É verdade este bilete: Polícia do RJ diz que médicos foram executados por engano.

Todos os jornais e sites de direita estão confirmando a versão da Polícia Civil, tão conveniente. A localização do “miliciano” teria sido identificada, a ordem de execução expedida e cumprida. Depois do crime, teriam identificado o erro e, por seu turno, executado os executores.

Que complicado, não é? No meu tempo, isso aí chamava-se queima de arquivo, como foi praticado com Bebbiano, Adriano da Nóbrega e, mais bonzinhos, com o autor da fakeada, Adriano Bispo, tornado incomunicável e com o porteiro do condomínio Vivendas da Barra, que sumiu, ninguém sabe, ninguém viu. Sem esquecer do assassinato de Marielle e de seu assessor Anderson.

Olha o que diz a Folha:

A Delegacia de Homicídios apura se os criminosos que assassinaram a tiros três médicos em um quiosque na Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio de Janeiro, foram mortos no interior do Complexo da Penha, zona norte da cidade, na manhã desta quinta (5).

A informação foi confirmada pela reportagem com investigadores que atuam no caso. A ordem para matar os médicos no quiosque teria partido de Phillip Motta Pereira, o Lesk, responsável pela narcomilícia da Gardênia Azul, zona oeste da cidade, segundo informações de investigadores.

A motivação seria uma vingança pela morte de outro miliciano. Com o erro constatado e a repercussão, os traficantes teriam feito um “tribunal do tráfico”. Doca teria ordenado a morte de todos, inclusive do líder da narcomilícia, e avisado à polícia por intermédio de informantes, de acordo com informações de investigadores.

Blindados da PF se preparam para primeiras ações na Bahia.

Os blindados que foram enviados pela Polícia Federal do Rio de Janeiro para a Bahia, durante o mês de setembro, são resistentes a ataques de granadas e minas terrestres. Além disso, os veículos são equipados com metralhadoras operadas por joystick, com mira de altíssima precisão, conforme explicado pela corporação.

Chamados de Scorpion, os veículos chegaram na Bahia em 22 de setembro, transportados em um navio da Marinha. Os blindados foram enviados após a operação em Valéria, em Salvador, que deixou cinco mortos, dentre eles o policial federal Lucas Caribé.

Ao longo do mês, ao menos 70 pessoas foram mortas durante operações policiais na capital baiana e em cidades próximas. Segundo o secretário de Segurança Pública da Bahia, Marcelo Werner, a guerra entre facções é a principal causa da violência no estado.

As viaturas blindadas da Polícia Federal foram enviados para o estado justamente para reforçar ações de combate ao crime organizado.

Viaturas blindadas da Polícia Federal vão reforçar combate ao crime organizado na BA — Foto: Anderson Ferreira/TV Bahia

Apesar de parecerem com o “caveirão”, os blindados Scorpion são mais potentes e servem como abre-alas para entrar em territórios dominados por criminosos. Eles também resistem a munição calibre .50, possuem sistema de controle de incêndio e dois deles podem ser transformados em ambulâncias para retirar feridos de situação de confronto.

Segundo a Polícia Federal, a corporação tem oito veículos desse tipo, todos fabricados e importados dos Emirados Árabes.

Para começar a usar os blindados, a PF precisou certificar os veículos, instalar sistemas eletrônicos de tiros e treinar os policiais. Os treinamentos ocorreram no campo de provas do Exército, na restinga de Marambaia, no Rio de Janeiro.

No Rio, todo o Grupo de Pronta Intervenção (GPI) já foi treinado para usar os blindados, o número total de 15 policiais. Parte deste efetivo foi enviado para a Bahia junto com os blindados que estão em operação no estado.

No mês de agosto, um acordo entre a SSP-BA e a Polícia Federal (PF) foi assinado, com o objetivo de reforçar o combate a grupos criminosos. O prazo de vigência do pacto é de dois anos, podendo ser prorrogado por igual período.

Apesar disso, o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, não vê possibilidade de uma intervenção federal no estado. O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, também acredita que a situação pode ser resolvida com a parceria do governo do estado e governo federal, sem necessidade de uma intervenção.

Nesta segunda-feira (2), Dino anunciou R$ 20 milhões em recursos federais adicionais do Fundo de Segurança Pública (FNSP) a serem investidos na segurança pública da Bahia. A SSP-BA ainda não detalhou como o dinheiro será utilizado.

Do g1.globo.com, editado.

PRF vai manter equipe fixa no DISEP de Luís Eduardo

A integração entre as forças de segurança pública e o apoio da prefeitura fortalecem ações para enfrentar desafios de segurança nas estradas da região

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Em um esforço conjunto para melhorar a segurança viária e combater os desafios crescentes nas estradas, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) estabeleceu, a partir de hoje (15), uma equipe fixa no Distrito Integrado de Segurança Pública (DISEP) em Luís Eduardo Magalhães, oeste baiano. Essa medida está em linha com a iniciativa de integração das forças de segurança, incluindo a Polícia Militar da Bahia (PMBA) e a Polícia Civil da Bahia (PCBA), que já estão presentes no DISEP.

Devido ao notável crescimento da cidade, Luís Eduardo Magalhães enfrenta desafios relacionados à segurança nas estradas, especialmente na BR 020, onde diversos acidentes graves têm sido registrados. Isso demanda atenção das autoridades para implementar medidas eficazes de prevenção e resposta a incidentes.

Para enfrentar essa problemática de forma abrangente, a PRF está avaliando a viabilidade de construir uma unidade operacional dedicada à região. Tal medida visa atender à crescente demanda por segurança viária e permitir uma resposta mais rápida e eficiente a situações de emergência.

A comunidade é incentivada a participar ativamente na promoção da segurança viária, denunciando comportamentos perigosos e contribuindo com informações relevantes. Para denúncias, dúvidas e informações, os cidadãos podem entrar em contato com a unidade operacional de Barreiras através do telefone +55 77 8145-9413.

Neste esforço conjunto entre as forças de segurança e a população, a expectativa é que Luís Eduardo Magalhães possa continuar seu crescimento de forma segura e sustentável, com estradas mais seguras para todos os que as utilizam.

Plantão de Polícia: notícias do mundo do crime.

O Bozo pão-duro!

Parece mentira mas a defesa de Michelle para os crimes que ela cometeu é a “pãodurice” do marido. A defesa do ex-presidente Jair afirmou que a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro usava um cartão de crédito em nome de uma amiga porque ela não tinha “crédito” para emitir um cartão em seu próprio nome “Meu marido sempre foi muito pão-duro” – relatou a ex-primeira dama.

Estamos lidando com gente do 5⁰ ano do ensino fundamental Advogados “abobalhados” que defendem seus clientes com desculpas “imbecis” de “entorpecimento” e “sovinice” Esse é o retrato dos idiotas que governavam o país. Que buraco caímos e graças que saímos!

Pescoço de galinha a preço de filet em Paris

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Eles são criativos e usam cola bonder para pregar mentiras

Tubaína suficiente para irrigar o Nordeste

Defesa de Bolsonaro diz que ele sacou 644 mil para pagar fornecedores em espécie. “Eu poderia sacar 25 mil no meu cartão corporativo e tomar tudo de tubaína”

Deltinha vai ter muito tempo para treinar Power Point

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Tribunal Superior Eleitoral (TSE) marcou para esta terça-feira (16) o julgamento de um recurso à ação que pede a inelegibilidade do deputado federal Deltan Dallagnol (Podemos-PR). Caso o tribunal acate a reclamação, o ex-procurador da Lava Jato terá sua eleição anulada e seu mandato como parlamentar cassado.

A candidatura de Dallagnol foi contestada pela federação Brasil da Esperança (PT/PCdoB/PV) no Paraná e pelo Partido da Mobilização Nacional (PMN) pelo fato de que ele estaria barrado de concorrer pela Lei da Ficha Limpa, já que pediu exoneração de seu cargo de procurador tendo processos administrativos pendentes no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP). (Revista Fórum).

Fake de Do Val é risível.

Marcos do Val sugere que vai ser assassinado a mando do governo Lula Senador bolsonarista fala em execução, suicídio forjado e até falsificação de certidão de óbito.

É verdade: o Governo Lula só está esperando melhorar a cotação do adubo orgânico. O preço da bosta anda muito baixo.

Vereador de Caxias do Sul comete crime de xenofobia e racismo com baianos

Ministro do STJ determina perícia em equipamento de juiz aposentado na Operação Faroeste.

Em gravação obtida pela PF, juiz preso na Bahia discute valores e  pagamentos com advogado - Jornal O Globo

O ministro Og Fernandes, relator da Operação Faroeste no Superior Tribunal de Justiça (STJ), determinou que a Polícia Federal realize perícia em equipamentos eletrônicos e documentos pessoais, até então ocultos, do juiz Sérgio Humberto Sampaio, aposentado compulsoriamente por envolvimento com a venda de sentenças no Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA).

O material foi descoberto pela Corregedoria-Geral do TJ em uma sala usada pelo magistrado. A informação é da coluna Satélite, do jornal Correio.

PF mira grupo que cometeu fraudes bancárias milionárias

São cumpridos 13 mandados de busca e apreensão por desvios fraudulentos de dinheiro de entidades privadas e órgãos de governo

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Brasília/DF. A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quinta-feira, 16/2, a operação Cyber Impetum, com a execução de 13 mandados de busca e apreensão em cinco unidades da Federação: Distrito Federal e nos Estados do Maranhão, Piauí, Tocantins e São Paulo.

A operação tem por finalidade avançar nas investigações voltadas a apurar a atuação de organização criminosa responsável por fraudar mais de R$1,9 milhão, em janeiro de 2022, de contas bancárias de prefeituras municipais de diversos estados.

De acordo com os dados apresentados pela instituição financeira lesada, o grupo criminoso, com uso de engenharia social, realizou acessos e transações fraudulentas, ocasionando prejuízos financeiros aos clientes – pessoas jurídicas, órgãos e entidades governamentais.

Após a obtenção dos dados bancários, membro da organização realizou operações pela internet, efetuando transferências eletrônicas para contas bancárias diversas.

Além dos clientes que formalizaram o registro de ocorrência ilícita junto à instituição financeira, também foram identificados acessos, que ocorreram em contas de diversos outros clientes que até o momento não registraram contestações. Tal informação indica que o dinheiro desviado pelos criminosos pode superar o montante identificado até o momento.

Também estão sendo executadas ordens judiciais de apreensão e bloqueio de bens e valores voltados à descapitalização da estrutura criminosa, com a finalidade recuperar os ativos desviados.

São investigados os crimes de organização criminosa, furto qualificado mediante fraude em ambiente cibernético e lavagem de dinheiro.

O nome da operação, Cyber Impetum, é inspirado na expressão em latim que significa ataque cibernético, visto que a investigação identificou atuação dos criminosos que se dedicam a praticar furtos em contas bancárias, atacando de forma cibernética.

Divisão de Investigação e Operações Especiais da Polícia Federal

A Operação Cyber Impetum marca o surgimento da Divisão de Investigação e Operações Especiais dentro da estrutura da Coordenação Geral de Combate a Crimes Cibernéticos da Diretoria de Combate a Crimes Cibernéticos da Polícia Federal (DIOE/CGCIBER/DCIBER/PF).

A operação é mais uma ação decorrente do Acordo de Cooperação Técnica PF x Febraban de repressão às fraudes bancárias eletrônicas.

O combate aos crimes cibernéticos é uma prioridade da Polícia Federal, em linha com as diretrizes do Ministério da Justiça e Segurança Pública, e que ganha a devida relevância e estrutura com a criação da DIOE/CGCIBER/DCIBER/PF.

Tarefa completa do tal Banco Central Independente.

Bolsonaro visita garimpo ilegal em terra indígena de Roraima; oposição  critica

Bolsonaro e companheiros da Grande Quadrilha visitam garimpo ilegal em Roraima.

Jornalista Thiago dos Reis no Twitter:

-Garimpeiros bolsonaristas extraíram toneladas de ouro ilegal

-Mataram, estupraram e torturaram indígenas.

-Banco Central deu concessão a 5 empresas que tornavam LEGAL o ouro ilegal.

-BANCO CENTRAL comprou 129 toneladas de ouro em 2022. É só ligar os pontos!

Agora os garimpeiros, mais de 20 mil só em Roraima, foram abandonados pelos patrões e financiadores na região Yanomâmi. E o Governo vai acabar abraçando os custos de remoção, traslado e alimentação, para não criar outra tragédia social.

Em outras regiões, em terras públicas da União, onde a Polícia Federal e o IBAMA estão atuando, coibindo o garimpo ilegal, dezenas de milhares de outros garimpeiros vão causar problemas nas cidades.

Conheci, pessoalmente, garimpeiros expulsos de Serra Pelada, na cidade de Marabá. Alguns, mais previdentes, fizeram um pequeno pé-de-meia e abriram barzinhos e restaurantes. Inclusive, durante uns 30 dias, tive a oportunidade de almoçar todo dia num restaurante, muito asseado, de propriedade de um evadido de Serra Pelada e seus horrores.

