
Categoria: Política
Lula confirma Dino no STF e as mídias sociais se agitam.
O presidente Lula confirmou nesta segunda-feira (27) a indicação de Flávio Dino, atual ministro da Justiça, para ocupar a cadeira de Rosa Weber no Supremo Tribunal Federal (STF). As mídias sociais estão agitadas com a indicação, que na semana que passou já se mostrava evidente. Alguns governistas defendem a continuidade de Dino na Justiça e a sua provável candidatura em 2026 à Presidência da República. Já os oposicionistas não querem ouvir falar do Ministro da Justiça: nem como parte do Governo, nem como Ministro do STF e muito menos com eventual substituto de Lula como candidato à Presidência. Sebastianistas, ainda sonham com a volta do Mito ao Planalto.
Formado em Direito, Flávio Dino possui uma longa carreira na magistratura e na política, tendo sido governador do Maranhão por duas vezes, deputado federal e, na eleição de 2022, foi eleito senador.
Flávio Dino: Carreira Jurídica
Flavio Dino nasceu no dia 30 de abril de 1968, em São Luís, no Maranhão. Com 55 anos, Dino se formou em Direito na Universidade Federal do Maranhão, em 1991.
Em 2001, Flávio Dino obteve o título de mestre em Direito Constitucional pela Faculdade de Direito do Recife da Universidade Federal de Pernambuco.
Em 1994, Dino foi aprovado em primeiro lugar para o cargo de juiz federal, o qual exerceu por 12 anos.
Após uma carreira bem-sucedida na magistratura, em 2006, Flávio Dino pediu exoneração do cargo de juiz para ingressar na política.
Trajetória Política
O primeiro cargo de Flávio Dino foi como deputado federal, tendo sido eleito em 2006 pelo PCdoB com mais de 120 mil votos. À época, foi o quarto candidato mais votado.
Na eleição de 2008, Flávio Dino disputou a prefeitura de São Luís. Foi ao segundo turno, mas perdeu para João Castelo (PSDB).
Dois anos depois, em 2010, Flávio Dino se candidatou ao governo do estado do Maranhão, mas novamente foi derrotado, dessa vez por Roseana Sarney, que representava a continuidade da família Sarney à frente do estado maranhense.
Porém, em 2014, Dino obteve uma vitória acachapante e derrotou o clã Sarney no primeiro turno do pleito com 63,52% dos votos. Era o início de uma nova etapa para o Maranhão e a carreira política de Flávio Dino.
Com um governo considerado paradigmático na história do Maranhão, Dino se reelegeu em 2018 com outra vitória impressionante no primeiro turno, obtendo 59,29% dos votos.
Do Senado para o Ministério da Justiça
Após duas gestões com alta aprovação no Maranhão, Flávio Dino, já filiado ao PSB, disputou o Senado na eleição de 2022 e venceu a disputa com 62,41% dos votos.
No entanto, Flávio Dino não chegou a assumir sua cadeira no Senado, pois foi nomeado pelo presidente Lula para o Ministério da Justiça.
À frente do Ministério da Justiça, Flávio Dino tornou-se o pesadelo dos bolsonaristas, principalmente após a tentativa de golpe de Estado perpetrada por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (2019-22) em 8 de janeiro de 2022.
Agora, o nome de Flávio Dino será sabatinado pelo Senado, que pode ou não aprovar a indicação do presidente Lula ao STF.
Da Revista Fórum, editado.
Eduardo Bananinha e Michelle incentivavam Jair ao golpe, diz delator.
A parte com o menor QI dentro da família queria continuar faturando grosso com as mordomias do poder. Colocaram em perigo a pela flácida do Inelegível.
Por Aguirre Talento, colunista do UOL, editado
O tenente-coronel Mauro Cid narrou em sua delação premiada que a ex-primeira-dama Michelle e um dos filhos do ex-presidente, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), faziam parte de um grupo de conselheiros radicais que incitava o então presidente da República, Jair Bolsonaro, a dar um golpe de Estado e não aceitar a derrota nas eleições do ano passado.
De acordo com o relato de Cid, esse grupo costumava dizer que Bolsonaro tinha apoio da população e dos atiradores esportivos, conhecidos como CACs (Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador), para uma tentativa de golpe.
O tenente-coronel ainda afirmou aos investigadores que Jair Bolsonaro não queria desmobilizar os manifestantes golpistas acampados em unidades militares pelo país porque acreditava que seria encontrado algum indício de fraude nas urnas, o que serviria para anular o resultado da eleição. Cid disse à PF que nunca foi encontrada nenhuma prova de fraudes.
As informações do depoimento de Cid foram confirmadas ao UOL por três fontes que acompanham o assunto. O material da delação premiada atualmente está sob análise da equipe do subprocurador-geral da República Carlos Frederico Santos, na PGR (Procuradoria-Geral da República).
Em entrevistas recentes, Carlos Frederico afirmou que Cid não apresentou provas de corroboração dos seus relatos. No depoimento sobre as tratativas golpistas, Cid cita nomes dos personagens envolvidos, locais e circunstâncias das reuniões mantidas para debater o assunto. Questionado pelo UOL sobre os caminhos para corroborar o relato, Carlos Frederico afirmou: “Estamos buscando provas de acordo com o contexto narrado”.
O plano de golpe só não foi adiante, de acordo com o tenente-coronel, porque não houve concordância dos comandantes militares. O UOL revelou em setembro que Bolsonaro chegou a discutir uma minuta golpista apresentada pelo seu assessor Filipe Martins com os chefes das três Forças Armadas, mas apenas o comandante da Marinha, almirante Almir Garnier, manifestou apoio. Os chefes do Exército e da Aeronáutica se posicionaram contra a iniciativa golpista.
Grupo radical
O tenente-coronel Mauro Cid traçou aos investigadores um panorama sobre as articulações realizadas por Jair Bolsonaro após a derrota nas eleições.
Cid relatou que um grupo moderado composto pela ala política do governo tentava convencer Bolsonaro a se pronunciar publicamente sobre o resultado da eleição para pedir que os manifestantes golpistas deixassem as ruas e voltassem para suas casas. Um dos integrantes desse grupo era o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho mais velho do presidente.
Bolsonaro resistiu a adotar esse posicionamento porque esperava obter provas de supostas fraudes nas urnas eletrônicas ou convencer os comandantes militares a embarcar em uma tentativa golpista.
O então presidente da República escalou auxiliares para se dedicar a descobrir vulnerabilidades no processo eleitoral. De acordo com Mauro Cid, Bolsonaro também pressionou os militares a fazer um relatório apontando essas suspeitas de fraudes.
Esse relatório foi divulgado no início de novembro pelo Ministério da Defesa, mas não apontava nenhum indício concreto de irregularidades nas urnas.
Em seu depoimento, Mauro Cid também contou que um grupo radical incitava o então presidente da República a não aceitar o resultado das eleições e tentar dar um golpe. O tenente-coronel citou que a então primeira-dama Michelle e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) faziam parte desse grupo, além de outros aliados.
Outro lado
Em nota, a defesa de Jair e Michelle Bolsonaro classificou as acusações de “absurdas” e disse que não são amparadas em elementos de prova.
“As afirmações feitas por supostas fontes são absurdas e sem qualquer amparo na verdade e, via de efeito, em elementos de prova. Causa, a um só tempo, espécie e preocupação à defesa do ex-presidente Bolsonaro que tais falas surjam nestes termos e contrariem frontalmente as recentíssimas — ditas e reditas —, declarações do subprocurador da República, dr. Carlos Frederico, indicando que as declarações prestadas pelo tenente-coronel Mauro Cid, a título de colaboração premiada, não apontavam qualquer elemento que pudesse implicar o ex-presidente nos fatos em apuração”, afirmou o advogado Paulo Cunha Bueno.
Do bizarro herdeiro de Genô só podem vir bizarrices.
Depois do Tarcísio de Freitas trocar os livros didáticos por um material digital que diz que a capital tem praia; que água transmite Alzheimer e que Pedro ll foi o responsável pela lei Áurea, a justiça precisou agir e tirou o conteúdo bizarro das escolas de São Paulo.
Além disso, o MP entrou em cena e investigará as ações do governo. Já que ele não sabe gerir o estado, ao menos a justiça está o colocando no lugar dele.
Vinicios Betiol, no Xtwitter.
Ipea aponta deflação em julho para as famílias de renda muito baixa.
Setores com alívio inflacionário foram alimentos, bebidas e habitação
O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgou nesta terça-feira (15) o Indicador Ipea de Inflação por Faixa de Renda, referente ao mês de julho. O estudo mostra que as famílias de renda alta apresentaram alta inflacionária de 0,50%, enquanto o segmento de renda muito baixa registrou deflação de 0,28%.
No acumulado do ano até julho, as famílias de renda muito baixa possuem a menor taxa de inflação (2,2%), enquanto os domicílios de renda alta possuem a maior variação registrada (3,5%).
Os dados apontam na desagregação por grupos que os principais alívios inflacionários no mês de julho vieram dos grupos alimentos e bebidas e habitação. No primeiro caso, uma queda expressiva dos preços dos alimentos no domicílio possibilitou uma forte descompressão sobre os índices de inflação, sobretudo para as famílias com rendas mais baixas, devido ao peso desses itens em suas cestas de consumo.
As principais quedas de preços registradas foram: cereais (-2,2%), carnes (-2,1%), aves e ovos (-1,9%) e leites e derivados (-0,89%). Já em relação ao grupo “habitação”, os segmentos de menor poder aquisitivo também foram os que mais se beneficiaram do recuo de 3,7% das tarifas de energia elétrica.
Gasolina impactou inflação
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Postos serão fiscalizados para garantir queda nos preços dos combustíveis.
“Teremos a mão firme do governo para que o preço chegue na bomba”, diz Alexandre Silveira, ministro de Minas e Energia.
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse nesta quarta-feira (17) que a Agência Nacional de Petróleo (ANP) irá fiscalizar postos de gasolina para garantir a redução dos preços dos combustíveis nas bombas.
A Petrobras anunciou redução de R$ 0,44 por litro do preço médio do diesel para as distribuidoras, que passará de R$ 3,46 para R$ 3,02 e a redução do preço médio da gasolina de R$ 0,40 por litro, passando de R$ 3,18 para R$ 2,78, valor também pago pelas distribuidoras.
A declaração do ministro ocorre após a empresa estabelecer o fim da política de atrelar os preços dos combustíveis às variações do mercado internacional, chamada Preço de Paridade de Internacional (PPI).
“Teremos a mão firme do governo para que o preço chegue na bomba. O brasileiro tem que ser beneficiado por esse esforço do governo do presidente Lula de impulsionar e criar uma política nacional de preços dos combustíveis justa com o povo brasileiro”, afirmou o ministro em entrevista ao programa A Voz do Brasil, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).
Não deu para botar a mão no tesouro e levar para Orlando.
Jair Bolsonaro terá imensas dificuldades em se livrar de acusações de ilegalidade, no caso das joias masculinas que ele incorporou a seu “acervo privado”, dizem fontes do TCU.
Um representante do site “O Cafezinho” encaminhou a seguinte pergunta à assessoria de comunicação do Tribunal: em referência ao caso das joias masculinas que Bolsonaro recebeu da Arábia Saudita, há possibilidade do TCU considerar a incorporação delas ao acervo privado da presidência como algo legal?
A resposta foi: “zero chance”.
A defesa de Bolsonaro tentou justificar a incorporação dos presentes milionários como “acervo privado”, dizendo que a ação estava em linha com o mais recente regulamento do TCU para essa questão, de 2016. Foi rapidamente desmentido, todavia, por todo mundo que examinou mais detidamente as leis.
O Acordão do TCU escrito por um dos ministros mais bolsonaristas da corte, Walton Alencar Rodrigues, chega a mencionar, ironicamente, um caso hipotético, de um presidente que receberia, de outro chefe de Estado, uma joia de “valor inestimável”. Segundo Walton, não seria “razoável”, num caso deste, incorporar tal patrimônio ao acervo privado do presidente da república.
Fontes do TCU ouvidas pela jornalista Daniela Lima, da CNN Brasil, também foram unânimes em responder categoricamente que a decisão de Bolsonaro, de incorporar as joias masculinas a seu acervo privado, não pode ser considerada legal.
Há outros aspectos sobre essa joias que eu também gostaria de abordar.
O escândalo das joias da Arábia Saudita, tanto as femininas, destinadas a primeira dama, que o ministro Bento Albuquerque tentou internalizar clandestinamente em outubro de 2021, quanto as masculinas, que o próprio Jair Bolsonaro trouxe escondidas (não declaradas à Receita) dois anos antes, por ocasião de sua visita àquele país, despertou a suspeita de que os presentes seriam, na verdade, propina.
As atenções se voltaram rapidamente para a seguinte questão: propina em troca de que?
Não demorou para surgirem rumores relativos à venda, pela Petrobrás, da refinaria Landulpho Alves, na Bahia, por US$ 1,8 bilhão, valor considerado quase metade do estimado por especialistas, ao fundo Mubadala. Embora tendo como único acionista o governo dos Emirados Árabes, é sabido que a relação dessa monarquia com a Arábia Saudita é profundamente estreita.
Arábia Saudita e Emirados são as duas maiores economias do mundo árabe, e ambas são monarquias islâmicas sunitas, com intensas relações de negócios, militares e até familiares. E não seria a primeira vez na história que um agente corruptor quita a propina devida por seu parceiro.
O próprio Bolsonaro ajudou a alimentar esse rumor ao afirmar, numa coletiva que deu há dias, que “esse presente foi acertado lá nos Emirados Árabes”. Alguém disse depois que Bolsonaro se “confundiu”. De fato, o ex-presidente é um limítrofe, alguém com graves problemas cognitivos, e talvez estivesse nervoso. Ou talvez fosse um ato falho. Não sabemos. A propósito, tratar essas joias, avaliadas em milhões de reais, como “presente acertado” também não pegou bem.
De qualquer forma, não é preciso olhar para os Emirados Árabes. A própria Arábia Saudita, que é uma autocracia totalitária, cujas finanças públicas são inteiramente controladas pela família real no poder, tinha grandes interesses em estreitar “amizade” com o chefe de Estado brasileiro.
Em outubro de 2019, o presidente Jair Bolsonaro levou uma grande comitiva a Arábia Saudita, participou de jantares com autoridades e empresários sauditas, e saiu de lá com uma promessa de que o fundo soberano local iria investir US$ 10 bilhões (cerca de 50 bilhões de reais) no Brasil, em diferentes áreas.
Os sauditas, assim como os seus colegas dos Emirados Árabes, estariam dispostos a investir não apenas no setor brasileiro de petróleo, mas em infra-estrutura, saneamento, transportes. O fundo Mubadala, dos Emirados, por exemplo, junto com a gigante Trafigura, comprou o “Porto Sudeste”, um grande terminal para exportação de ferro e outras commodities, em Itaguaí, litoral sul do Rio de Janeiro.
Segundo a agência Bloomberg, que cobriu de perto a ida de Bolsonaro a Riad, o fundo soberano do país (PIF, na sigla em inglês), que detêm aproximadamente US$ 320 bilhões, queria usar o Brasil como uma ponte para fazer investimentos na América Latina, como parte da estratégia de tornar a Arábia Saudita menos dependente do petróleo.
A estimativa desse investimento de US$ 10 bilhões foi divulgada após encontro entre o presidente Jair Bolsonaro e o príncipe saudita Mohammed Bin Salman no Ritz-Carlton Hotel, onde se realizou um congresso internacional organizado pelo Fundo. A reunião foi acompanhada pelo então ministro de Relações Exteriores, Ernesto Araújo, e por Onyx Lorenzoni, ministro-chefe da Casa Civil, o qual informou aos repórteres (ainda segundo a nota da Bloomberg) que os dois governos iriam formar um conselho para definir os setores e o cronograma dos investimentos.
Imagine que manancial de corrupção, tráfico de influência e oportunidades escusas, tinha em mãos o núcleo duro de Jair Bolsonaro, diante do poder de indicar quem receberia, e quando, o pixuleco saudita de 10 bilhões de dólares? Uso o termo “pixuleco” porque um governo sério, democrático, republicano, trataria imediatamente de dar transparência a essas conversas, ao invés de montar um conselho semi-secreto, e embolsar clandestinamente presentes multimilionários oferecidos por agentes do governo saudita.
Segundo Lorenzoni, os sauditas tinham manifestado interesse em construir uma ferrovia de quase mil quilômetros ligando Mato Grosso ao Pará, cujo custo teria sido avaliada em 3 bilhões de dólares. Por aí também se pode encontrar algumas razões para o golpismo terrorista de alguns empresários picaretas dessas regiões, que viram oportunidades de propinas desaparecerem com a vitória de Lula.
Ah, na mesma nota da Bloomberg é citada uma declaração entusiástica do diretor executivo da Mubadala Investiment Co, Waleed Al Mokarrab Al Muhairi, de que estaria “extremamente excitado” com as anunciadas privatizações do Brasil. Pouco depois, a Mubadala iria adquirir a mais antiga refinaria do país, Randulpho Alves. O entusiasmo tinha razão de ser, pois logo após ser privatizada, a Randulpho elevou brutalmente o preço dos combustíveis.
Reportagem do Estadão de março de 2022 informava que “a gasolina da Refinaria de Mataripe, antiga Landuplho Alves (Rlam), vendida pela Petrobrás ao fundo de investimento árabe Mubadala, já está custando 27,4% a mais do que a vendida pela estatal”.
A Agência de Notícias Brasil-Árabe, empresa sediada na Avenida Paulista e patrocinada pela Câmara de Comércio Árabe Brasileira, também cobriu a viagem de Bolsonaro a Riad. Uma das matérias descreve o discurso de Bolsonaro no Fórum de Negócios Saudita-Brasileiro, realizado em outubro de 2019, naquele país, onde o então presidente brasileiro faz uma declaração romântica.
“Eu estou apaixonado pela Arábia Saudita”, diz Bolsonaro à platéia.
A luz do que conhecemos hoje, sobre os “presentes” milionários que Bolsonaro, alguns ministros e sua esposa, receberam dos príncipes sauditas, é perfeitamente compreensível a paixão do “mito” pela Arábia Saudita…
Prefeito de Tabocas tem 80% de aprovação, aponta pesquisa

