para aqueles que realmente precisam, inviabilizando a chegada de insumos, além de outros fatores maléficos que envolvem os nossos colaboradores, colocando-os em risco, expostos e vulneráveis”, afirma o ofício.

“O avanço da extração de minério nas redondezas está devastando a floresta e poluindo o rio. O posto corre risco de erosão no local onde se encontra localizado no polo”, dizem os coordenadores de saúde no documento.

Não havia nenhuma condição de permanência de equipes de saúde no local, segundo eles, porque “a casa apresenta infestação de morcegos, fezes de diversos animais, além da água contaminada, imprópria para consumo humano e em consequência da garimpagem”.

Há comprovação de que profissionais de saúde sofriam pressão de garimpeiros em outras comunidades, conforme o documento. Esses invasores pressionavam por atendimento médico e medicamentos, “utilizando a manipulação indígena, fazendo que eles se tornem seus aliados para fazer parte da equipe operacional e gerando conflitos dentro das comunidades”.

Os coordenadores dizem que pacientes indígenas precisavam de atendimento, mas que não havia possibilidade de prestação desse serviço em razão da invasão dos garimpeiros.

“A invasão do garimpo fez com que uma grande maioria de indígenas se deslocasse, abandonando suas comunidades de origem e se readequando à realidade dos garimpeiros. Nesse cenário, é impossível, desumano, além de arriscado, expor nossos colaboradores ao perigo.”

O pedido feito pelo MPF incluiu a reativação do posto de fiscalização da Funai (Fundação Nacional dos Povos Indígenas) na Serra dos Surucucus, onde vivem 6.000 indígenas de recente contato. O local já tinha sido alvo de uma intensa corrida pelo ouro nas décadas de 1970 e 1980.

A Justiça determinou que a Força Nacional também desse suporte à reativação do posto da Funai na região.

O juiz determinou ainda que União, Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) e Funai se articulassem para combater os ilícitos ambientais na terra indígena.

Uma equipe interinstitucional, formada por “forças de comando e controle”, deveria ser criada para atender à decisão judicial. A equipe deveria permanecer no local até que houvesse “extrusão de todos os infratores ambientais”.

O governo federal também deveria destruir ou inutilizar todos os instrumentos usados para o garimpo.

Bolsonaro alegará ser “preso político” se Alexandre de Moraes decidir prendê-lo.

Falta alguém em Nuremberg

Jair Bolsonaro alegará ser “preso político” e se dirá alvo de “perseguição” caso o ministro Alexandre de Moraes expeça um mandado de prisão.

Da coluna de Paulo Capelli, no Metrópoles.

Bolsonaro alegará ser “preso político” e se dirá alvo de “perseguição” caso Alexandre de Moraes determine sua prisão. O ex-presidente insiste não ter incorrido em nenhuma prática criminosa.

Bolsonaro afirmará, caso alvejado, sofrer perseguição por conta de suas posições quando presidente. Ainda não está claro se o discurso ficaria no campo da retórica ou se seria usado para pedir asilo político.

Também nos EUA, Anderson Torres retornou ao Brasil e se entregou após ter a prisão decretada por Moraes.

A tese de “prisão política” já foi usada pelo principal adversário de Bolsonaro, em circunstâncias diferentes. Há não muito tempo, Lula se dizia perseguido pela Lava Jato. As condenações, no caso do atual presidente, acabaram anuladas pelo STF.

Outro ponto citado por aliados de Bolsonaro para contestar eventual prisão seria a “inconstitucionalidade” do inquérito dos atos antidemocráticos. A alegação é que o fato de o STF ter agido de ofício, em vez de provocado, deslegitimaria a investigação.

Como a coluna informou, seguranças que atuam para Bolsonaro nos EUA lhe recomendaram não voltar ao Brasil nos próximos dias.

Essa postura é contrária à esperada pela classe política, que pleiteia o retorno do ex-presidente ao Brasil para liderar a oposição a Lula.

PGR denuncia mais 54 investigados por atos golpistas de 8 de janeiro.