Novo chefe da PRF afirma que órgão não tem partido

Novo chefe da PRF cita Luther King e 'véu da desconfiança' ao tomar posse |  VEJA

O novo diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal, Fernando Oliveira, disse, nesta quarta-feira (8), que a PRF é um órgão de Estado e não pactua com investida contra a democracia.

“Hoje, 8 de fevereiro, um mês após um dos episódios mais deploráveis do Estado brasileiro, resta evidente que a defesa dos ideais republicanos não pode ser meramente retórica. Deve ser praticada diariamente em cada ação, gesto, palavra”, disse em discurso durante sua posse.

“Os valores genuínos da PRF, como educação, civilidade, respeito ao próximo são imprescindíveis para a nação. A Polícia Rodoviária Federal, como órgão de Estado, não tem partido e não irá pactuar com qualquer investida contra a democracia. Que haja justiça para todos. Que haja paz para os brasileiros”, acrescentou.

Durante o discurso, o novo diretor-geral disse ainda que atos isolados lançaram desconfiança sobre a corporação. Para ele, é necessário que a PRF resgate a sua essência de polícia cidadã.

“Mas nos últimos anos, atos isolados, alguns abomináveis, lançaram sobre a PRF o véu da desconfiança. A reputação lapidada ao longo de décadas, de repente, se viu atingida e maculada”.

Já na coletiva de imprensa, o novo diretor-geral explicou que os atos abomináveis são todos aqueles contrários ao previsto na legislação. “Toda vez que houver excesso de força desnecessário é abominável”, disse.

Ao ser questionado sobre investigações internas contra o ex-diretor-geral da PRF Silvinei Marques, evitou falar do assunto dizendo que não tinha conhecimento sobre o processo. No entanto, avaliou que dependendo do resultado pode haver até perda de aposentadoria.

Silvinei tem sido alvo de diversas investigações para analisar se os bloqueios de veículos realizados pela PRF no dia da votação em várias estradas, principalmente na região Nordeste, respeitaram a legislação e se não constituíram ofensa ao livre exercício do direito de voto pelos cidadãos abordados.

“Já existe um procedimento na corregedoria que corre em sigilo. Em caso de culpabilidade, aí eu vou de forma genérica e não específica do ex-diretor, em caso de culpabilidade do direito disciplinar, a aposentadoria não acaba com o processo. Ela pode ser ao final, se houver responsabilidade, haver cassação da aposentadoria no caso mais grave”, disse.

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, esteve presente na posse e, na ocasião, prometeu olhar para o problema do salário dos agentes das forças de segurança.

Durante a cerimônia foram assinados dois documentos reiterando o compromisso da PRF com as pautas de direitos humanos e meio ambiente. O primeiro é um protocolo de intenções com o Instituto Childhood para o enfrentamento à exploração sexual de crianças e adolescentes.

O segundo é um acordo de cooperação técnica com o Ibama para o intercâmbio de informações e ações conjuntas nas áreas de fiscalização, inteligência e capacitação.

O novo diretor-geral prometeu ainda uma coordenação na área de direitos humanos e a valorização dos servidores. “Não só as aulas voltarão ao currículo de formação [direitos humanos], mas estamos criando uma coordenação-geral de recursos humanos para poder fazer a aplicação das políticas de recursos humanos a todo o efetivo da PRF e a todas as ações da PRF”, disse.

O nome de Oliveira surgiu após o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, cancelar a indicação do policial rodoviário Edmar Camata para o comando da PRF.

Como mostrou a coluna da Mônica Bergamo, o servidor foi no passado um entusiasta da Lava Jato e da atuação de Sergio Moro, hoje senador eleito pela União Brasil-PR. Camata também usou as redes sociais para manifestar, na época, apoio à prisão do petista, ocorrida em 2018.

 

Raquel Lopes/Folhapress

Polícia Federal localiza R$800 mil em cofre de coordenador de campanha.

Divulgação/Polícia Federal

A Polícia Federal (PF) localizou uma quantia de R$ 800 mil em um cofre, na casa de um coordenador financeiro de campanha de um político. O caso ocorreu na cidade de Campina Grande, na região do agreste da Paraíba.

O cofre foi encontrado durante a Operação Talir, deflagrada na última terça-feira (7). No entanto, ele só foi aberto nesta quarta (8) na Superintendência Regional da corporação. A PF não comunicou quem são os alvos da ação.

A polícia informou que, dentro do baú, foram encontrados uma quantia de R$ 500 mil em espécie e outros R$ 300 mil em cheques. Além disso, também foram apreendidas um valor de R$ 90 mil e duas armas, uma pistola 380 e uma espingarda calibre 12.

Ainda de acordo com a polícia, a quantia em espécie teria sido depositada em uma conta administrada pela Justiça. Já os cheques foram enviados a um inquérito que apura uma suposta prática de lavagem de dinheiro para que a quantia fosse usada para financiar de forma ilegal uma campanha política e até comprar votos na eleição de 2022.

A Polícia comunicou ainda que a Operação Talir é um dos desdobramentos da Operação Marcador, que foi deflagrada em outubro de 2022, em outras três cidades da Paraíba: a capital João Pessoa, São José do Sabugi e Teixeira.

De acordo com a PF, a ação policial tem como objetivo de encontrar provas a origem e o destino de um montante de R$ 173.600,00. A quantia foi apreendida com material de campanha na véspera das Eleições do ano passado depois de uma abordagem da Polícia Militar (PM) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF), realizada depois de uma colisão no Sertão da Paraíba.

Bolsonaro se envolveu direto na Operação Tabajara para grampear Xandão.

O plano de grampear ministro Alexandre de Mores, do Supremo Tribunal Federal (STF), revelado pelo senador bolsonarista Marcos do Val (Podemos-ES), e classificado pelo magistrado como “golpe Tabajara”, teria sido iniciado em setembro de 2022.

Além disso, teria, inclusive, a participação de Walter Delgatti Neto, o “hacker de Araraquara”, responsável por divulgar conversas de procuradores da Lava Jato, que deram origem à Vaza Jato, e ajudaram o presidente Lula (PT) a sair da prisão e ter seus direitos políticos restabelecidos.

De acordo com reportagem da coluna Maquiavel, na Veja, no dia 10 de agosto do ano passado, Delgatti se encontrou com a deputada federal bolsonarista Carla Zambelli (PL-SP). O objetivo dos aliados próximos a Jair Bolsonaro (PL)era cooptar o hacker para expor supostas vulnerabilidades das urnas eletrônicas e engrossar o discurso golpista contra o sistema eleitoral.

No início de setembro, Zambelli teria chamado Delgatti para outra conversa, que seria, nessa oportunidade, com o próprio Bolsonaro, por telefone. “Eu encontrei a outra (Zambelli) e ela levou um celular, abriu o celular novo, colocou um chip, aí ela cadastrou o chip e ele (Bolsonaro) telefonou no chip. Foi por chamada normal”, declarou Delgatti.

O ex-presidente, então, teria convidado o hacker a assumir a autoria da ação que visava grampear Alexandre de Moraes, conforme relatou o próprio Delgatti.

“Eles precisam de alguém para apresentar (os grampos) e depois eles garantiram que limpam a barra. Ele (Bolsonaro) falou: ‘A sua missão é assumir isso daqui. Só, porque depois o resto é com nós’. Eu falei: beleza. Aí ele falou: ‘E depois disso você tem o céu’”, disse.

Ainda de acordo com a Veja, na suposta conversa com o hacker, Bolsonaro teria dito que eles já tinham obtido mensagens internas trocadas entre Moraes e servidores da Justiça, nas quais o ministro abordava supostas vulnerabilidades das urnas e uma preferência por Lula. Esse ponto deveria ser explorado na imprensa para alegar a suspeição do ministro e tirá-lo do comando do processo eleitoral. O hacker aceitou a oferta e ficou no aguardo de novos contatos dos apoiadores de Bolsonaro.

Hacker teria oferecido dinheiro pela ajuda de funcionário da TIM

Delgatti, inclusive, segundo a Veja, chegou a procurar um funcionário da operadora de telefonia TIM. Ele teria oferecido dinheiro para que ele o ajudasse a grampear o ministro do STF. O funcionário teria de fornecer um chip com o mesmo número utilizado por Moraes, mas se recusou a participar do crime. A coluna Maquiavel diz, ainda, que a conversa telefônica entre o hacker e o funcionário da TIM foi gravada, sem o conhecimento de Delgatti.

Com a divulgação do plano por Marcos do Val, Delgatti teria comentado com pessoas próximas que esta seria a continuação da trama iniciada em setembro de 2022.

Texto de Lucas Vasquez, na Revista Forum.

Malucos, audaciosos: golpistas tentaram grampear o ministro Alexandre de Moraes.

Ouro é o assunto do momento. Quem poderá nos esclarecer?

Bullion: o que é e como investir em barras de ouro?

Ainda sobre ouro ilegal, dois fatos muito estranhos: primeiro a compra de 129 toneladas pelo Banco Central, de suposta empresa do Exterior, com objetivo de aumentar as reservas. Pois bem: o pagamento em dólares foi feito a essa mesma empresa e daí pra frente é complicado rastrear caminhos e contas.

Outro assunto estranho aconteceu no dia 30 de dezembro, quando o ex-presidente da República, ainda no poder, empreendeu fuga para os Estados Unidos da América e a aeronave optou por uma escala técnica em Boa Vista, Roraima. Ninguém pode afirmar que o avião não decolou com malotes diplomáticos, invioláveis pela aduana estrangeira, muito pesados.

Quando voltar ao País, o ex-Presidente terá assuntos candentes para discorrer perante as autoridades policiais.

Maioria do ouro vendido no país tem indício de ilegalidade.

Garimpo ilegal em área desmatada da floresa amazônica no Pará

Imagem: Nacho Doce. Conteúdo Agência Brasil

Em 2021, 54% do total comercializado tinham traços de ilegalidade

Nas últimas semanas, as fortes imagens de indígenas yanomami desnutridos e de grandes áreas de florestas devastadas pelo garimpo suscitaram a pergunta: para onde vai o ouro retirado das terras indígenas (TIs)? O Instituto Escolhas, que sistematiza estudos sobre mineração e uso da terra, aponta que, em 2021, 52,8 toneladas de ouro comercializadas no Brasil tinham graves indícios de ilegalidade, o que corresponde a mais da metade (54%) da produção nacional.

Entre 2015 e 2020, o total de ouro com indícios de ilegalidade comercializado no Brasil foi de 229 toneladas.

O instituto destaca, ainda, que quase dois terços do ouro (61%) são extraídos da Amazônia. A suspeita é de que 32 toneladas do metal recolhido na região, em 2021, eram irregulares. Em relatório, a entidade também cita quais os estados de onde saiu o ouro, no ano analisado. Mato Grosso é o principal local de origem (16 toneladas), seguido pelo Pará (13,6 toneladas), Rondônia, Tocantins, Amapá e Amazonas.

Embora se possa identificar a origem do ouro, saber o destino das pepitas é um desafio, conforme ressalta a gerente de Portfólio do Instituto Escolhas, Larissa Rodrigues, que coordenou o estudo. Por isso, o instituto apresentou, junto com o diagnóstico, uma proposta de rastreio do ouro.

A medida envolveria diversos agentes públicos, como a Agência Nacional de Mineração (ANM), a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e o Banco Central, que é quem fornece informações sobre as instituições financeiras autorizadas a operar com ouro, atualiza e valida essas informações, além de fiscalizar as operações.

A proposta privilegia a tecnologia blockchain, que é uma sequência de registros digitais (blocks) conectados uns aos outros, formando uma corrente (chain). Tal recurso asseguraria que cada registro recebesse uma identificação única, que não pudesse ser alterada, o que garantiria a segurança das informações e, portanto, o rastreio do ouro.

Na avaliação de Larissa, a proposta é inovadora para o setor de ouro, em particular, mas não é exatamente uma novidade, de modo geral, pois mercados de outros produtos já adotam um modelo semelhante. Ademais, sublinha, a digitalização já é algo adotado pela ANM em seus processos.

“Um sistema como esse, digital, de coordenação de órgãos, já existe para a madeira, para a carne, em certa medida. Ou seja, são coisas já aplicadas em outras cadeias, não é algo que seria um esforço que o governo jamais fez. O governo brasileiro já fez esse tipo de sistema para outros produtos. E por quê? Muito pelo que a gente está começando a ver no ouro agora: por pressão de importadores, dos consumidores. Porque esses produtos, antigamente, também tinham muita ilegalidade e, aí, por pressão dos mercados, o governo começou a controlar como não se controlava antes”, diz.

“O que a gente tem para o ouro é mais ou menos o que a gente tinha na cadeia do couro, da cana, 20 anos atrás”, acrescenta.