É o que garante levantamento do Instituto Insight.
De acordo com a pesquisa, mais de 80% dos habitantes de Tabocas do Brejo Velho, no Oeste da Bahia, aprovam a administração do prefeito Flávio Carvalho (PP), o popular Fogão Goiano.
Para 82,12% dos entrevistados, o governo municipal é Ótimo ou Bom. Paralelamente, 17,88% disseram que a gestão é Ruim ou Péssima.

A avaliação positiva da administração se reflete também na imagem do prefeito. Segundo o estudo, 63% dos entrevistados confiam em Flávio. Quando perguntado se o prefeito cumpre o que promete, total ou parcialmente, mais de 80% responderam que sim.
No quesito eleitoral, Fogão Goiano venceria com larga vantagem todos os possíveis adversários.
A pesquisa foi realizada nos dias 02 e 03 de março, entrevistou 573 pessoas em 21 comunidades das zonas urbana e rural do município e tem 3% de margem de erro.
O Presidente que quase morre com um tiro da amante no Copacabana Palace.

Copacabana Palace, palco de uma tragédia
Washington Luís, apesar de ter nascido em Macaé, ganhou fama e poder político no estado de São Paulo.
Foi Vereador, Deputado federal, Prefeito da capital, Senador, hoje um cargo que se assemelha a Governador de estado, e enfim Presidente do Brasil.
Fez parte do período conhecido como café com leite, que nada mais é que um acerto entre Minas Gerais e São Paulo para um revezamento de quem escolhia quem mandava no país. Um mandato era de Minas. Outro de São Paulo.
Washington Luís era de São Paulo e assumiu o cargo mais alto da república em 1926.
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Era bonitão, amava cantar umas marchinhas, frequentava bailes carnavalescos, adorava usar cartolas, ternos bem cortados, coisa chique…até arriscava soltar o gogó em óperas. Pouca coisa não. Por essas e outras era chamado de rei da fuzarca. Bem, fuzarca é o mesmo que farra. O rei da farra.
Em 23 de maio de 1928, Washington Luís entrou no luxuosíssimo Copacabana Palace para encontrar sua amante, uma marquesa italiana de 28 anos recém- desquitada do marido.
Depois de um jantar bacana, com champanhe, aconteceu um atentado. No quarto. Elvira Vishi Maurich sacou uma pistola e deu um tiro no Presidente do Brasil.
Ainda bem que era ruim de mira ou a arma não era potente. O motivo até hoje especulado foi ciúmes.
Ferido, Washington Luís foi socorrido pelo dono do Hotel, Octávio Guinle. Tudo na maior descrição. Um médico da família foi chamado às pressas.
O político foi levado para a Casa de Saúde Pedro Ernesto e foi operado. Para a imprensa e para a população, a internação e a operação foram por causa de uma crise de apendicite.
Elvira, quatro dias depois do atentado, se jogou da janela do quarto andar. Especula-se que foi pressionada. Na versão oficial entrou suicídio.
A vida e o mandato de Washington Luís ainda teriam fortes emoções.
Em 1929, encararia a quebra da bolsa de Nova York, trazendo consequências terríveis econômicas ao Brasil. Depois tentou furar aquela ideia de uma vez São Paulo mandava, outra Minas mandava. Além disso ignorou os pedidos das oligarquias cafeeiras.
Foi traído politicamente.
Promovido a Ministro da Fazenda em 1926, o Deputado federal gaúcho Getúlio Vargas lideraria um golpe contra Washington Luís em 1930.
Washington Luís teve que renunciar. Bateu perna, mas não teve jeito. Ou seria isso ou muito provavelmente a morte.
Ficou exilado na Europa. Sem sorte, ainda viu nascer a Segunda Guerra Mundial. Acabou tendo que se mandar para os Estados Unidos. Só voltou ao Brasil em 1947, quando Getúlio saiu do poder.
Aos 87 anos faleceu em São Paulo, recluso, em 1957.
Editado por O Dia.
Jair Bolsonaro reconhece que há risco de ser preso.
Em entrevista exclusiva ao Wall Street Journal, o ex-presidente, que está enfrentando mais de 200 processos judiciais no Brasil, afirmou que “uma ordem de prisão pode vir do nada”.
Se o ex-presidente fugitivo considera o negacionismo na pandemia, a destruição ambiental programática, o abandono de vulneráveis como os Yanomamis, o furto sistemático de verbas públicas através de cartão corporativo e determinação de sigilo, o uso de instituições como a PRF para fins de fraude nas eleições, o incentivo à divulgação de notícias falsas e o golpismo, para tentar se manter no poder a qualquer custo, como “nada”, então o dito cujo indigitado não é apenas suscetível à prisão, mas ao manicômio judiciário.
CGU pode suspender 234 sigilos centenários de Bolsonaro
Entre os processos analisados estão o cartão de vacinação de Bolsonaro, os gastos públicos com as ‘motociatas’ e o processo disciplinar de Pazuello.
A Controladoria-Geral da União (CGU) informou nesta sexta-feira (3), por meio de entrevista coletiva do ministro Vinícius de Carvalho, que irá analisar a derrubada dos sigilos de cem anos impostos pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a 234 processos. A CGU considera os sigilos indevidos.
O ógão informou que analisou 1335 processos, dos quais 234 terão os sigilos reavaliados. Entre eles, 111 dizem respeito à segurança nacional, 35 sobre a segurança de Bolsonaro e sua família, 16 sobre atividades de inteligência, 49 sobre informações pessoais do ex-presidente e outros 23 sobre temas diversos.
A depender das análises desses primeiros 234 processos, é possível que os outros 1101 também possam ter a perda do sigilo analisada. Entre os casos com a reavaliação na reta estão o do cartão de vacinação de Bolsonaro, o dos gastos públicos com as ‘motociatas’ e sobre as informações de visitas filhos do ex-presidente ao Palácio do Planalto.
Também serão revistos os sigilos sobre pedidos de cachê pagos pela Caixa a artistas e telegramas do Itamaraty que envolvem os nomes de Marielle Franco, Ronaldinho Gaúcho, entre outros. Outro sigilo que está na reta é o imposto sobre o processo disciplinar respondido pelo então general da ativa, Eduardo Pazuello, sobre sua participação em ato político de Bolsonaro, no Rio de Janeiro em 2021.
A derrubada dos sigilos – que impõem uma proteção de 100 anos às informações demarcadas – foi uma promessa de campanha do atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Logo após a posse, em primeiro de janeiro, assinou um ato autorizando a devassa do CGU nos processos sob sigilo. Desde então, o principal sigilo caído foi o dos gastos de Bolsonaro no cartão corporativo.
Para o ministro Vinícius de Carvalho, os sigilos usados “de maneira desproporcional” por Bolsonaro representam um retrocesso. “Nos últimos anos testemunhamos alguns retrocessos em relação ao acesso à informações e toda a política de transparência”, disse.
Com Revista Fórum e G1.globo.com
De fato, temo que só o financiamento de motociatas com dinheiro público, com origem nos cartões corporativos, seja suficiente para condenar o Capitão Cebolinha a mais de 100 anos de ilegibilidade.
A fantástica fábrica de maldades do Vereador Carluxo
O advogado Tauat Resende, 30 mil seguidores no Twitter, reproduz comentários que descrevem a fábrica de maldades do vereador federal Carluxo Bolsonaro:
“A sala usada pelo Gabinete do Ódio era um aquário. Lá, todos os computadores eram MacBooks. E o acesso era por uma porta que abria com um crachá especial. Para sair, apenas um botão de dentro pra destravar a porta. Quem viu relatou que é a estrutura montada era macabra!”
Outros informes extra-oficiais dão conta que Carluxo abriria mão do restante do mandato como vereador do Rio de Janeiro para acompanhar o pai. Na verdade está temeroso de processos judiciais.
Governo resiste a entregar órgãos federais ao Centrão.