Sede da Procuradoria-Geral da República

Foto de José Cruz – Conteúdo de André Richter, da Agência Brasil

Número de pessoas denunciadas pela procuradoria chega a 98

A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou hoje (23) ao Supremo Tribunal Federal (STF) mais 54 investigados de participar dos atos golpistas de 8 de janeiro. Eles estão presos no sistema penitenciário do Distrito Federal.

É a terceira leva de denúncias feitas pelo órgão. O total de denunciados chegou a 98 pessoas.

Nas denúncias, a procuradoria acusa os investigados dos crimes de incitação das Forças Armadas contra os poderes constitucionais e de associação criminosa.

O subprocurador Carlos Frederico Santos, chefe da equipe que investiga os atos, explicou que o caso não pode ser tratado juridicamente como terrorismo. Segundo Santos, a Lei 13.260/2016 (Lei Antiterrorismo) definiu que o terrorismo deve ser praticado por razões de xenofobia ou discriminação e preconceito de raça, cor, etnia e religião.

“Não faz parte dos tipos penais o cometimento de crimes, por mais graves que possam ser, por razões políticas”, disse Santos.

Mais cedo, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu abrir mais três inquéritos solicitados pela PGR para investigar pessoas que participaram ou financiaram os atos. Até o momento, sete inquéritos foram abertos pela Corte.

Teatro de fantoches e massoterapia

Para fundamentar as denúncias contra os acusados, o subprocurador afirmou que a associação entre os acusados ocorreu no acampamento instalado em frente ao quartel do Exército em Brasília após o resultado das eleições.

Santos anexou fotos às petições para demonstrar que havia estrutura para garantir a permanência dos investigados para cometer crimes contra a democracia.

“A estabilidade e a permanência da associação formada por aqueles que acamparam em frente ao quartel são comprovadas, de forma clara, pela perenidade do acampamento, que já funcionava como uma espécie de vila, com local para refeições, feira, transporte, atendimento médico, sala para teatro de fantoches, massoterapia, carregamento de aparelhos eletrônicos, recebimento de doações, reuniões, como demonstram as imagens”, disse. 

Lago de Sobradinho cresce para a sua plenitude.

Cemig negocia parceria para exploração do São Francisco | Exame

O reservatório de Sobradinho, responsável por mais de 58% da geração hidrelétrica de todo o Nordeste, atingiu neste sábado o nível de 75,41% de sua capacidade.

Com as chuvas que caem constantes neste final de semana no Oeste da Bahia e em toda grande bacia coletora do rio São Francisco, no final da próxima semana Sobradinho deve estar beirando o nível de 80%. A previsão meteorológica é de chuvas constantes até o início de fevereiro.

Três Marias, responsável por 31% da geração do sistema do São Francisco, também está na plenitude do lago, no nível 80%.

A demanda de carga do Nordeste estava, agora às 18h45m, subindo para o pico de consumo, em 12.683 MW, com exportação de 551 MW. A geração eólica estava em 5847,7 MW, enquanto a Hidráulica era de 6901,9 MW.

Safra de grãos na Bahia é 8,2% maior em 2022. Soja é destaque.

Segundo a SEI foram colhidas 11,4 milhões de toneladas, resultado de uma área plantada de 3,38 milhões de hectares

A produção de cereais, oleaginosas e leguminosas da Bahia fechou 2022 com crescimento de 8,2% frente a 2021, registrando novo recorde. O estado colheu 11,4 milhões de toneladas, de acordo como o décimo segundo Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), do IBGE.

Os dados baianos são apurados pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI).

A produção baiana é fruto de uma área plantada de 3,38 milhões de hectares, uma expansão de 5,5% na comparação anual. A produtividade média nas lavouras de grãos ficou em 3,36 toneladas/hectare.

Principal cultivo de grão no estado, a soja registrou safra de 7,2 milhões de toneladas, o que corresponde a 6% acima do verificado em 2021.

A oleaginosa – que tem peso forte na pauta de exportações – atingiu recorde pelo terceiro ano consecutivo. A área plantada no estado é estimada em 1,8 milhão de hectares (7,2% superior ao observado em 2021). Foi apurada uma produção de algodão (caroço e pluma) de 1,35 milhão de toneladas, alta 6,4% em relação a 2021. A área plantada com a fibra (290 mil hectares) superou em 8,3% a do ano passado.