A gerente comenta que, no Brasil, dois dos instrumentos que ajudam a confundir a percepção sobre o setor são o princípio da boa-fé nas negociações e aumento do rigor sobre o registro de transporte do ouro. Quanto à boa-fé, o que ocorre é a facilitação da “lavagem de ouro”, porque é por meio dela que os garimpeiros ou qualquer agente envolvido possa vendê-lo para as distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários (DTVMs), apenas preenchendo um formulário de papel, em que indicam a origem do metal. Isto é, não é feita nenhuma verificação das informações prestadas, o que permite que vendam o ouro ilegal como se fosse proveniente de área regular. Há também conflito de interesses, uma vez que os donos das DTVMs, seus familiares ou sócios podem ter lavras garimpeiras e serem eles mesmos os vendedores do ouro.

Larissa pontuou à Agência Brasil que, durante o levantamento dos milhares de registros, conseguiu rastrear apenas um dos lotes até o fim. O que geralmente ocorre é que se pode achar, no máximo, o estado ou o país onde o ouro é entregue, de modo que somente com um esforço, como o de jornalistas investigativos, é que se prossegue nas buscas, identificando-se, por exemplo, as joalherias, bancos ou tradings que compram o ouro ilegal. Nesse caso, a equipe do instituto descobriu que o ouro foi levado para a Índia.

 “É uma situação de crime perfeito”, afirma Larissa sobre as brechas da mineração de ouro.

Poder público

Perguntada sobre a obtenção de apoio de parlamentares junto à causa, Larissa responde que o Brasil passa por uma “janela de pressão” em torno do tema. O que pode propiciar a aprovação de leis ou mesmo de uma medida provisória para endurecer as regras.

Comunidade Yanomami em Roraima
Comunidade Yanomami em Roraima – Reuters/Bruno Kelly/Direitos Reservados

Ao lado de parlamentares, pode haver outras vias de auxílio, na redução dos problemas. Os yanomami estão presentes nos estados do Amazonas e Roraima e na Venezuela. Seu território é imenso, o que pressupõe complexidade em relação às operações de segurança pública e atendimento de saúde.

Da logística dos garimpos ilegais na TI Yanomami fazem parte, entre outros pontos, esquemas de desvio de combustível de aviação e centenas de pistas de pouso clandestinas. Outro elemento imprescindível é a comunicação, o que faz com que garimpeiros precisem arranjar rádios e também ter acesso à internet.

Ciente de tal organização, no início de junho de 2022, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso exigiu que a União apresentasse um plano detalhado de ações de desmantelamento dos acampamentos dos garimpeiros presentes na TI. Barroso pediu explicações à Polícia Federal e também à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) sobre as empresas que fornecem internet aos garimpos ou como esse acesso está ocorrendo. A Agência Nacional de Petróleo (ANP), por sua vez, foi chamada pela Corte para listar quais distribuidoras e revendedoras de combustível de aviação que atendem a região.

O presidente da Urihi Associação Yanomami, Júnior Hekurari Yanomami, entende que um aliado fundamental na defesa dos direitos de seu povo tem sido o Ministério Público Federal (MPF). Ele conta que garimpeiros circulam sem esboçar nenhum temor, com armas como submetralhadoras.

“A gente vive nas nossas comunidades, nas nossas casas, com medo, porque os garimpeiros ameaçam as lideranças, dizendo que essa terra tem dono, que quem manda aqui é [Jair] Bolsonaro”, relata.

No último dia 21, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, antecipou, em sua conta no Twitter, que oficiaria a Polícia Federal para apurar os “fortes indícios de genocídio e de outros crimes” relacionados “aos sofrimentos criminosos impostos aos yanomami”. Quatro dia depois, a corporação instaurou inquérito para apurar a possível prática de genocídio, omissão de socorro, crimes ambientais, além de outros atos ilícitos contra o povo yanomami.

Edição: Juliana Andrade

PF deflagra operação e evita massacres em escolas de Santa Maria da Vitória na Bahia

Delegados afirmam que Polícia Federal "não é órgão de governo" - Política -  SBT News

Perfil em rede social anunciou plano para um ataque

Repórter Brasil com informações da PF

 Na manhã desta segunda-feira (30/1), a Polícia Federal deflagrou, na cidade de Santa Maria da Vitória/BA, a Operação Sentinela, que visa à repressão e prevenção de massacres em escolas.

A investigação foi iniciada a partir de trabalho de inteligência da Divisão de Repressão a Crimes Cibernéticos da Polícia Federal, que identificou perfil em rede social anunciando um plano de massacre.

Após diversas diligências, foi possível a individualização do responsável pelas postagens, tendo sido cumprido mandado de busca e apreensão em sua residência.

Na oportunidade, foram apreendidos diversos aparelhos eletrônicos, dentre eles o telefone utilizado para realizar as postagens ameaçadoras. Os equipamentos serão submetidos à perícia.

As investigações seguem em segredo de Justiça.

Ouro ilegal da Terra Indígena Kayapó termina em gigante italiana que fatura R$ 18 bi

Operação da Polícia Federal deflagra organização criminosa que atua no garimpo ilegal no sul do Pará. No exterior, metal é comprado pela Chimet, 44ª maior empresa italiana em faturamento.

ouro extraído ilegalmente nos garimpos da Terra Indígena Kayapó, no sul do Pará, alimentou a produção de um dos maiores líderes de metais preciosos da Europa. Trata-se de um grupo italiano especializado em refinar o minério para a confecção de joias, como alianças de casamento, e para a formação de barras de ouro que são guardadas em cofres de bancos suíços, ingleses ou americanos.

A compradora estrangeira deste metal de áreas proibidas da Amazônia – “legalizado” por meio de fraude antes de ir para o exterior – é a Chimet SPA Recuperadora e Beneficiadora de Metais, sigla em italiano para Química Metalúrgica Toscana, uma gigante do setor que ocupa a posição número 44 entre as empresas que mais faturam na Itália. Em 2020, ela teve a maior receita  da sua história: mais de 3 bilhões de euros (cerca de R$ 18 bilhões), um aumento de 76% em relação ao ano anterior.

Para chegar ao nome da refinadora italiana, a Polícia Federal investigou uma complexa organização criminosa do garimpo ilegal, formada por dezenas personagens que atuam no sul do Pará e que mantêm conexões com empresas sediadas em São Paulo, Goiás e Rio de Janeiro – que, por sua vez, “lavam” (legalizam por meio de fraude) e exportam o metal.

O esquema foi desnudado em outubro do ano passado com a Operação Terra Desolata, quando foram expedidos 12 mandados de prisão e 62 de busca e apreensão, além do bloqueio de R$ 469 milhões das contas dos investigados. Hoje, três meses depois da operação, todos os detidos foram soltos por meio de habeas corpus.

A Chimet nasceu nos anos 1970 de um braço da Unoaerre, outra líder do setor na Itália e empresa quase centenária, que se apresenta como a responsável por produzir 70% das alianças de casamento vendidas no país. As duas são controladas atualmente pela mesma família, a Squarcialupi, e estão sediadas em Arezzo, cidade que tem tradição milenar na produção de joias.

Descrita no seu próprio site como uma empresa “amiga do meio ambiente” e detentora de certificados de sustentabilidade “por sua atuação responsável”, a Chimet afirmou à Repórter Brasil que sempre compra o metal acompanhado de documentos que atestem sua origem legal.

“As compras em questão sempre estiveram acompanhadas de documentação que atesta a proveniência lícita do metal, como demonstrado também das faturas e das autorizações para a exportação do fornecedor, além dos documentos da aduana, sejam brasileiros ou italianos”, disse em nota. Entretanto, a empresa reconheceu “o risco de que efeitos negativos possam ser associados ao comércio e exportação de minerais de áreas de alto risco”. Leia aqui a resposta na íntegra.

PF desnuda organização criminosa que explora ouro ilegal na TI Kayapó (Pará), uma das mais prejudicadas pelo garimpo (Foto: Felipe Werneck/Ibama)

O Brasil, nesse caso, é “a área de alto risco” devido à facilidade de se fraudar a origem do ouro, bem como à fragilidade da fiscalização por parte da Associação Nacional de Mineração (ANM) e demais órgãos. As notas fiscais que declaram a origem do minério são em papel, preenchidas pelo vendedor, que facilmente pode mentir sobre o local de onde foi extraído o metal.

‘Infelizmente, o ouro ilegal é uma realidade no mercado europeu’, diz presidente de associação italiana de ouro

“Infelizmente, o ouro ilegal é uma realidade no mercado europeu. As empresas têm essa dupla face, compram ouro de procedência ilegal para atingirem certos padrões internacionais de quantidade de produção”, afirma Nunzio Ragno, presidente da A.N.T.I.C.O., sigla da associação italiana para a proteção do setor do ouro.

O inquérito da PF aponta ainda que a Chimet adquire o produto da brasileira CHM, em uma relação de parceria “estabelecida há décadas” por intermédio do italiano Mauro Dogi e seu filho Giacomo, que moram no Brasil. Ambos são os sócios da CHM e figuram como investigados pelo comércio ilegal de minério.

Eles são descritos pelos investigadores como “os principais destinatários do ouro ilegal oriundo das terras indígenas da região”. Mauro Dogi já foi funcionário da Chimet na sua fábrica em Arezzo. “Observa-se que o próprio nome da empresa CHM é a simplificação de Chimet”, diz o inquérito da PF, revelado pelo jornal O Estado de S.Paulo e obtido pela Repórter Brasil.

Segundo o documento da PF, a Chimet pagou à CHM do Brasil o equivalente a 317 milhões de euros (R$ 2,1 bilhões) na aquisição do metal. A empresa europeia alega que o volume adquirido de ouro é irrelevante em relação ao total – 70 toneladas – trabalhado anualmente nas fábricas do grupo.

A CHM, por sua vez, comprou o metal da Cooperouri (Cooperativa de Garimpeiros e Mineradores de Ourilândia e Região) que, segundo a PF, extrai o ouro do território indígena. Como prova, os policiais informam que a empresa fundada por Dogi fez 25 depósitos à cooperativa, no total de R$ 11,7 milhões, no período de um ano (entre 2019 e 2020).

Além de extrair o minério de área ilegal, segundo a PF, a Cooperouri também adquire o metal de garimpeiros e atravessadores clandestinos que atuam na mesma região – foram transferidos R$ 246 milhões a estes fornecedores entre setembro de 2015 e setembro de 2020.

Exportação em voos privados

A CHM também atua como exportadora do ouro ilegal. O inquérito aponta que a exportação acontece “em voos privados, sem o devido conhecimento das autoridades competentes, sem passar pelo Sistema Integrado de Comércio Exterior (Siscomex)”.

Questionada, a Receita Federal disse à Repórter Brasil que “se a exportação é clandestina não há que se falar em registro no Siscomex, pois sua característica é evadir-se dos controles do Estado”, e que a Receita e a PF “trabalham em conjunto em ações de combate ao contrabando e ao comércio ilegal de ouro”.

A Chimet, por meio do advogado Roberto Alboni, afirmou que Mauro Dogi trabalhou como operário na sede italiana durante cinco anos, entre 1990 e 1995, dando a entender que não se trata de pessoa que mantenha relação com os altos escalões da empresa. A companhia ainda contestou a informação citada na investigação brasileira: disse que sua relação com a CHM do Brasil durou “de quatro a cinco anos”, sendo interrompida em outubro passado após a notícia da operação realizada pela Polícia Federal (e não décadas, como afirma o inquérito).

Em nota, a CHM negou que tenha adquirido ouro de terras indígenas e disse que suas aquisições foram feitas “de cooperativas aptas a minerar em suas respectivas áreas, as quais sempre apresentaram a documentação legalmente exigida e necessária para exercer suas atividades.” A empresa confirmou que o minério adquirido tem como destino grupos estrangeiros e afirmou que “todo o ouro comprado no mercado interno passa pelo crivo da Receita Federal e da Polícia Federal quando do processo de exportação”. As atividades da empresa, segundo seus advogados, estão temporariamente suspensas. Leia aqui a resposta na íntegra.

Repórter Brasil tentou contato com a diretoria da Cooperouri, mas o advogado responsável pela defesa da cooperativa e de um dos seus diretores, Douglas Alves de Morais, não respondeu às perguntas enviadas pela reportagem até a publicação deste texto.

O patrão de Badia al Pino

O fundador da Chimet, Sergio Squarcialupi, que já foi presidente da Unoaerre, é descrito na imprensa da Toscana como “il patron di Badia al Pino” [o patrão de Badia al Pino], em referência a um distrito de Arezzo onde está uma das instalações da empresa. Sua filha, Maria Cristina Squarcialupi, é a atual presidente do conselho de administração da fabricante de joias Unoaerre.

A família Squarcialupi, em especial o patriarca Sergio, foi investigada pela Procuradoria de Arezzo a partir de  2008, em um caso que envolveu agentes públicos acusados de favorecer a companhia com licenças ambientais forjadas.

O fundador da Chimet foi condenado por diversos crimes, como dano ambiental, organização para tráfico ilícito de rejeitos e falsidade ideológica, mas as decisões foram revertidas na Suprema Corte de Cassação (equivalente ao Supremo Tribunal Federal) em 2017.