O União Brasil, terceira maior bancada da Câmara dos Deputados na próxima legislatura, com 59 deputados faz exigências grandiosas ao Governo para se aliar. O Governo precisa enfrentar o PL (99 deputados), contando com os deputados do PT (68) e de outros membros do Centrão: PP (47 deputados), MDB (42 deputados) e a União, mescla do antigo PSL e DEM.
Em troca do apoio ao governo Luiz Inácio Lula da Silva, integrantes do Centrão exigem o controle da Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), do Banco do Nordeste (BNB) e do Fundo Nacional do Desenvolvimento da Educação (FNDE), três dos principais cofres da República e no centro de escândalos de corrupção. A fatura está sendo apresentada principalmente pelo líder do União Brasil na Câmara, Elmar Nascimento (BA), segundo integrantes do Planalto. O governo resiste a ceder tudo, mas deve entregar ao menos um dos órgãos ao União Brasil. Interlocutores de Lula dizem que o presidente não aceitará o pedido triplo de Elmar. Já a Codevasf poderá ser cedida. A partilha de cargos de segundo escalão mobilizou o quarto andar do Palácio do Planalto nos últimos dias. Há cobiça de cargos por partidos menores que negociam com o governo Lula, como o Podemos.
O PT, por exemplo, também quer ter o comando de alguns desses cofres, como o BNB. Segundo parlamentares da região, a disputa envolve até ministros. Há ao menos três nomes com padrinhos fortes: Stelio Gama Lyra Junior, do Instituto Nordeste Cidadania, ligado ao líder do governo, José Guimarães (PT-CE); Nelson Martins que tem apoio do ministro da Educação, Camilo Santana; e Luiz Carlos Farias, que tem o aval do ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias.
Esses órgãos têm orçamento bilionário, conforme o Estadão, e costumam sofrer influência política direta de parlamentares, que indicam diretores e superintendentes nos Estados. Alguns deles viraram focos de denúncias de corrupção nos últimos governos, como a Codevasf, com verbas do orçamento secreto, o FNDE, e o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).
A ordem no Planalto, porém, é segurar nomeações até as eleições para as presidências da Câmara e do Senado, marcadas para 1.º de fevereiro. O governo quer começar a destravar os pedidos depois, de acordo com o comportamento dos partidos nas votações.
O ministro-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, conversou na semana passada com Elmar. O deputado ficou contrariado por ter sido vetado pelo PT da Bahia para um ministério e manifestou sua frustração a Padilha. O ministro indicou que considera “razoável” a reivindicação pela chefia da autarquia.
O apoio do União Brasil ainda é considerado instável. O partido é visto como uma “federação” com muitos políticos influentes. Eles divulgaram um manifesto, na semana passada, em que defendem o “empoderamento” do Congresso, em vez de postura “subserviente” ao Planalto. A articulação política lulista vai ceder para ter ao menos a maioria da bancada, mas sabe que não conseguirá todo o partido na Câmara, tampouco no Senado. Além do comando da Codevasf, há pedidos por cargos no segundo escalão dos ministérios das Comunicações e da Integração e Desenvolvimento Regional, destinados à legenda.
Diante da ofensiva por mais cargos, uma reunião causou apreensão no governo. Integrantes da bancada petista sugeriram a Padilha uma operação para contornar e isolar Elmar e neutralizar seu poder. A ideia consistia em tentar atrair com benesses os deputados mais influenciados por ele na bancada do União Brasil, que tem 59 integrantes. É a terceira maior da Câmara. Assim, poderiam obter os votos individualmente, sem tratar com o líder do União Brasil.
A operação foi vista como arriscada pela articulação política do Planalto. Houve quem lembrasse que a então presidente Dilma Rousseff (PT) cometeu esse “erro”, na tentativa de sobreviver no governo. Quem conhece os meandros da Câmara alerta que Elmar conhece bem os bastidores da partilha de recursos do orçamento secreto pelos parlamentares.
A bancada paulista do PT já indicou Jamil Yatim para chefiar a Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais do Estado de São Paulo (Ceagesp), outra empresa que é alvo de cobiça dos aliados. Yatim é ligado ao PT de Jundiaí e já ocupou o cargo de diretor financeiro da Ceagesp no governo Dilma.
Deputados do União Brasil querem ainda emplacar um nome na Secretaria Executiva do Ministério do Turismo. Avaliam que, caso a ministra Daniela Carneiro seja demitida, poderiam fazer o substituto na pasta. Após ter o nome anunciado como ministra, Daniela foi acusada de ter ligações com a milícia do Rio.
O acordo do PT para apoiar a reeleição de Arthur Lira (PP-AL), líder do Centrão, como presidente da Câmara prevê a distribuição de postos de comando na Casa. O PT quer comandar a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), a mais poderosa da Câmara, reivindicada também pelo PL do ex-presidente Jair Bolsonaro.
O acerto beneficiaria, ainda, o Republicanos. O deputado Marcos Pereira (SP) voltaria a ser o vice-presidente da Câmara. Já o ex-líder da bancada Jonathan de Jesus (Republicanos-RR) seria indicado ao Tribunal de Contas da União (TCU). O problema é que o PL também quer ocupar a vice-presidência da Câmara.
Bolsonaro alegará ser “preso político” se Alexandre de Moraes decidir prendê-lo.

Jair Bolsonaro alegará ser “preso político” e se dirá alvo de “perseguição” caso o ministro Alexandre de Moraes expeça um mandado de prisão.
Da coluna de Paulo Capelli, no Metrópoles.
Bolsonaro alegará ser “preso político” e se dirá alvo de “perseguição” caso Alexandre de Moraes determine sua prisão. O ex-presidente insiste não ter incorrido em nenhuma prática criminosa.
Bolsonaro afirmará, caso alvejado, sofrer perseguição por conta de suas posições quando presidente. Ainda não está claro se o discurso ficaria no campo da retórica ou se seria usado para pedir asilo político.
Também nos EUA, Anderson Torres retornou ao Brasil e se entregou após ter a prisão decretada por Moraes.
A tese de “prisão política” já foi usada pelo principal adversário de Bolsonaro, em circunstâncias diferentes. Há não muito tempo, Lula se dizia perseguido pela Lava Jato. As condenações, no caso do atual presidente, acabaram anuladas pelo STF.
Outro ponto citado por aliados de Bolsonaro para contestar eventual prisão seria a “inconstitucionalidade” do inquérito dos atos antidemocráticos. A alegação é que o fato de o STF ter agido de ofício, em vez de provocado, deslegitimaria a investigação.
Como a coluna informou, seguranças que atuam para Bolsonaro nos EUA lhe recomendaram não voltar ao Brasil nos próximos dias.
Essa postura é contrária à esperada pela classe política, que pleiteia o retorno do ex-presidente ao Brasil para liderar a oposição a Lula.
Muito grave: Bolsonaro é investigado por chefiar esquema de Caixa 2 no Planalto.
De Rodrigo Rangel, em sua coluna no portal Metrópoles, editado.
Quem diria? O campeão das rachadinhas quando parlamentar e poderoso comprador de 107 imóveis, 51 dos quais em “moeda corrente nacional” acumulou expertise durante anos para administrador um denso esquema da Caixa 2, operado em dinheiro vivo, que pagaria contas as mais estranhas à administração pública e provavelmente financiaria o esquema de atos anti-democráticos, que culminaram com o terrorismo de 8 de janeiro.
“Áudios com a voz de Bolsonaro reunidos pela investigação indicam que o presidente controlava e tinha ciência de tudo.”
Investigações que correm no Supremo Tribunal Federal (STF), obtidas pelo Metrópoles, conectam o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) à suposta existência de um ‘caixa 2’ dentro do Palácio do Planalto e o ligam à realização de atos antidemocráticos.
De acordo com a reportagem publicada pelos jornalistas Rodrigo Rangel e Sarah Teófilo, um homem de confiança de Bolsonaro gerenciava o suposto ‘caixa 2’, que funcionava com dinheiro vivo proveniente de saques feitos a partir de cartões corporativos da Presidência e de quartéis das Forças Armadas.
O dinheiro era usado, entre outras coisas, para pagar um cartão com despesas pessoais da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro – criado no nome de uma amiga dela, Rosimary Cardoso Cordeiro, funcionária do Senado – e para pagar contas pessoais do clã presidencial.
As investigações estão sob o comando do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal).
Entenda
O tenente-coronel do Exército Mauro Cesar Barbosa Cid – conhecido como “coronel Cid” – é o personagem central das investigações. Homem de confiança de Bolsonaro, ele era:
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Ajudante de ordens do ex-presidente até o final do mandato;
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Guardião do celular de Bolsonaro, atendendo ligações e respondendo mensagens;
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Responsável por tarefas corriqueiras da família, como pagar as contas – a mais sensível, no caso;
Ele também era encarregado de pagar contas pessoais da família de Michelle.
Muitas das operações realizadas pela equipe de Cid era com dinheiro em espécie, na boca do caixa de uma agência bancária localizada dentro do Palácio do Planalto.
Durante as investigações, os policiais identificaram que o modus operandi de Cid era parecido com o apurado nas rachadinhas que envolviam o atual senador Flávio Bolsonaro, filho 01 do ex-presidente. As ações envolviam:
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Dinheiro manejado à margem do sistema bancário;
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Saques em espécie;
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Pagamentos em espécie;
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Uso de funcionários de confiança nas operações.
A partir daí, os investigadores começaram a enxergar fortes indícios de lavagem de dinheiro. Além dos saques a partir de cartões corporativos, Cid supostamente recebia valores provenientes de saques feitos por militares ligados ao tenente-coronel e lotados em quartéis de fora de Brasília.
Os detalhes dessas transações estão mantidos sob sigilo absoluto.
Conexão com atos golpistas
As investigações acessadas pelo Metrópoles também indicam que o “coronel Cid” funcionava como um elo entre Bolsonaro e vários radicais que desejavam que a militância bolsonarista atacasse as instituições democráticas.
Um dos contatos frequentes de Cid, inclusive, era o blogueiro Allan dos Santos, foragido nos Estados Unidos que teve prisão decretada em 2021.
No material obtido por policiais, como uma série de áudios, fica claro que Bolsonaro tinha conhecimento e controle de tudo que Cid fazia – tanto nos pagamentos com dinheiro vivo, quanto na interlocução com bolsonaristas extremistas.
Inclusive, o próprio ex-presidente aparece como interlocutor em mensagens que Cid mantinha em seu aplicativo – com o qual conversava com os radicais.
O que dizem os envolvidos?
Interlocutores de Jair Bolsonaro e de Michelle Bolsonaro admitiram ao Metrópoles que houve “confusão” com os valores em espécie, mas negam que contas pessoais do clã e de parentes de Michelle fossem pagas com os saques corporativos do governo.
De acordo com eles, Cid precisava lidar com os valores em espécie, já que:
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Muitas das despesas “tinham valor ínfimo”;
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Portanto, precisavam ser pagas diretamente a fornecedores que “prestavam serviços informalmente”;
Não foi explicado o motivo pelos quais tais fornecedores precisavam receber em espécie em vez de transferência bancária, por exemplo.
Não houve resposta sobre:
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Pagamento dos boletos, especialmente os do cartão cedido pela amiga de Michelle;
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Contas de familiares da ex-primeira-dama;
O Metrópoles também entrou em contato com Rosimary, a amiga que cedia o cartão para Michelle. Ela, no entanto, se recusou a dar explicações, afirmou não ter sido notificada sobre as investigações e disse que trata-se de “um assunto pessoal” sobre o qual só falará com seu advogado.
Valdemar torce pela manutenção de Bolsonaro na geladeira.