As duas safras anuais do milho, estimadas pelo IBGE, somaram 2,84 milhões de toneladas, que representa uma expansão de 13,6% na comparação anual. Com relação à área plantada (700 mil hectares), o IBGE aponta uma expansão de 4,5% em relação à da safra passada. Já a lavoura do feijão totalizou 244 mil toneladas, representando avanço de 28,9% na comparação com a safra de 2021.

Muito grave: Bolsonaro é investigado por chefiar esquema de Caixa 2 no Planalto.

De Rodrigo Rangel, em sua coluna no portal Metrópoles, editado.

Quem diria? O campeão das rachadinhas quando parlamentar e poderoso comprador de 107 imóveis, 51 dos quais em “moeda corrente nacional” acumulou expertise durante anos para administrador um denso esquema da Caixa 2, operado em dinheiro vivo, que pagaria contas as mais estranhas à administração pública e provavelmente financiaria o esquema de atos anti-democráticos, que culminaram com o terrorismo de 8 de janeiro.

“Áudios com a voz de Bolsonaro reunidos pela investigação indicam que o presidente controlava e tinha ciência de tudo.”

Investigações que correm no Supremo Tribunal Federal (STF), obtidas pelo Metrópoles, conectam o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) à suposta existência de um ‘caixa 2’ dentro do Palácio do Planalto e o ligam à realização de atos antidemocráticos.

De acordo com a reportagem publicada pelos jornalistas Rodrigo Rangel e Sarah Teófilo, um homem de confiança de Bolsonaro gerenciava o suposto ‘caixa 2’, que funcionava com dinheiro vivo proveniente de saques feitos a partir de cartões corporativos da Presidência e de quartéis das Forças Armadas.

O dinheiro era usado, entre outras coisas, para pagar um cartão com despesas pessoais da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro – criado no nome de uma amiga dela, Rosimary Cardoso Cordeiro, funcionária do Senado – e para pagar contas pessoais do clã presidencial.

As investigações estão sob o comando do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal).

Entenda

O tenente-coronel do Exército Mauro Cesar Barbosa Cid – conhecido como “coronel Cid” – é o personagem central das investigações. Homem de confiança de Bolsonaro, ele era:

  • Ajudante de ordens do ex-presidente até o final do mandato;

  • Guardião do celular de Bolsonaro, atendendo ligações e respondendo mensagens;

  • Responsável por tarefas corriqueiras da família, como pagar as contas – a mais sensível, no caso;

Ele também era encarregado de pagar contas pessoais da família de Michelle.

Muitas das operações realizadas pela equipe de Cid era com dinheiro em espécie, na boca do caixa de uma agência bancária localizada dentro do Palácio do Planalto.

Durante as investigações, os policiais identificaram que o modus operandi de Cid era parecido com o apurado nas rachadinhas que envolviam o atual senador Flávio Bolsonaro, filho 01 do ex-presidente. As ações envolviam:

  • Dinheiro manejado à margem do sistema bancário;

  • Saques em espécie;

  • Pagamentos em espécie;

  • Uso de funcionários de confiança nas operações.

A partir daí, os investigadores começaram a enxergar fortes indícios de lavagem de dinheiro. Além dos saques a partir de cartões corporativos, Cid supostamente recebia valores provenientes de saques feitos por militares ligados ao tenente-coronel e lotados em quartéis de fora de Brasília.

Os detalhes dessas transações estão mantidos sob sigilo absoluto.

Conexão com atos golpistas

As investigações acessadas pelo Metrópoles também indicam que o “coronel Cid” funcionava como um elo entre Bolsonaro e vários radicais que desejavam que a militância bolsonarista atacasse as instituições democráticas.

Um dos contatos frequentes de Cid, inclusive, era o blogueiro Allan dos Santos, foragido nos Estados Unidos que teve prisão decretada em 2021.

No material obtido por policiais, como uma série de áudios, fica claro que Bolsonaro tinha conhecimento e controle de tudo que Cid fazia – tanto nos pagamentos com dinheiro vivo, quanto na interlocução com bolsonaristas extremistas.