Quem enfrentou o grupo, inclusive judicialmente, alega se tratar de um conglomerado demasiadamente forte e poderoso. Para quem defende a família, como o advogado Roberto Alboni, o que houve foi uma perseguição judicial marcada por erros. “Foi um processo doloroso, Sergio Squarcialupi até perdeu a saúde por causa disso, mas a empresa teve a oportunidade de mostrar que não houve nada de errado”, ressaltou.

Fachada da produtora de joias Unoaerre, que compra ouro da Chimet e diz fabricar 70% das alianças de casamento da Itália (Foto: Reprodução/ Google Maps)

Procurada, a Unoaerre disse nunca ter comprado ouro diretamente do Brasil. No entanto, em seu balanço de sustentabilidade de 2020, ela informa que realiza a maioria de suas aquisições, bem como o refinamento do ouro, com a parceira Chimet, descrita no mesmo documento como uma companhia que atende os critérios de atestar que o ouro tem uma “origem legítima” e “livre de conflitos”.

Como se tratam de empresas irmãs, é provável que o ouro extraído ilegalmente da terra indígena dos Kayapós tenha terminado nos dedos dos noivos italianos.

Procurada pela Repórter Brasil, a Guardia di Finanza, uma das forças policiais que se ocupa de questões financeiras e econômicas na Itália, disse que atividades como a descrita pela Polícia Federal brasileira no inquérito – ouro ilegal brasileiro que é “lavado” e vai parar numa empresa italiana – poderia ensejar alguma investigação das autoridades italianas. Mas, por ora, ressaltou a assessoria de imprensa, não há nenhuma análise a respeito.

Uma das dificuldades para esse tipo de investigação é o fato de o ouro brasileiro ser “lavado”, ou seja, “legalizado” no Brasil antes da exportação. Como há um documento que atesta tratar-se de metal supostamente legal e lícito, o problema passa a ser das autoridades brasileiras, escapando da atribuição das autoridades italianas.

Tanto a Chimet como a Unoaerre têm certificados de boas práticas de organizações como a Responsible Jewellery Council, com sede em Londres, que elaborou uma linha guia para o setor de modo a observar a legalidade do ouro e a preservação dos direitos humanos, inclusive durante a sua extração. Elas ainda estão sujeitas a um regulamento aprovado pelo Parlamento Europeu em 2017 que impõe a obrigatoriedade do controle das fontes dos metais preciosos originários de fora da União Europeia e comprados por alguma empresa sediada na Europa.

Ofício aponta cerco ‘espantoso’ de garimpeiros a posto de saúde e veto a transporte na terra yanomami.

Terra Indígena Yanomami é a área protegida mais pressionada da Amazônia - ((o))eco

Por VINICIUS SASSINE, da Folhapress, editado.

O crime sem castigo: apesar dos esforços da Justiça Federal, garimpeiros mandavam e desmandavam nas terras Yanomamis.

Um ofício de um chefe de divisão e de um coordenador de saúde indígena na terra yanomami, ainda no governo Jair Bolsonaro (PL), detalhou a tomada de uma UBSI (Unidade Básica de Saúde Indígena) por garimpeiros no território demarcado.

O cerco impediu voos de equipes de saúde, resultou em ameaças contra a empresa responsável pelo transporte de pacientes e profissionais e fechou o posto ainda em novembro de 2021.

A unidade acabou incendiada por garimpeiros ilegais em dezembro de 2022, último mês da gestão Bolsonaro, segundo denúncia de Júnior Yanomami, presidente do Condisi (Conselho Distrital de Saúde Indígena) dos Yanomami e Ye’kuana.

Atividade garimpeira tem provocado a poluição dos rios na Terra Yanomami, conforme a HAY — Foto: © Bruno Kelly/HAY
Foto: © Bruno Kelly/HAY

Em maio de 2022, a Justiça Federal em Roraima determinou que o governo Bolsonaro usasse a Força Nacional de Segurança Pública para garantir a reabertura da unidade básica de saúde de Homoxi, de forma que o Ministério da Saúde retomasse o atendimento na região. A decisão se deu no curso de uma ação civil pública movida pelo MPF (Ministério Público Federal).

Na mesma decisão, o juiz federal Felipe Bouzada Viana determinou a retirada dos milhares de garimpeiros que exploram ilegalmente a Terra Indígena Yanomami. Ele chegou a apontar riscos de genocídio no território.

O governo Bolsonaro, que estimulou o garimpo ilegal em terras indígenas, desrespeitou sistematicamente decisões judiciais que obrigavam a retirada dos invasores.

A quantidade de garimpeiros na terra yanomami explodiu na gestão passada e ultrapassa 20 mil invasores, segundo estimativas de associações indígenas.

Os garimpos contribuíram para um quadro de desassistência em saúde no território, com explosão de casos de malária e desnutrição, especialmente entre crianças e idosos.

O Ministério da Saúde do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) declarou emergência em saúde pública e instalou um centro de operações com essa finalidade. Lula esteve em Roraima no sábado (21) como parte dessas ações, o que deu visibilidade à crise em curso.

O conteúdo do ofício do chefe da Divisão de Atenção à Saúde Indígena e do coordenador distrital de Saúde Indígena é reproduzido na decisão judicial de maio de 2022. O documento não cita os nomes dos servidores, que dão detalhes de uma visita técnica feita à unidade básica de Homoxi.

Diversos fatores impediam a reabertura do posto de saúde, segundo o ofício. “Já na chegada ao polo qualquer um se espantaria com a cena, a UBSI está cercada por invasores, não existe mais disfarce que tem garimpeiros no local, uma vez que estão morando ao redor da unidade”, cita o documento.

“É assustador ver o avanço de maquinários para a extração, tanto manual quanto mecanizado. Mais assustador ainda é poder identificar que existe uma população de garimpeiros que deve estar se aproximando a mil pessoas”, dizem os coordenadores de saúde.

A reportagem questionou o Ministério da Saúde sobre retomada do funcionamento da UBSI e aguarda uma reposta.

Voos que garantem a logística do crime ocorriam o tempo todo, conforme o relato dos profissionais, e a pista da unidade básica de saúde passou a ficar inoperante para pousos e decolagens voltados ao transporte de pacientes e equipes médicas.

A empresa que prestava esse serviço ao Ministério da Saúde passou a sofrer ameaças, como consta no ofício.

“Essa situação causa diversos prejuízos, como falta de assistência para aqueles que realmente precisam, inviabilizando a chegada de insumos, além de outros fatores maléficos que envolvem os nossos colaboradores, colocando-os em risco, expostos e vulneráveis”, afirma o ofício.

“O avanço da extração de minério nas redondezas está devastando a floresta e poluindo o rio. O posto corre risco de erosão no local onde se encontra localizado no polo”, dizem os coordenadores de saúde no documento.

Não havia nenhuma condição de permanência de equipes de saúde no local, segundo eles, porque “a casa apresenta infestação de morcegos, fezes de diversos animais, além da água contaminada, imprópria para consumo humano e em consequência da garimpagem”.

Há comprovação de que profissionais de saúde sofriam pressão de garimpeiros em outras comunidades, conforme o documento. Esses invasores pressionavam por atendimento médico e medicamentos, “utilizando a manipulação indígena, fazendo que eles se tornem seus aliados para fazer parte da equipe operacional e gerando conflitos dentro das comunidades”.

Os coordenadores dizem que pacientes indígenas precisavam de atendimento, mas que não havia possibilidade de prestação desse serviço em razão da invasão dos garimpeiros.

“A invasão do garimpo fez com que uma grande maioria de indígenas se deslocasse, abandonando suas comunidades de origem e se readequando à realidade dos garimpeiros. Nesse cenário, é impossível, desumano, além de arriscado, expor nossos colaboradores ao perigo.”

O pedido feito pelo MPF incluiu a reativação do posto de fiscalização da Funai (Fundação Nacional dos Povos Indígenas) na Serra dos Surucucus, onde vivem 6.000 indígenas de recente contato. O local já tinha sido alvo de uma intensa corrida pelo ouro nas décadas de 1970 e 1980.

A Justiça determinou que a Força Nacional também desse suporte à reativação do posto da Funai na região.

O juiz determinou ainda que União, Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) e Funai se articulassem para combater os ilícitos ambientais na terra indígena.

Uma equipe interinstitucional, formada por “forças de comando e controle”, deveria ser criada para atender à decisão judicial. A equipe deveria permanecer no local até que houvesse “extrusão de todos os infratores ambientais”.

O governo federal também deveria destruir ou inutilizar todos os instrumentos usados para o garimpo.

Muito grave: Bolsonaro é investigado por chefiar esquema de Caixa 2 no Planalto.

De Rodrigo Rangel, em sua coluna no portal Metrópoles, editado.

Quem diria? O campeão das rachadinhas quando parlamentar e poderoso comprador de 107 imóveis, 51 dos quais em “moeda corrente nacional” acumulou expertise durante anos para administrador um denso esquema da Caixa 2, operado em dinheiro vivo, que pagaria contas as mais estranhas à administração pública e provavelmente financiaria o esquema de atos anti-democráticos, que culminaram com o terrorismo de 8 de janeiro.

“Áudios com a voz de Bolsonaro reunidos pela investigação indicam que o presidente controlava e tinha ciência de tudo.”

Investigações que correm no Supremo Tribunal Federal (STF), obtidas pelo Metrópoles, conectam o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) à suposta existência de um ‘caixa 2’ dentro do Palácio do Planalto e o ligam à realização de atos antidemocráticos.

De acordo com a reportagem publicada pelos jornalistas Rodrigo Rangel e Sarah Teófilo, um homem de confiança de Bolsonaro gerenciava o suposto ‘caixa 2’, que funcionava com dinheiro vivo proveniente de saques feitos a partir de cartões corporativos da Presidência e de quartéis das Forças Armadas.

O dinheiro era usado, entre outras coisas, para pagar um cartão com despesas pessoais da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro – criado no nome de uma amiga dela, Rosimary Cardoso Cordeiro, funcionária do Senado – e para pagar contas pessoais do clã presidencial.

As investigações estão sob o comando do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal).

Entenda

O tenente-coronel do Exército Mauro Cesar Barbosa Cid – conhecido como “coronel Cid” – é o personagem central das investigações. Homem de confiança de Bolsonaro, ele era:

  • Ajudante de ordens do ex-presidente até o final do mandato;

  • Guardião do celular de Bolsonaro, atendendo ligações e respondendo mensagens;

  • Responsável por tarefas corriqueiras da família, como pagar as contas – a mais sensível, no caso;

Ele também era encarregado de pagar contas pessoais da família de Michelle.

Muitas das operações realizadas pela equipe de Cid era com dinheiro em espécie, na boca do caixa de uma agência bancária localizada dentro do Palácio do Planalto.

Durante as investigações, os policiais identificaram que o modus operandi de Cid era parecido com o apurado nas rachadinhas que envolviam o atual senador Flávio Bolsonaro, filho 01 do ex-presidente. As ações envolviam:

  • Dinheiro manejado à margem do sistema bancário;

  • Saques em espécie;

  • Pagamentos em espécie;

  • Uso de funcionários de confiança nas operações.

A partir daí, os investigadores começaram a enxergar fortes indícios de lavagem de dinheiro. Além dos saques a partir de cartões corporativos, Cid supostamente recebia valores provenientes de saques feitos por militares ligados ao tenente-coronel e lotados em quartéis de fora de Brasília.

Os detalhes dessas transações estão mantidos sob sigilo absoluto.

Conexão com atos golpistas

As investigações acessadas pelo Metrópoles também indicam que o “coronel Cid” funcionava como um elo entre Bolsonaro e vários radicais que desejavam que a militância bolsonarista atacasse as instituições democráticas.

Um dos contatos frequentes de Cid, inclusive, era o blogueiro Allan dos Santos, foragido nos Estados Unidos que teve prisão decretada em 2021.

No material obtido por policiais, como uma série de áudios, fica claro que Bolsonaro tinha conhecimento e controle de tudo que Cid fazia – tanto nos pagamentos com dinheiro vivo, quanto na interlocução com bolsonaristas extremistas.

Inclusive, o próprio ex-presidente aparece como interlocutor em mensagens que Cid mantinha em seu aplicativo – com o qual conversava com os radicais.

O que dizem os envolvidos?

Interlocutores de Jair Bolsonaro e de Michelle Bolsonaro admitiram ao Metrópoles que houve “confusão” com os valores em espécie, mas negam que contas pessoais do clã e de parentes de Michelle fossem pagas com os saques corporativos do governo.

De acordo com eles, Cid precisava lidar com os valores em espécie, já que:

  • Muitas das despesas “tinham valor ínfimo”;

  • Portanto, precisavam ser pagas diretamente a fornecedores que “prestavam serviços informalmente”;

Não foi explicado o motivo pelos quais tais fornecedores precisavam receber em espécie em vez de transferência bancária, por exemplo.

Não houve resposta sobre:

  • Pagamento dos boletos, especialmente os do cartão cedido pela amiga de Michelle;

  • Contas de familiares da ex-primeira-dama;

O Metrópoles também entrou em contato com Rosimary, a amiga que cedia o cartão para Michelle. Ela, no entanto, se recusou a dar explicações, afirmou não ter sido notificada sobre as investigações e disse que trata-se de “um assunto pessoal” sobre o qual só falará com seu advogado.