Valdemar Costa Neto, que há mais de 30 anos se equilibra como proprietário do Partido Liberal, não está à tona da política à toa, agora que fez 100 deputados federais. Dizem que não assume em público, mas acompanha com discreta satisfação o chão desabando sob os pés de Jair Bolsonaro.
O dono do PL está certo de que se armava, antes dos ataques golpistas de 8 de janeiro, uma tentativa de bolsonaristas de lhe tomar o partido. Agora, mantendo-se a articulação, dificilmente terá sucesso.
Para Valdemar, a inelegibilidade de Bolsonaro poderia lhe diminuir o poder político, bem como o de seus seguidos dentro da legenda. Mas, mesmo inelegível, o ex-presidente poderia ser um bom eleitor em 2024.
O que Valdemar não considera um bom negócio é a prisão de Bolsonaro. Acha que, preso, o ex-presidente ganharia força, inclusive dentro do partido, que teria de gastar recursos para defendê-lo e torná-lo um mártir. Não é o que quer o dono do PL.
Lula troca comando da PF em 18 estados e dispensa 26 superintendentes da PRF.
Por CAMILA MATTOSO, FABIO SERAPIÃO E RENATO MACHADO, da Folhapress. Foto de Gabriela Biló, da Folhapress.
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) promoveu nesta quinta-feira (19) uma grande mudança no comando da Polícia Federal nos estados, trocando 18 superintendentes regionais. Também foram dispensados 26 superintendentes da Polícia Rodoviária Federal nos estados
Um dos nomeados na PF é o delegado Leandro Almada, que vai assumir a superintendência regional no Rio de Janeiro. Ele foi escolhido pelo novo diretor-geral, Andrei Rodrigues.
Almada está na PF desde 2008, tem experiência em investigações e em cargos de chefia e, recentemente, foi o responsável pelo inquérito sobre a tentativa de obstrução da apuração da morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.
Na Polícia Rodoviária Federal, um dos dispensados é Virgílio de Paula Tourinho, da unidade da Bahia. Ele chegou a ser intimado pela justiça eleitoral, durante o segundo turno das eleições, por causa das operações no estado que dificultaram o voto de muitos eleitores no estado, que é um reduto petista.
As mudanças foram publicadas em edição-extra do Diário Oficial da União, publicada na noite de quarta-feira (18). As portarias são assinadas pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa.
Almada vai assumir o Rio de Janeiro, que no governo de Jair Bolsonaro esteve no centro das suspeitas de interferência denunciadas pelo ex-juiz Sergio Moro.
O delegado está na PF desde 2008, tem experiência em investigações e em cargos de chefia e, recentemente, foi o responsável pelo inquérito sobre a tentativa de obstrução da apuração da morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.
A investigação conduzida por ele concluiu que o policial militar Rodrigo Ferreira, conhecido como Ferreirinha, e a advogada Camila Nogueira eram parte de uma organização criminosa que tentou atrapalhar as investigações.
Antes do Rio, o delegado foi superintendente no Amazonas e na Bahia. Após o caso Marielle, ele atuou como na coordenação da apuração sobre vacinação clandestina contra a Covid em Belo Horizonte (MG).
Para São Paulo, maior superintendência do país, o escolhido foi o delegado Rogério Giampaolli, que já foi chefe do COT (Comando de Operações Táticas) e, atualmente, estava na chefia da PF em Sorocaba (SP).
Ele vai substituir o delegado Rodrigo Bartolamei, indicado no governo de Jair Bolsonaro.
Para comandar a superintendência na Paraíba, a escolhida foi a delegada Christiane Correa Machado.
A investigadora comandou por um período durante o governo de Jair Bolsonaro a Cinq (Coordenação de Inquéritos Especiais), responsáveis pelos casos que envolvem pessoas com foro privilegiado nas cortes superiores.
Ela participou, por exemplo, da investigação sobre as acusações do ex-ministro da Justiça Sergio Moro contra Bolsonaro por interferência na PF.
Christiane é vista como discreta e linha dura, já foi chefe da divisão antiterrorismo por cinco anos e coordenou a proteção a ataques terroristas na Copa do Mundo de 2014 e nos Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro.
Lula já havia promovido a troca do superintendente da Polícia Federal no Distrito Federal, no dia seguinte aos atos golpistas, que terminaram com a invasão e vandalismo no Palácio do Planalto, Congresso Nacional e Supremo Tribunal Federal. Na ocasião, o Ministério da Justiça minimizou a troca e afirmou que a mudança já estava programada e estava inserida no plano de mudanças gerais nas superintendências.
O delegado Cézar Luiz Busto de Souza foi o escolhido para comanda a PF no Distrito Federal, no lugar de Victor Cesar Carvalho dos Santos.
O investigador chegou a ser o diretor de Investigação e Combate ao Crime Organizado, setor mais sensível da PF, no governo Bolsonaro.
Ele foi indicado por Rolando de Souza, segundo dos quatro diretores-gerais do governo de Jair Bolsonaro.
A Polícia Rodoviária Federal manteve um laço próximo com o ex-presidente, que sempre prestigiou os eventos da corporação e costumava ir para a beira de estradas, acompanhado pelos agentes, para acenar para eleitores
Como mostrou a Folha de S.Paulo, o ministro da Justiça, Flávio Dino, afrouxou as regras para nomeações na PF.
A alteração nas regras para nomeação foi publicada no Diário Oficial da União na quarta-feira (4). Pela portaria de 2018, só poderia ser diretor o delegado da classe especial, com mais de dez anos de exercício no cargo e com passagem por posto em comissão do “Grupo Direção e Assessoramento Superior –DAS 101.3 ou superior por, no mínimo, 1 (um) ano”.
Dino reduziu os requisitos necessários e, a partir de agora, o delegado precisa apenas ser da classe especial para ser indicado para uma diretoria. O mesmo critério passa a valer para a nomeação do corregedor do órgão.
Da Folha.
Parlamento Europeu vota pelo responsabilidade criminal de Bolsonaro

Por ampla maioria, o Parlamento Europeu aprovou, nesta quinta-feira (19), uma resolução condenando os atos terroristas ocorridos no dia 8 de janeiro em Brasília (DF) e responsabilizando o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pelos ataques à democracia brasileira. A informação é de Jamil Chade, no UOL, segundo o qual, o texto foi aprovado por 319 eurodeputados, com 46 votos contrários e 74 abstenções.
Conforme destacou o jornalista, o texto não tem valor de lei, mas amplia o isolamento internacional do ex-chefe do Executivo e cria um constrangimento político para líder de europeu que, eventualmente, avalie dar guarida a Bolsonaro.
Segundo a publicação, observadores estrangeiros avaliam que a decisão é a primeira ofensiva contra a chamada “internacionalização” da extrema direita, que tem atuado de forma coesa em várias partes do mundo, atacando as democracias.
No texto aprovado pelo Parlamento Europeu, Bolsonaro e Donald Trump são responsabilizados pelo “papel instrumental” nos ataques contra Brasília e o Capitólio, nos Estados Unidos, respectivamente. Os eurodeputados denunciaram ainda a violência dos bolsonaristas radicais e citaram a prisão do ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, por suposta conivência com os atentados.
O documento menciona e critica ainda a mobilização do ex-presidente e de seus aliados “de desacreditar o sistema de votação e as autoridades eleitorais, apesar de não haver evidência de fraude eleitoral, e insta-os a aceitar o resultado democrático das eleições”.
Além de condenar as ações criminosas, a resolução expressa apoio às investigações e à responsabilização dos envolvidos, incluindo aqueles que instigaram os terroristas, organizaram e financiaram os atos, assim como as instituições que não agiram para evitar os ataques. A resolução expressa preocupação especial com os atos e omissões dos funcionários públicos, em particular do governador Ibaneis Rocha (MDB) e da Polícia Militar do Distrito Federal.
O documento expressa ainda solidariedade ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), democraticamente eleito, assim como seu governo e demais instituições brasileiras.
Além disso, os eurodeputados destacaram que o Supremo Tribunal Federal (STF) acatou pedido do Ministério Público Federal (MPF) para investigar Bolsonaro ao apontar que ele “pode ter contribuído, de forma muito relevante, para a ocorrência de atos criminosos e terroristas”.
Segundo Jamil Chade, o principal temor dos parlamentares é que ataques violentos contra as instituições democráticas venham a se tornar um “fenômeno global”. Diante disto, o Parlamento Europeu “reconhece a conexão entre o fascismo transnacional crescente, o racismo, o extremismo e, entre outros, os acontecimentos em Brasília, a invasão do Capitólio dos EUA em janeiro de 2021 e as prisões em dezembro de 2022, referentes a um ataque planejado ao Bundestag da Alemanha”.
Os eurodeputados apontam ainda que os episódios ganharam força por meio da desinformação e destacam o “fracasso” das redes sociais em coibir a difusão de campanhas antidemocráticas, o “fascismo transacional e extremismo”.
Eles destacam ainda que as redes “desempenharam um papel fundamental nesses eventos ao amplificar a retórica agressiva e a violência e ao facilitar a mobilização e a disseminação da desinformação”, ao mesmo tempo em que dificultam a remoção de conteúdos ilegais.
Vereadora de Montenegro-RS é cassada após comparar mulheres de esquerda a “cadelas”.
A vereadora cassada agora terá 8 anos para bem raspar as partes íntimas.
A vereadora bolsonarista do município de Montenegro, na Região Metropolitana de Porto Alegre (RS), Camila de Oliveira (Republicanos), foi cassada, por 9 votos a 0, nesta segunda-feira (16), pela Câmara Municipal da cidade.
Em outubro de 2022, a agora ex-parlamentar gravou e divulgou um vídeo, com duas adolescentes, no qual compara as mulheres de esquerda a “cadelas”.
O vídeo, que circulou nas redes sociais, mostra Camila segurando uma bandeira do Brasil. Ao lado de duas jovens e dentro do seu gabinete, ela dubla o funk “O Proibidão do Bolsonaro”, de MC Reaça.
A letra diz: “As mina de direita são as top, mais bela. Enquanto as de esquerda têm mais pelo que cadela. Bolsonaro salta de paraquedas”.
Enfermeira de SC, amiga do Governador, entra na política e multiplica patrimônio.
Do DCM e Plantão Brasil. O Governador e a Vereadora sediciosa.
Agora está presa na Colmeia, por terrorismo e outros crimes.
Odete Correia de Oliveira Paliano (PL), vereadora do município de Bom Jesus, no oeste de Santa Catarina, encontra-se atualmente na Penitenciária Feminina do Distrito Federal (Colmeia). Ela estava entre os mais de 1.500 agentes detidos após o ataque de vandalismo aos três poderes da República, no último dia 8.
Ela foi ouvida, seu flagrante foi lavrado, suas condutas foram identificadas e individualizadas na forma da lei e ela seguiu presa para a penitenciária. Está sendo investigada por crimes cujas penas somadas podem ultrapassar 20 anos.
Seu nome de urna é Odete Enfermeira, uma alusão à profissão que dizia ter antes de se tornar vereadora, em janeiro de 2021. Difícil é saber como ela podia ser enfermeira se tinha apenas o ensino médio completo, segundo declaração dela própria à Justiça.
Quando começou a trabalhar na Câmara de Bom Jesus, município de pouco mais de 2.000 habitantes a 525 quilômetros de Florianópolis, Odete Enfermeira era uma mulher branca. Seu patrimônio era composto por um veículo Chevrolet 2017, que valia R$ 37 mil, e R$ 4.700 na conta bancária. E fim.
Em 2022, Odete, já vereadora, candidatou-se a deputada estadual de Santa Catarina. Na urna, porém, o nome não mudou, seguiu sendo enfermeira, seguiu sendo enfermeira que só estudou até o ensino médio. Tampouco mudou a foto que utilizou na urna para concorrer em 2020, continuou branca como era, mas algo aconteceu no âmago da vereadora, posto que passou a enxergar-se como parda, e assim se declarou à Justiça.
Se ainda era enfermeira na urna, na conta bancária já estava mais parecida com política. Em um intervalo inferior a dois anos, seu patrimônio saltou dos R$ 41,7 mil para R$ 382 mil.
Assim, o patrimônio atual da vereadora é nove vezes maior do que suas posses de 2020. Pode parecer um case de sucesso, mas há quem duvide da capacidade da parlamentar em gerir suas finanças, já que ela possui um patrimônio de quase R$ 400 mil, mas não tem um real para tomar uma água no bolicho, como se nota acima. Perdeu até os R$ 4,700 que tinha quando era só uma enfermeira de ensino médio completo. Como ela vive, come e coloca gasolina no seu Chevrolet (que, aliás, como também se pode ver acima, conseguiu a proeza de aumentar de valor na medida em que envelheceu), é um mistério.
Outro mistério é o crescimento de seu patrimônio. Isso porque o salário líquido da vereadora de Bom Jesus é de pouco mais de R$ 2.300.
Bom, conclui-se que, somando inclusive os 13º salários, ela recebeu pouco mais de R$ 60 mil ao longo desses dois anos em que enriqueceu mais de R$ 300 mil.
Sabe-se, então, que a vereadora presa por terrorismo conseguiu aumentar seu patrimônio em uma ordem de grandeza incompatível com seus vencimentos desde que entrou para a política. Se recebeu uma herança, se recebeu doações de cidadãos de bem, se incorreu em algum tipo de atividade pouco abonadora porém lucrativa, é difícil precisar.
Autoridades discutem reforço da segurança no Distrito Federal
Objetivo é garantir tranquilidade na abertura do ano legislativo
A segurança do Distrito Federal será reforçada no dia 1º de fevereiro para evitar que se repitam, no dia em que os poderes Legislativo e Judiciário reiniciam os trabalhos, cenas como as registradas no último dia 8, quando vândalos e golpistas invadiram e destruíram partes do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal (STF).