Inclusive, o próprio ex-presidente aparece como interlocutor em mensagens que Cid mantinha em seu aplicativo – com o qual conversava com os radicais.

O que dizem os envolvidos?

Interlocutores de Jair Bolsonaro e de Michelle Bolsonaro admitiram ao Metrópoles que houve “confusão” com os valores em espécie, mas negam que contas pessoais do clã e de parentes de Michelle fossem pagas com os saques corporativos do governo.

De acordo com eles, Cid precisava lidar com os valores em espécie, já que:

  • Muitas das despesas “tinham valor ínfimo”;

  • Portanto, precisavam ser pagas diretamente a fornecedores que “prestavam serviços informalmente”;

Não foi explicado o motivo pelos quais tais fornecedores precisavam receber em espécie em vez de transferência bancária, por exemplo.

Não houve resposta sobre:

  • Pagamento dos boletos, especialmente os do cartão cedido pela amiga de Michelle;

  • Contas de familiares da ex-primeira-dama;

O Metrópoles também entrou em contato com Rosimary, a amiga que cedia o cartão para Michelle. Ela, no entanto, se recusou a dar explicações, afirmou não ter sido notificada sobre as investigações e disse que trata-se de “um assunto pessoal” sobre o qual só falará com seu advogado.

Golpistas detidos na Papuda e Colmeia reclamam de superlotação. Bem vindos ao sistema prisional do Brasil.

A Gazeta | Superlotação nos presídios do ES cai em 2020, mas segue acima dos 62% | Gazeta Online

Cela superlotada em presídio do Espírito Santo. Imagem publicada em A Gazeta. Informações do Metrópoles.

Extremistas detidos após os atos antidemocráticos de 8 de janeiro se queixam superlotação, “comida ruim”, mau cheiro e outros problemas nas celas do Complexo Penitenciário da Papuda e da Penitenciária Feminina de Brasília, popularmente conhecida como Colméia.

Segundo o defensor público da Tutela Coletiva de Presos do Núcleo de Execuções Penais, Felipe Zucchini, os extremistas estão em celas separadas dos demais detentos na Papuda e da Colméia. No entanto, mesmo essas unidades estão superlotadas.

“Se considerado o número de camas disponíveis, que em regra são 8 por cela, esta seria a quantidade ideal para ninguém dormir no chão. Nas visitas recentes se registrou a presença de 16 a 22 nessas celas. Importante destacar que em outras unidades da Papuda, como o CIR (Centro de Internamento e Reclusão), é comum encontrar celas com mais de 22 pessoas, muitas vezes há mais de 30 pessoas em espaços semelhantes”, contou. O problema se repete na Colméia, onde há casos de celas com 16 detentas.

Os golpistas do 8 de janeiro são bem vindos ao sistema prisional do Governo Bolsonaro, aquele mesmo que sempre afirmou que bandido bom é bandido morto.

Em junho de 2018, durante a campanha eleitoral em que já demonstrava o estúpido que ia ser, Jair disse: “Presídio cheio é problema de quem cometeu crime”.

Ou como disse outro imbecil: “Se tem 22 pessoas na cela é porque cabem 22.”  

 

Polícia Federal cumpre mandados de prisão e busca e apreensão nesta manhã

Ramiro dos Caminhoneiros convoca para atos golpistas em Brasília — Foto: Instagram/Reprodução

Oito pessoas são alvos de prisão durante a primeira fase da operação Lesa Pátria, deflagrada pela Polícia Federal nesta sexta-feira (20), e que mira financiadores e participantes de atos terroristas ocorridos em Brasília, em 8 de janeiro.