Polícia Federal cumpre mandados de prisão e busca e apreensão nesta manhã

Ramiro dos Caminhoneiros convoca para atos golpistas em Brasília — Foto: Instagram/Reprodução

Oito pessoas são alvos de prisão durante a primeira fase da operação Lesa Pátria, deflagrada pela Polícia Federal nesta sexta-feira (20), e que mira financiadores e participantes de atos terroristas ocorridos em Brasília, em 8 de janeiro.

Até o início da manhã quatro pessoas tinham sido presas:

  1. Ramiro Alves Da Rocha Cruz Junior, conhecido como Ramiro dos Caminhoneiros

  2. Randolfo Antonio Dias, em Minas Gerais

  3. Renan Silva Sena, no DF

  4. Soraia Bacciotti, do Mato Grosso do Sul

A ação foi ordenada pelo Supremo Tribunal Federal, que também expediu 16 mandados de busca e apreensão. As ordens estão sendo cumpridas nos seguintes locais:

  • Distrito Federal: 5 de busca e apreensão e 2 prisões

  • Goiás: 1 busca e apreensão

  • São Paulo: 7 busca e apreensão e 3 prisões

  • Rio de Janeiro: 1 busca e apreensão e 1 prisão

  • Minas Gerais: 1 busca e apreensão e 1 prisão

  • Mato Grosso do Sul: 1 busca e apreensão e 1 prisão

Preso nesta sexta, Ramiro Alves Da Rocha Cruz Junior publicou imagens dos atos terroristas nas redes sociais. Ele também esteve em Brasília e, após o desmonte do acampamento golpista no Quartel-General do Exército, chegou a visitar detidos no ginásio da PF em que eram mantidos. Ele disse que conseguiu entrar no local “miraculosamente”.

Do g1 e O Globo.

Lula troca comando da PF em 18 estados e dispensa 26 superintendentes da PRF.

Por CAMILA MATTOSO, FABIO SERAPIÃO E RENATO MACHADO, da Folhapress. Foto de Gabriela Biló, da Folhapress.

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) promoveu nesta quinta-feira (19) uma grande mudança no comando da Polícia Federal nos estados, trocando 18 superintendentes regionais. Também foram dispensados 26 superintendentes da Polícia Rodoviária Federal nos estados

Um dos nomeados na PF é o delegado Leandro Almada, que vai assumir a superintendência regional no Rio de Janeiro. Ele foi escolhido pelo novo diretor-geral, Andrei Rodrigues.

Almada está na PF desde 2008, tem experiência em investigações e em cargos de chefia e, recentemente, foi o responsável pelo inquérito sobre a tentativa de obstrução da apuração da morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.

Na Polícia Rodoviária Federal, um dos dispensados é Virgílio de Paula Tourinho, da unidade da Bahia. Ele chegou a ser intimado pela justiça eleitoral, durante o segundo turno das eleições, por causa das operações no estado que dificultaram o voto de muitos eleitores no estado, que é um reduto petista.

As mudanças foram publicadas em edição-extra do Diário Oficial da União, publicada na noite de quarta-feira (18). As portarias são assinadas pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa.

Almada vai assumir o Rio de Janeiro, que no governo de Jair Bolsonaro esteve no centro das suspeitas de interferência denunciadas pelo ex-juiz Sergio Moro.

O delegado está na PF desde 2008, tem experiência em investigações e em cargos de chefia e, recentemente, foi o responsável pelo inquérito sobre a tentativa de obstrução da apuração da morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.

A investigação conduzida por ele concluiu que o policial militar Rodrigo Ferreira, conhecido como Ferreirinha, e a advogada Camila Nogueira eram parte de uma organização criminosa que tentou atrapalhar as investigações.

Antes do Rio, o delegado foi superintendente no Amazonas e na Bahia. Após o caso Marielle, ele atuou como na coordenação da apuração sobre vacinação clandestina contra a Covid em Belo Horizonte (MG).

Para São Paulo, maior superintendência do país, o escolhido foi o delegado Rogério Giampaolli, que já foi chefe do COT (Comando de Operações Táticas) e, atualmente, estava na chefia da PF em Sorocaba (SP).

Ele vai substituir o delegado Rodrigo Bartolamei, indicado no governo de Jair Bolsonaro.

Para comandar a superintendência na Paraíba, a escolhida foi a delegada Christiane Correa Machado.

A investigadora comandou por um período durante o governo de Jair Bolsonaro a Cinq (Coordenação de Inquéritos Especiais), responsáveis pelos casos que envolvem pessoas com foro privilegiado nas cortes superiores.

Ela participou, por exemplo, da investigação sobre as acusações do ex-ministro da Justiça Sergio Moro contra Bolsonaro por interferência na PF.

Christiane é vista como discreta e linha dura, já foi chefe da divisão antiterrorismo por cinco anos e coordenou a proteção a ataques terroristas na Copa do Mundo de 2014 e nos Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro.

Lula já havia promovido a troca do superintendente da Polícia Federal no Distrito Federal, no dia seguinte aos atos golpistas, que terminaram com a invasão e vandalismo no Palácio do Planalto, Congresso Nacional e Supremo Tribunal Federal. Na ocasião, o Ministério da Justiça minimizou a troca e afirmou que a mudança já estava programada e estava inserida no plano de mudanças gerais nas superintendências.

O delegado Cézar Luiz Busto de Souza foi o escolhido para comanda a PF no Distrito Federal, no lugar de Victor Cesar Carvalho dos Santos.

O investigador chegou a ser o diretor de Investigação e Combate ao Crime Organizado, setor mais sensível da PF, no governo Bolsonaro.

Ele foi indicado por Rolando de Souza, segundo dos quatro diretores-gerais do governo de Jair Bolsonaro.

A Polícia Rodoviária Federal manteve um laço próximo com o ex-presidente, que sempre prestigiou os eventos da corporação e costumava ir para a beira de estradas, acompanhado pelos agentes, para acenar para eleitores

Como mostrou a Folha de S.Paulo, o ministro da Justiça, Flávio Dino, afrouxou as regras para nomeações na PF.

A alteração nas regras para nomeação foi publicada no Diário Oficial da União na quarta-feira (4). Pela portaria de 2018, só poderia ser diretor o delegado da classe especial, com mais de dez anos de exercício no cargo e com passagem por posto em comissão do “Grupo Direção e Assessoramento Superior –DAS 101.3 ou superior por, no mínimo, 1 (um) ano”.

Dino reduziu os requisitos necessários e, a partir de agora, o delegado precisa apenas ser da classe especial para ser indicado para uma diretoria. O mesmo critério passa a valer para a nomeação do corregedor do órgão.

Da Folha.

Autoridades discutem reforço da segurança no Distrito Federal

Veja imagens das invasões golpistas de 8 de janeiro em Brasília

Objetivo é garantir tranquilidade na abertura do ano legislativo

A segurança do Distrito Federal será reforçada no dia 1º de fevereiro para evitar que se repitam, no dia em que os poderes Legislativo e Judiciário reiniciam os trabalhos, cenas como as registradas no último dia 8, quando vândalos e golpistas invadiram e destruíram partes do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal (STF).

O anúncio foi feito hoje (16) pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), a governadora em exercício do Distrito Federal, Celina Leão, e o interventor federal na segurança da capital, Ricardo Cappelli.

“Nossa preocupação, agora, é com a posse de 513 deputados e 81 senadores”, disse Lira, ao final da visita que ele, Celina e Cappelli fizeram, nesta manhã, ao prédio da Câmara dos Deputados, onde funciona o Batalhão da Polícia Militar (PM) responsável pelo patrulhamento ostensivo na área da Praça dos Três Poderes.

“Entendo que todo o planejamento está sendo bem cuidado para não termos nenhuma surpresa e, com certeza, não haverá”, acrescentou Lira, dando como certo o reforço da segurança. A seu lado, Cappelli assentia com a cabeça e a governadora em exercício acrescentava: “com certeza”.

“[No Congresso Nacional] estaremos tratando da posse dos parlamentares, da eleição para as mesas do Congresso Nacional… Temos que ter clareza de que muitas pessoas vão se deslocar de todos os lugares do Brasil para Brasília e de que é importante que estejamos atentos, com um plano de segurança preventivo bastante rígido”, enfatizou Lira, argumentando que este será um dia “emblemático”, principalmente após as cenas de vandalismo e os ataques antidemocráticos às sedes dos três poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário).

A governadora em exercício, Celina Leão, informou que as autoridades federais e distritais discutem outras medidas além do reforço imediato da segurança pública. Na última sexta-feira (13), o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, disse que o governo federal estuda mudanças em leis relativas à segurança pública e que algumas delas visam a “reforçar a autoridade do governo federal” junto ao comando da segurança pública no Distrito Federal.

“Hoje, viemos conhecer as instalações deste batalhão da PM para vermos a possibilidade de dobrar esse efetivo de forma imediata”, disse Celina. Ela acrescentou que o governo do Distrito Federal estuda ampliar o efetivo do batalhão dos atuais 248 policiais militares para pelo menos 500. “Nossa ideia inicial é dar as condições necessárias e melhorar esta estrutura.”

Exterior avalia que tentativa de golpe do dia 8 teve apoio de militares

Os atos terroristas em Brasília podem ter consequências diplomáticas na relação do Brasil com o exterior daqui para frente. A avaliação dos países de fora é que a invasão à sede dos Três Poderes se trata de uma tentativa de golpe de Estado, com possibilidade de auxílio das Forças Armadas. A repercussão, inclusive, levou o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, a declarar apoio publicamente a Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

De acordo com informações de Renato Souza, jornalista de política do Portal R7, o serviço de inteligência estadunidense foi quem identificou que os atos terroristas em Brasília se tratavam de um golpe de Estado, ligando o sinal de alerta nos países do exterior. A reação internacional aos ataques se deu justamente após os alertas de intervenção militar no Brasil.

O risco do envolvimento das Forças Armadas nas manifestações bolsonaristas também chamou a atenção de Lula, que decretou intervenção federal no Distrito Federal, sendo que havia a possibilidade de ativar a Garantia da Lei e Ordem (GLO). O Comando do Exército teria assegurado o cumprimento da GLO, mas o presidente da República declinou.

Na avaliação interna e externa, o Brasil de fato sofreu uma tentativa de golpe de Estado. O risco ainda não está extinto, pois militares das Forças Armadas diretamente ligados com o planejamento e omissão continuam em seus cargos.

Na última quinta-feira (12), em café da manhã com jornalistas, Lula afirmou estar convencido de que a porta do Palácio do Planalto foi “aberta por alguém de dentro”. Segundo o presidente, houveram pessoas coniventes com as invasões e facilitaram o acesso dos manifestantes nas sedes dos Três Poderes.

Terroristas das mídias de extrema-direita já são procurados pela Interpol.

Allan dos Santos, ativista bolsonarista, tira foto ao lado de armas em seu sofá. Atrás, na parede, uma foto do presidente Bolsonaro - Metrópoles

Segundo o jornalista Thiago dos Reis, o Brasil acaba de acionar a Interpol para prender os blogueiritos Allan dos Santos, Rodrigo Constantino Alexandre dos Santos e Paulo Figueiredo Filho, neto do ex-presidente general João Figueiredo.

Os passaportes já foram cancelados por determinação do STF. Indocumentados, os indigitados ditos cujos estão clandestinos no País e podem ser presos a qualquer momento.

Vão ter que recomeçar o movimento neo-nazista do País a partir de um núcleo na Prisão da Papuda, destino inglório de agitadores, terroristas e até de malandros de rodoviária.

Em outubro de 2021 o Itamaraty recebeu do Ministério da Justiça o pedido “urgentíssimo” para extraditar o extremista Allan dos Santos, o “Cara de Cavalo”, que segue foragido nos Estados Unidos.

Cara de Cavalo seguia as orientações do falecido Olavo de Carvalho e de seu guru, Steve Bannon, o terrorista de Trump e conselheiro de Bolsonaro, que está em liberdade condicional nos EUA.

Que tipo de pseudo-jornalista, que enche a boca para falar em liberdade de expressão, faz questão de posar ao lado de armas de grosso calibre, privativas das forças armadas?

Esse tipo de atitude desaforada e acintosa aconteceu em meio ao caos institucional do Governo Bolsonaro, sob as bênçãos dos patriotas e charlatões do fundamentalismo pentecostal.

Coibir esse tipo de atitude era obrigação do Governo Bolsonaro, que sempre fez ouvidos moucos e olhos poucos à crescente onda de terrorismo de extrema-direita. Ao contrário, financiou os terroristas, com gordas verbas públicas.

Ainda não acabou. Mas vai acabar. 

Festa pela Copa contrasta com clima de “terror” em atos golpistas pelo país.

Por Matheus Pichonelli, para o Yahoo notícias.