O anúncio foi feito hoje (16) pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), a governadora em exercício do Distrito Federal, Celina Leão, e o interventor federal na segurança da capital, Ricardo Cappelli.
“Nossa preocupação, agora, é com a posse de 513 deputados e 81 senadores”, disse Lira, ao final da visita que ele, Celina e Cappelli fizeram, nesta manhã, ao prédio da Câmara dos Deputados, onde funciona o Batalhão da Polícia Militar (PM) responsável pelo patrulhamento ostensivo na área da Praça dos Três Poderes.
“Entendo que todo o planejamento está sendo bem cuidado para não termos nenhuma surpresa e, com certeza, não haverá”, acrescentou Lira, dando como certo o reforço da segurança. A seu lado, Cappelli assentia com a cabeça e a governadora em exercício acrescentava: “com certeza”.
“[No Congresso Nacional] estaremos tratando da posse dos parlamentares, da eleição para as mesas do Congresso Nacional… Temos que ter clareza de que muitas pessoas vão se deslocar de todos os lugares do Brasil para Brasília e de que é importante que estejamos atentos, com um plano de segurança preventivo bastante rígido”, enfatizou Lira, argumentando que este será um dia “emblemático”, principalmente após as cenas de vandalismo e os ataques antidemocráticos às sedes dos três poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário).
A governadora em exercício, Celina Leão, informou que as autoridades federais e distritais discutem outras medidas além do reforço imediato da segurança pública. Na última sexta-feira (13), o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, disse que o governo federal estuda mudanças em leis relativas à segurança pública e que algumas delas visam a “reforçar a autoridade do governo federal” junto ao comando da segurança pública no Distrito Federal.
“Hoje, viemos conhecer as instalações deste batalhão da PM para vermos a possibilidade de dobrar esse efetivo de forma imediata”, disse Celina. Ela acrescentou que o governo do Distrito Federal estuda ampliar o efetivo do batalhão dos atuais 248 policiais militares para pelo menos 500. “Nossa ideia inicial é dar as condições necessárias e melhorar esta estrutura.”
Exterior avalia que tentativa de golpe do dia 8 teve apoio de militares
Os atos terroristas em Brasília podem ter consequências diplomáticas na relação do Brasil com o exterior daqui para frente. A avaliação dos países de fora é que a invasão à sede dos Três Poderes se trata de uma tentativa de golpe de Estado, com possibilidade de auxílio das Forças Armadas. A repercussão, inclusive, levou o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, a declarar apoio publicamente a Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
De acordo com informações de Renato Souza, jornalista de política do Portal R7, o serviço de inteligência estadunidense foi quem identificou que os atos terroristas em Brasília se tratavam de um golpe de Estado, ligando o sinal de alerta nos países do exterior. A reação internacional aos ataques se deu justamente após os alertas de intervenção militar no Brasil.
O risco do envolvimento das Forças Armadas nas manifestações bolsonaristas também chamou a atenção de Lula, que decretou intervenção federal no Distrito Federal, sendo que havia a possibilidade de ativar a Garantia da Lei e Ordem (GLO). O Comando do Exército teria assegurado o cumprimento da GLO, mas o presidente da República declinou.
Na avaliação interna e externa, o Brasil de fato sofreu uma tentativa de golpe de Estado. O risco ainda não está extinto, pois militares das Forças Armadas diretamente ligados com o planejamento e omissão continuam em seus cargos.
Na última quinta-feira (12), em café da manhã com jornalistas, Lula afirmou estar convencido de que a porta do Palácio do Planalto foi “aberta por alguém de dentro”. Segundo o presidente, houveram pessoas coniventes com as invasões e facilitaram o acesso dos manifestantes nas sedes dos Três Poderes.
A história se repete. A primeira vez como farsa.
Dizia Castello Branco, um dos principais articuladores do golpe de 1964, que acabou apeando do poder João Goulart, um ano depois de sua posse, resultado da renúncia de Jânio Quadros:
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“Eu os identifico a todos. E são muitos deles, os mesmos que, desde 1930, como vivandeiras alvoroçadas, vêm aos bivaques bolir com os granadeiros e provocar extravagâncias do Poder Militar.”
A história se repete. Na primeira vez foi uma farsa. Nesta segunda vez, liderados por um covarde, uma fatia considerável das forças armadas se colocou contra o Governo Lula da Silva, rascunhando a história de uma tragédia.
Planejaram até explodir o aeroporto de Brasília, com uma bomba colocada nos eixos de um enorme caminhão de querosene de aviação. Depois invadiram, abençoados por golpistas como Ibaneis, Girão, Bolsonaro, Braga Neto, Heleno e Torres, os palácios dos Três Poderes e os depredaram.

A história do País está em curso, viva e pulsante como sempre. Ainda falta coibir as vivandeiras que conspiram em Orlando, a terra do Pateta.
Terroristas das mídias de extrema-direita já são procurados pela Interpol.

Segundo o jornalista Thiago dos Reis, o Brasil acaba de acionar a Interpol para prender os blogueiritos Allan dos Santos, Rodrigo Constantino Alexandre dos Santos e Paulo Figueiredo Filho, neto do ex-presidente general João Figueiredo.
Os passaportes já foram cancelados por determinação do STF. Indocumentados, os indigitados ditos cujos estão clandestinos no País e podem ser presos a qualquer momento.
Vão ter que recomeçar o movimento neo-nazista do País a partir de um núcleo na Prisão da Papuda, destino inglório de agitadores, terroristas e até de malandros de rodoviária.
Em outubro de 2021 o Itamaraty recebeu do Ministério da Justiça o pedido “urgentíssimo” para extraditar o extremista Allan dos Santos, o “Cara de Cavalo”, que segue foragido nos Estados Unidos.
Cara de Cavalo seguia as orientações do falecido Olavo de Carvalho e de seu guru, Steve Bannon, o terrorista de Trump e conselheiro de Bolsonaro, que está em liberdade condicional nos EUA.
Que tipo de pseudo-jornalista, que enche a boca para falar em liberdade de expressão, faz questão de posar ao lado de armas de grosso calibre, privativas das forças armadas?
Esse tipo de atitude desaforada e acintosa aconteceu em meio ao caos institucional do Governo Bolsonaro, sob as bênçãos dos patriotas e charlatões do fundamentalismo pentecostal.
Coibir esse tipo de atitude era obrigação do Governo Bolsonaro, que sempre fez ouvidos moucos e olhos poucos à crescente onda de terrorismo de extrema-direita. Ao contrário, financiou os terroristas, com gordas verbas públicas.
Ainda não acabou. Mas vai acabar.
Pega fogo o barraco: Mourão recrimina ofensas dos filhotes de Bolsonaro.
Alvo de palavras depreciativas pelos filhos do ex-presidente Jair Bolsonaro, o ex-vice-presidente Hamilton Mourão rebateu as postagens do deputado federal Eduardo Bolsonaro e do vereador Carlos Bolsonaro, filhos do ex-presidente Jair Bolsonaro.
O clã Bolsonaro não gostou do tom do pronunciamento de Mourão em cadeia nacional de rádio e TV no sábado (31). Acampados próximos a instalações das Forças Armadas em diversos pontos o país, bolsonaristas esperavam do antigo aliado uma fala a favor de uma intervenção militar.
Para Mourão, as críticas fazem parte do jogo democrático, “contudo, não aceito as ofensas e ameaças que estão sendo disparadas contra mim e minha família”.
As declarações foram dadas à coluna de Igor Gadelha, do site Metrópoles. O colunista afirma que o senador eleito pelo Rio Grande do Sul não pretende prestar queixa.
“Sempre disse que era um Bosta!”, escreveu Carlos Bolsonaro no Twitter. Já Eduardo Bolsonaro opinou, sem citar nomes, que “a cada momento crítico que exige confiança no líder que nos conduziu até este momento, mais máscaras caem”. Nas redes do ex-vice-presidente, bolsonaristas condenam a atitude de Mourão.
A famiglia é no mínimo engraçada. Queriam, certamente, que o General da Reserva e Senador Eleito continuasse a farsa golpista, que sustentou milhares de inocentes úteis desde as paralisações pós-eleitorais.
Bolsonaro e familiares sabiam e sabem que o golpe não tinha garantia a não ser por meio de fanáticos, alguns até do alto escalão.
Auto-exilados, praticamente em fuga, Jair e Carlos, que já não tem nenhum tipo de foro privilegiado, podem ser responsabilizados pela série de evidências de atos anti-democráticos e ataques às instituições.
Mourão parece ter compromisso com a sua vida militar e com seu futuro político.
Homem sério, não iria comprometer-se com aventuras propostas por Jair e seus malucos domésticos.
Pintam e bordam: povo de Bolsonaro faz maracutaia grossa na Petrobras.
Roberto Castelo Branco, em foto da Agência Brasil.
Petrolífera administrada por ex-presidente da Petrobrás lucra meio bilhão com campos que ele próprio ajudou a vender. A 3R Petroleum, que tem seu conselho presidido por Roberto Castello Branco, registrou receita no terceiro trimestre deste ano de R$ 502 milhões.
A 3R Petroleum tem em sua cúpula alguns ex-diretores da Petrobrás e atua exclusivamente em campos comprados da estatal. A empresa adota a prática de porta giratória, tirando executivos de uma ponta do processo e passando-os para o outro lado do balcão, em companhias privadas que compram justamente espólio da estatal da qual vieram, explica o The Intercept Brasil.
A petrolífera privada tem 12 profissionais com passagens pela Petrobrás, inclusive o ex-presidente da companhia, Roberto Castello Branco, atual presidente do Conselho de Administração da 3R.
A 3R comprou nove polos de gás e petróleo da Petrobrás – todos durante o governo Jair Bolsonaro (PL) e a gestão de Paulo Guedes no Ministério da Economia. Guedes é ex-sócio e fundador do banco BTG Pactual, que detém 3,68% do capital social da 3R. O BTG ajudou a levantar os fundos para que a petrolífera pudesse fechar os negócios com a Petrobrás.
No último balanço divulgado, a 3R registrou receita no terceiro trimestre de 2022 de R$ 502 milhões, um aumento de 161% em relação ao mesmo período de 2021 e de 1.364% comparado ao trimestre anterior.
Durante a gestão de Castello Branco na Petrobrás, a estatal vendeu 37 campos de petróleo. Só com a 3R, nesse período, os campos negociados renderam cerca de R$ 3,8 bilhões, em valores atuais. Castello Branco presidiu a empresa de janeiro de 2019 até 12 de abril de 2021.
A ida de Castello Branco para a 3R respeitou a quarentena de seis meses prevista em lei, para evitar conflito de interesses.
Editado pelo Brasil247
Festa pela Copa contrasta com clima de “terror” em atos golpistas pelo país.
Por Matheus Pichonelli, para o Yahoo notícias.
Nas camadas de festividades que tomam conta do Brasil às vésperas da estreia de sua seleção na Copa, um outro país emerge em suas camadas mais profundas.
Enquanto os olhos da audiência seguem atentos ao que acontece e o que não acontece no Qatar, os atos golpistas que tomaram as estradas brasileiras ao fim das eleições desafiam a segurança nacional.
As manifestações promovidas por bolsonaristas inconformados com a vitória de Lula (PT) estão cada vez mais violentas, com direito a destruição de veículos e bloqueio de estradas. Polícia Rodoviária Federal.
A estratégia lembra a de grupos terroristas, segundo a definição da PRF em Santa Catarina, onde ao menos 30 bloqueios foram registrados. Pregos, pneus queimados, rojões, óleo esparramado e até bombas caseiras foram usadas pelos criminosos.
Em Mato Grosso, foram presos, no início da semana, dois homens suspeitos de atearem fogo em ao menos três carretas que ousaram furar um bloqueio. Um dos detidos é um produtor rural com quem a polícia encontrou armas e R$ 10 mil em dinheiro, além de galões com gasolina e isqueiro.
Ele e um comparsa são suspeitos de SEQUESTRAR um funcionário da Via Brasil BR-163 antes de invadir a rodovia e botar fogo nos veículos.
Pelo visto, o bloqueio das contas de 43 acusados de financiarem os atos antidemocráticos são só a ponta do trabalho em forma de iceberg que Alexandre de Moraes e companhia terão até a posse.
Para surpresa de ninguém, os inimigos da democracia estão por toda parte – e mais perto do que as autoridades imaginam.
Os atos coincidem com o silêncio irresponsável de Jair Bolsonaro (PL) desde sua derrota em 30 de outubro. Ele submergiu e deixou um país inteiro a especular as razões do sumiço. Tristeza? Saúde debilitada? Desmotivação? Ou estaria apenas conspirando?
Segundo a colunista do UOL Thaís Oyama, não tem dia que o (ainda) presidente não telefone para o chefe de seu partido, Valdemar Costa Neto, para pedir que ele tome alguma medida judicial para contestar o resultado das eleições.
O sumiço deixa em compasso de espera parte dos manifestantes que praticamente deixaram a vida de lado à espera de uma palavra do líder das mobilizações. Sem nenhum sinal, muitos assumem o papel de profetas que sobem nos caixotes das vias públicas para anunciar que o fim está próximo e que ele, o mito, está voltando e terá notícias em breve. Mas o anunciado fim do mundo não acontece – para muitos, está sendo apenas adiado, e é melhor esperar.
Não falta quem já tenha apelado até a extraterrestres. Casos como este, registrado em Porto Alegre (RS), provocam gargalhadas e alimentam a fábrica de memes numa esteira industrial chamada Twitter.
Mas é bom não desprezar a periculosidade dos atos.
Principalmente quando a narrativa de que “em breve haverá novidades”, um clássico para manter a militância mobilizada à espera do nada, parte de um ministro do Tribunal de Contas da União.
Em mensagem de voz enviada a amigos, Augusto Nardes disse que “é questão de horas, dias, no máximo, uma semana, duas, talvez menos do que isso” para que aconteça um “desenlace bastante forte na nação, imprevisíveis, imprevisíveis”.
Se ele sabe de alguma coisa, seria bom que viesse a pública explicar – já que esses desenlace pode ser um atentado contra a democracia brasileira. Um crime, portanto.
Apertado, Nardes disse, por meio de uma nota, que “lamenta profundamente a interpretação que foi dada sobre um áudio despretensioso gravado apressadamente e dirigido a um grupo de amigos” e logo em seguida se licenciou do cargo. Deveria ser afastado em definitivo.
Demorou para que gente como ele seja formalmente acusada de alimentar um barril de pólvora que já explode no país em forma de violência.
Na segunda-feira, um padre de 63 anos foi encontrado morto, com um corte profundo no pescoço, em Guaíra, no interior do Paraná. O pároco, José Aparelho Bilha, vinha se queixando de ameaças recebidas em sua cidade por declarar voto em Lula.
Bolsonaro candidato a senador em SC, comenta-se nas redes sociais.
Vivendas da Barra, no Rio de Janeiro, onde Bolsonaro tem duas casas e conviveu com um miliciano, hoje preso, autor do assassinato de Marielle Franco. A convivência era estreita: o filho 04 de Bolsonaro chegou a namorar a filha do Miliciano. O Presidente gosta de correr riscos.
A jornalista Hildegard Angel repercutiu, ontem, informação do ator José de Abreu, que Bolsonaro renuncia em abril para concorrer a uma vaga pelo Senado pelo estado de Santa Catarina. Imagine o ridículo: o “Véio da Van” seria o suplente.
É uma situação muito estranha. Assim como é estranho o fato de que o Presidento entrou em férias justamente durante um quadro de extrema gravidade em três estados, Tocantins, Bahia e Minas.
Por outro lado, o atual presidente pode ser meio prejudicado mentalmente, mas não é bobo. Sabe os riscos que corre e com uma vaga de senador poderia estar impune por 8 longos anos.
Para quem se submeteu a episódios como a fakeada, sem temor de ser desmascarado, ou ainda, mais grave, conviveu com o assassino de Marielle Franco, a sete metros da porta de sua casa, não existe perigo na nova aventura.
Santa Catarina é o Estado com mais partidários do atual primeiro mandatário. Foi ali onde a Polícia de Getúlio Vargas precisou ser mais dura com imigrantes alemães e italianos pelas ligações com o nazi-fascismo durante a II Guerra Mundial.
88 milhões de brasileiros tem dificuldades para conseguir alimentos.
Pergunta de um perfil satírico, no Twitter, denominado Luiz Patriota: “Por que não falam dos 59% que conseguem comer todo dia?”
É verdade: isso a Globo não mostra, gente faturando macarronada, churrasco, arroz de carreteiro e vaca atolada. E enchendo suas pancetas até quase arrebentar.
Ontem, fui a um supermercado depois de quase um ano escondido em casa. E fiquei assustado: “Patinho” a R$40,00 o quilo e paleta bovina a R$30,00. É por essas e outras que o pessoal perde tempo na fila do osso em Cuiabá.
Como os bonobos que não atravessaram o rio Congo e são consumidores de gramíneas e brotos de árvores até hoje, vamos ter que desenvolver um sistema gástrico que saiba retirar energético e proteínas de gramíneas.
O problema é que 41% dos brasileiros são 88 milhões. E é óbvio que não vai ter grama pra todo mundo. Por isso é obrigação de cada patriota fazer a segurança do seu jardim.
Bonobos curtindo uma graminha forquilha, a mais suculenta.
Sérgio Reis , o berranteiro oficial, também não é flor de se cheirar.
O tocador de berrante oficial do Planalto, Sérgio Reis, afundou sua carreira de cantor de música sertaneja. Hoje é sócio e lobista de quadrilhões formados para explorar garimpos clandestinos em terras indígenas e reservas que deveriam ser intocáveis.
O ex-deputado que fez 81 anos em 2021, também defende grileiros e madeireiros ilegais no Sul do Pará. A Polícia Federal sabe disso. E ele só está se safando por contra da proteção que recebe da Famiglia.
Antes de protestar por uma eventual prisão do berranteiro, procure conhecer a sua ficha.
Lideranças e Caciques do povo Kayapó, reunidos na aldeia Kayapó Kanhkro, município de Ourilândia do Norte (PA), sempre pediram o fim da cooperativa Kayapó Ltda, fundada em 2018 pelo cantor e ex-deputado federal Sérgio Reis e pelo empresário João Gesse.
As lideranças denunciam que a cooperativa apenas visa explorar as terras indígenas, com grande extração, exploração agroindustrial, produção e comercialização comum de essências nativas por meio do manejo sustentável da floresta da reserva Kayapó.
Desde 2014 os Kayapó convivem com garimpeiros e madeireiros numa vasta área territorial, entre as cidades de Redenção e Tucumã.
Em 2019, novos garimpos desmataram 330 hectares de floresta, segundo dados do Sirad-X, da rede Xingu+. É o dobro do registrado em 2018. Estradas ilegais ligam áreas de garimpos distantes mais de 80 quilômetros uma da outra. A exploração madeireira no percurso completa o quadro de devastação.
A democracia genuína vai prosperar sobre a República de Fancaria.
Se ilude, redondamente, quem acredita que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo, não tenha tomado suas últimas decisões sem o apoio informal de amplas camadas das Forças Armadas, do Legislativo e do Ministério Público.
Ninguém pode ter a certeza de que o Alto Comando do Exército está unido e coeso, tanto que, no episódio da demonstração de força da Marinha, chegou a sugerir que o Comandante renunciasse para não atender o convite de Braga Netto e Jair Messias.
Já imaginavam que o episódio do “Fumacê” seria um fiasco completo.
A prisão do arruaceiro e mamateiro Roberto Jefferson estava escrita. Trata-se apenas de um detrito de esgoto flutuante, de um alpinista político que encarapitado num partido de fancaria vende apoio a governos desde os tempos de Collor. Participou da tropa de choque do alagoano que assaltou Brasília e foi apeado, em tempo, do poder.
Uma boa estada em Bangu 8, a ala aristocrática do complexo prisional de Gericinó, faria bem a ele, depois de sucessivos ataques histéricos nas mídias sociais, sempre fortemente armado. Mas, acredito, que o fato de ser um vivente em estádio terminal de vida, surta o efeito de um habeas corpus na próxima semana.
Ao par da constatação de que este senhor, junto com muitos outros periféricos do governo do Messias, redefiniu a palavra canalha, sabe-se agora que as democracias não morrem por movimentos de massa, mas pela escrotidão de apenas alguns puxa-sacos oportunistas.
Creiam ou não os caros leitores, existe gente serena, equilibrada e em pleno uso de suas faculdades mentais em Brasília, tanto nas forças armadas, como na Polícia Federal, no Judiciário e na Procuradoria Geral da República. E que aqueles que se deixam levar por uma mamata ou um punhado de dinheiro são apenas a exceção que confirma a regra.
O Brasil não enlouqueceu. Apenas os portões do Sanatório Geral ficaram destrancados durante um certo período, permitindo aos mais ousados, por vias transversas e interesses exógenos, tomar o poder.
As vivandeiras de novo vão aos bivaques bolir com os granadeiros.
“Eu os identifico a todos. E são muitos deles, os mesmos que, desde 1930, como vivandeiras alvoroçadas, vêm aos bivaques bolir com os granadeiros e provocar extravagâncias do Poder Militar.”
A frase é do ex-presidente, Marechal Castello Branco, um homem ilustrado, sério e determinado, que não permitiu que o golpe de 64 virasse uma opereta bufa.
Ele sabia e conhecia as vivandeiras, lambe-coturnos e puxa-sacos de toda ordem que sempre cercam os militares na esperança de obter vantagens fáceis depois de um golpe de Estado. Muito enriqueceram às custas de 64. Para sua sorte, Castello não estava mais presente para arrepender-se da liderança do movimento.
Se hoje vivo ainda fosse certamente condenaria a arruaça e a molecagem de Jair Messias.
Se não for bizarra e mirabolante, a história não serve para o gado.