Até o início da manhã quatro pessoas tinham sido presas:

  1. Ramiro Alves Da Rocha Cruz Junior, conhecido como Ramiro dos Caminhoneiros

  2. Randolfo Antonio Dias, em Minas Gerais

  3. Renan Silva Sena, no DF

  4. Soraia Bacciotti, do Mato Grosso do Sul

A ação foi ordenada pelo Supremo Tribunal Federal, que também expediu 16 mandados de busca e apreensão. As ordens estão sendo cumpridas nos seguintes locais:

  • Distrito Federal: 5 de busca e apreensão e 2 prisões

  • Goiás: 1 busca e apreensão

  • São Paulo: 7 busca e apreensão e 3 prisões

  • Rio de Janeiro: 1 busca e apreensão e 1 prisão

  • Minas Gerais: 1 busca e apreensão e 1 prisão

  • Mato Grosso do Sul: 1 busca e apreensão e 1 prisão

Preso nesta sexta, Ramiro Alves Da Rocha Cruz Junior publicou imagens dos atos terroristas nas redes sociais. Ele também esteve em Brasília e, após o desmonte do acampamento golpista no Quartel-General do Exército, chegou a visitar detidos no ginásio da PF em que eram mantidos. Ele disse que conseguiu entrar no local “miraculosamente”.

Do g1 e O Globo.

Valdemar torce pela manutenção de Bolsonaro na geladeira.

Presidente do PL, Valdemar Costa Neto declara oposição do PL ao governo do presidente eleito Lula durante coletiva de imprnesa. Ele fala em microfone, gesticulando e com painel atrás nas cores verde e amarelo - Metrópoles

Valdemar Costa Neto, que há mais de 30 anos se equilibra como proprietário do Partido Liberal, não está à tona da política à toa, agora que fez 100 deputados federais. Dizem que não assume em público, mas acompanha com discreta satisfação o chão desabando sob os pés de Jair Bolsonaro.

O dono do PL está certo de que se armava, antes dos ataques golpistas de 8 de janeiro, uma tentativa de bolsonaristas de lhe tomar o partido. Agora, mantendo-se a articulação, dificilmente terá sucesso.

Para Valdemar, a inelegibilidade de Bolsonaro poderia lhe diminuir o poder político, bem como o de seus seguidos dentro da legenda. Mas, mesmo inelegível, o ex-presidente poderia ser um bom eleitor em 2024.

O que Valdemar não considera um bom negócio é a prisão de Bolsonaro. Acha que, preso, o ex-presidente ganharia força, inclusive dentro do partido, que teria de gastar recursos para defendê-lo e torná-lo um mártir. Não é o que quer o dono do PL.

Lula troca comando da PF em 18 estados e dispensa 26 superintendentes da PRF.

Por CAMILA MATTOSO, FABIO SERAPIÃO E RENATO MACHADO, da Folhapress. Foto de Gabriela Biló, da Folhapress.

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) promoveu nesta quinta-feira (19) uma grande mudança no comando da Polícia Federal nos estados, trocando 18 superintendentes regionais. Também foram dispensados 26 superintendentes da Polícia Rodoviária Federal nos estados

Um dos nomeados na PF é o delegado Leandro Almada, que vai assumir a superintendência regional no Rio de Janeiro. Ele foi escolhido pelo novo diretor-geral, Andrei Rodrigues.

Almada está na PF desde 2008, tem experiência em investigações e em cargos de chefia e, recentemente, foi o responsável pelo inquérito sobre a tentativa de obstrução da apuração da morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.

Na Polícia Rodoviária Federal, um dos dispensados é Virgílio de Paula Tourinho, da unidade da Bahia. Ele chegou a ser intimado pela justiça eleitoral, durante o segundo turno das eleições, por causa das operações no estado que dificultaram o voto de muitos eleitores no estado, que é um reduto petista.

As mudanças foram publicadas em edição-extra do Diário Oficial da União, publicada na noite de quarta-feira (18). As portarias são assinadas pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa.

Almada vai assumir o Rio de Janeiro, que no governo de Jair Bolsonaro esteve no centro das suspeitas de interferência denunciadas pelo ex-juiz Sergio Moro.

O delegado está na PF desde 2008, tem experiência em investigações e em cargos de chefia e, recentemente, foi o responsável pelo inquérito sobre a tentativa de obstrução da apuração da morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.

A investigação conduzida por ele concluiu que o policial militar Rodrigo Ferreira, conhecido como Ferreirinha, e a advogada Camila Nogueira eram parte de uma organização criminosa que tentou atrapalhar as investigações.