BRASILIA, BRAZIL - NOVEMBER 15 : A woman holds a flag as supporters of Brazilian President Jair Bolsonaro take part in a demonstration against the results of the runoff election, in front of the Army headquarters in Brasilia, Brazil on November 15, 2022. Many Brazilians convened in front of army headquarters in Rio de Janeiro, Brasilia, and other cities, demanding the military intervene to prevent leftist president-elect Luiz Inacio Lula da Silva taking power next year. (Photo by Mateus Bonomi/Anadolu Agency via Getty Images)
Foto: Mateus Bonomi/Anadolu Agency (via Getty Images)

Nas camadas de festividades que tomam conta do Brasil às vésperas da estreia de sua seleção na Copa, um outro país emerge em suas camadas mais profundas.

Enquanto os olhos da audiência seguem atentos ao que acontece e o que não acontece no Qatar, os atos golpistas que tomaram as estradas brasileiras ao fim das eleições desafiam a segurança nacional.

As manifestações promovidas por bolsonaristas inconformados com a vitória de Lula (PT) estão cada vez mais violentas, com direito a destruição de veículos e bloqueio de estradas. Polícia Rodoviária Federal.

A estratégia lembra a de grupos terroristas, segundo a definição da PRF em Santa Catarina, onde ao menos 30 bloqueios foram registrados. Pregos, pneus queimados, rojões, óleo esparramado e até bombas caseiras foram usadas pelos criminosos.

Em Mato Grosso, foram presos, no início da semana, dois homens suspeitos de atearem fogo em ao menos três carretas que ousaram furar um bloqueio. Um dos detidos é um produtor rural com quem a polícia encontrou armas e R$ 10 mil em dinheiro, além de galões com gasolina e isqueiro.

Ele e um comparsa são suspeitos de SEQUESTRAR um funcionário da Via Brasil BR-163 antes de invadir a rodovia e botar fogo nos veículos.

Pelo visto, o bloqueio das contas de 43 acusados de financiarem os atos antidemocráticos são só a ponta do trabalho em forma de iceberg que Alexandre de Moraes e companhia terão até a posse.

Para surpresa de ninguém, os inimigos da democracia estão por toda parte – e mais perto do que as autoridades imaginam.

Os atos coincidem com o silêncio irresponsável de Jair Bolsonaro (PL) desde sua derrota em 30 de outubro. Ele submergiu e deixou um país inteiro a especular as razões do sumiço. Tristeza? Saúde debilitada? Desmotivação? Ou estaria apenas conspirando?

Segundo a colunista do UOL Thaís Oyama, não tem dia que o (ainda) presidente não telefone para o chefe de seu partido, Valdemar Costa Neto, para pedir que ele tome alguma medida judicial para contestar o resultado das eleições.

O sumiço deixa em compasso de espera parte dos manifestantes que praticamente deixaram a vida de lado à espera de uma palavra do líder das mobilizações. Sem nenhum sinal, muitos assumem o papel de profetas que sobem nos caixotes das vias públicas para anunciar que o fim está próximo e que ele, o mito, está voltando e terá notícias em breve. Mas o anunciado fim do mundo não acontece – para muitos, está sendo apenas adiado, e é melhor esperar.

Não falta quem já tenha apelado até a extraterrestres. Casos como este, registrado em Porto Alegre (RS), provocam gargalhadas e alimentam a fábrica de memes numa esteira industrial chamada Twitter.

Mas é bom não desprezar a periculosidade dos atos.

Principalmente quando a narrativa de que “em breve haverá novidades”, um clássico para manter a militância mobilizada à espera do nada, parte de um ministro do Tribunal de Contas da União.

Em mensagem de voz enviada a amigos, Augusto Nardes disse que “é questão de horas, dias, no máximo, uma semana, duas, talvez menos do que isso” para que aconteça um “desenlace bastante forte na nação, imprevisíveis, imprevisíveis”.

Se ele sabe de alguma coisa, seria bom que viesse a pública explicar – já que esses desenlace pode ser um atentado contra a democracia brasileira. Um crime, portanto.

Apertado, Nardes disse, por meio de uma nota, que “lamenta profundamente a interpretação que foi dada sobre um áudio despretensioso gravado apressadamente e dirigido a um grupo de amigos” e logo em seguida se licenciou do cargo. Deveria ser afastado em definitivo.

Demorou para que gente como ele seja formalmente acusada de alimentar um barril de pólvora que já explode no país em forma de violência.

Na segunda-feira, um padre de 63 anos foi encontrado morto, com um corte profundo no pescoço, em Guaíra, no interior do Paraná. O pároco, José Aparelho Bilha, vinha se queixando de ameaças recebidas em sua cidade por declarar voto em Lula.

Polícia prende em SP um dos homens mais procurados do país

Por que o 'novo cangaço' está crescendo no Brasil? | CONTEXTO - YouTube

(UOL/FOLHAPRESS) – De Herculano Barreto Filho. Apontado como um dos líderes de assaltos a agências bancárias aos moldes do chamado “novo cangaço”, um dos homens mais procurados do país foi preso na tarde de segunda-feira (1º) em uma abordagem de rotina feita por agentes da Polícia Rodoviária Federal em Atibaia, no interior de São Paulo.

Danilo dos Santos Albino, 38, tem quatro mandados de prisão expedidos por envolvimento em roubos a bancos em São Paulo entre 2015 e 2021. Esses crimes envolvem quadrilhas com fuzis e explosivos em carros blindados com ao menos 30 criminosos, que enfrentam as forças de segurança e usam civis como escudos humanos, criando um cenário de terror nas cidades onde atuam.

Novo cangaço?

Na lista dos criminosos mais procurados do país elaborada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, ele também é apontado como suspeito de ligação nas ações de “domínio de cidades”, uma evolução em relação ao “novo cangaço” em crimes mais violentos e planejados. Fontes ligadas a investigações desses grupos apontam que o investimento para mega-assaltos é de até R$ 2 milhões.

Ele é suspeito de envolvimento no mega-assalto ocorrido no dia 30 de agosto de 2021 em Araçatuba (SP), ação com o maior número de explosivos empregados em assaltos no país, segundo levantamento feito pela Associação Mato-Grossense para o Fomento e Desenvolvimento da Segurança.

Polícia Civil celebra registro zero de crimes conhecidos como “novo cangaço”  e assaltos a carros-fortes - Conexão Tocantins - Portal de Notícias

O veículo conduzido por Danilo foi alvo de uma abordagem de rotina da PRF por volta das 15h30 de ontem na BR-381, conhecida como rodovia Fernão Dias.

Contudo, os agentes suspeitaram da atitude dele, que apresentou um documento de identidade falsificado, mas não soube dar detalhes sobre o Pará, que constava como seu estado de nascimento. Em seguida, acabou admitindo a verdadeira identidade ao ser informado que seria conduzido para verificação dos seus dados. A reportagem não conseguiu contato com a defesa dele.

TRÊS CHEFÕES MORTOS EM UM MÊS

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O Sal da Semana. Poucas e boas daqui e d’acolá.

Negacionistas na maior empresa.

O Sobrenatural de Almeida ataca, agora na Petrobras. Segundo os sindicatos dos engenheiros e petroleiros, o Departamento Médico da empresa vem receitando o “Kit Covid” para os funcionários. Com um general no comando e a influência do “Cavaleiro da Porca Alice”, estão sacrificando os funcionários da maior empresa do País com remédio para maleita e para vermes. Valha-me Nossa Senhora da Bicicletinha!

WW aparece e ganha audiência secreta.

Wilson Witzel, mesmo com um habeas embaixo do braço, foi à CPI do Genocídio, confirmou a pressão sob o porteiro do condomínio “Morrendas da Barra”, onde residem vários milicianos de escol, um deles proprietário de 116 fuzis. O ex-juiz parcial de Curitiba, hoje auto-exilado Sérgio Moro participou do crime. O porteiro dizia que no dia do assassinato da vereadora Marielle Franco o motorista dos atiradores pediu para ser anunciado na casa do então deputado federal Jair Messias. Witzel ganhou uma audiência secreta para falar sobre o assunto.

Deu ruim

Carlos Wizard, eminência parda da República e financiador de campanhas de extrema-direita, tentou obstar a quebra dos seus sigilos telemáticos e financeiros. A ministra Rosa Weber, do STF, não concordou com a sua petição.

Terraplanistas

A CPI do Genocídio já marcou os depoimentos de Osmar Terra e Filipe Martins. Imperdíveis.

O verdadeiro preço do “Grilo”.

Homem morre após ficar 'soterrado' em silo de soja na região da Coaceral - Portal do Cerrado

Hoje um agricultor me esclareceu. O gigantesco grilo de terras da região da Coaceral tem valores mais altos do que venho divulgando. São 366.000 hectares de terra que por baixo valem 200 sacas de soja por hectare.

Sem contar as edificações e a parte mais cara, a correção de solo.

A R$150,00 a cotação da saca, no soja balcão, a conta sobe para 10,98 bilhões de reais, assim com B de batata como costuma dizer o Coroné Ciro. Os mentores e operadores enquadrados na Operação Faroeste chegaram a movimentar um pouco mais de R$1,2 bilhão.

Forte esquema investigativo.

Amanhã a Segurança Pública da Bahia, Polícia Federal e membros do Ministério Público, baiano e federal, baixam em peso em Barreiras e Região para investigar os últimos passos da Operação Faroeste. A Operação Faroeste entra em sua 2ª Onda depois da prisão de desembargadores, juízes e advogados.

Pelo que se diz, o crime de assassinato não permanecerá impune.

Posando com fuzil

Além de hastear as bandeiras, nos mastros eretos, e posar ao lado de extremistas com fuzis em riste, o que veio fazer em Luís Eduardo Magalhães o deputado federal Eduardo Bolsonaro, conhecido também como Dudu Bananinha. A base eleitoral do dito cujo está no mínimo a 1.700 kms de Luís Eduardo, em São Paulo.

Sobrinho de Pablo Escobar acha R$ 100 milhões escondidos em parede de apartamento.

Pablo foi perseguido e morto em cima de um telhado. Foi da arma do coronel Hugo Aguilar que saiu o tiro que matou Pablo Escobar em 1993. Pouco tempo depois, o ex-Coronel foi detido e acusado de lavagem de dinheiro e enriquecimento ilícito.

Uma história macabra: Sobrinho de Escobar tinha visões de fantasmas entrando no esconderijo.

Nicolás Escobar, sobrinho do lendário chefe do tráfico Pablo Escobar, acaba de descobrir mais um dos segredos do tio, 27 anos depois de sua morte. Segundo a BBC, Nicolás encontrou uma abertura secreta na parede do apartamento onde mora, que já pertenceu a Pablo, e um saco de dinheiro lá dentro.

As notas encontradas por ele somam US$ 18 milhões, o equivalente a mais de R$ 100 milhões. Nicolás, que está há cinco anos no apartamento em Medellín (Colômbia) onde o seu tio já morou, disse que uma “visão” fez ele encontrar o esconderijo.

“Toda vez que eu me sentava na sala de jantar e olhava na direção da garagem, eu via uma aparição entrando lá e depois sumindo”, disse ele. “O cheiro dentro do esconderijo era horrível. Cem vezes pior do que um corpo em decomposição”, contou ele à TV local.

Além do dinheiro, Nicolás encontrou uma máquina de escrever, telefones por satélites, uma caneta folheada em ouro, uma câmera fotográfica e um filme cujas fotos ainda não foram reveladas. O sobrinho ainda falou sobre suas lembranças de Pablo, dizendo que uma vez foi sequestrado e torturado por inimigos que estavam procurando o esconderijo do chefe do tráfico.

“Eles me mantiveram em cativeiro por sete horas. Dois dos meus funcionários foram atacados com uma motosserra”, relatou.

Terrorista que atacou “Porta dos Fundos” fugiu para a Rússia.

O Brasil não é um país sério, dizia o grande comandante da França, Charles de Gaulle. O terrorista de extrema-direita, Eduardo Fauzi, embarcou para Moscou em um voo que fez escala em Paris no dia 29 de dezembro, um dia antes da expedição do mandado de prisão. Imagens mostram que ele chegou de táxi no Aeroporto Internacional Tom Jobim.

Até o jornal O Expresso já havia publicado a foto do terrorista. Mas as autoridades de fronteira do Brasil não sabiam que o dito cujo era procurado e havia um mandado de prisão contra ele.

Está tudo tranquilo para quem age ao lado dos fundamentalistas, dos sucedâneos de Comando de Caça aos Comunistas, para aqueles que portam braçadeiras com suásticas, que organizam eventos como o de Canoas, no Rio Grande do Sul.

Eles são protegidos por entidades espirituais do Além.

Os gaúchos de Canoas estão armados de fuzis,  revolveres e pistolas, facas, machadinhas, etc.

Atualmente atacam travestis e punks nas ruas. Não dá nada, apesar de identificados nas redes sociais e estarem convocando um festival nazista para o dia 18 de janeiro.

Brasil acima de tudo; Deus acima de todos. E bola pra frente, que atrás vem gente.

Por outro lado, os “terroristas” que incendiaram a Estátua da Liberdade da Havan serão presos em poucas horas, inquiridos, processados, julgados e condenados.

PF detém quatro suspeitos de invadir telefone de Sergio Moro.