O presidente Jair Messias está interessado apenas em bater recordes. Na famosa “live” alegou que tinha conhecimento de fraudes eleitorais através do vídeo um famoso “acupunturista de árvores”. (Na imagem).
Parece até que o Presidente Provisório se orienta pelo fato de que quanto mais esdruxulas, bizarras, estapafúrdias, inusuais e mirabolantes foram suas afirmações, mais os seguidores, conhecidos como “gados”, acreditam em suas versões.
Estamos vivendo nos estertores de uma histeria coletiva. Trata-se de uma histeria em massa ou folie à plusieurs (do francês, “Loucura de muitos), é o fenômeno sociopsicológico definido pela manifestação dos mesmos ou semelhantes sintomas histéricos por mais de uma pessoa.
Há pouco tempo, a esquizofrenia costumava atacar, paulatinamente, todos os membros de uma casa, depois de se pronunciar em um único deles. Hoje a esquizofrenia ataca, dentro do mesmo sistema, os participantes comuns de um grupo de whatsapp.
Vai ter golpe?
Artigo de Eliane Brum* para El País.
“O que você acha? Vai ter golpe ou não?”. Esta é a pergunta recorrente, do sul ao norte do Brasil. Diferentes grupos têm marcado reuniões privadas pela Internet para debater o assunto. Encontros virtuais com a família, a versão pandêmica do famoso almoço de domingo, desde a eleição de 2014 mais perigoso do que um vidro inteiro de pimenta malagueta, foi tomado pelo tema. Eu mesma ouço essa pergunta várias vezes por dia. Há pessoas respondendo a convites internacionais com um texto padrão: “Atualmente, a média de mortes por covid-19 no Brasil é de mais de 1000 por dia, a variante Delta está se espalhando pelo país, a vacinação é lenta e Jair Bolsonaro pode dar um golpe a qualquer momento. Assim, torna-se difícil confirmar minha presença com tanta antecedência. O mais prudente seria confirmar o mais perto possível da data….”. Quando se torna corriqueiro falar sobre a possibilidade de um golpe de Estado e planejar os dias já incluindo essa “variável” é porque o golpe já está acontecendo —ou, em grande medida, já aconteceu. O golpe já está.
Já sabemos como morrem as democracias, é assunto exaustivamente esmiuçado nos últimos anos. Mas precisamos compreender melhor como nascem os golpes. A morte de uma e o nascimento do outro são parte da mesma gestação. Os golpes não acontecem mais como no século 20, ou não acontecem apenas como no século 20. Tenho trabalhado com o conceito de crise da palavra para analisar as duas primeiras décadas do século 21 no Brasil. Me parece claro que o estupro da linguagem é parte fundamental do método. Não apenas um capítulo do manual, mas uma estratégia que o atravessa inteiro.
Escrevo há mais de um ano que o golpe de Bolsonaro está em curso. O golpe de fundo começou antes de Bolsonaro assumir o poder no Brasil e se realiza e aprofunda a cada dia de Governo. Se o caso brasileiro é o mais explícito, a formulação atual dos golpes de Estado pode ser percebida em diferentes partes do globo, de Donald Trump, nos Estados Unidos, a Viktor Orbán, na Hungria. É importante perceber isso porque, se não o fizermos, não teremos como barrá-los.
No caso dos Estados Unidos, é verdade que, no último momento, as instituições, muito mais sólidas do que em qualquer outro país das Américas, mostraram-se capazes de impedir a tentativa de golpe de Trump. Mas também é verdade que, mesmo com Joe Biden no poder, o trumpismo cumpriu o objetivo de produzir um impacto profundo sobre a estrutura do país, impacto que segue ativo. Conseguiu, principalmente, produzir uma imagem, corrompendo a linguagem da democracia americana para sempre ao realizar o impensável, na cena da invasão do Capitólio. A porta agora está aberta.
No Brasil, o esgarçamento da linguagem é muito anterior à eleição de 2018, aquela que formalmente colocou a extrema direita no poder. É possível localizar pelo menos três momentos decisivos para o impeachment de Dilma Rousseff (PT), apontado por grande parte da esquerda como um golpe “branco” ou “não clássico”. Quando a presidenta é chamada de “vaca” e de “puta” em estádios de futebol, na Copa de 2014; quando, em 2015, um adesivo com sua imagem de pernas abertas se populariza nos tanques de combustível dos carros, de forma que a mangueira a penetre, simulando um estupro; e, finalmente, em 2016, durante a sessão que aprova a abertura do impeachment, em que Jair Bolsonaro, então deputado, dedica seu voto ao torturador Carlos Alberto Brilhante Ustra, “o pavor de Dilma Rousseff”.
Ao evocar a tortura da presidenta durante a ditadura civil-militar (1964-1985), Bolsonaro a tortura mais uma vez, cometendo o crime (artigo 187 do Código Penal) de apologia à tortura, e conecta explicitamente os dois momentos históricos, o da ditadura e o do impeachment, expondo a ruptura democrática que os une. “Puta” e “vaca” na boca da massa espumando ódio (e também de algumas jornalistas), estuprada na traseira dos carros da classe média, torturada mais uma vez pelo elogio à sua tortura feito por Bolsonaro em pleno parlamento. Depois disso, qual seria a dificuldade de arrancar Rousseff do poder? Se tudo isso já tinha sido aceito como “normal”, qual seria o empecilho para aceitar o impeachment?
É isso que chamo de estupro, corrosão ou esgarçamento da linguagem. A preparação do golpe é primeiro um investimento nas subjetividades. Pela capacidade de viralização dos discursos nas redes sociais, assim como pela velocidade na produção e reprodução de imagens na Internet, a sociedade vai “aceitando” o inaceitável. Em seguida, passa a assimilá-lo —e finalmente a normalizá-lo e até mesmo a reproduzi-lo. Aquilo que até então era considerado regra básica de civilidade, fundamental para permitir a convivência, é convertido em “politicamente correto” —e o politicamente correto passa a ser maliciosamente tratado como “censura” ou “cerceamento da liberdade”. Quando o golpe formalmente se efetiva, o inaceitável já está aceito e internalizado.
O mesmo fenômeno permitiu a Bolsonaro executar seu plano de disseminação do coronavírus, espalhando mentiras para atacar primeiro as máscaras e o isolamento físico, depois as vacinas, resultando (até agora) em mais de 550.000 mortos. Afirmando publicamente, como figura pública máxima, o inconcebível, Bolsonaro tornou corriqueiro milhares de pessoas desaparecem da vida da família e do país a cada dia. Hoje, a média atual de mil mortes por dia, depois de já ter ultrapassado 4.000, é motivo de comemoração. Pelo mesmo esgarçamento da linguagem, Bolsonaro tornou possível a volta dos militares ao poder em um país ainda traumatizado pelos torturadores nas ruas, assim como a rearticulação da direita que sustentou a ditadura militar no passado. Ao romper os limites primeiro no discurso, ele abre espaço e prepara o terreno para o ato.
É também pela corrosão da linguagem que, aperfeiçoando o roteiro de Trump, Bolsonaro se prepara para 2022, atacando o sistema eleitoral para contestar a eleição em que poderá ser derrotado. Quando a eleição chegar, a repetição do discurso de fraude já terá corrompido a realidade. Nessa operação sobre a subjetividade coletiva, a fraude acontece antes, fazendo com que o que efetivamente acontecerá na eleição, o voto, não importe. É assim que o direito constitucional de eleger o presidente do país vai sendo roubado de mais de 200 milhões de brasileiros sem nenhum tanque na rua. A narrativa da fraude se infiltra e se realiza nas mentes antes de qualquer ato, descolando-se dos fatos. O que importa é a crença na fraude. Que ela não se comprove porque não aconteceu não faz a menor diferença. “Acreditar se tornou um verbo muito mais importante do que “provar” —e essa distorção é apresentada como virtude. O principal papel de figuras como Bolsonaro e outros, e antes deles Trump, é pronunciar o impronunciável, abrindo um caminho subjetivo para a concretização do assalto ao sistema democrático.
A corrosão da linguagem culmina com a corrosão da própria verdade. Este é o ataque final ao “comum”. Já vimos outros bens comuns essenciais para a vida da nossa e de outras espécies —como ar puro e água potável, por exemplo— serem privatizados, mercantilizados e reembalados para a minoria que pode pagar por eles. A estabilidade do clima, outro bem comum, foi destruída. Os novos velhos golpistas fizeram —e seguem fazendo— o mesmo com o conceito compartilhado de verdade. Assim como acontece com os teóricos da conspiração nos Estados Unidos e em suas versões brasileiras, a autoverdade —ou o poder auto-ortorgado de escolher a verdade que mais convém ao indivíduo ou ao grupo— se torna mais “real” do que os fatos. De certo modo, é um retorno a um tipo de teocracia. No caso, a “verdade” é corrompida e controlada pelos sacerdotes deste novo tipo de seita.
Obviamente, a verdade se afirma e acaba por se impor no plano da realidade, como a emergência climática acabou de demonstrar, colocando países como a Alemanha debaixo d’água e deixando o Canadá mais quente do que o deserto do Saara. Mas, enquanto isso, charlatões como Bolsonaro e outros provocam uma destruição acelerada do comum que, em grande parte, é irreversível, comprometendo não só o futuro das novas gerações, mas também o presente.
Bolsonaro é protagonista, sim, mas é também instrumento. Conhecido como uma metralhadora giratória de asneiras violentas e violências boçais durante seus sete mandatos no parlamento, seu “dom” foi instrumentalizado. A destruição do tecido social por uma operação na linguagem aposta nas chamadas “guerras culturais”. É na desumanização dos negros, das mulheres, dos LGBTQIA+ que começa o ataque. É na chamada “pauta dos costumes” que a violência vai sendo formulada como se fosse seu oposto. Quando Bolsonaro afirma preferir um filho morto em acidente de trânsito a um filho gay, por exemplo, ele coloca a abominação na homossexualidade, encobrindo a abominação que é sua afirmação. O inaceitável é ser gay —e não defender a morte de gays. O inaceitável é o aborto de um embrião —e não a morte de uma mulher com história e afetos por complicações em procedimentos sem cuidado. E assim por diante. A cada afirmação de extrema violência, Bolsonaro foi destruindo o conceito de inviolabilidade da vida e normalizando a destruição dos corpos. A principal função de figuras como Bolsonaro é tornar tudo possível —primeiro na linguagem, em seguida no ato.
Neste momento, Bolsonaro já cumpriu sua missão maior, o que pode eventualmente torná-lo descartável. Ele claramente vai se tornando um incômodo para os grupos que agora mais uma vez se rearticulam e que, com ele, conquistaram avanços inimagináveis até então, como os próprios militares, os representantes e lobistas do agronegócio, os evangélicos de mercado e o campo da direita. Assim como Fabrício Queiroz se tornou descartável e um incômodo para a quadrilha familiar dos Bolsonaro, ele mesmo se torna perigoso para os articuladores do projeto maior, que o reconhecem como uma peça importante do jogo, mas jamais como o dono do tabuleiro. Muito vai depender da capacidade de Bolsonaro se adequar, uma capacidade que nele parece inexistente. Suspeito que é esta parte de seu próprio fenômeno que Bolsonaro não compreende. Ao miliciarizar o Governo central, acreditou que estava no comando absoluto.
As democracias morrem por muitas razões, na minha opinião a mais importante delas é o fato de serem seletivas, em diferentes graus: só funcionam para determinada parcela da sociedade, deixando outras de fora. As democracias morreriam então pela corrosão provocada pela sua própria ausência. Ou morreriam pelo tanto de arbitrariedade com que são capazes de conviver. No Brasil, o nível de exceção que a minoria dominante da sociedade é capaz de tolerar é uma enormidade. Desde que as arbitrariedades sejam contra os pretos e contra os indígenas, contra as mulheres e contra os LGBTQIA+ está tudo “dentro da normalidade”. A possibilidade de as forças de segurança do Estado derrubarem portas, invadirem casas e executarem suspeitos e não suspeitos nas periferias e favelas urbanas durante todo o período democrático é, sem dúvida, o exemplo mais evidente do caso brasileiro.
As ditaduras nascem em diferentes tempos e espaços. Assim como as parcelas da sociedade beneficiadas pela democracia convenceram-se durante décadas de que viviam numa democracia, mesmo sabendo que grande parte da população era submetida a uma rotina diária de arbitrariedades, estas mesmas parcelas têm hoje dificuldade para enxergar que a ditadura já está consolidada em várias partes do Brasil, onde pessoas precisam abandonar suas casas para não morrer e as forças de segurança e o judiciário estão a serviço dos violadores. Hoje, nas áreas “nobres” das capitais e cidades, os ataques autoritários usam o judiciário e a Polícia Federal para se realizar, como nas recentes ofensivas a colunistas da imprensa tradicional, a mais recente delas contra Conrado Hübner Mendes, colunista da Folha de S. Paulo e professor da prestigiosa faculdade de Direito da Universidade de São Paulo. Há outras partes do Brasil em que os ataques são a fogo e bala, como na floresta amazônica, onde casas de indígenas como Maria Leusa Munduruku são queimadas e lideranças camponesas como Erasmo Alves Theofilo têm a cabeça a prêmio. Na floresta e nas periferias urbanas, corpos humanos tombam sem provocar alarde e as execuções pelas forças policiais explodem.
A percepção de golpe se alastra quando os que não costumam ser atacados passam a ser atacados, no Brasil a minoria branca e mais rica. É uma percepção legítima, porque é ela que mostra que o tecido social se rasgou em partes consideradas até então intocadas e intocáveis. A quebra destes limites sinaliza que outras forças se moveram, ameaçando o precário equilíbrio mesmo dos mais privilegiados. Em 2017, ao testemunhar a execução de um morador de rua pela polícia no bairro nobre de Pinheiros, a classe média se mobilizou para denunciar e protestar, celebrando uma missa na simbólica Catedral da Sé. Era ainda o Brasil de Michel Temer (MDB), mas a ditadura foi largamente lembrada. Ali, o “limite” estabelecido pela lei não escrita de que o Estado pode executar pessoas, mas apenas em bairros de periferia, havia sido rompido. A quebra demandava reação, pelas melhores razões e também para impedir que a violência policial rompesse outro limite e o próximo a tombar fosse alguém que habitasse não as ruas, mas os apartamentos e casas com um dos metros quadrados mais caros da cidade.
Ao se infiltrar no imaginário coletivo, o debate do “será que vai ter golpe” cumpre ainda outra função estratégica: a de interditar e ocupar o espaço do debate urgente do impeachment de Bolsonaro. Sobre isso, há um flagrante assalto à linguagem, ao normalizar o fato de Arthur Lira (Progressistas), o corrupto presidente da Câmara de Deputados, ter seu traseiro esparramado sobre mais de 120 pedidos de impeachment ou sobre o superpedido de impeachment. Pela repetição, a crítica legítima a Lira vai se esvaziando e passa a se assimilar que assim é: a mobilização da sociedade pela democracia, traduzida em pedidos de impeachment mais do que legítimos, é pervertida e usada como instrumento de chantagem do Centrão para tomar os cofres públicos. Sempre que aceitamos o abuso de poder e de função como inevitável, acostumando-nos às arbitrariedades, o golpe avança.
Hoje, com Bolsonaro, vários limites foram ultrapassados. Limites que, mesmo para um país de marcos civilizatórios tão elásticos como o Brasil, até bem pouco tempo atrás seria impensável tê-los rompido. Quando o assunto principal é se haverá golpe ou não, tema abordado com a mesma naturalidade do aumento do preço do feijão, o último jogo do Corinthians ou a mais recente série da Netflix, o que resta de democracia? O golpe já pedalou a linguagem, infiltrou-se no cotidiano e está ativo. O golpe já foi dado. A dúvida é só até onde ele será capaz de chegar.
Eliane Brum é escritora, repórter e documentarista. Autora de sete livros, entre eles Brasil, Construtor de Ruínas: um olhar sobre o país, de Lula a Bolsonaro (Arquipélago).
Omar Aziz diz que Governo vai desmoronar com depoimentos na CPI.