Antes do Rio, o delegado foi superintendente no Amazonas e na Bahia. Após o caso Marielle, ele atuou como na coordenação da apuração sobre vacinação clandestina contra a Covid em Belo Horizonte (MG).

Para São Paulo, maior superintendência do país, o escolhido foi o delegado Rogério Giampaolli, que já foi chefe do COT (Comando de Operações Táticas) e, atualmente, estava na chefia da PF em Sorocaba (SP).

Ele vai substituir o delegado Rodrigo Bartolamei, indicado no governo de Jair Bolsonaro.

Para comandar a superintendência na Paraíba, a escolhida foi a delegada Christiane Correa Machado.

A investigadora comandou por um período durante o governo de Jair Bolsonaro a Cinq (Coordenação de Inquéritos Especiais), responsáveis pelos casos que envolvem pessoas com foro privilegiado nas cortes superiores.

Ela participou, por exemplo, da investigação sobre as acusações do ex-ministro da Justiça Sergio Moro contra Bolsonaro por interferência na PF.

Christiane é vista como discreta e linha dura, já foi chefe da divisão antiterrorismo por cinco anos e coordenou a proteção a ataques terroristas na Copa do Mundo de 2014 e nos Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro.

Lula já havia promovido a troca do superintendente da Polícia Federal no Distrito Federal, no dia seguinte aos atos golpistas, que terminaram com a invasão e vandalismo no Palácio do Planalto, Congresso Nacional e Supremo Tribunal Federal. Na ocasião, o Ministério da Justiça minimizou a troca e afirmou que a mudança já estava programada e estava inserida no plano de mudanças gerais nas superintendências.

O delegado Cézar Luiz Busto de Souza foi o escolhido para comanda a PF no Distrito Federal, no lugar de Victor Cesar Carvalho dos Santos.

O investigador chegou a ser o diretor de Investigação e Combate ao Crime Organizado, setor mais sensível da PF, no governo Bolsonaro.

Ele foi indicado por Rolando de Souza, segundo dos quatro diretores-gerais do governo de Jair Bolsonaro.

A Polícia Rodoviária Federal manteve um laço próximo com o ex-presidente, que sempre prestigiou os eventos da corporação e costumava ir para a beira de estradas, acompanhado pelos agentes, para acenar para eleitores

Como mostrou a Folha de S.Paulo, o ministro da Justiça, Flávio Dino, afrouxou as regras para nomeações na PF.

A alteração nas regras para nomeação foi publicada no Diário Oficial da União na quarta-feira (4). Pela portaria de 2018, só poderia ser diretor o delegado da classe especial, com mais de dez anos de exercício no cargo e com passagem por posto em comissão do “Grupo Direção e Assessoramento Superior –DAS 101.3 ou superior por, no mínimo, 1 (um) ano”.

Dino reduziu os requisitos necessários e, a partir de agora, o delegado precisa apenas ser da classe especial para ser indicado para uma diretoria. O mesmo critério passa a valer para a nomeação do corregedor do órgão.

Da Folha.

Parlamento Europeu vota pelo responsabilidade criminal de Bolsonaro

Por ampla maioria, o Parlamento Europeu aprovou, nesta quinta-feira (19), uma resolução condenando os atos terroristas ocorridos no dia 8 de janeiro em Brasília (DF) e responsabilizando o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pelos ataques à democracia brasileira. A informação é de Jamil Chade, no UOL, segundo o qual, o texto foi aprovado por 319 eurodeputados, com 46 votos contrários e 74 abstenções.

Conforme destacou o jornalista, o texto não tem valor de lei, mas amplia o isolamento internacional do ex-chefe do Executivo e cria um constrangimento político para líder de europeu que, eventualmente, avalie dar guarida a Bolsonaro.

Segundo a publicação, observadores estrangeiros avaliam que a decisão é a primeira ofensiva contra a chamada “internacionalização” da extrema direita, que tem atuado de forma coesa em várias partes do mundo, atacando as democracias.

No texto aprovado pelo Parlamento Europeu, Bolsonaro e Donald Trump são responsabilizados pelo “papel instrumental” nos ataques contra Brasília e o Capitólio, nos Estados Unidos, respectivamente. Os eurodeputados denunciaram ainda a violência dos bolsonaristas radicais e citaram a prisão do ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, por suposta conivência com os atentados.