Policiais federais detiveram hoje (23), no estado de São Paulo, quatro suspeitos de acessar, sem autorização, o telefone celular do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro. Os detidos também são suspeitos de terem interceptado e divulgado parte das comunicações do ministro.

Em nota, a Polícia Federal se limitou a informar que os quatro suspeitos foram detidos em caráter temporário nas cidades de Araraquara, São Paulo e Ribeirão Preto e integram uma organização criminosa que pratica crimes cibernéticos. Também foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão.

A operação foi batizada de Spoofing, expressão relativa a um tipo de falsificação tecnológica, que procura enganar uma rede ou uma pessoa fazendo-a acreditar que a fonte de uma informação é confiável quando, na realidade, não é.

Ainda de acordo com a PF, as investigações seguem para que sejam apuradas todas as circunstâncias dos crimes praticados. Procurado, o ministro Sergio Moro ainda não se pronunciou sobre o assunto.

A assessoria da PF informou que, por ora, não fornecerá detalhes a fim de não atrapalhar as investigações.

No começo de junho, o Ministério da Justiça e Segurança Pública informou que hackers tinham tentado invadir o telefone celular de Moro. De acordo com a pasta, o ministro só percebeu a tentativa no dia 4 de junho, quando recebeu uma ligação do seu próprio número. Após a chamada, Moro recebeu novos contatos por meio do aplicativo de mensagens Telegram, que o ministro afirma que já não usava há cerca de dois anos. Imediatamente, o ministrou abandonou a linha e acionou a Polícia Federal.

Dias depois, trechos de mensagens que o ministro trocou com procuradores da força-tarefa da Lava Jato, do Ministério Público Federal (MPF), passaram a ser divulgados por veículos de imprensa, principalmente, pelo site The Intercept Brasil. Segundo o site, os arquivos foram entregues por uma fonte anônima.

Edição: Fernando Fraga, da Agência Brasil.

Nota da Redação:

Primeiro prova-se a tese da invasão do telefone com os adélios da vida. Depois, se começa a falar em manipulação de mensagens. E logo depois vem a publicação do Intercept, mostrando as impropriedades que se praticou na República de Curitiba. É “verdade esse billete”.

Um internauta, Lucas Lange, publicou na internet:

“O Glenn pagou uma grana alta pra um hacker DJ de Araraquara? É sério que a PF se presta a esse trabalho? É sério que tem líder do governo ameaçando jornalista baseando-se nisso? É sério que o gado acredita? É sério que é isso que virou o Brasil? É sério que estamos no século XXI?”

Cocaína apreendida no avião reserva da Presidência vale R$5,8 milhões.

Aeroporto de San Pablo, Sevilha, Espanha.

Um quilo de cocaína na Espanha, no atacado, vale U$38.600 (R$148 mil), o que tornaria a carga do sargento de 38 anos preso na alfândega sevilhana um tesouro de US$1,5 milhão,  ou R$5,8 milhões de reais.

Não é ação isolada de um sargentinho da Aeronáutica, como o flagrado. Tem gente cascuda por detrás desse crime. E não são traficantes de morro.

São aqueles cidadãos acima de qualquer suspeita, que nunca são presos e que mantém seus mulas sob rígido silêncio, pois a garantia de que isso vai acontecer é a tranquilidade de sua família, esposa, filhos, irmãos e pais.

Há 10 dias foram presos, em Florianópolis, o prefeito da cidade, dois delegados da Polícia Federal, um deles aposentado, um agente especial da Polícia Rodoviária Federal e um ex-secretário de governo de Santa Catarina. O crime de que eram acusados era o vazamento de informações sobre operações policiais. Um mega esquema.

De acordo com a investigação, servidores que atuavam em setores de inteligência vazavam informações para prejudicar operações policiais em curso. Em troca, eles recebiam vantagens financeiras.

Este é um exemplo prosaico de como se movimentam essas grandes organizações criminosas no País, que desconhecem a venda de pinos de cocaína por “aviões e vaporzinhos” do tráfico pesado.

PF apreende helicóptero de firma brasiliense abarrotado de cocaína

Uma operação conjunta da Polícia Federal e das polícias civis de São Paulo e Paraná resultou na apreensão nesta manhã de um helicóptero cheio de cocaína, em Presidente Prudente.

Na operação, foram apreendidos ainda dois veículos e armas. Dois homens foram presos e dois conseguiram fugir.

O helicóptero, de prefixo PR-DHL, está registrado na Anac em nome do Posto Park Sul Derivado de Petróleo, uma empresa com sede em Brasília.

A Park Sul Derivado de Petróleo é uma empresa que tem como sócios Marcio Soares de Queiroz, M1 Participações Ltda, Rvs Participações Ltda, Remi Vitorino Sorgatto e Phillipe Oliveira Vilela.

Remi Vitorino Sorgatto, um dos donos da Park Sul Derivados de Petróleo, é pai de Diego Sorgatto, deputado estadual em Goiás pelo PSDB.

É cedo para tirar qualquer conclusão, a exemplo do que aconteceu em 2013, quando foi apreendido o helicóptero do então senador Zezé Perrella, no Espírito Santo. Perrella era aliado de Aécio Neves, então candidato a presidente pelo PSDB.

Moça é sequestrada, estuprada e morta no entorno de Brasília

Foto: Reprodução / Metrópoles
Foto: Reprodução / Metrópoles.

Uma jovem identificada como Rafaela, de 18 anos, foi sequestrada, estuprada e morta na madrugada desta quarta-feira (06), em Águas Lindas de Goiás, município localizado a cerca de 50 km de Brasília.

Segundo reportagem do site Metrópoles, os bandidos bateram na vítima, que também sofreu estupro coletivo. A Polícia Civil de Goiás informou que um dos criminosos se dizia pastor.

Dos acusados pela barbárie, dois estão presos. O terceiro foi executado por um grupo do bairro Santa Lúcia, que teria vingado a morte de Rafaela.

Segundo o delegado Felipe Socha, da 1ª Delegacia de Polícia Civil de Águas Lindas, os acusados vão responder por roubo qualificado, estupro, homicídio qualificado e ocultação do cadáver. Se condenados, podem pegar até 60 anos de prisão.

A onda de feminicídios e de agressões violentas a mulheres tem algo a ver com a Nova Ordem?

Estamos diante de uma autorização virtual a ataques contra mulheres por conta de machões que não consideram a igualdade de gêneros?

Aproveitou, não pagou, a moto bichou!

Um homem natural de Palmas de Monte Alto teve a sua motocicleta depredada por duas mulheres em Guanambi, a 140 km de Brumado.

Ele teria se recusado a pagar por um programa com uma garota. O episódio só terminou com a chegada da Polícia Militar.

De acordo com o Folha do Vale, o indivíduo combinou o encontro com a garota, mas, depois do ato sexual, disse que não tinha dinheiro para pagar o programa. Revoltada, ela chamou uma amiga e ambas começaram a depredar a moto.

O homem fugiu do local sem levar o veículo, que ficou bastante danificado. Policiais militares estiveram no local e conduziram o veículo até o Pátio da Superintendência de Trânsito de Guanambi. Ninguém foi preso.

O ódio ideológico se dissemina nas ruas. Cerca de 50 ataques a manifestantes do PT, de Ciro e de Bolsonaro.

Paula Monique, presidente da juventude do PT de Jequié – Ba, acaba de ser atacada por um simpatizante de Jair Bolsonaro. O sujeito passou numa moto com a camisa de Bolsonaro e chutou a moça que transitava em outra moto menor, caindo na pista onde foi socorrida.

No Rio Grande do Sul, uma jovem registrou queixa afirmando que, ao transitar na rua com uma camiseta com a inscrição #elenão e as cores da bandeira LGBT, acabou atacada e teve uma suástica riscada a canivete na pele do abdômen. Policiais civis da Bahia e do RGS investigam os dois casos, no entanto ainda não existe a confirmação, por parte das autoridades, dos dois fatos. Ainda não foram instaurados os respectivos inquéritos.

O delegado Paulo César Jardim, titular da 1ª DP da Capital, afirmou que está suspensa a investigação do caso em que uma jovem, de 19 anos, teria tido uma suástica desenhada a canivete em sua barriga. Segundo ele, a vítima se negou a representar criminalmente. É provável que a jovem, identificada, tenha medo de novos ataques. Com isso, não existe crime e não há como prosseguir a investigação.

O caso teria ocorrido na rua Baronesa do Gravataí, no bairro Cidade Baixa, na última segunda-feira. A jovem chegou a registrar uma ocorrência na Polícia, mas voltou atrás. A vítima teria sido agredida a socos por três homens que a interpelaram após ela descer de um ônibus. Em seguida, foi ferida na barriga com um canivete.

Caso grave em Recife

Nesta quarta-feira (10), no Recife, mais um caso foi tornado público nas redes sociais. A produtora Érica Colaço divulgou as imagens da amiga Pipa Guerra, agredida por dois homens e uma mulher, apoiadores do candidato do PSL, em um bar no bairro do Arruda, Zona Norte do Recife, no dia da eleição. 

Colaço explicou que amiga estava no estabelecimento e os agressores começaram a “mexer com ela por conta dos bottons e adesivos de Ciro e do #EleNao”. Em determinado momento, um deles chegou a mostrar uma arma. Quando a vítima tirou o celular e começou a filmar a intimidação, foi agredida, teve o braço quebrado e precisou ser acolhida por garçons do bar. “Eles agrediram ela com a intenção de matar. Só não mataram porque os garçons colocaram ela na cozinha até eles irem embora”, afirmou Colaço à reportagem do LeiaJá, portal pernambucano.

Esta semana o mestre de capoeira Moa do Katendê foi assassinado, em Salvador, com 12 facadas pelas costas, depois de desafiar um eleitor de Bolsonaro.

Cerca de 50 ataques a eleitores e manifestantes são relatados em todo o País, desde o dia 30 de setembro, segunda a Agência Pública. Levantamento inédito contabilizou relatos de agressões e ameaças contra pessoas em 18 estados e no DF nos últimos dez dias; 6 apoiadores do candidato do PSL também foram agredidos. Fernando Haddad não se manifestou sobre estes ataques.

O candidato Bolsonaro diz que nada pode fazer com os ataques de seus defensores:

-Não posso ser responsabilizado por isso, afirmou.

Autor de homicídio, contra mestre de capoeira, alegou discussão política como motivação

 Paulo Sérgio Ferreira de Santana, 36 anos, usou uma faca para acertar ‘Moa do Katendê’ e um parente da vítima.
O autor de um homicídio, na madrugada desta segunda-feira (8), em Salvador, contra um mestre de capoeira, alegou discussão política como motivação do crime. Paulo Sérgio Ferreira de Santana, 36 anos, usou uma faca para acertar fatalmente Romualdo Rosário da Costa, 63 anos, e Germínio do Amor Divino Pereira, 51, parente da vítima, que encontra-se, no Hospital Geral do Estado (HGE), com ferimento no braço.
Segundo informações preliminares Paulo chegou em um bar, na localidade do Dique Pequeno, bairro do Engenho Velho de Brotas, e se envolveu em uma discussão com ‘Moa do Katendê’, como era conhecido Romualdo. Após desentendimento, o autor da agressão saiu do estabelecimento, buscou uma arma branca, na sua residência, e retornou ao bar.
No local, Paulo deu facadas, nas costas de Romualdo, que estava sentado, e um golpe com a mesma arma branca, no braço de Germínio. Moa do Katendê morreu, no local, e o seu parente foi socorrido para o Hospital Geral do Estado (HGE), onde está internado.
No Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), o autor do assassinato e da tentativa de homicídio informou que foi xingado e que estava consumindo bebida alcoólica desde o início da manhã de domingo. Em depoimento ele comentou ainda que estava arrependido.
“Vamos ouvir outras testemunhas que nos ajudarão a esclarecer totalmente o caso”, comentou a delegada do DHPP Milena Calmon, reponsável pelo caso. A policial informou ainda que Paulo tinha envolvimento com outros dois casos de discussões em 2009 e 2014.

Segurança da Bahia comemora redução de mortes violentas no Estado

Foto de Alberto Maraux

Setembro supera agosto e fecha com menor número de mortes violentas desde 2012. Foram 392 ocorrências contabilizadas no último mês e a redução, no ano, subiu para 9,1% em todo o estado. Ações do Grupamento Aéreo (Graer) ampliaram o patrulhamento ostensivo em regiões mapeadas.

Setembro superou agosto e terminou com o menor número de mortes violentas (homicídio, latrocínio e lesão dolosa seguida de morte) desde 2012. No último mês foram 392 ocorrências contabilizadas e a redução, no ano, subiu de 8,6% para 9,1% em todo o estado. Ações do Grupamento Aéreo (Graer) ampliaram o patrulhamento ostensivo em regiões mapeadas.

Antes de setembro, os 399 casos em agosto correspondiam aos menores números computados em um mês, nos últimos seis anos. No acumulado do ano, entre janeiro e setembro, as mortes violentas, em Salvador, diminuíram 16,4%, na RMS caíram 15,3% e no interior regrediram 5,4%.