Presidente da CPI da Pandemia, o senador Omar Aziz (PSD-AM) disse a interlocutores estar convicto de que a comissão de inquérito chegou enfim a um foco de corrupção do governo federal no enfrentamento à pandemia.
A interlocutores, Aziz disse que o Presidente vai perder o principal discurso, o da probidade no trato da coisa pública.
O parlamentar reuniu-se com auxiliares na terça-feira (21) e, diante de relatos preliminares do deputado Luís Miranda (DEM-DF) e do servidor Luís Ricardo Fernandes Miranda, que revelou ao Ministério Público “pressões” para acelerar a importação da vacina indiana Covaxin. Diante dos fatos Aziz foi enfático: o Governo vai ruir.
“O Governo não se aguenta. Sexta-feira ele cai. O Governo vai desmoronar, disse o Presidente da CPI da Covid, segundo relatos obtidos pela revista Veja.
Quantos Fiat Elba seria possível comprar com o sobre preço da vacina Covaxin.
A Fiat Elba, comprada com recursos do caixa 2 de Paulo César Farias, derrubou Fernando Collor. Um Renault Duster 0 Km, carro com alguma semelhança, está custando R$90 mil.
Será que com o sobre preço da aquisição da Covaxin, R$1,6 bilhão, daria para comprar 17 mil carros Duster e ainda sobraria um troco para o emplacamento? Será motivo para derrubar o autor da façanha?
Deixe de ser mal agradecido. Bozoró comprou a vacina mais cara porque ela é a melhor.