O documento menciona e critica ainda a mobilização do ex-presidente e de seus aliados “de desacreditar o sistema de votação e as autoridades eleitorais, apesar de não haver evidência de fraude eleitoral, e insta-os a aceitar o resultado democrático das eleições”.

Além de condenar as ações criminosas, a resolução expressa apoio às investigações e à responsabilização dos envolvidos, incluindo aqueles que instigaram os terroristas, organizaram e financiaram os atos, assim como as instituições que não agiram para evitar os ataques. A resolução expressa preocupação especial com os atos e omissões dos funcionários públicos, em particular do governador Ibaneis Rocha (MDB) e da Polícia Militar do Distrito Federal.

O documento expressa ainda solidariedade ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), democraticamente eleito, assim como seu governo e demais instituições brasileiras.

Além disso, os eurodeputados destacaram que o Supremo Tribunal Federal (STF) acatou pedido do Ministério Público Federal (MPF) para investigar Bolsonaro ao apontar que ele “pode ter contribuído, de forma muito relevante, para a ocorrência de atos criminosos e terroristas”.

Segundo Jamil Chade, o principal temor dos parlamentares é que ataques violentos contra as instituições democráticas venham a se tornar um “fenômeno global”. Diante disto, o Parlamento Europeu “reconhece a conexão entre o fascismo transnacional crescente, o racismo, o extremismo e, entre outros, os acontecimentos em Brasília, a invasão do Capitólio dos EUA em janeiro de 2021 e as prisões em dezembro de 2022, referentes a um ataque planejado ao Bundestag da Alemanha”.

Os eurodeputados apontam ainda que os episódios ganharam força por meio da desinformação e destacam o “fracasso” das redes sociais em coibir a difusão de campanhas antidemocráticas, o “fascismo transacional e extremismo”.

Eles destacam ainda que as redes “desempenharam um papel fundamental nesses eventos ao amplificar a retórica agressiva e a violência e ao facilitar a mobilização e a disseminação da desinformação”, ao mesmo tempo em que dificultam a remoção de conteúdos ilegais.

Militares e advogados presos no 8 de janeiro são transferidos para prisão especial.

Quatro policiais militares e 10 advogados que foram presos por participação nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro foram transferidos da prisão para o 19º Batalhão da Polícia Militar do Distrito Federal, localizado em São Sebastião. A transferência foi à pedido da Vara de Execuções Penais do DF (VEP).

Segundo a Secretaria de Administração Penitenciária do DF (Seape), as transferências ocorrem desde o início das prisões dos envolvidos. O Metrópoles apurou que outras ainda devem ser realizadas. Entre os advogados, há sete homens e três mulheres.

Entre os PMS, dois são de Minas Gerais e dois da Bahia. “Como os advogados têm prerrogativa de alocação em sala de Estado Maior, eles foram levados ao NCPM”, disse o Tribunal de Justiça do DF e dos Territórios (TJDFT) em nota. Antes, eles estavam na Papuda e na Colmeia.

“Quanto às  decisões da VEP-DF, que tem competência legal para determinar a alocação de presos nos presídios do DF, a magistrada explica que são individuais e que à medida que as defesas foram pedindo e comprovando a condição de advogado ou de policial, por meio de documentos, houve a decisão”, completa o texto.

Do Metrópoles

Vereadora de Montenegro-RS é cassada após comparar mulheres de esquerda a “cadelas”.

A vereadora cassada agora terá 8 anos para bem raspar as partes íntimas.

vereadora bolsonarista do município de Montenegro, na Região Metropolitana de Porto Alegre (RS), Camila de Oliveira (Republicanos), foi cassada, por 9 votos a 0, nesta segunda-feira (16), pela Câmara Municipal da cidade.

Em outubro de 2022, a agora ex-parlamentar gravou e divulgou um vídeo, com duas adolescentes, no qual compara as mulheres de esquerda a “cadelas”.

O vídeo, que circulou nas redes sociais, mostra Camila segurando uma bandeira do Brasil. Ao lado de duas jovens e dentro do seu gabinete, ela dubla o funk “O Proibidão do Bolsonaro”, de MC Reaça.