Em números absolutos, na Bahia, foram preservadas 430 vidas. No total, a polícia contabilizou 4.316 casos este ano, contra 4.746 em 2017.

Polícia Federal conclui inquérito do acidente que matou Eduardo Campos

Acidente que matou Eduardo Campos está prestes a completar 4 anos. Foto: Bernardo Jardim Ribeiro/Sul21

Por Leandro Melito
Da Agência Brasil

A uma semana de completar quatro anos do acidente aéreo que vitimou o então candidato à Presidência da República Eduardo Campos, a Polícia Federal concluiu o inquérito sobre a morte do político pernambucano.

O relatório final sobre o caso foi apresentado pela PF nesta segunda-feira (6) à família de Campos e será apresentado nesta terça (7) à família do piloto Marcos Martins, que comandava a aeronave no momento do acidente.

Somente após a apresentação do relatório à família do piloto, as informações sobre o relatório serão divulgadas publicamente, informou a assessoria de imprensa da PF.

Eduardo Campos morreu em 13 de agosto de 2014 na queda de um jatinho na cidade de Santos, litoral sul de São Paulo. A aeronave em que estava o ex-governador de Pernambuco, modelo Cessna 560XL, prefixo PR-AFA, decolou do Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, com destino ao aeroporto de Guarujá (SP).

Quando se preparava para pouso, o piloto arremeteu o avião devido à falta de visibilidade provocada pelo mau tempo. Em seguida, o controle de tráfego aéreo perdeu contato com a aeronave.

Ao lado da ex-ministra do Meio Ambiente e ex-senadora Marina Silva, Campos tentava chegar à Presidência da República pela coligação Unidos Pelo Brasil (PSB, PHS, PRP, PPS, PPL, PSL).

Depois de ser deputado estadual, três vezes deputado federal, secretário estadual de Governo e de Fazenda, ministro da Ciência e Tecnologia e governador de Pernambuco por dois mandatos, o economista pernambucano concorria pela primeira vez ao cargo mais importante da política brasileira. Nas pesquisas eleitorais, Campos aparecia como terceiro colocado.

Eduardo Campos, que é neto do político Miguel Arres, morreu na mesma data que seu avô, falecido em 2005. Campos era filho de Ana Arraes, ministra do Tribunal de Contas da União (TCU) e do poeta e cronista Maximiano Campos.

O então candidato do PSB à Presidência da República tinha acabado de fazer 49 anos, no dia 10 agosto daquele ano. Além de Campos e do piloto Marcos Martins, morreram no acidente o copiloto Geraldo Magela Barbosa da Cunha e quatro integrantes da equipe que assessorava o ex-governador de Pernambuco, formada pelo assessor de imprensa Carlos Augusto Percol, o fotógrafo Alexandre Severo o cinegrafista Marcelo Lyra e o advogado Pedro Valadares.

Cães da COE ajudam a localizar 1,5 tonelada de cocaína no porto de Salvador

Três cães da Coordenação de Operações Especiais (COE), da Polícia Civil da Bahia, ajudaram a localizar 1,5 tonelada de cocaína, na tarde desta segunda-feira (18), durante ação conjunta com a Polícia Federal, Receita Federal e Guarda Portuária. Funk e Jade, ambos da raça cocker spaniel, e Troy, pastor alemão, farejaram a droga, avaliada em cerca de R$ 23 milhões, que estavam em mochilas, dentro de fardos de PVC.

A maior apreensão de cocaína realizada, na Bahia, aconteceu no Porto de Salvador. A carga de entorpecente estava escondida em contêineres, que tinham como destino final países europeus. A PF solicitou o apoio da COE, com os cães farejadores.
“Temos uma relação antiga com a PF e também com a Receita Federal. Há anos promovemos ações, no Aeroporto Internacional de Salvador”, lembrou o coordenador do Canil da Coe, investigador Luís Fernando Bastos Figueiredo. O policial civil reforçou que a unidade está sempre à disposição de outras instituições.

LEM: cidade está parada pela greve dos caminhoneiros

A grande maioria dos postos de abastecimento de Luís Eduardo Magalhães estavam fechados hoje pela manhã. Pela madrugada o Posto Fórmula 1, na rua Enedino Alves da Paixão ainda abastecia uma fila de carros. A situação tende a piorar com a greve dos petroleiros decretada ontem.

Agora, às 14 horas, uma fila de veículos esperava, esperançosa, no Posto Paraíso, na rua JK, paralela à rodovia. A notícia é de que um caminhão chegaria em breve.

Nas agências dos Correios, as atendentes avisavam que os caminhões que transportam correspondência e encomendas estavam retidos nas concentrações de motoristas ao longo das BRs 242 e 324, que levam a Salvador.

É grande o número de veículos em Luís Eduardo Magalhães pedindo, através de letreiros nos para-brisas, a “intervenção militar” e “junta militar já”, além das indefectíveis estampas com a figura sinistra do pré-candidato Bolsonaro.

Os prejuízos no comércio e serviços são incalculáveis. Especialistas calculam que o total das perdas no País pode alcançar 80 bilhões de reais em 10 dias de greve. A queda na arrecadação tende a levar à desorganização das finanças do Estado e municípios.

Governo otimista

O ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, Sergio Etchegoyen, avaliou hoje, em entrevista coletiva no Palácio do Planalto, que o reabastecimento de combustível dobrou em relação a essa terca-feira: foi de 18 milhões de litros para 36 milhões.
Segundo Etchegoyen, a normalidade já chega a 53% na distribuição de combustíveis, com prioridade para o diesel. “Não temos tudo em todo os postos, é um processo lento para repor os estoques, mas caminhamos para a normalidade” disse. “Normalizamos a logística de transporte de medicamentos para urgências e emergências”, acrescentou.

Ele anunciou ainda que a rodovia Régis Bittencourt, um forte de resistência da paralisação, está totalmente liberada, bem como o entroncamento de Rondonópolis (MT), de onde saíram escoltados nesta madrugada cerca de 500 caminhões. Ao longo do trajeto, o comboio foi sendo ampliado e chegou a mil caminhões, segundo relato do general. Etchegoyen adiantou também que as Forças Armadas estão liberando completamente o acesso ao Porto de Santos, o maior da América Latina. “Isso será resolvido hoje”.

O governo afirmou também que não permitirá que os caminhoneiros sejam alvos de violência ou coação. “Vamos agir contra esses que ultrapassam os limites da civilidade”, disse o general. “Arrancar um motorista da boleia em meio à turba é ultrapassar todos os limites”, completou.

Capitão PM da Caatinga Sergipe assassinado foi alvo de 72 tiros, diz perícia.

Capitão Oliveira revidou com tiros, mas fuzil travou. Perícia atesta que 72 tiros atingiram carro do PM na emboscada. Material dos peritos mostram que criminosos acertaram capitão de até 43 metros de distância (Fotos e informações do Portal Infonet)

Quase um mês e meio após o assassinato do comandante da Companhia de Policiamento em Área de Caatinga (Ciopac), capitão Manoel Alves de Oliveira Santos, a Secretaria de Segurança Pública (SSP/SE) apresentou, nesta quarta-feira, 23, os detalhes das investigações que culminaram nas prisões de três pessoas e mortes de outras dez, acusadas de envolvimento na morte do PM. Na presença do governador Belivaldo Chagas [PSD], as autoridades policiais confirmaram que o assassinato do capitão se tratou da ‘maior afronta’ à polícia sergipana por parte de um grupo criminoso. O carro do capitão foi atingido por 72 disparos – 12 deles atingiram a vítima. 

Segundo aponta a investigação, que teve o próprio secretário de Segurança Pública como coordenador, João Eloy, o capitão Oliveira foi assassinado como espécie de retaliação e vingança ao trabalho da Caatinga no alto sertão sergipano e nas fronteires estaduais. Em meados de 2017, inclusive, a Companhia liderada pelo capitão chegou a deflagar operações contra o tráfico de drogas e crime de pistolagem naquela região, atingindo diretamente o grupo acusado de articular a sua morte. 

Coletiva com detalhes da investigação ocorreu nesta quarta-feira

Os peritos do Instituto de Criminalística que atuaram na investigação, conseguiram apurar que, na madrugada do dia 5 de abril, dia da morte do capitão, uma emboscada já estava planejada contra a vítima. “Não havia marca de frenagem brusca na pista. De alguma forma ele parou naturalmente na via porque foi atraído por algo. Reduziu a velocidade e foi emboscado”, explicou o delegado Dernival Eloi, lembrando que os criminosos utilizavam fardas da PM. Nesse momento, dois veículos Corollas bloquearam o carro do capitão e se iniciou a sequência de disparos. “Identificamos 72 disparos na lataria do carro de pelo menos três calibres diferentes: .40, 38 e calibre 12. Pelo menos doze disparos atingiram a vítima”, afirmou o perito Érico Santos. 

Perito explica que perícia encontrou 72 disparos na lataria do carro

Segundo a perícia, os tiros foram efetuados a uma distância de 43 metros na lateral esquerda da vítima. O capitão chegou a revidar com a sua carabina 556, mas o fuzil travou no sexto tiro. Para a perícia, a explicação do ‘travamento’ da arma está nos disparos que atingiram o ‘pente’ de munições da carabina. Um dos tiros do PM atingiu um dos carros do criminosos. A polícia não descarta a hipótese de que o disparo tenha atingido algum dos envolvidos na exucação, possivelmente ainda foragido. 

Os presos

 Durante a coletiva, o delegado Dernival Eloi afirmou que, naquela madrugada de 5 de abril, estavam presentes no momento da execução Jackson dos Santos, 30 anos, apontado como líder da associação criminosa; Renan Oliveira Santos, 26, apelidado de Cavalo do Cão; Edu dos Santos Oliveira, 38; Ernane da Mota Pereira, 30, conhecido como Alemão; e Antônio Braz dos Santos Neto, 46 anos, ex- policial militar expulso da corporação e acusado de envolvimento no assassinato do deputado estadual Joaldo Barbosa. Os cinco foram mortos em confronto com a polícia, durante a Operação Rubicão, no último final de semana, em Sergipe e no interior da Bahia.

Polícia divulgou imagens dos mortos em confronto com a polícia (Foto: SSP/SE) 

Outros cinco homens morreram no decorrer da Operação, ambos acusados de envolvimento no crime. “Os irmãos Osmar de Lima Nunes, 23, e Lucas de Lima nunes, 22, teriam dado suporte aos executores do crime, inclusive queimando um dos Corollas utilizados na execução; José Cláudio Teles Ferreira, 31, e Aldair Santos Hora, 20, segundo a polícia, resistiram a voz de prisão efetuando disparos contra a polícia, e José da Silva, vulgo ‘Zé de Mané Doidão’, pai de Jackson, também foi morto em confronto. Ele e o filho tinham fugido para o extremo oeste da Bahia. 

Três pessoas estão presas: Izaiane Maiara Menezes Neto, 32, esposa de Jackson; Marcones Silva Lima, 33, acusado de dar suporte para fuga de Jackson e o pai, e Jasson Souza de Jesus, 23.

Afronta à Polícia

 Apesar de acreditar que a base do grupo criminoso está desarticulada, a Polícia ainda busca mais informações para identificar possíveis outros membros. O secretário de Segurança Pública, João Eloy, garantiu a continuidade das investigações. “Assassinar o comandante de uma Caatinga porque ele está fazendo seu serviço é absurdo. Enquanto eu estiver à frente da Segurança Pública, não vou permitir [que saiam impunes]”, pontuou. 

Por Ícaro Novaes

Matou, preparou o corpo e chorou no enterro. Pode tanta cara-de-pau?

Na manhã da última sexta-feira (18) o jovem Jadson Neves, de 31 anos, foi morto com vários tiros de pistola, em uma estrada de acesso a uma região conhecida como Carrapicho, no meio rural de Poções, região Sudoeste da Bahia.

Após o ocorrido, as polícias Civil e Militar vinham trabalhando para elucidar o crime brutal, que gerou um grande clamor social na cidade.

Durante as investigações, a polícia teve como principal suspeito Caio Souza Cunha, empresário do ramo funerário. Ele foi capturado em sua residência, no bairro Indaiá, na manhã desta segunda-feira (21) e confessou o crime.

Um segundo suspeito, identificado como Alex Venâncio Sampaio, funcionário do autor do assassinato, foi localizado no município de Boa Nova, em posse de uma pistola PT58S.380, usada para matar Jadson. A arma foi encontrada com resquício de sangue proveniente da vítima.

Presos, os acusados foram encaminhados para o Distrito Integrado de Segurança Pública (Disep) de Vitória da Conquista. A notícia da prisão da dupla gerou grande revolta na população, que esteve durante toda à tarde de hoje em frente ao Complexo Policial. 

Para evitar um confronto com populares e garantir a integridade dos presos, ambos foram apresentados à autoridade competente em Conquista, onde houve a lavratura de prisão. Uma terceira pessoa também foi conduzida para testemunhar o fato. Caio revelou para a polícia que marcou um encontro com Jadson para tratar de um assunto de negócios e lá ceifou a vida do jovem.