Tem umas pessoas que não entendem. O negócio com a vacina Covaxin significa um reforço de caixa. Primeiro, para a campanha do próximo ano. Se houver.
Segundo para os advogados de defesa, no Brasil e em Haia.
Depois, para o exílio dourado. Já pensou quanto leite condensado é necessário para deixar contente uma família com 5 filhos, noras, genro e netos, mais a presença aveludada do Hélio Negão?
Osmar Terra foi o arquiteto do genocídio.
Artigo de Marcos Strecker, no portal da revista Isto é
A CPI precisa decidir se continuará a dar palco para negacionistas. O depoimento do deputado Osmar Terra (MDB) à CPI, nesta terça-feira, 22, é aviltante não apenas pelo cinismo com que tentou se livrar da responsabilidade pela política que levou à morte de meio milhão de brasileiros.
Causou repulsa assistir novamente à verdadeira campanha que ele fez desde o início contra as medidas capazes de deter a doença.
Desde o começo, ele disse que o distanciamento social não tinha nenhum efeito, afirmou que apenas a “imunidade de rebanho” (uma tese estapafúrdia e desvirtuada) iria acabar com a pandemia e desqualificou a importância da vacinação. Sacou novamente dados enganosos para voltar espalhar desinformação sobre a evolução da doença. Repetiu, mais uma vez, uma ação deliberada para confundir a população e minar a credibilidade dos dados científicos.
A fala irresponsável do deputado gaúcho lembra o Brasil de 100 anos atrás, o da Revolta da Vacina.
É essa a regressão no debate público que os asseclas do presidente procuram atingir, agora turbinados pelas redes sociais, que reproduzem com algoritmos sofisticados as falas mais radicais, capazes de provocar reação entre os incautos.
À imprensa, também atacada violentamente pelo Presidente, coube a penosa tarefa de tentar esclarecer os fatos e apontar a verdade em meio ao mar de mentiras que são propagadas diariamente – inclusive por bárbaros que usam seus diplomas como escudo, como é o caso de Terra.
O trágico é que o deputado conseguiu calibrar o discurso negacionista para um presidente que tem uma agenda ditatorial e populista.
Terra não apenas influenciou Bolsonaro, ele deu o conteúdo para a ação criminosa na pandemia. Foi o arquiteto do negacionismo.
No fim, a CPI tem o papel histórico de preparar a base legal para a criminalização desses personagens sombrios.
Para a população, o discurso sereno mas vigoroso de defesa das medidas sanitárias baseadas na ciência deve prevalecer em todas as instâncias, sem permitir defesas ladinas contra as urgentes medidas coletivas.
Essas falas são apenas uma empulhação que se destina a eternizar um governo autoritário à custa de mortas em série.
Estadão acusa o atual regime de imitar o populismo do PT.

Estadão, o jornal da Avenida Paulista, publica hoje, em Notas & Informações, um artigo sob o título “O Futuro Fica para Depois”. Depois de criticar o populismo dos governos do PT, o Estadão acusa Jair Bolsonaro de tentar imitar os petistas em ano pré-eleitoral:
“Ontem como hoje, mesmo em momentos de recuperação econômica, o governo deixou de investir em educação, em saúde e em infraestrutura. Quando o PT estava no poder, festejava-se a abertura indiscriminada de universidades e o financiamento de faculdades caça-níqueis, enquanto o ensino básico, essencial na formação dos cidadãos, era relegado a plano secundário. Hoje, Bolsonaro transformou o Ministério da Educação em cidadela de sua cruzada ideológica em favor do atraso, além de cortar sistematicamente os recursos de pesquisa e ensino.
Gerações serão condenadas à pobreza e à mediocridade em razão dessas escolhas. Nenhuma economia se sustenta, no longo prazo, sem estudantes bem formados, sem cidadãos com acesso à saúde de qualidade, sem uma legislação tributária racional, sem respeito ao meio ambiente, sem um Estado que faz bom uso do dinheiro público e, principalmente, sem reverência aos valores democráticos.
Na perspectiva do País, não há nenhuma razão para otimismo, já que o atual presidente pleiteia a reeleição para continuar a fazer exatamente o que fez até agora: hipotecar o futuro dos brasileiros para usufruto imediato de sua família e agregados. Reformas estruturais nem pensar.”
Manifestantes vão às ruas nas grandes cidades em oposição ao Governo

Segundo os organizadores, 438 cidades do Brasil e do mundo tem eventos programados. Entre os locais, contam-se 51 cidades no exterior: 9 nos EUA, 8 Alemanha, 4 Argentina, 1 Áustria, 1 Bélgica, 4 Canadá, 1 Dinamarca, 3 Espanha, 1 Holanda, 3 Irlanda, 2 Itália, 6 Portugal, 3 Reino Unido, 1 República Tcheca, 1 Suécia, 2 Suíça e 1 Venezuela.

Milhares de manifestantes se reúnem na manhã deste sábado (19) em diferentes cidades do país em protestos contra o presidente Jair Bolsonaro. Entre os maiores atos, estão os de Brasília, com manifestantes na Esplanada dos Ministérios, e no Rio de Janeiro. Em São Paulo, o protesto está marcado para as 16h, na avenida Paulista.
As manifestações ocorrem no momento em que o país se aproxima de 500 mil mortos pela Covid e menos de um mês após os atos de 29 de maio, que atraíram milhares de pessoas. Os protestos nacionais são pelo impeachment do presidente, por mais vacinas contra a Covid-19 e por auxílio emergencial.
As manifestações são convocadas e apoiadas por movimentos sociais, partidos políticos, centrais sindicais, entidades estudantis, torcidas organizadas e grupos envolvidos em causas como feminismo e antirracismo. A organização está centralizada no fórum Campanha Nacional Fora, Bolsonaro.
A expectativa deles era de um volume maior de participantes desta vez. A quantidade de organizações que endossam a realização dos protestos e o número de cidades com atividades programadas cresceram em relação ao final de maio.
Em Brasília e no Rio, manifestantes incluíram na pauta dos atos protesto contra a privatização da Eletrobras, que deve ser aprovada na Câmara no início da próxima semana.
Na capital federal, o ato contou com uma carreata que percorreu algumas vias principais da cidade até a concentração para uma passeata. Indígenas de várias partes do país também se juntaram aos manifestantes para condenar a omissão do governo na proteção desses povos na pandemia e também em protesto contra a mudança na demarcação de terras.
Ao contrário dos atos em favor do governo, os manifestantes não foram autorizados a descer para a praça dos Três Poderes e se concentram no gramado em frente ao Congresso Nacional.
O evento no DF colocou no mesmo carro de som parlamentares de diversos partidos de esquerda.
Discursam com palavras duras contra o presidente, especialmente condenando a condução no enfrentamento da pandemia e o autoritarismo do governo, parlamentares como os deputados federais Talíria Petrone (PSOL-RJ) e Pedro Uczai (PT-SC) e o deputado distrital Leandro Grass (Rede).
No Rio, o poeta maior e aniversariante, Chico Buarque de Holanda, 77 anos, foi às ruas.
Também há diversas bandeiras de partidos, como PT, PSOL e PC do B, além de inúmeras camisetas com a imagem do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Na capital de Pernambuco, o ato também uniu representantes de partidos à esquerda que disputam espaço na corrida eleitoral de 2022, como PT e PDT. O estado e a cidade são governados pelo PSB, que também teve representantes no ato.
No protesto anterior, realizado no dia 29 de maio, a Polícia Militar de Pernambuco atacou violentamente as pessoas que protestavam pacificamente contra o governo federal.
Diante do desgaste político, o governo estadual escalou agentes de conciliação para evitar qualquer tipo de animosidade entre polícia e manifestantes.
Outras cidades
Até sexta-feira (18), estavam confirmados atos em mais de 400 cidades de todos os estados brasileiros, incluindo as 27 capitais. No exterior, a previsão era a de concentrações em 41 cidades, em países como Estados Unidos, Canadá, Alemanha, França, Portugal, Itália, Finlândia e Argentina.
No mês passado, segundo a coordenação, houve no total movimentações em 210 cidades no Brasil —algumas, assim como agora, tiveram mais de uma atividade. No exterior, o número também foi menor: 14 cidades. No total, foram 227 atos.
A recomendação é que os manifestantes usem máscara (preferencialmente do tipo PFF2), se possível levem máscaras para doação, carreguem álcool em gel e mantenham o distanciamento social. Nos protestos de maio, as orientações foram seguidas, mas houve registros de aglomerações.
No sábado passado (12), Bolsonaro participou na capital paulista de um passeio de moto com apoiadores, depois de eventos semelhantes em Brasília e no Rio.
O presidente e auxiliares foram multados pelo governo João Doria (PSDB) por não usarem máscara contra a Covid-19 no evento. Motociclistas simpatizantes do governo também deixaram de usar a proteção facial —item que os protestos da oposição dizem diferenciá-los em relação aos dos bolsonaristas.
A Campanha “Fora, Bolsonaro” é composta por frentes como a Povo sem Medo, a Brasil Popular e a Coalizão Negra por Direitos, que reúnem centenas de entidades, entre elas MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto), UNE (União Nacional dos Estudantes), CMP (Central de Movimentos Populares) e Uneafro Brasil.
Partidos de esquerda como PT, PSOL e PC do B também integram a campanha. O PT, que apoiou com mais afinco na véspera o ato anterior, desta vez decidiu entrar para valer na mobilização.
O ex-presidente Lula anunciou que avalia comparecer, mas a tendência é que ele não vá. O envolvimento dele no assunto tinha sido discreto em maio e assim continuou até meados desta semana, quando se pronunciou em suas redes sociais sobre a possibilidade de ir.
PSOL, PC do B, PCB, UP, PCO e PSTU, que já estavam participando ativamente da articulação, continuam envolvidas. Além disso, outros partidos anunciaram apoio à iniciativa.
O Cidadania, que se apresenta como um partido de centro, comunicou nesta semana sua adesão às manifestações, em nota assinada pelo presidente nacional, Roberto Freire. Ele também afirmou que irá comparecer.
Siglas como PSB, PDT e Rede Sustentabilidade adotaram, institucionalmente, posição mais cautelosa —dizendo que não estimulam a formação de aglomerações—, mas sem proibir a presença de seus quadros. Com isso, núcleos e seções regionais desses três partidos decidiram se juntar às manifestações.
Partidos de oposição a Bolsonaro mais à direita ignoraram o tema ou simplesmente deixaram a decisão a critério de cada filiado ou corrente interna.
Bolsonaro minimizou o impacto das marchas contra ele em maio e lançou mão de uma estratégia para tachar a iniciativa como evento de campanha de Lula. O adversário, que não esteve presente, lidera as pesquisas de intenção de voto para as eleições de 2022.
Fora do ambiente partidário, a mobilização somou a adesão das dez principais centrais sindicais, que ficaram reticentes da outra vez, muito pela pressão de categorias profissionais que demonstraram preocupação com a incoerência de se juntar às multidões e defender o distanciamento social.
Na semana passada, o apoio às manifestações foi deliberado em um fórum das centrais, que inclui CUT (Central Única dos Trabalhadores), Força Sindical, UGT (União Geral dos Trabalhadores), CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil) e CSB (Central dos Sindicatos Brasileiros), entre outras.
O MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), que em maio preferiu manter discrição na fase de preparação dos atos, desta vez incentiva a participação de seus integrantes.
O movimento Acredito, que prega renovação política e está posicionado mais ao centro, também se integrou à organização dos protestos. Já MBL (Movimento Brasil Livre) e VPR (Vem Pra Rua), que levaram a direita às ruas contra governos do PT e hoje se opõem a Bolsonaro, mantiveram distância.
Ativistas envolvidos na convocação deste sábado dizem que a chegada de novas forças e a esperada adesão de mais manifestantes se devem à crescente insatisfação com o governo Bolsonaro, mas também ao clima pacífico e organizado e às precauções sanitárias do protesto anterior.
As principais bandeiras são o impeachment de Bolsonaro, a vacinação ampla contra a Covid e o pagamento de auxílio emergencial de R$ 600. As pautas foram definidas por centenas de organizações, que têm buscado unidade de discurso e se blindado contra atritos que comprometam a coesão.
Entre os objetivos, está ainda expressar apoio à CPI da Covid, vista como caminho que pode levar à responsabilização do presidente pelo agravamento da pandemia e servir de impulso para a Câmara dos Deputados abrir o processo de deposição dele, possibilidade tratada hoje com ceticismo.
Promover atos de rua em um cenário de descontrole da Covid foi um dilema que provocou debate em setores da esquerda nos últimos meses, mas a divergência de opiniões foi superada com as convocações para o dia 29 que atraíram milhares de pessoas em cidades do Brasil e de outros países.
O racha foi contornado diante do diagnóstico, feito por líderes do chamado campo progressista, de que solucionar as crises sanitária, econômica, institucional e política é inviável com Bolsonaro no poder.
Polícia Federal não encontra Carlos Wizard. Ele se auto-exilou nos EUA para evitar CPI.
Eles sempre acabam se achando ao longo da vida.
O empresário bolsonarista está nos EUA e terá seu passaporte apreendido assim que retornar. Mais um auto-exilado entre os bolsonaristas. Depois do Weinfraude, o analfabeto que assumiu o Ministério de Educação, e de Allan dos Santos, o terrorista da internet, Wizard ficará gozando as vantagens de ensinar Inglês aos norte-americanos.
Da Revista Fórum, editado por Urbs Magna e O Expresso.


