A letra diz: “As mina de direita são as top, mais bela. Enquanto as de esquerda têm mais pelo que cadela. Bolsonaro salta de paraquedas”.

Ela alegou que apenas participou do vídeo, que teria sido idealizado pelas adolescentes. Camila disse, também, ter sofrido críticas, ameaças, xingamentos, calúnias, injúrias e difamações depois da repercussão do que fez.

Manifestantes acompanharam a sessão que confirmou a abertura do processo de cassação, pedido pelo PDT,  dentro e fora do plenário.

O partido destacou, na denúncia, que houve quebra de decoro parlamentar da vereadora por gravar e postar vídeos nas dependências da Câmara de Vereadores com duas adolescentes em seu gabinete, de acordo com o G1.

O depoimento de Camila estava marcado para dezembro. Porém, a vereadora não compareceu e alegou que estaria internada em uma clínica psiquiátrica em Porto Alegre. Não foram apresentados atestado médico e comprovante de internação.

Com a cassação, assume o suplente Cristian Souza, também do Republicanos. Souza recebeu 506 votos e já havia assumido a cadeira por um breve período de licença de Camila, que ficou inelegível por oito anos.

Veja nota de Camila de Oliveira, a vereadora cassada

“Foi uma perseguição absurda que sofri, devido a ser uma mulher, por fazer uma paródia de uma música que faz parte da cultura popular que é o funk, fui discriminada e sofri um golpe daqueles que não suportaram ver o meu trabalho. O crime de perseguição a uma mulher parlamentar que não usurpou dos recursos públicos, que se doou para a sociedade montenegrina e os colegas não suportaram ver o quanto a população estava satisfeita com minha dedicação”.

Humanização do Centro de Parto Normal de LEM tem se tornado referência na região

Dayanne Santos (mãe), Ananda (bebê), Jean Carlos (pai) e a Equipe do CPN que acompanhou o parto.

Stefani (mãe), Ester Maitê (bebê), Marcos (pai) e a Equipe do CPN que acompanhou o parto.

Mães destacam importância do CPN para o protagonismo na hora do parto

A maquiafora Stefani Brito e a contadora Dayanne Santos são as mais novas mamães a darem à luz no CPN Vilma Ramos Guerra, em Luís Eduardo Magalhães. As duas relataram experiências muito especiais com o nascimento de suas filhas, destacando a importância do acolhimento, autonomia, liberdade de escolha e tranquilidade passadas pela equipe do Centro, durante o parto.

Ester Maitê

Ester Maitê nasceu no domingo (15), às 15h48. A bebê é fruto do relacionamento de Stefani com Marcos, que acompanhou todo o parto. “Eles preservam bastante esse momento, a questão da família, de estar perto da esposa”, contou o paizão.

Ananda

Ananda chegou nesta segunda-feira (16), como um presente especial de Bodas de Algodão, comemorando os dois anos de casamento dos papais Daiane e Jean Carlos. Daiane, (que recebeu o apelido de Lady Dai pela equipe do CPN, por estar pleníssima no pós-parto), conheceu o Centro pelas redes sociais da Prefeitura. “Está todo mundo de parabéns, graças a Deus que tem esse lugar aqui”.

Referência

Prestes a completar seis meses de funcionamento no próximo dia 19, o CPN Vilma Ramos Guerra tem se tornado referência em parto humanizado na região Oeste e já auxiliou no nascimento de 62 luiseduardenses. Além dos diversos tipos de acompanhamento, encontros e orientações, as mães recebem um plano de parto onde indicam quais procedimentos aceitam passar durante o nascimento do bebê.

O coordenador do CPN, o enfermeiro obstetra Jerri Adriano, que já auxiliou em mais de 4 mil partos ao longo da carreira, falou sobre a importância de um ambiente aconchegante para a chegada do bebê.

“Você se sentir confiante, com a família, ajuda no andamento do processo. Então é isso que a gente faz, trazer o acompanhante pra cá, fazê-lo se sentir em um ambiente familiar, para que esse momento seja o mais tranquilo possível”, pontuou.